quarta-feira, 31 de julho de 2019

Cientistas criam lente de contato que dá zoom

Habilidades robóticas dignas de filmes como “Exterminador do Futuro” parecem estar mais próximas dos humanos. Um estudo publicado esta semana na Advanced Functional Materials apresentou um protótipo de lentes de contato que permitem dar zoom em determinados objetos.

As lentes são bem fáceis de usar: o indivíduo deve piscar duas vezes seguidas para dar zoom e repetir o mesmo procedimento para voltar à visão normal. Isso só é possível devido à diferença de potencial elétrico entre a parte da frente e de trás do globo ocular. O olho tem um campo elétrico que pode ser medido quando realizamos determinados movimentos, como olhar para a esquerda, direita ou piscar.

O que o protótipo faz é identificar os sinais elétricos do movimento (no caso, as duas piscadelas) e traduzi-lo no zoom. As lentes são feitas de um material flexível parecido com o cristalino a parte do olho responsável pelo foco. Ao receber os sinais, as lentes são capazes de mudar de forma para alterar sua distância focal em até 32%. 

Mas antes de começar a se imaginar com um olho biônico, é bom saber que por enquanto o protótipo só funciona em conjunto com eletrodos colados nas têmporas do paciente (e convenhamos que a maioria das pessoas não quer sair de casa parecendo a Eleven de Stranger Things). São eles que captam os sinais elétricos, mas terão que ser substituídos por aparelhos menores ou incorporados à própria lente antes que ela esteja disponível ao público.

Essa não é a primeira vez que a ciência desenvolve “lentes inteligentes”. Em 2013, pesquisadores criaram uma lente de contato que também era capaz de dar zoom somente com uma piscada a diferença é que o usuário precisava usar um óculos eletrônico por cima dela, anulando um dos principais propósitos da lente de contato: ser discreta.

Ainda mais recentemente, uma pesquisa realizada pela Universidade de Stanford criou óculos que ajustam o foco automaticamente usando apenas o movimento do olhar do usuário. O inconveniente, mais uma vez, é que eles não são muito discretos parecem mais um headset de realidade aumentada. Se você quiser continuar saindo de casa sem chamar muita atenção, é melhor se contentar com os óculos e lentes normais por enquanto.


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Incêndios na África fornecem nutriente para a Floresta Amazônica

Era um senso comum científico que a maioria do fósforo utilizado pelas árvores da floresta amazônica chegava lá com a poeira do deserto do Saara. Pensamos assim durante muito tempo, mas quase nenhum cientista havia se proposto a medir quantas partículas de poeira de fato vinham parar na América do Sul de carona com o vento transatlântico. Uma equipe de cientistas fez isso — e descobriu algo surpreendente.

A maioria do fósforo presente na Amazônia não é proveniente da areia do Saara, mas da queima de madeira na África subsaariana. “Fumaça gerada pela queima de biomassa africana foi uma fonte muito importante não só de fósforo, mas formas solúveis de fósforo, que estão prontamente disponíveis para processos biológicos”, disse à New Scientist a especialista em ciências atmosféricas Cassandra Gaston, da Universidade de Miami.

Também participaram do estudo pesquisadores da Universidade Cornell e da ATMO, associação que monitora a qualidade do ar na Guiana Francesa. Para determinar com exatidão quanto de fósforo da África cruzava o oceano e qual era sua fonte, a equipe instalou filtros no topo de uma colina na Guiana Francesa, nordeste da Amazônia. Eles notaram que, quanto mais fumaça chegava, maior era a quantidade do elemento nos filtros.

Imagens de satélite foram utilizadas para monitorar os fluxos de fumaça atravessando o oceano em correntes de ar — ela vem de florestas pegando fogo ou pessoas queimando madeira em regiões mais ao sul da África. Cozinhar em fogão a lenha é uma realidade comum nas casas africanas. Ao longo do ano, contudo, a coisa muda um pouco de figura. No nosso outono, a maior fornecedora de fósforo é mesmo a areia do Saara.

Mas só 5% dele chega aqui solúvel. É na primavera que a queima de biomassa faz a diferença. Nessa época registra-se os menores níveis de transporte de poeira saariana do ano. Com base nos resultados, publicados nesta segunda (29) no periódico PNAS, os pesquisadores concluíram que a fumaça subsaariana deposita metade da quantidade anual de fósforo que vai parar na Amazônia, e é a principal fonte de fósforo solúvel.

O elemento é vital para o bom funcionamento do metabolismo das plantas, tendo papel relevante em processos como a fotossíntese, respiração e armazenamento de energia. Parece estranho, mas o ato de fazer comida na África ajuda a fertilizar, em outro continente, a maior floresta do planeta — e um dos principais pontos de sequestro de carbono. Será preciso estudar mais as implicações do efeito, já que a população africana está crescendo.

 


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Entenda de uma vez: Mais-valia

Quem vive num mundo como o nosso, onde há mais gente morrendo por excesso de comida do que por falta dela e no qual até os rincões mais miseráveis da África e da Índia já foram invadidos por smartphones, tem muita dificuldade de imaginar como se vivia meros 300 anos atrás. A característica mais importante das economias pré-modernas era a de que, em geral, não sobrava muita coisa depois que todo mundo comia – se e quando todo mundo conseguia comer, lógico.

Ok, grandes impérios, bem administrados, conseguiam produzir excedentes e usá-los para financiar obras literalmente faraônicas, como as pirâmides do Egito. Mas a coisa não ia muito além disso. Dava para pagar os pães e a cerveja que alimentavam aquele mundão de camponeses arrastando pedra na beira do Nilo, mas era muito raro que alguém conseguisse pensar em métodos mais rápidos e eficazes para assar pão ou produzir cerveja. A produtividade da economia, em outras palavras, quase nunca aumentava.

As coisas começaram a mudar para valer a partir da segunda metade do século 18, quando o uso cada vez mais intenso da tecnologia para produzir bens (em especial a tecnologia das máquinas a vapor) permitiu que acontecessem duas coisas. Agora era muito mais rápido e barato produzir roupas, por exemplo. Ao mesmo tempo, o chamado acesso aos meios de produção – as máquinas que permitiam fabricar produtos desse jeito rápido e barato – tornou-se tão caro que só uns poucos caras cheios da grana podiam controlar a tal produção. O sujeito até podia tentar continuar usando seu lindo tear manual para fazer tecido em casa e vender de porta em porta, mas competir em preço com a nova fábrica movida a vapor? Nem sonhando. E, esmagado pela concorrência, lá se ia o coitado pedir emprego na tal fábrica.

É aqui que chegamos ao cerne da ideia de mais-valia, desenvolvida originalmente pelo pensador alemão Karl Marx (1818-1883). Nas novas condições do trabalho industrializado, o aumento brutal da eficiência da produção faz com que os operários consigam produzir bens com um valor econômico muito superior ao custo de contratar esses mesmos trabalhadores.

Uma conta hipotética é capaz de dar a dimensão disso de um jeito bem claro. Imagine que 50 operários conseguem produzir, num dia, 200 pares de sapatos (quatro pares de sapato por operário, o que é pouco, mas talvez estivesse no nível de produção do começo da era industrial). Esses sapatos custam R$ 10 para serem produzidos e são vendidos pela fábrica por R$ 20 para comerciantes da região. O lucro diário da fábrica é, portanto, de R$ 2.000; o mensal (assumindo que a fábrica nunca pare) é de R$ 60 mil. Se cada operário ganhar um salário de R$ 1.000, o gasto da fábrica com salários é R$ 50 mil. Os outros R$ 10 mil sobram na mão do dono.

Quem controla os meios de produção fica com a parte do leão dos lucros porque há essa “sobra”, essa capacidade de gerar valor que ultrapassa o que é pago ao trabalhador para realizar o serviço. Essa é a tal mais-valia, e com isso é possível quebrar a barreira invisível que mantinha as economias pré-modernas presas ao chão: o fato de que quase tudo o que era produzido acabava sendo consumido pelas necessidades de subsistência.

E, claro, de lá para cá, a eficiência tecnológica e logística que permitiu que a mais-valia decolasse como impulsionadora da economia só aumentou. É isso que explica a presença de smartphones e internet móvel nas favelas do Rio ou de Bangladesh ou o fato de que até as camadas mais humildes da população consomem carne em níveis inimagináveis para um camponês de Idade Média. É um aumento da prosperidade? É. Mas tem o outro lado. A mais-valia também descreve a exploração dos trabalhadores – que ganham o mínimo possível, e muitas vezes nem podem comprar o que produzem, enquanto os patrões ficam inimaginavelmente ricos. Marx achava que isso era insustentável, e o sistema capitalista acabaria se autodestruindo para dar lugar ao comunismo.


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Novos remédios nem sempre são melhores, diz estudo

Para chegar ao mercado, os novos medicamentos precisam passar por várias baterias de testes clínicos e obter a aprovação das autoridades regulatórias, que analisam os resultados dessas pesquisas e avaliam a segurança e a eficácia de cada droga. Mas, segundo um estudo publicado por cientistas alemães, esse processo pode estar falhando – e permitindo o lançamento de produtos que não apresentam vantagens concretas. 

A pesquisa, que foi realizada pelo Institut für Qualität und Wirtschaftlichkeit im Gesundheitswesen (“Instituto para a Qualidade e a Eficiência na Saúde”) e publicada no British Medical Journal, analisou a literatura médica acerca de 216 medicamentos lançados no mercado alemão desde 2011. E chegou a uma conclusão espantosa: em 57,8% dos casos, não há provas de que o novo remédio seja mais eficaz do que seu antecessor. 8,8% dos remédios demonstraram uma vantagem “pequena”, 15,3% “considerável”, e apenas 9,7% comprovaram ganho de eficácia “alto” quando comparados aos anteriores.

A descoberta é especialmente surpreendente porque, ao determinar o grau de eficácia de um novo medicamento, as autoridades regulatórias costumam levar em conta sua performance comparada a outras drogas. 

Ouvida pela revista New Scientist, a associação da indústria farmacêutica inglesa criticou o estudo, dizendo que ele “tem uma visão muito restrita” e ignora “questões importantes para os pacientes” (sem enumerar quais seriam elas). O lançamento de medicamentos cada vez mais caros, e que nem sempre apresentam ganhos significativos de performance, é uma das críticas mais comumente feitas ao setor. 


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Obrigado, Frida!

por André Biernath, repórter e autor da atual reportagem de capa da Revista SAÚDE que conta a história de Frida

Uma das cenas mais vívidas de meus primeiros anos de vida aconteceu na casa de meus avós paternos. Eu tinha uns 4 anos e me sentia apertado para fazer xixi. A porta do banheiro estava trancada e, após tanto empurrar, consegui finalmente vencer o trinco e entrar no cômodo. Mas a cena que vi me deixou paralisado: minha avó Michelina estava tomando banho e, em seu peito, eu reparei a extensa cicatriz de uma cirurgia recém-realizada, que retirara um câncer junto de uma de suas mamas. Saí correndo assustado, enquanto ela ria, com a leveza de suas seis décadas de vida.

Poucos meses depois desse episódio, minha avó não suportou a doença que atinge 59 mil mulheres brasileiras todos os anos e mata 16 mil delas. Talvez, se o tumor tivesse sido detectado alguns anos depois, o tratamento seria completamente diferente: em poucas décadas, vimos uma verdadeira revolução no tratamento deles. As cirurgias se tornaram menos invasivas. Os remédios são mais efetivos, com o benefício extra de menores efeitos colaterais. Há uma preocupação cada vez maior não só com o ataque a uma doença, mas ao bem-estar do paciente.

Mas por que recordo essa história aqui? Primeiro, para lembrar que nossa vida é finita. Segundo, para fazer uma justa homenagem à Elfriede Galera, ou simplesmente Frida. Há poucas semanas, nós conversamos longamente sobre sua trajetória tão inspiradora: ela descobriu há nove anos um câncer de mama avançado, com metástase em três órgãos. Desde então, vinha enfrentando a doença com a cabeça erguida e muita força de vontade.

Vi a Frida pela primeira vez no programa “Conversa com Bial”, na Rede Globo. Pouco tempo depois, por coincidência, estive num evento em que ela foi uma das palestrantes. Ela tinha uma personalidade única. Parecia um imã capaz de atrair, inspirar, encorajar e empoderar as pessoas que travavam algum tipo de contato com ela. Virou símbolo e exemplo de uma luta pelos direitos do paciente e pela vontade de viver.

Frida não se limitou a fazer a quimioterapia e os demais tratamentos que o médico recomendou. Com muita garra, foi atrás de estudos clínicos que testavam novos remédios e foi voluntária para ver se eles realmente funcionavam. Criou um instituto que levava mulheres com câncer de mama para velejar por um dia na represa ou no mar aberto. Disponibilizava um serviço de Whatsapp para conversar e tirar dúvidas de filhos cujos pais estavam passando pela mesma situação dela. A mulher era realmente incansável.

Com uma história tão bonita, Frida foi o primeiro nome em que pensei para sugerir como modelo da atual capa da Revista SAÚDE. Com a chamada “A Vida Vence o Câncer”, a reportagem tenta retratar esse movimento revolucionário que ocorre atualmente na oncologia: mais do que tratar uma doença, é preciso cuidar de um ser humano que está por trás de tudo aquilo, com suas aflições e vontades.

Lógico que no primeiro convite ela já topou ser o símbolo dessa mudança. Ninguém mais faria esse papel com tanta maestria. Na sessão de fotos, ela emocionou fotógrafos, produtores e designers ao dividir sua história de um jeito tão delicado e alegre.

No finalzinho de nosso bate-papo, que aconteceu no dia 19 de junho, há pouco mais de um mês, ela falou sem tabus sobre a morte. “Quando meu organismo não suportar mais as drogas, é hora de parar e morrer. Eu sou consciente disso e respeito os limites do meu corpo”. Esse momento chegou na tarde de ontem, dia 30 de julho de 2019.

Senhora de si, Frida determinou a sua trajetória e morreu no Hospital Pérola Byington, em São Paulo, como desejava: sem dor e respeitando seus próprios limites. Seu marido, Jadyr Galera, comunicou seu falecimento pelas redes sociais. Ficam aqui as condolências e abraços meus e de toda a equipe da revista.

Mais que o devido respeito nesse momento de perda de uma figura tão singular, gostaria de fazer uma justa homenagem. Frida, nós deixamos aqui nosso agradecimento por você ter mostrado a todos que o câncer não é esse bicho de sete cabeças. Que, junto com os profissionais de saúde, nós somos capazes de enfrentá-lo e viver uma vida boa, ao lado de quem a gente ama de verdade. Que é possível adaptar os sonhos e seguir em frente. Que é preciso ter leveza, sem medo de enfrentar barreiras e tabus. Que sempre é possível vencer o câncer.

Obrigado por tudo. E que todos nós sejamos mais Frida em nossas vidas.


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terça-feira, 30 de julho de 2019

Estudo faz revelação preocupante sobre o Acordo de Paris

É necessário um verdadeiro mutirão global para reduzir significativamente os gases de efeito estufa lançados todos os anos na atmosfera. Tentar frear o aquecimento global para que fique abaixo dos 2°C pré-estabelecidos exige que cada um faça sua parte. Foi o mecanismo que a ONU escolheu para o Tratado de Paris: cada país colabora como pode. Só que uma pesquisa acaba de revelar que essa tática não está funcionando tão bem quanto se imaginava.

Para entrar no tratado internacional, cada país teve que criar sua versão do documento chamado oficialmente de NDC (Contribuições Determinadas em Nível Nacional). Eles nada mais são do que a formalização dos planos de ação climática em que os países se comprometem a reduzir suas emissões domésticas — e prestam contas sobre como pretendem fazer isso. Cada país tem liberdade para escolher sua própria estratégia.

O problema é que, ao que tudo indica, a autonomia quase total tem atrapalhado este processo. Sem uma padronização clara definindo um denominador comum para as metas, fica difícil compará-las – ou mesmo identificar se não passam de pura enrolação. É o que demonstra um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona, que aponta a falta consistência e transparência em diversos planos de ação climática nacionais.

“O Acordo de Paris foi um passo na direção certa para as políticas climáticas internacionais, mas em sua forma atual, é na melhor das hipóteses inadequado, e na pior delas, grosseiramente ineficiente”, disse em comunicado Lewis King, autor principal da pesquisa publicada nesta sexta (26) no periódico Environmental Research Letters. Para entender o que estava errado, os cientistas categorizaram e padronizaram as tais NDCs.

Vamos iniciar tomando como exemplo o caso de Rússia, Índia e Paquistão. Todos se comprometeram em reduzir suas emissões em um percentual determinado. Mas a Rússia usou como parâmetro as emissões de um ano base do passado, enquanto a Índia definiu um critério atrelado ao PIB, e o Paquistão prometeu não lançar uma certa quantidade de carbono na atmosfera tomando como base um cenário “business as usual” — explicaremos melhor o que isso significa logo mais.

Para facilitar o entendimento de cada estilo de proposta, a pesquisa dividiu as promessas do clima de cada país em quatro categorias. A primeira segue o formato da Rússia: reduzir a emissão absoluta em um ano alvo do futuro tendo como base um ano do passado — ou seja, conseguir retroceder, até 2025, para os níveis de carbono de 1990, por exemplo.

Outro caminho é mirar em uma redução percentual em um cenário sem imprevistos, como se comprometeu a fazer o Paquistão. É como se o governo que adotasse esse estilo  dissesse “eu lançaria um percentual X de gases nocivos até 2030, em vez disso, considerando que nada mude até lá, vou lançar só metade”.

Há também o modelo indiano, que trabalha com a redução das emissões usando o crescimento do PIB de um determinado ano como referência. E, por fim, existem os projetos que não apresentam alvos claros de redução. Jeroen van den Bergh, co-autor do artigo, critica o grau de relativização das NDCs. “O formato atual dos compromissos significa que é difícil avaliar e comparar com precisão o que significam em termos práticos”, afirma.

As análises demonstraram que todos os três países tomados como “modelos”, Rússia, Índia e Paquistão, irão aumentar substancialmente suas emissões até 2030. “Descobrimos que a América do Norte e a UE são as únicas regiões visando reduções absolutas nas emissões”, afirma King. “No Oriente Médio, Norte da África e Sul da Ásia, aumentos substanciais são esperados.”

Os autores da pesquisa adotaram uma metodologia  que toma como base os níveis de emissões de 2015 e projeta números positivos ou negativos para o futuro. Eles concluíram que o formato de NDC que produz os resultados mais eficientes é o comprometimento de redução absoluta com ano alvo e ano base. É aquilo que se propôs o Brasil: nossa meta é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 2025 para 37% abaixo dos níveis de 2005. As outras três categorias citadas aumentam as emissões entre 29% e 53%.

A conclusão que fica é que abordagem “de baixo para cima” do Acordo de Paris, que aposta em iniciativas a nível nacional para responder ao desafio climático  ao invés de cravar uma meta única para todos os casos – é valida. Permitir que cada um colabore como pode, afinal, é uma forma de assegurar a colaboração de todos. Mas sem melhorias no processo e na forma como a questão é tirada do papel, todo o esforço pode acabar sendo em vão.


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Cientistas criam curativo que usa temperatura corporal para acelerar cicatrização

Limpar e proteger feridas da maneira correta pode ser crucial para evitar que elas piorem. Antes, as tentativas limitavam-se a cuidar bem dos machucados: lavar a região com água e sabão, colocar um curativo e esperar cicatrizar.

Mas esses cuidados com as feridas evoluíram, e os chamados “curativos inteligentes” viraram moda. Alguns deles, como os que usam impulsos elétricos para acelerar a cicatrização, ainda estão sendo testados em laboratório; outros, mais simples, já foram até usados em guerras. Agora, cientistas da Universidade Harvard adicionaram outro modelo à lista: o curativo que usa o calor corporal para acelerar a cicatrização.

Batizados de AADs (active adhesive dressings, ou curativos adesivos ativos), eles são feitos de hidrogel elástico e acumulam uma lista de vantagens: aderem bem à pele, são mais resistentes, antimicrobianos e sensíveis ao calor.

De acordo com os pesquisadores, que detalharam a invenção na revista científica Science Advances, os AADs se contraem quando estão em contato com a pele e podem fechar feridas significativamente mais rápido que outros métodos, além de prevenir a proliferação de bactérias sem a necessidade de qualquer outro medicamento.

Os cientistas defendem, ainda, que os curativos não são úteis apenas para ferimentos superficiais, mas funcionam também em tecidos internos, como o coração – e podem servir para levar medicamentos e até ajudar em terapias que usam robótica médica (algo que você pode entender melhor lendo este texto da SUPER).

Segundo os pesquisadores, a invenção foi inspirada na pele de embriões humanos (fetos), que é capaz de se curar completamente sem formar tecido cicatricial. Em português: a partir do momento em que saímos do útero, precisamos passar por um longo processo de cicatrização para fechar uma ferida. Esse ritual todo (que você pode ler em detalhes aqui) geralmente envolve combate a inflamações e a formação de uma cicatriz. Nos embriões, no entanto, o papo é outro: suas células conseguem produzir fibras da proteína actina, que faz a pele se contrair rapidamente para unir as bordas da ferida antes da formação de cicatriz – como se fosse uma “mochila sendo fechada”, na metáfora dos cientistas.

Com o objetivo de imitar esse mecanismo, os pesquisadores adicionaram à fórmula do hidrogel usado no curativo um polímero conhecido como PNIPAm. Ele tem como característica repelir moléculas de água e encolher a uma temperatura de 32 ºC (mais ou menos a da pele humana). O novo hidrogel híbrido, assim, consegue contrair quando exposto à temperatura corporal. O material é capaz de transmitir a força dessa contração ao tecido da pele, que também se contrai, fazendo com que a ferida se feche mais rápido.

Até agora, testes realizados em peles de animais foram um sucesso. “O AAD aderiu à pele de porco com mais de dez vezes a força adesiva de um Band-Aid e impediu o crescimento de bactérias, por isso esta tecnologia já é significativamente melhor do que os produtos de proteção de ferimentos mais usados, mesmo antes de considerar suas propriedades de fechamento da ferida”, disse Benjamin Freedman, um dos autores do estudo, em comunicado. Em testes com ratos, as feridas ficaram 45% menores com o uso dos ADDs. “Esperamos realizar outros estudos pré-clínicos [em laboratório] para demonstrar o potencial do AAD como um produto médico, e então trabalhar para colocá-lo no mercado”.


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Sputnik, Laika e Gagarin

Estátua no Reino Unido foi removida por ser “popular demais”

Reumatismo não piora no frio, mas as dores aumentam. E agora?

Os portadores de artrite reumatoide, fibromialgia, lúpus e tantas outras doenças que afetam cartilagem e articulações já sabem: é só o frio chegar que a dor aumenta consideravelmente. Mas, se há uma boa notícia aqui, é a de que a doença em si não piora com o inverno ou as temperaturas baixas.

“Não existem evidências de que a inflamação se intensifique ou de que a lubrificação das juntas seja prejudicada, como diz a sabedoria popular”, aponta José Eduardo Martinez, reumatologista da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

Só que isso não livra a pessoa de sofrimentos. “No frio, há uma tendência de os músculos ficarem mais contraídos e menos flexíveis, o que pode provocar dor”, aponta o médico. Junto com uma doença reumatológica e a inatividade física, que costuma reinar no período, a rigidez da musculatura intensifica os desconfortos.

Outra coisa que muda no frio é a circulação: as veias e artérias ficam mais apertadas. “Essa vasoconstrição pode gerar espasmos musculares e sensação de dor”, destaca Martinez.

O que fazer para evitar dores no frio

Se por um lado dá para ficar tranquilo sabendo que a doença não piorou, por outro é bom criar estratégias para lidar com os incômodos. A primeira é não deixar de se exercitar.

“A atividade física compatível com a capacidade de cada um não só melhora o estado dos músculos e a circulação, como atua na regulação do sono e do humor, fundamentais para o controle da dor”, ensina Martinez.

Outros hábitos analgésicos, assim por dizer, envolvem manter uma alimentação equilibrada, vestir roupas quentinhas e tomar banhos com água morna.

Maneire nos medicamentos

Quem vive com dores crônicas frequentemente apela para os fármacos favoritos sem consultar o médico antes. “Mas muitos remédios, se ingeridos indiscriminadamente, podem ter efeitos colaterais importantes”, alerta Martinez. Além disso, eles chegam a perder a eficácia quando usados de maneira abusiva.

Ou seja, vale conversar com o doutor para saber qual a abordagem que melhor vai aliviar esse incômodo que surge mais forte no frio. Sabendo que o inverno certamente vem, dá para planejar o manejo da dor com o especialista antes mesmo de ele chegar, certo?


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Conta do Twitter quer mostrar como árvore responde a mudanças no clima

O que uma árvore pode dizer sobre o clima do planeta em uma determinada época? A resposta é: muita coisa. A partir do ritmo de crescimento da planta, registrado na largura dos anéis em seu tronco, é possível saber se um certo ano foi mais quente ou registrou temperaturas mais baixas – se contou com poucas chuvas, ou se o nível de umidade foi acima da média. A velocidade com que ela retira água do solo e a distribui para as folhas, da mesma maneira, pode indicar o quanto vem retendo gás carbônico, por exemplo.

Pensando nisso, pesquisadores americanos criaram um diário que mostra como uma árvore pode ser um retrato fiel do ambiente. O organismo escolhido é um representante de peso: um carvalho-vermelho de 26 metros de altura, que vive há 99 anos na floresta-laboratório mantida pela Universidade Harvard em Petersham, nos Estados Unidos. E a ferramenta que serve como diário de bordo é nada menos do que um perfil no Twitter.

Sensores presos na árvore enviam dados para um software, que está conectado a um algoritmo. Este algoritmo, então, tem a função de alimentar a página do carvalho na rede social. As postagens começaram no último dia 17 de julho e dão atualizações sobre aspectos como a taxa de crescimento de seu tronco, temperatura, velocidade do vento e umidade. Você pode acompanhar tudo seguindo a conta @awitnesstree.

“Neste ano, meu tronco cresceu 1.5 milímetros em seu diâmetro. A partir da metade do verão, meu ritmo de crescimento começa a diminuir”, disse no dia 23 de julho. No dia anterior, 22 de julho, o recado era sobre a mudança de tamanho ao longo do mês atual: “meu tronco cresceu 0.255 milímetros até agora, e meus galhos, 0.279 milímetros”.

Há, também, registros sobre a temperatura local. “Ontem estava muito quente. Com uma média diária de 27 °C, foi o 24° dia mais quente que eu me lembro já ter presenciado”, tweetou o perfil, no dia 21 de julho. Tudo feito sempre em primeira pessoa, como se o próprio carvalho centenário tirasse um tempinho para atualizar quem o segue em seu microblog.

“O organismo vivo mais velho com um perfil em rede social que se tem notícia; um embaixador da vida em um ambiente em mudança”, escreve a Universidade Harvard na página dedicada ao projeto. Quanto à história de ser o espécime mais antigo a marcar presença em uma mídia social, há outros que reivindicam esse título. A árvore-testemunha está, por exemplo, atrás deste fóssil de T-Rex com 67 milhões de anos que, além de dar as caras no Twitter, vive no Museu Field de História Natural de Chicago (EUA). Mas que o tal carvalho-vermelho pode, sim, ser um retrato das mudanças climáticas preciso como poucos, disso não há dúvida.


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Melhores Hashtags para Instagram: Como Escolher As Suas em 2019

mãos fazendo o símbolo de hashtag

Olhando para o feed, é fácil perceber quem sabe usar hashtags para Instagram e quem ainda não entende bem a importância delas.

Existe aquele usuário que prefere ser discreto, usar poucas hashtags ou até mesmo ignorá-las por completo.

E também aquele que usa várias ao mesmo tempo e acaba gerando confusão nos seguidores.

Dá para identificar ainda um terceiro tipo de Instagrammer: o perfil que se empolga e cria hashtags para tudo.

Tudo depende da estratégia, é claro, mas há um aspecto que você precisa levar em conta.

As hashtags devem ser usadas, mas de forma correta.

E isso passa não apenas por saber quais são as top hashtags do Instagram, as preferidas dos usuários.

O principal é conhecer as diretrizes da própria plataforma e ajustar a estratégia aos seus objetivos.

Você quer hashtag para ganhar seguidores no Instagram, para aumentar o alcance de suas postagens ou para promover a sua marca?

Seja qual for o caso, elas são fundamentais para levar fotos e vídeos para um público mais amplo nessa rede social de forte apelo visual.

Se você tem dúvidas sobre quais delas são mais adequadas para o seu projeto, dedico este artigo para você.

Vou explicar desde o que são hashtags até como escolher as suas.

E você não vai terminar a leitura sem descobrir quais são as hashtags mais usadas no Brasil e no mundo.

Vem comigo!

O que são hashtags para Instagram?

homem fotógrafo fazendo símbolo de hashtag com as mãos

Antes de falar sobre hashtags para Instagram, vou explicar o significado do termo hashtag.

Com origem em inglês, hash quer dizer jogo da velha, enquanto tag significa etiqueta.

Ao juntar prefixo e sufixo, temos a palavra hashtag, que não tem uma boa tradução (etiqueta de jogo da velha?), mas nem por isso deixa de ser amplamente popular.

Com origem no Twitter, em 2007, desde que surgiram, as hashtags funcionam como uma maneira simples e rápida de categorizar posts.

Permitem que os conteúdos sejam apresentados para os usuários certos.

Nas redes sociais, cada hashtag é formada pelo símbolo de jogo da velha # seguido por uma frase curta ou palavra-chave.

Mas, no Instagram, elas ganham superpoderes.

Funcionam como localizadoras de conteúdos, permitindo que seus posts, fotos ou vídeos possam ser encontrados por qualquer usuário.

Isso, claro, se as suas publicações não forem privadas.

Com um clique sobre a hashtag, qualquer pessoa pode ter acesso a uma postagem.

Mas a mágica não para por aí.

As hashtags para Instagram fazem mais do que tornar um link clicável: elas geram tráfego.

Quando uma publicação no Instagram faz uso de ao menos uma hashtag, ela promove 12,6% mais engajamento do que um post que não usa.

Conheça outros benefícios de usar hashtags com uma estratégia bem desenvolvida:

  • Ajudam você a atingir o público-alvo que deseja
  • Aumentam as curtidas em suas fotos e vídeos
  • Melhoram o engajamento do seu perfil
  • Promovem uma imagem positiva do seu negócio
  • Você ganha mais seguidores do seu nicho.

Quer ser notado na rede social?

Então, o primeiro passo é aprender a usar hashtags corretamente.

Como usar hashtags no Instagram?

ilustração de boneco pintando uma hashtag

No Instagram, as hashtags podem usadas tanto na descrição dos posts quanto na biografia, em comentários, no IGTV ou nos Stories.

Seja qual for a sua escolha, veja agora algumas dicas básicas para apostar nessas marcações tão importantes para a sua estratégia.

  • Sempre comece a hashtag com o símbolo #
  • Não inclua espaço no meio dela
  • Nem caracteres especiais como %, $ e *
  • Se quiser, combine o uso delas com emojis – mas com moderação, é claro.

O que você precisa ter em mente é que as hashtags devem facilitar a descoberta dos seus posts no Instagram.

Por isso, devem estar relacionadas ao assunto abordado por eles.

Nas publicações do feed, elas podem ser inseridas tanto na legenda dos seus posts quanto nos comentários.

O que mais recomendo é a segunda opção, pois isso evita que as pessoas vejam automaticamente a lista completa de hashtags que você está usando.

Para esconder o ouro, você pode usar um plano B.

Uma daquelas malandragens que só os ratos das redes sociais conhecem.

Aqui vai ele! Copie e cole estes pontos em um bloco de notas e insira-os sempre antes das hashtags de cada post:

Dica: Insira depois deles a lista de hashtags de sua preferência e o Instagram encurtará o comentário com um “[…]”

Qual o limite de hashtags?

mão feminina segurando smartphone acessando o aplicativo instagram

As hashtags para Instagram são limitadas a 30 por post.

Então, nem perca seu precioso tempo: você não vai conseguir postar mais do que isso.

Aliás, se alcançar as 30 hashtags, é provável que seu post fique prejudicado, pois o excesso de termos pode causar confusão.

Antes de partir para a busca das melhores hashtags no Instagram, minha dica é que leve em consideração esse limite.

Assim, pode focar naquelas que considera mais relevantes para que possa atrair o público desejado.

Essa limitação na quantidade de hashtags no Instagram ajuda a prevenir possíveis spams na rede social e a aumentar o número de conteúdos relevantes.

Como encontrar as melhores hashtags no Instagram em 2019?

mão feminina segurando hashtag amarela em fundo verde

Para encontrar as melhores oportunidades de hashtags, use a criatividade e inicie suas pesquisas dentro do Instagram.

Você pode começar pelo seu próprio nicho de mercado.

Também vale pesquisar sobre quais são as hashtags para Instagram mais utilizadas por influenciadores da sua área.

E observe ainda as dos concorrentes.

Toda vez que você inserir uma # seguida por uma palavra ou pelas primeiras letras dela terá acesso a várias possibilidades no campo de busca. Cabe a você selecionar as melhores delas.

Para não perder o costume, trago agora uma lista de dicas para achar as melhores hashtags do Instagram em 2019:

  • Atualize sua bio com as hashtags que definem seu perfil, seja você um simples usuário, empresa, freelancer ou influenciador digital
  • Inclua pelo menos uma hashtag de localização, como a cidade em que está, pois isso ajuda a segmentar ainda mais seus posts
  • Pesquise sobre a sua audiência para investigar o que estão buscando
  • Faça testes ao incluir hashtags que os concorrentes usam para ver o que gera mais engajamento
  • Inclua neles as hashtags mais usadas pelos influenciadores do seu nicho
  • Misture hashtags em inglês com hashtags em português para avaliar quais opções gerar mais retorno
  • Use buscadores de hashtags, como o Postcron, Tagboard ou Rite Tag, para encontrar sugestões relacionadas aos seus posts.

Como usar hashtags no Stories?

stickers para uso da hashtag no instagram stories

Existe uma tendência crescente de usuários que preferem o Stories do que as publicações do feed.

Então, por que não usar hashtags no Instagram Stories?

É uma estratégia valiosa, considerando o aumento da popularidade das histórias que se autodestroem em 24 horas.

Quando um usuário toca na hashtag que você incluiu no Stories, pode visualizar todas as outras histórias públicas que usaram a mesma hashtag.

Um detalhe importante é que, assim como no feed, as pessoas só poderão visualizar suas histórias se estiverem públicas.

Então, não adianta querer alcançar um público mais amplo se o seu perfil está 100% privado.

Além de deixar suas configurações de privacidade públicas, você pode aproveitar os recursos do próprio Instagram para enriquecer as histórias.

Alguns exemplos são os famosos filtros e stickers disponíveis por lá.

Agora tem até um adesivo especial chamado #Hashtag, que permite o uso de hashtags personalizadas.

É uma forma de popularizar aquela que usa para a sua marca ou qualquer outra que queira que viralize.

Quais as hashtags mais usadas no Instagram?

ilustração de casais com hashtag mais usada no instagram

Precisa de inspiração?

De acordo com o Metricool, as 10 hashtags mais usadas no Instagram em 2019 são:

  1. #love (amor)
  2. #instagood (para postar sobre as coisas boas da vida)
  3. #photooftheday (foto favorita do dia)
  4. #fashion (moda)
  5. #beautiful (beleza)
  6. #happy (felicidade)
  7. #like4like (ganhar curtida a cada curtida que você der)
  8. #picoftheday (foto favorita do dia)
  9. #tbt (throwback thursday – quinta-feira da lembrança para relembrar algo bom)
  10. #art (arte).

Em 2018, elas incluíam ainda:

  • #cute (coisas fofas)
  • #me (selfies)
  • #follow (para atrair novos seguidores e seguir novos usuários).

As 5 hashtags mais usadas no Brasil

ilustração de #tbt

Na retrospectiva de 2018, o Instagram apresentou não só as hashtags mais usadas no mundo e no Brasil.

Mas, também, que os brasileiros estavam no top 5 dos usuários que mais postavam sobre Carnaval, Copa do Mundo e #tbt.

Veja as 5 hashtags mais usadas no Brasil:

  1. #tbt
  2. #love
  3. #brasil
  4. #amor
  5. #instagood.

E as hashtags que mais cresceram no país:

  1. #brasil
  2. #modafeminina
  3. #carnaval2018
  4. #copadomundo
  5. #lookdodia.

As 100 hashtags mais usadas para ganhar curtidas

mulher sentada em sofá segurando grande símbolo de hashtag

Segundo estatísticas do Webstagram e do Instagram Analytics estas são as hashtags mais populares do Instagram no mundo. Ou seja, funcionam para que possa ganhar mais curtidas em seus posts:

  1. #love
  2. #instagood
  3. #photooftheday
  4. #fashion
  5. #beautiful
  6. #happy
  7. #cute
  8. #tbt
  9. #like4like
  10. #followme
  11. #picoftheday
  12. #follow
  13. #me
  14. #selfie
  15. #summer
  16. #art
  17. #instadaily
  18. #friends
  19. #repost
  20. #nature
  21. #girl
  22. #fun
  23. #style
  24. #smile
  25. #food
  26. #instalike
  27. #likeforlike
  28. #family
  29. #travel
  30. #fitness
  31. #igers
  32. #tagsforlikes
  33. #follow4follow
  34. #nofilter
  35. #life
  36. #beauty
  37. #amazing
  38. #instamood
  39. #instagram
  40. #photography
  41. #vscocam
  42. #sun
  43. #photo
  44. #music
  45. #beach
  46. #followforfollow
  47. #bestoftheday
  48. #sky
  49. #ootd
  50. #sunset
  51. #dog
  52. #vsco
  53. #l4l
  54. #makeup
  55. #f4f
  56. #foodporn
  57. #hair
  58. #pretty
  59. #swag
  60. #cat
  61. #model
  62. #motivation
  63. #girls
  64. #baby
  65. #party
  66. #cool
  67. #lol
  68. #gym
  69. #design
  70. #instapic
  71. #funny
  72. #healthy
  73. #night
  74. #tflers
  75. #yummy
  76. #flowers
  77. #lifestyle
  78. #hot
  79. #instafood
  80. #wedding
  81. #fit
  82. #handmade
  83. #black
  84. #pink
  85. #일상
  86. #blue
  87. #work
  88. #workout
  89. #blackandwhite
  90. #drawing
  91. #inspiration
  92. #home
  93. #holiday
  94. #christmas
  95. #nyc
  96. #london
  97. #sea
  98. #instacool
  99. #goodmorning
  100. #iphoneonly.

As 10 hashtags mais usadas para Instagram de pequenos empreendedores

hashtag para instagram de negócios

Agora, compartilho dicas de hashtags que vejo pequenos empreendedores – e que estão se tornando grandes – usando por aí:

  1. #business
  2. #productivity
  3. #sales
  4. #smallbusiness
  5. #startup
  6. #success
  7. #website
  8. #empreendedorismo
  9. #produtividade
  10. #growth.

As 10 hashtags mais usadas para Instagram de fotografia

hashtag para contas no instagram de fotografia

Para dar um destaque a mais às suas fotos no Instagram, aqui vão sugestões de hashtags para perfis dedicados à fotografia:

  1. #art
  2. #blackandwhite
  3. #capture
  4. #color
  5. #composition
  6. #exposure
  7. #focus
  8. #moment
  9. #foto
  10. #fotografia.

As 13 hashtags mais usadas para Instagram de moda e beleza

papéis com hashtag pintada em batom para contas de beleza

Tem um negócio de moda e beleza ou quer se tornar influenciador digital dentro desse nicho?

Veja ideias hashtags que você pode usar para bombar os seus posts:

#beauty

#brands

#girls

#instabeauty

#instafashion

#instamodel

#instastyle

#jewelry

#model

#style

#estilo

#look

#lookdodia.

As 10 hashtags mais usadas para Instagram de marketing

ilustração do título hashtag junto de smartphone e balão de comunicação

Se trabalha com marketing e quer dar um toque mais profissional ao seu perfil, sugiro que olhe com carinho para estas hashtags:

  1. #contentmarketing
  2. #digitalmarketing
  3. #marketing
  4. #marketingstrategy
  5. #media
  6. #seo
  7. #socialmedia
  8. #socialmediamarketing
  9. #publicidade
  10. #marketingdigital.

As 15 hashtags mais usadas para Instagram de comidas

ilustração de hashtag para instagram de comida

Entre as fotos mais compartilhadas por usuários de todo o mundo, comidas também podem ser bem exploradas no Instagram.

Para aumentar o alcance de suas receitas, cardápios ou produtos alimentícios, use as seguintes hashtags:

  1. #breakfast
  2. #delicious
  3. #food
  4. #foodporn
  5. #healthyrecipes
  6. #hungry
  7. #instafood
  8. #recipes
  9. #sweet
  10. #yummy
  11. #comida
  12. #gourmet
  13. #comidasaudável
  14. #café
  15. #fitnessfood.

As 10 hashtags mais usadas para Instagram fitness

hashtag pintada no chão junto de tênis de corridoa para contas no instagram sobre saúde e fitness

O mundo fitness também tem vez no Instagram e ganha cada vez mais adeptos.

Quem nunca foi na academia e postou uma foto com a hashtag #gym?

Olha só outras possibilidades:

  1. #fitness
  2. #fit
  3. #workout
  4. #nopainnogain
  5. #maromba
  6. #emagrecimento
  7. #qualidadedevida
  8. #bemestar
  9. #bumbumnanuca
  10. #casalfit.

As 18 hashtags mais usadas para Instagram de viagens

mapa de viagem, globo terrestre smartphone e passaporte junto com hashtag para instagram sobre viagens

Agências de turismo, consultores de viagem, hotéis, mochileiros e negócios no Airbnb podem explorar ideias como:

  1. #travelgram
  2. #instatravel
  3. #hotellife
  4. #hotelview
  5. #airportlife
  6. #airportselfie
  7. #travelling
  8. #traveler
  9. #tourism
  10. #viagem
  11. #amoviajar
  12. #turismo
  13. #viajarfazbem
  14. #viagemeturismo
  15. #dicasdeviagem
  16. #turistando
  17. #viajante
  18. #mochileiros.

As 10 hashtags mais usadas para Instagram de lifestyle

hashtag sobre força para contas de lifestyle

E se quer inspirar outros usuários do Instagram com seu lifestyle ou o estilo de vida da sua marca, aposte nestas hashtags:

  1. #lifestyle
  2. #strong
  3. #fitnessmodel
  4. #fitnessaddict
  5. #active
  6. #instafit
  7. #success
  8. #getfit
  9. #determination
  10. #exercise.

Conclusão

As vantagens e as possibilidades criadas com o uso de hashtags para Instagram ficaram mais claras para você?

Hashtags não são só úteis para que possa ser mais facilmente encontrado no Instagram em 2019, mas elevar seu negócio a novos patamares.

Seja qual for seu objetivo, aprender a usar hashtags é um passo importante para se posicionar melhor nas redes sociais.

Agora, você já sabe e avançou ainda mais na longa estrada dos conhecimentos de marketing digital.

Com a combinação das melhores hashtags para Instagram e diferentes estratégias, você vai encontrar as oportunidades mais valiosas para a sua marca.

Solte a criatividade e não economize tempo com pesquisas e testes.

Com o tempo, vai encontrar aquelas que mais fazem sentido para os usuários do seu nicho e, assim, atrair cada vez mais seguidores.

Viu só a variedade de possibilidades de hashtags para Instagram?

Então, conte aí quais delas você mais usa ou sugira aquelas que sentiu falta por aqui.

Se quiser, pode fazer até um #tbt fora de hora para compartilhar sua experiência com o uso dessas “etiquetas”.

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Melhores Hashtags para Instagram: Como Escolher As Suas em 2019 Publicado primeiro em

Quem entra em contato com alguém com sarampo deve tomar a vacina de novo?

A recomendação oficial para se proteger contra o sarampo é tomar a vacina duas vezes. Mas mesmo quem recebeu essas picadas adequadamente precisa de uma dose de reforço caso tenha entrado em contato com uma pessoa infectada.

A isso se dá o nome de vacina de bloqueio – é uma estratégia especialmente comum durante campanhas como a de São Paulo em 2019. Trata-se de um procedimento em momentos de surto, nos quais os agentes de saúde inclusive podem visitar as pessoas em suas casas ou no trabalho.

Isso serve para minimizar o risco de transmissão e praticamente zerar a probabilidade de falha vacinal – quando a aplicação das injeções, mesmo se correta, não surte efeito no sistema imune, o que é raro no caso do sarampo.

Essa dose extra faz sentido, uma vez que o sarampo é altamente contagioso. “Em um avião com cem pessoas não vacinadas, 90 ficarão doentes se uma estiver infectada. Os passageiros do próximo voo também vão sofrer, porque o vírus fica no ar por até duas horas”, revela Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, na capital paulista.

Ou seja, não custa tomar mais uma picada para praticamente anular o risco de transmissão.

Faz mal tomar mais de duas doses da vacina do sarampo?

Excluindo os grupos com contraindicação, não. “É um reforço e estamos falando de anticorpos a mais, obtidos por uma vacina segura”, comenta Rosana.

Agora, quem tomou as duas doses e não teve nenhum episódio por perto, no trabalho, no prédio ou na faculdade, pode dispensar esse reforço. A recomendação de uma terceira aplicação vale só para a vacina de bloqueio.


Quem entra em contato com alguém com sarampo deve tomar a vacina de novo? Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br

Por que as pessoas estão tomando menos vacina

Foi durante uma conversa com uma ordenhadora de vacas que o médico britânico Edward Jenner (1749-1823) teve a brilhante ideia de criar uma vacina contra a varíola, doença marcada por mal-estar e erupções na pele. A camponesa dissera a ele que, apesar de contagiosa, jamais pegaria a moléstia porque já tinha contraído sua versão bovina. Intrigado, o médico resolveu testar a teoria da moça. Em maio de 1796, inoculou o vírus da varíola bovina em um garoto de 8 anos, que logo apresentou sintomas brandos. Dois meses depois, com o menino já curado, o infectou novamente com o vírus da varíola humana. E, para sua surpresa, ele não adoeceu. Logo, Jenner constatou que a exposição à varíola bovina, de baixa gravidade, tinha imunizado o garoto contra o tipo mais letal da doença.

Nascia, aí, o conceito de vacina, que, dois séculos depois, permitiria que a mesma varíola fosse erradicada da face da Terra. O último caso registrado ocorreu em 1977, na Somália. “Até poucas décadas atrás, doenças como pólio, sarampo e difteria eram ameaçadoras. Quando não matavam, deixavam sequelas. Graças às vacinas, a expectativa de vida da população aumentou em 30 anos”, explica o médico Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Tem vírus que até podia tomar o caminho da varíola, mas voltou das sombras. É o caso do sarampo. Em março, o Brasil perdeu o status de país livre da doença, conferido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2016.

De fevereiro de 2018 a fevereiro de 2019, registramos 10 374 casos, com 12 mortes. E o que está por trás disso? “A queda nos índices de vacinação provoca o retorno de doenças já eliminadas ou controladas”, responde a epidemiologista Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunização. “Há uma percepção equivocada de que algumas vacinas já não são mais necessárias”, observa. Cenário propício para vírus e bactérias reemergirem, espalhando doenças que (só) pareciam coisa do passado.

A vacina tríplice viral, que nos defende de sarampo, caxumba e rubéola, é uma das sete destinadas a crianças que estão com a cobertura abaixo do ideal, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os imunizantes infantis, somente a BCG, que combate a tuberculose, bateu a meta proposta — especialistas acreditam que ela obteve êxito porque tem dose única e é aplicada na maternidade. Entre as vacinas que não chegaram lá estão as versões para poliomielite, hepatite A e pneumonia.

Por que as pessoas estão se vacinando menos

São muitas as hipóteses que ajudam a entender esse preocupante declínio. A primeira delas soa até irônica: as vacinas são vítimas de seu próprio sucesso.

“Muitos pais nunca ouviram falar de pólio, rubéola e difteria. Por essa razão, não levam os filhos para se proteger”, nota o pediatra Juarez Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Além disso, nosso calendário é tão completo — ao todo, são 19 imunizantes, que previnem 28 doenças — que, só no primeiro ano de vida da criança, os pais são obrigados a ir ao posto nove vezes. E tem quem reclame disso. “Alguns se esquecem ou deixam para depois”, relata Cunha.

Até mudanças no mercado de trabalho têm um dedo nessa história. “Cada vez mais mulheres passaram a trabalhar fora. Como os postos de saúde só funcionam de segunda a sexta, das 8 às 17 horas, nem elas nem os pais têm tempo de imunizar os filhos”, aponta Cristina Albuquerque, chefe de Saúde e Desenvolvimento Infantil do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil.

A crise econômica também bagunçou as coisas. “Muitas famílias não têm condições de levar os pequenos até o posto”, conta Cristina.

Falta de confiança e informação

Uma pesquisa da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP), lançou luz sobre as crenças e percepções de parte da população em relação à vacinação infantil. De 352 pessoas entrevistadas, 23% relataram hesitação e 7% recusa em imunizar os filhos. Entre as que demonstraram hesitação, 41% alegaram falta de confiança nas vacinas, 25% duvidaram de sua segurança ou eficácia e 24% admitiram preocupação com eventos adversos, como dor, vermelhidão e inchaço.

Ou seja, uma fração dos cidadãos, sob influência de argumentos errôneos ou fake news, está a um passo de negligenciar as vacinas para seus entes mais queridos. É problema pra família… e pra sociedade toda.

“Quando uma pessoa é imunizada, protege, de forma indireta, as que não foram. É como se formasse um escudo de proteção em torno das que, por motivo de doença ou uso de medicamentos, não podem se vacinar”, esclarece a pediatra Eliane Matos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/Biomanguinhos), no Rio de Janeiro.

Doenças mais sazonais e que são evitadas por meio de vacinas também podem surfar na onda do desconhecimento e do medo das picadas. Em fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o risco de uma “terceira onda” de febre amarela no país. Entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, o país registrou 36 casos, com oito mortes.

“Os recentes surtos revelam que certas doenças podem voltar a qualquer momento. Basta aparecerem pessoas infectadas em uma região com baixa cobertura vacinal”, alerta a microbiologista Daniela Rosa, da Sociedade Brasileira de Imunologia.

A gripe, que reaparece anualmente no período de outono e inverno, é outra encrenca que se aproveita dessa corrente de “vacina pra quê?”. Embora o índice nacional de imunização tenha sido atingido, alguns grupos de risco — pessoas com doenças crônicas, crianças e gestantes — e estados ficaram com taxas abaixo do previsto.

Entre os oito estados que não bateram a meta, os que apresentaram a mais baixa cobertura são Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Convém lembrar que a gripe pode levar a complicações graves, potencialmente fatais.

Movimento antivacina: um problema mundial

As baixas na vacinação, é preciso dizer, não são um desafio exclusivo do Brasil — país que ostenta um dos programas públicos mais bem-sucedidos do globo. Ao redor do mundo, os episódios de sarampo, por exemplo, cresceram 300% em 2019.

Diferentemente do que acontece por aqui, lá fora quem ganha força e voz é o movimento antivacina. Os anti-vaxxers, como são conhecidos, se espalham por Estados Unidos, França, Itália… E ecoam, pelas redes sociais, seu discurso para o Brasil e o resto do planeta.

Em 2017, o político italiano Massimiliano Fedriga, de 38 anos, um desses militantes antivacina, chegou a classificar como “ditatorial” o programa que torna obrigatória a imunização infantil na Itália — entre outras medidas, o governo multa os pais que não cumprem a lei e proíbe crianças não imunizadas de frequentar creches ou jardins de infância. Em março deste ano, Fedriga caiu doente e foi levado às pressas para um hospital.

Por ironia do destino, foi diagnosticado com catapora! Depois de cinco dias internado, já recuperado do susto, declarou ter mudado de ideia sobre a importância das vacinas. “Hoje em dia, um mito vale mais do que mil evidências”, critica a médica Lessandra Michelin, coordenadora do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia. “Precisamos reeducar nossa população, reforçando que vacinas salvam vidas.”

A mãe das conspirações contra os imunizantes é obra do médico britânico Andrew Wakefield, que, em 1998, publicou um estudo fraudulento indicando que a vacina tríplice viral podia causar autismo. Movido por interesses escusos, o profissional forjou um elo do qual teve que se retratar tempos depois. O caso foi tão absurdo que Wakefield teve seu registro médico cassado em 2010. “Mesmo assim, o estrago já estava feito”, lamenta a pediatra Bárbara Furtado, gerente médica de vacinas do laboratório GlaxoSmithKline (GSK).

Vinte anos depois, um novo estudo, o mais completo já produzido sobre o tema, reafirma o óbvio: a tríplice viral não aumenta o risco de autismo. A conclusão vem de uma análise robusta do epidemiologista dinamarquês Anders Peter Hviid, que monitorou 657 461 crianças, todas nascidas em seu país entre 1999 e 2010. “A maioria das vacinas apresenta mais benefícios do que riscos. Os pais não devem colocar a vida dos filhos e a de outras crianças em perigo por medo do autismo. Está mais do que provado que autismo é uma condição genética”, diz Hviid.

Ainda assim, a fake news continua a circular por aí — e em má companhia. Pelas redes e grupos de WhatsApp, deparamos com mensagens como “Vacinas podem ser fatais porque seus efeitos colaterais ainda são desconhecidos”, “Vacinas são apenas uma forma de a indústria farmacêutica ganhar dinheiro” ou “Aplicar mais de uma vacina pode sobrecarregar o sistema imunológico da criança”.

É tanta notícia sem cabimento que o Ministério da Saúde elucida algumas em seu portal e disponibiliza um número de WhatsApp — (61) 99289-4640 — para esclarecer outras. “A melhor forma de combater fake news é não compartilhar fake news. Na dúvida, cheque a fonte ou consulte seu médico”, prescreve a infectologista Rosana Richtmann, do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo.

Enquanto os gestores italianos não permitem a matrícula de alunos sem a caderneta de vacinação completa e pediatras americanos podem se recusar a atender pais com filhos não imunizados, os especialistas brasileiros sugerem medidas menos drásticas: abertura dos postos em horários alternativos (à noitinha ou nos fins de semana), instalação de pontos de vacinação em parques, clubes e igrejas e realização de mutirões em áreas carentes.

Um levantamento de 2017, encomendado pela GSK, mostra que 46% dos brasileiros relatam nunca ter recebido orientação sobre vacinas de médicos ou enfermeiros. “A ciência precisa dialogar com a população. Ninguém entende o cientifiquês. Precisamos falar a língua do povo”, ressalta a pediatra Isabella Ballalai, da SBIm. Então informe-se, vacine-se e compartilhe!

Infecções à solta ou que podem voltar diante de baixas taxas de vacinação

Sarampo: é transmitido por secreções respiratórias, como espirro ou tosse, e pode deixar sequelas, caso de surdez e cegueira. O Brasil é o recordista de novos casos nas Américas.

Causador: Morbilivirus.

Sintomas: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, coriza e mal-estar.

A vacinação: são duas doses. A primeira a partir do 12º mês de vida do bebê e a segunda entre o 15º e o 24º mês. Adultos que não foram vacinados e não tiveram a doença na infância devem tomar também.

Poliomielite: doença contagiosa que pode levar à atrofia dos membros inferiores. A transmissão se dá através de fezes ou secreções expelidas pela boca. O último caso no Brasil foi em 1989, em Sousa (PB).

Causador: Poliovirus.

Sintomas: febre, mal-estar, dor de cabeça, vômitos, diarreia e flacidez muscular.

A vacinação: a Sabin (gotinha) é aplicada aos 2, 4 e 6 meses, com reforço aos 15 meses de idade. Até os 5 anos, há outro reforço anual. Já a Salk (injeção) é indicada a pessoas com baixa imunidade ou que vão viajar para áreas de risco.

Gripe: ataca o sistema respiratório geralmente quando a temperatura começa a baixar. Como o vírus sofre modificações todo ano, a vacina tem de ser aplicada anualmente. Até 1º de junho, foram registrados 1 560 casos, com 281 óbitos.

Causador: Influenza.

Sintomas: febre, calafrios, tosse, fraqueza, congestão nasal e dor de garganta.

A vacinação: qualquer pessoa pode tomar a vacina, mas alguns grupos são prioritários, caso de crianças (de 6 meses a 6 anos), gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas.

HPV: infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo, está ligada a tumores no útero, na garganta etc. A vacina disponível na rede pública imuniza contra quatro tipos do vírus, sendo dois de alto risco para o câncer. A adesão por aqui ainda deixa a desejar.

Causador: papilomavírus humano.

Sintomas: em geral, não há. Mas podem surgir lesões na genitália e no ânus.

A vacinação: é fornecida a meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, além de soropositivos e transplantados de 9 a 26 anos.

Meningite: é uma inflamação séria da meninge, membrana que reveste o cérebro e a medula espinhal, provocada por vírus ou bactérias. O risco de sequelas cresce à medida que se retarda o início do tratamento.

Principais causadores: meningococos (bacteriana) e enterovírus (viral).

Sintomas: incluem febre, dor de cabeça, vômito e dificuldade de encostar o queixo no peito.

A vacinação: devem ser imunizadas todas as crianças, aos 3 e aos 5 meses de idade, com uma dose de reforço aos 12 meses.

Pneumonia bacteriana: é uma infecção respiratória grave que, em alguns casos, precisa de internação e, quando não tratada corretamente, pode levar à morte. Idosos, crianças pequenas e pessoas com doenças crônicas são mais vulneráveis.

Causador: Streptococcus pneumoniae.

Sintomas: febre alta, tosse, dor no tórax, falta de ar e calafrios.

A vacinação: o imunizante se destina a todas as crianças aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforço entre 12 e 15 meses. Há versões para o público mais velho.


Por que as pessoas estão tomando menos vacina Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Explorador que encontrou o Titanic está em busca do avião perdido de Amelia Earhart

Robert Ballard e sua equipe de oceanógrafos descobriram os destroços do Titanic em 1985, mais de 70 anos após o naufrágio do transatlântico. Além de localizarem os restos a uma profundidade de 3. 800 metros, os pesquisadores também documentaram todo o achado, com fotografias e filmagens. Graças à análise dos destroços, informações cruciais sobre o acidente foram descobertas, como o fato de que o navio partiu completamente ao meio quando sua proa inclinou.

Mas a descoberta do Titanic é só a ponta do iceberg (rs) dos achados de Ballard: o explorador já fez mais de 150 expedições submarinas, sendo o responsável pela localização do porta-aviões USS Yorktown, perdido na Batalha de Midway, um combate aeronaval entre Estados Unidos e Japão em 1942; e do encouraçado alemão Bismarck, afundado pelas forças britânicas em 1941; além de vários outros achados.

Agora, Ballard tem um novo desafio: encontrar o avião perdido de Amelia Earhart, aviadora americana que foi a primeira mulher a voar sozinha sobre o Atlântico.

Amelia e seu navegador, Fred Noonan, desapareceram em 2 de julho de 1937 à bordo de um Lockheed Electra. Eles estavam na segunda parte da viagem que tornaria Amélia a primeira mulher a dar a volta ao mundo pilotando um avião.

Antes do acidente, ela havia decolado de Lae, na Nova Guiné, e sua próxima parada seria a pequena Ilha Howland, no Pacífico Central, pouco acima da linha do Equador. Mas, pelo que se sabe, ela nunca encontrou a ilha e o avião desapareceu.

Há diversas teorias sobre o que teria acontecido com a aviadora. A Marinha dos EUA vasculhou o Pacífico por duas semanas procurando ela e Noonan, ou destroços do avião, mas não encontrou nada. Por fim, o governo americano declarou que o Electra caiu e afundou no Pacífico, matando Amelia e seu navegador. Algumas teorias da conspiração acreditam que a dupla foi capturada e possivelmente executada pelos japoneses.

Entre todas as hipóteses, no entanto, a mais aceita é a levantada pelo Grupo Internacional de Recuperação da História Aeronáutica (TIGHAR) dos EUA. Os pesquisadores afirmam que Amelia morreu como uma náufraga na desabitada ilha de Nikumaroro, a 643 quilômetros ao sul da Ilha Howland. De acordo com a teoria, o avião ficou sem combustível e a aviadora precisou fazer um pouso forçado lá. Eles também afirmam que Amelia teria feito chamadas de rádio para pedir socorro da ilha, mas não teve resposta.

As evidências que sustentam essa hipótese, segundo o TIGHAR, são uma fotografia da ilha, feita em outubro de 1937, mostrando um contorno desfocado que seria parte do trem de pouso do Electra, além de registros de mensagens de rádio vindas do Pacífico nos dias seguintes ao desaparecimento da dupla. Hoje, os pesquisadores acreditam que o avião está no fundo do oceano.

Com o objetivo de colocar um ponto final no mistério todo, Robert Ballard e sua equipe estão de malas prontas para Nikumaroro, para onde irão no próximo 7 de agosto. A equipe irá a bordo do E/V Nautilus, um moderno navio de pesquisa e extensa perícia subaquática. Na ilha, eles se dividirão em duas equipes: uma, usando cães farejadores de ossos, buscará resquícios de Amelia e Noonan em terra; e a outra, gerenciada pela co-líder Allison Fundis, irá procurar sinais do avião no fundo do mar.

A busca aquática usará sonares para mapear o fundo do mar, além de embarcações robóticas equipadas com câmeras. “O sonar não pode dizer a diferença entre uma rocha do tamanho de um motor e um motor”, disse Ballard ao The Washington Post, “mas nossos olhos podem”.

Aos 77 anos, essa pode ser a última expedição de Ballard. E, apesar de esperançoso, ele demonstra cautela em relação a expedição: “Talvez algumas coisas não devam ser encontradas. Veremos se Amelia é uma delas”.


Explorador que encontrou o Titanic está em busca do avião perdido de Amelia Earhart Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed

As medalhas das Olimpíadas de 2020 serão feitas de material reciclável

Faltando um ano para o maior evento esportivo do mundo, o Comitê Olímpico Internacional revelou o design das medalhas que serão utilizadas nas Olimpíadas de Tóquio. Como manda a tradição, elas serão produzidas em bronze, prata e ouro, mas um detalhe as diferencia das medalhas normais: todas serão feitas inteiramente de materiais reciclados.

Entre abril de 2017 e março de 2019, o Japão recolheu 79 mil toneladas de aparelhos eletrônicos usados — como notebooks, câmeras digitais e videogames —, além de 6,21 milhões de celulares. Todos os aparelhos foram doados pela população e reunidos pelas prefeituras.

Para facilitar as doações, o comitê olímpico instalou caixas de coleta nas ruas de 1621 cidades, o que corresponde a 93% do país. Algumas lojas de eletrônicos também estavam aceitando celulares usados.

Depois de recolhidos, os eletrônicos passaram por um processo de classificação e desmonte para que os materiais desejados fossem extraídos. No total, o projeto arrecadou 32 quilos de ouro, 3500 quilos de prata e 2200 quilos de cobre e estanho (a matéria prima do bronze) — mais do que suficiente para produzir as 5 mil medalhas. Sim: não é que as medalhas de ouro sejam mais fininhas – é que elas são feitas de prata, e só folheadas a ouro.

Em 2016, a Olimpíada do Rio já havia aderido à iniciativa sustentável — 30% das medalhas de prata e bronze derivaram de materiais reciclados. Em 2020, o projeto vai além: essa é a primeira vez que a população participa em escala nacional para produzir uma medalha 100% reciclável.

Enquanto os municípios coletavam os materiais, o comitê organizou uma competição nacional para escolher o visual das medalhas. Mais de 400 designs foram enviados por estudantes e profissionais do país. A medalha vencedora foi de Junichi Kawanishi, diretor da Associação de Design do Japão e da Sociedade de Design de Osaka.

A frente da medalha contém o emblema dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o nome oficial e os cinco anéis olímpicos. O lado oposto mostra Nice, a deusa grega da vitória, em frente ao Estádio Panatenaico de atletismo, um dos mais antigos do mundo.

Além dos prêmios, outros componentes dos Jogos usam material reciclável: Parte dos uniformes usados no transporte da tocha olímpica serão feitos de garrafas pet, enquanto todos os 100 pódios são compostos de plástico recolhido do mar e das residências japonesas.


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