sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Sarampo: OMS alerta para aumento de casos e Brasil registra infecção

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento de casos de sarampo no mundo e reforçou a importância da vacinação para prevenir a disseminação da doença: “É uma das doenças mais transmissíveis. Se uma pessoa se infecta, quase todos ao seu redor vão pegar o vírus, se não estiverem vacinados. Para proteger sua criança, garanta que as vacinas estejam em dia.”

No Brasil, o Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta após confirmar um caso importado de sarampo no estado. O paciente é um menino de 3 anos que chegou ao município de Rio Grande no dia 27 de dezembro, procedente do Paquistão, país com circulação endêmica da doença. Ele não estava vacinado.

+Leia também: Sarampo pode prejudicar por anos as nossas defesas contra infecções

Diante da confirmação, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul reforçou, em nota, a recomendação de aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir de 1 ano e até os 59 anos.

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“Com a suspeita, foi realizado bloqueio vacinal seletivo nos familiares, vizinhos e profissionais da saúde. A criança está bem e seus familiares não apresentaram sintomas. O município segue monitorando atendimentos por febre, exantema e tosse ou coriza ou conjuntivite, sem nenhuma identificação de caso suspeito.”

Nas últimas semanas, países como México, Estados Unidos, Reino Unido e Portugal também emitiram alertas após a confirmação de casos, com o óbito de uma criança de 19 meses na província de Salta, na Argentina.

O esquema vacinal completo do sarampo consiste em duas doses até os 29 anos, ou uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Em crianças, a vacinação deve ocorrer aos 12 e aos 15 meses. Profissionais de saúde devem receber duas doses, independentemente da idade.

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Em situações de bloqueio vacinal, a imunização seletiva é recomendada para todos com idade acima de 6 meses.

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O que é sarampo?

É uma infecção viral, especialmente grave em menores de 5 anos, imunodeprimidos e desnutridos. Ela é extremamente contagiosa: infecta nove a cada dez pessoas suscetíveis após exposição ao vírus, chamado de Morbilivirus.

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O sarampo é transmitido por meio de secreções, ao tossir, espirrar ou falar. Casos suspeitos devem ficar em isolamento respiratório e fazer uso de máscara cirúrgica desde o momento da triagem nos serviços de saúde.

A partir de 2018, quando vários casos de sarampo foram registrados no Brasil, a Veja Saúde publicou uma série de conteúdos sobre o assunto. Confira alguns:

Eliminação

À Agência Brasil, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, lembrou que o sarampo era uma doença controlada no Brasil até 2016, quando o país recebeu a certificação de eliminação do vírus em território nacional. Após um grande surto da doença em 2017 e em 2018, com mais de 40 mil casos registrados, o país perdeu a certificação e voltou a ser um país endêmico, onde é considerado que o sarampo circula.

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“Estamos sem registro de casos desde junho de 2022, em busca da recertificação dessa eliminação. Ainda falta melhorar nossas coberturas vacinais e alguns indicadores de vigilância”, destaca Kfouri.

Segundo ele, o que causa preocupação é o aumento recente no número de casos da doença em diversos países. Ao comentar o caso da criança proveniente do Paquistão, o especialista avaliou que o alerta do governo gaúcho é válido. “É um caso não adquirido aqui no nosso território, mas que nos traz esse alerta de estarmos atentos para que a entrada de um caso aqui não se multiplique e forme um novo surto.”

Kfouri reforçou que são importantes a vigilância de casos suspeitos – até para vacinar quem entrou em contato com esses indivíduos.

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*Este conteúdo foi adaptado de uma reportagem da Agência Brasil, com acréscimo de conteúdos prévios da Veja Saúde.

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EUA fazem primeira execução com o método de asfixia por nitrogênio

Procedimento causou intenso sofrimento ao condenado, afirmam testemunhas; ONU protestou contra o método, que classificou como tortura; empresas farmacêuticas têm se recusado a fornecer remédios usados em injeção letal

Às 19h53 de ontem no horário local (22h53 de Brasília), o americano Kenneth Smith, de 58 anos, foi morto em uma câmara de execução em Atmore, no Alabama. Smith foi amarrado a uma maca e teve uma máscara colocada sobre seu rosto. Em seguida, ela começou a liberar nitrogênio – um gás inerte, que compõe 78% do ar atmosférico. 

O corpo está acostumado com o nitrogênio, e não o rejeita. Mas, ao contrário do oxigênio, que corresponde a 21% do ar que respiramos, o organismo não consegue usar o nitrogênio para gerar energia. Isso, segundo as autoridades americanas, significa que a inalação de nitrogênio é um método indolor de execução: o condenado perderia os sentidos já nos primeiros segundos.

Não foi o que aconteceu com Smith, sentenciado à morte pelo homicídio de Elizabeth Sennett, em 1988 (o marido dela, um pastor, contratou Smith e outros dois homens para assassiná-la). Segundo cinco jornalistas do Alabama, que testemunharam a execução e foram ouvidos pelo New York Times, Smith “se contorceu e debateu” por pelo menos 2 minutos. Depois, continuou respirando ofegantemente por vários minutos.    

“Foi a quinta execução que eu testemunhei no Alabama, e nunca vi uma reação tão violenta”, declarou o jornalista local Lee Hedgepeth. Segundo ele, a cabeça de Smith se moveu violentamente, para a frente e para trás, ao longo do procedimento. 

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Eventualmente, a respiração do preso começou a desacelerar, e parou. Às 20h25 no horário local, mais de meia hora após o início da execução, Smith foi declarado morto. 

Foi a segunda tentativa. Em novembro de 2022, o Estado do Alabama tentou executar Smith por meio de injeção letal, mas os enfermeiros não conseguiram pegar uma veia dele em tempo – e o mandado de execução, que dura algumas horas, expirou.

A execução por nitrogênio também é autorizada no Mississippi e em Oklahoma, mas nunca havia sido usada – Smith foi o primeiro a ser submetido a ela. O método é empregado na eutanásia de animais. Mas, segundo a American Veterinary Medical Association (AVMA), só pode ser aplicado em aves, como frangos e perus. 

Não deve ser utilizado em mamíferos, aos quais causa intenso sofrimento – a exceção são os porcos, nos quais a AVMA permite que o nitrogênio seja aplicado, desde que os animais recebam um sedativo e estejam inconscientes durante o processo. Smith não recebeu qualquer sedação, e estava consciente. 

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Antes de ser amarrado e executado, ele fez uma longa declaração – na qual disse, segundo testemunhas, que “hoje, o Alabama fez a humanidade dar um passo para trás”. Na terça-feira, a ONU se manifestou contra a execução de Smith por inalação de nitrogênio, que “pode representar tortura ou punição cruel, desumana ou degradante de acordo com a legislação internacional de direitos humanos”. 

Mesmo assim, a Suprema Corte dos EUA autorizou o procedimento. O país vem tendo dificuldade para executar condenados pelo meio mais comum, a injeção letal – nos últimos 10 anos, as empresas farmacêuticas que produzem as substâncias utilizadas têm se recusado a vendê-las para esse fim. 

Isso levou as autoridades de vários Estados a estudar outros métodos. Em 2021, houve um escândalo internacional depois que o jornal The Guardian obteve documentos mostrando que o governo do Arizona pretendia usar cianeto de hidrogênio – a mesma substância empregada nas câmaras de gás dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

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As novas regras para rescisão de contrato do plano de saúde

Sob o discurso de transparência e sustentabilidade, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) comemora o crescimento contínuo de beneficiários de assistências médicas privadas, que encerrou o ano de 2023 com o surpreendente número de 50,9 milhões de usuários.

Embora a ANS receba muita reclamação envolvendo o Rol editado por ela, a dificuldade em efetivar a portabilidade de carências, os reajustes abusivos, bem como o flagrante descredenciamento de prestadores de serviços de saúde, observamos, no último ano, o aumento de queixas em torno da rescisão contratual.

Em inúmeras oportunidades, os consumidores eram surpreendidos com a suspensão dos serviços de saúde por atraso no pagamento do boleto, sobretudo rescisões unilaterais de contrato, sem dar plena ciência da inadimplência ao beneficiário, em razão de brechas regulatórias do setor privado.

Diante deste cenário, novas regras foram implementadas pela ANS para regulamentar a notificação prévia de inadimplência ao beneficiário de plano de saúde, que celebrou o contrato após 01 de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei dos Planos de Saúde.

A notificação prevista na Resolução (RN) nº. 593/2023 entrará em vigor a partir de 01 de abril de 2024.A norma básica de notificação por inadimplência permanece a mesma: duas mensalidades, consecutivas ou não, não pagas no prazo de 12 meses, até o quinquagésimo dia, são requisitos prévios para a exclusão do beneficiário, assim como para a suspensão ou rescisão unilateral do contrato.

+Leia também: O plano de saúde está caro? Saiba o que fazer para mudar de convênio

Para que seja considerada válida, a operadora deverá conceder o prazo de dez dias, contados da notificação, para que o beneficiário efetue a quitação do débito. Se a assistência médica concordar com o parcelamento do débito, não poderá prosseguir com a rescisão contratual.

É importante destacar que houve uma ampliação dos meios de comunicação prévia, como o correio eletrônico (e-mail) com certificado digital e com confirmação de leitura, mensagem de texto para telefones celulares (SMS), mensagem em aplicativo de dispositivos móveis que permita a troca de mensagens criptografadas, ligação telefônica gravada com confirmação de dados pelo interlocutor, carta, com aviso de recebimento (AR) dos correios.

A ANS garante que a confirmação inequívoca ocorrerá quando o beneficiário responder, seja por SMS ou aplicativo de dispositivos móveis, ou ao retornar o aviso de recebimento (AR) em caso de carta enviada pelos correios. No entanto, se a operadora comprovar que esgotou todas as opções previstas, ela terá permissão para suspender ou cancelar unilateralmente o plano devido à inadimplência, após decorridos dez dias da última tentativa.

Leia também: Dengue: calor, chuva e outro sorotipo criam cenário ideal para a doença

A nova regra também delimitou o teor da notificação ao permitir informações como inscrição do devedor em cadastros restritivos de crédito, cobrança da dívida, bem como a possibilidade de imputação de novos prazos de carência e de cobertura parcial temporária de doença preexistente de 24 meses, de modo a não denotar um tom ameaçador, tampouco de constrangimento ao consumidor.

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Evidentemente, é vedada a rescisão contratual se o usuário, seja titular ou dependente, estiver internado. Todavia, após a alta hospitalar, a operadora está autorizada a prosseguir com o trâmite cancelamento da avença se o consumidor não cumprir a obrigação de quitação da mensalidade.

Neste contexto, a regulamentação dos meios de comunicação e a imprescindibilidade da ciência inequívoca da notificação prévia de inadimplência, em casos de cancelamento, deve impedir condutas abusivas das operadoras de planos de saúde. Nota-se que, após várias denúncias dos consumidores, a Agência pretende sanar uma das falhas regulatórias mais antigas do setor de saúde suplementar.

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Por que os navios de guerra são cinza claro?

Para um observador usando binóculos na praia, em um dia ensolarado, um navio azul da cor do céu talvez sumisse contra a cor do horizonte.

Mas a realidade da guerra é mais lúgubre: neblina, garoa, chuva e águas acinzentadas são mais comuns, e a cor também precisa ser discreta à noite.

Também há o problema de que aviões, submarinos e defesas litorâneas verão o navio contra fundos diferentes, e que o resultado final também varia conforme a posição do atacante em relação ao sol. Por fim, a manutenção tem que ser fácil: idealmente, toda a frota precisa ser da mesmíssima cor. 

Em um manual de 1953 – que já foi liberado por ser antigo –, a Marinha dos EUA explica exatamente quais cinzas são mais eficazes contra cada ameaça, em várias condições de luminosidade, e conclui que dois tons – chamados “cinza névoa” (haze gray) e “cinza oceano” (ocean gray) – são as alternativas mais versáteis. O haze gray é o tom usado até hoje. 

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Essa cinza sem sal também é interessante porque reduz o contraste entre as partes do próprio navio (quando o objetivo é sumir, luz e sombra são tão importantes quanto cor: toda farda tem manchas pretas, porque há sombras entre as flores e galhos da floresta).

Fotografia de navios no porto, por volta de 1918.
<span class="hidden">–</span>Wikimedia Commons/Domínio Público

Já existiram navios com esquemas de cor mais exóticos: na época em que os torpedos andavam em linha reta – e precisavam ser disparados na direção em que o alvo estaria no futuro  –, várias marinhas usaram formas geométricas pretas e brancas para quebrar os contornos do casco e impedir os adversários de calcular a trajetória e a velocidade da embarcação. Com o advento dos torpedos guiados, esse estilão op art caiu em desuso. 

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Você pode ler mais sobre esse e outros tipos de camuflagem disruptiva na nossa matéria sobre a história da camuflagem, aqui no link.

Fonte: documento “Ship Concealment Camouflage Instructions” (1953) da Marinha dos EUA.

Pergunta de saraivasony19, via e-mail.

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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Micróbios interferem na inteligência infantil

Crianças com maior quantidade das bactérias A. obesi, E. eligens e F. prausnitzii, que vivem no sistema digestivo humano, têm maior desempenho cognitivo.

Essa é a conclusão de cientistas da Universidade de Nova York, que analisaram o microbioma de 381 crianças, com até 10 anos de idade, e as submetaram a testes de inteligência verbal e espacial(1).

O estudo também encontrou relação entre o desenvolvimento mental e os níveis de 50 outras bactérias – sendo que uma delas, a S. wadsworthensis, tinha efeito negativo sobre a inteligência.

A análise do microbioma se mostrou tão eficaz, para prever a capacidade cognitiva das crianças, quanto a análise de fatores demográficos (como o nível educacional da mãe).

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Os pesquisadores ainda não sabem explicar por que isso acontece. Mas supõem que as bactérias atuem em certos processos, como a síntese de acetato, que são importantes para o funcionamento do cérebro.

Fonte 1. Gut-resident microorganisms and their genes are associated with cognition and neuroanatomy in children. K Bonham e outros, 2023.

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Respondemos às principais perguntas sobre seu carro

Desde a hora em que você liga o carro até o momento em que chega ao destino, uma série de processos acontece à sua volta. No motor, no entorno das rodas, dentro do veículo e na relação da lataria com o ambiente.

Você não precisa, necessariamente, conhecer a fundo a engenharia de um veículo de passeio para fazer uma viagem segura, mas pode muito bem saber algumas informações que ajudam a conduzir do jeito mais seguro e econômico possível.

Acontece que existem por aí muitos mitos sobre os automóveis. É fácil se confundir. Para ajudar os motoristas, esta lista reúne perguntas e respostas que podem assegurar a longevidade do veículo, especialmente quando o assunto é utilizar a melhor gasolina para garantir o desempenho e a eficiência do motor – um assunto que a Fit Combustíveis conhece bem.

1. Carros automáticos são mais seguros que carros manuais?

Sim, em teoria eles são. O câmbio automático exige menor esforço do condutor, o que representa um diferencial importante – menos desgaste representa menor risco. Por outro lado, o conforto tem um preço: o consumo de combustível aumenta na comparação com o manual. Isso porque a versão automática utiliza um meio hidráulico e um grupo extra de engrenagens que demanda um esforço adicional. A versão manual consome menos e proporciona ao motorista um maior controle do veículo.

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2. O óleo do motor tem que ser trocado a cada 10 000 quilômetros?

Essa é de fato a quilometragem indicada pelos fabricantes da maioria dos veículos para o uso de óleo sintético. Mas não é o único fator: de toda forma, é preciso fazer a troca depois de 12 meses, mesmo que o motorista tenha rodado muito pouco nesse período. Isso acontece porque os aditivos contidos no óleo têm validade e, depois desse tempo, deixam de fazer efeito, mesmo que não tenham sido utilizados. Essa quilometragem vale para o óleo sintético. No caso do óleo mineral, por exemplo, ela é reduzida pela metade ou até os mesmos 12 meses.

3. Gasta mais dirigir com o ar-condicionado ligado?

Depende. Na estrada, é mais vantajoso usar o ar do que rodar com as janelas abertas, já que isso reduz o desempenho aerodinâmico e exige um esforço adicional do motor – o que, é claro, demanda maior consumo de combustível. Quanto mais rápido o carro, maior o prejuízo com os vidros abaixados, já que a resistência do ar aumenta exponencialmente. Agora, na cidade, o ar-condicionado ligado pode, sim, aumentar o consumo, especialmente nos dias mais quentes, quando ele acaba sendo usado com maior intensidade e a baixas velocidades.

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4. Um carro mais pesado gasta mais combustível?

Sem dúvida. Afinal, o motor precisa trabalhar mais para manter o desempenho. Por isso, é bom evitar carregar objetos desnecessários que muitas vezes podem estar esquecidos no porta-malas. Mas, se a lotação for proposital, como em caso de viagens em família, é importante conferir no manual qual a calibragem de pneus mais adequada – sim, ela varia de acordo com a carga transportada, e se não estiver correta, pode provocar desgaste, além de aumentar ainda mais o consumo de combustível.

5. O que é octanagem?

É um nome complicado para um conceito relativamente simples: octanagem é a capacidade do combustível de resistir a altas temperaturas, dentro da câmara de combustão, sem sofrer detonação, o que é especialmente importante para motores de alto desempenho. Eles só vão entregar o máximo de potência para os quais foram fabricados caso sejam alimentados com combustível com a octanagem adequada. Desde 2019, a Fit Combustíveis produz gasolina com octanagem RON 93, que se tornou padrão nacional em janeiro de 2022.

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6. Gasolina aditivada ou comum?

O grau de octanagem delas é o mesmo. O que muda é que a gasolina aditivada conta com detergentes e dispersantes que ajudam a manter limpo o sistema de alimentação do veículo. Mas você sabia que é possível comprar gasolina aditivada de fábrica com o preço da comum? É essa a proposta da Fit Combustíveis, cujo combustível recebe aditivos detergentes e dispersantes ainda durante a fabricação. A companhia também fabrica a gasolina Fit, que recebe uma segunda aplicação de aditivos, anticorrosivos e antioxidantes.

Para saber mais sobre a gasolina aditivada da série da Fit Combustíveis, clique aqui.

7. É seguro abastecer além da trava de segurança da bomba?

Não caia na tentação de pedir que o frentista encha o tanque além da trava – afinal, existe um motivo para ela existir. Qualquer quantidade acima do limite pode danificar o cânister, filtro que utiliza carvão ativado e é responsável por reter os gases gerados pela evaporação do combustível. Inutilizado, esse filtro deixa de cumprir sua função, o que pode provocar uma série de outros problemas no sistema de injeção. O excesso também expõe os profissionais dedicados ao abastecimento a riscos elevados para a saúde.

8. Por que é preciso desligar o carro na hora de abastecer?

Injetar gasolina no tanque com o motor ligado pode prejudicar a mecânica. Mas esse nem é o risco mais grave: manter o veículo em funcionamento durante o abastecimento pode provocar uma explosão no automóvel, com potencial impacto para todo o posto. Afinal, o combustível é inflamável e qualquer faísca pode desencadear um acidente grave. Ou seja: mesmo em dias de calor, em que a tentação de manter o ar-condicionado é grande, é fundamental desligar o carro. Pelo mesmo motivo é proibido acender cigarros e isqueiros durante o uso da bomba. 

9. Qual é a diferença entre etanol e gasolina?

A principal está na eficiência energética: a gasolina tem um rendimento médio até 30% superior ao do etanol, segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Além disso, a gasolina proporciona um ótimo desempenho na limpeza do motor – especialmente a aditivada, composta por detergentes e dispersantes, que, inclusive, contribuem para retirar a sujeira já acumulada no sistema de combustão. Também utiliza anticorrosivos, que diminuem a degradação das partes metálicas. Ao abastecer com a gasolina Fit aditivada de fábrica, o consumidor acessa todos esses diferenciais.

10. Deixar o carro em ponto morto economiza gasolina?

Não economiza. Ao contrário, aumenta o consumo, porque o sistema de injeção eletrônica identifica que o veículo está em movimento e em marcha lenta, o que demanda maior injeção de combustível. O melhor é utilizar o carro engrenado, sem pisar no acelerador, assim o giro das rodas movimenta o eixo e a caixa de câmbio, o que coloca o motor para rodar com menor consumo. A chamada “banguela” também aumenta os riscos para a mecânica e a segurança, especialmente para os freios, mas também outras peças, como a correia dentada e a caixa de câmbio.

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Prescrições do editor: as obsessões nas narrativas do Nobel de Literatura

Dono de um estilo peculiar, denso e ao mesmo tempo fluido, o escritor norueguês Jon Fosse ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2023. Sorte a nossa que as editoras já estão traduzindo e publicando o autor por aqui. É o que podemos conferir em É a Ales (Companhia das Letras) e Brancura (Fósforo), dois livros curtos, porém potentes do premiado. No Brasil, outro romance pode ser encontrado em sebos e livrarias online, Melancolia (Tordesilhas).

E, felizmente, a safra está aumentando: a Companhia das Letras já anunciou a publicação de Trilogia e a Fósforo trará o esperado Septologia.

É a Ales

Autor: Jon Fosse
Tradução: Guilherme da Silva Braga
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 112

Uma mulher espera, um homem se vai, e, na mistura dos tempos e das lembranças, a história e as perdas de uma família no litoral da Noruega nos prendem de frase em frase.

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Brancura

Autor: Jon Fosse
Tradução: Leonardo Pinto Silva
Editora: Fósforo
Páginas: 64

O narrador sai de carro e acaba atolado próximo a uma floresta. Na imersão pela mata, depara com criaturas ou aparições que desafiam o senso de realidade e destilam um ar de transcendência.

Melancolia

Autor: Jon Fosse
Tradução: Marcelo Rondinelli
Editora: Tordesilhas
Páginas: 408

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As angústias de um jovem músico introduzem uma paisagem de histórias com outros cenários, tempos e personagens. Uma sinfonia entre passado e presente se repetindo e se apoderando da nossa mente.

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