segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Pesquisadores brasileiros criam repelente contra o Aedes aegypti

Mosquitos que transmitem doenças, como o Aedes aegypti, possuem uma série de vantagens evolutivas para a vida em cidades. Nas caixas d’água e vasos de planta que humanos têm em suas casas, por exemplo, eles encontram um ambiente perfeito para depositar seus ovos. Quando querem fazer uma boquinha, basta procurar uma vítima desavisada e, com a ajuda de seu proboscis (o canudinho que usam para furar nossa pele), retirar o sangue que precisam. O sangue humano carrega o ferro e outros nutrientes necessários para que as fêmeas fabriquem seus ovos, aumentando a população de mosquitos.

Mas como, afinal, mosquitos conseguem farejar humanos? Trata-se de um mecanismo químico: usando suas antenas e estruturas presentes na boca, os insetos são atraídos por cheiros que os humanos exalam naturalmente. Entre esses odores, estão, por exemplo, substâncias como o ácido lático – que vai embora pelo suor – ou o gás carbônico, eliminado pela respiração. Com essa trilha, as fêmeas sabem o caminho exato que têm que percorrer para chegar à presa.

Agora, cientistas da UFPR (Universidade Federal do Paraná) arrumaram uma forma de fazer o feitiço virar contra o feiticeiro. Usando uma molécula derivada do ácido láctico, pesquisadores criaram um repelente capaz de afastar mosquitos Aedes aegypti. Essa tal molécula-base, quando aplicada na pele, evapora. Ao ser “farejada” pelo mosquito, bloqueia temporariamente os receptores do inseto, e impede que ele use sinais químicos para se alimentar de sangue humano.

Abaixo, você pode assistir a um vídeo que mostra o repelente em ação. Após aplicar a substância na mão, uma voluntária passa ilesa pelos ataques dos Aedes, que voam de um lado para o outro dentro da caixa.

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De acordo com Francisco de Assis Marques, pesquisador do Laboratório de Ecologia Química e Síntese de Produtos Naturais (Lecosin) da UFPR, a vantagem da nova fórmula está no fato de a substância usada na fabricação ter origem natural. Outros modelos de repelente atuais usam moléculas que podem ser tóxicas para quem usa – e, por isso, não são recomendados para certos grupos de pessoas.

“O fato de a molécula ser um derivado de ácido lático, que é um atraente natural do mosquito, traz vantagens. Pelo fato de ser derivado de um produto do corpo, é possível que a toxicidade seja baixa, com expectativa de uso até em mulheres grávidas e crianças”, disse, em entrevista à SUPER.

Testes de laboratório mostraram que o repelente pode proteger o usuário por até dez horas – tempo maior que o de alternativas que já existem no mercado. Apesar de vir sendo testada na forma de loção, é possível que o novo repelente seja preparado de diferentes formas, como creme ou spray. Biodegradável, a fórmula polui menos o ambiente. “A chance de a substância virar produto é grande”.

Antes de ficar disponível nas prateleiras da farmácia, porém, o projeto ainda tem que cumprir algumas etapas, como os testes com humanos, que comprovarão sua segurança. “Exames de toxicidade são caros e precisam ser encaminhados fora da universidade. Por isso, estamos buscando parceiros para complementar exames (de toxicidade dérmica e ocular)  para o repelente ser aprovado pela Anvisa e ir ao mercado”, explica Marques. “A universidade foi até onde poderia ir: desenvolver e mostrar que é eficiente e viável”.

De acordo com a assessoria de comunicação da UFPR, houve, na última semana, acenos de empresas interessadas em firmar parcerias com o grupo para desenvolver o novo repelente. Outras parcerias com universidades internacionais também pretendem testar se a nova fórmula poderia ser eficiente também para conter outros mosquitos – como os do gênero Anopheles, que transmitem a malária.

Desenvolver repelentes mais potentes contra os Aedes, aliás, pode ser uma questão mais urgente do que se imagina. Estudos feitos nos últimos anos (como este, por exemplo), indicam que a espécie vem adquirindo certa resistência contra repelentes DEET, uma fórmula comum no mercado. Mas, com a ajuda de cientistas dedicados a desenvolver alternativas a ele, um futuro com mosquitos ainda mais adaptados à vida entre humanos parece menos plausível.

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5 motivos para assistir a “O Gambito da Rainha”

O xadrez existe há mais de 15 séculos e é jogado por milhões de pessoas ao redor do mundo, mas continua com a fama de ser um esporte intelectual, complexo e sisudo. Uma nova produção da Netflix, porém, está ajudando a desconstruir esses preconceitos – e elevando o esporte na cultura pop.

Lançada no final de outubro, O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit) já se tornou a minissérie mais assistida da história da Netflix. Mais de 62 milhões de casas pelo mundo maratonaram a série em seus primeiros 28 dias na plataforma. Os sete episódios são baseados no livro de mesmo nome escrito por Walter Tevis e publicado em 1983. Na trama, acompanhamos a vida e a evolução de Elizabeth Harmon, uma jovem órfã que, na década de 1950, se torna um prodígio do xadrez ainda criança. Ao longo dos anos, a jornada da jogadora é marcada por uma ascensão rápida e impressionante, ao mesmo tempo que enfrenta traumas antigos e vícios destrutivos.

O título da série se constrói sobre alguns significados interessantes; em termos gerais,”gambito” é uma palavra que pode significar uma artimanha ou manobra para vencer o adversário. No contexto do xadrez, o termo se refere a uma estratégia em que se sacrifica uma de suas peças para conseguir vantagens posteriormente o jogo. Já “Rainha” é o nome informal que damos à peça dama, a mais poderosa do tabuleiro de xadrez. As interpretações quanto ao nome da obra também podem ser aplicadas a própria vida da protagonista – mas não vamos dar spoilers nesse texto, é claro.

1 – Anya Taylor-Joy (e outras atuações incríveis)

Com apenas 24 anos, a atriz americana Anya Taylor-Joy já tem uma carreira respeitada. Em 2015, chamou atenção da crítica ao protagonizar o longa de terror psicológico A Bruxa; depois, recebeu papeis de destaque em Fragmentado (2016) e Vidro (2019), suspenses de M. Night Shyamalan. Ela também aparece na série Peaky Blinders e no filme de heróis Os Novos Mutantes.

Dona de expressões singulares e uma versatilidade impressionante, Taylor-Joy já era promissora até então: mas é em O Gambito da Rainha que ela tem a chance de brilhar. A atriz conquistou a crítica o público pelo modo com que deu vida a Beth Harmon, uma personagem bastante complexa e atípica, muitas vezes usando apenas a linguagem corporal para expressar as contradições da menina quieta e retraída.

A protagonista rouba todos os holofotes da série, sem dúvida, mas isso não significa que os outros atores deixam a desejar.  Nomes conhecidos como Thomas Brodie-Sangster (Game of Thrones, Maze Runner), Harry Melling (Harry Potter) e Bill Camp (12 Aos de Escravidão, Coringa) também compõem o elenco. Um outro destaque positivo fica para a atriz mirim Isla Johnston, que interpreta uma jovem Beth com maestria e prende o telespectador por todo o primeiro ato.

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2 – Um bom drama, com pitadas de mistério

O fio condutor da série pode ser o xadrez, mas a trama está longe de ser focada apenas no esporte. O Gambito da Rainha explora o amadurecimento da personagem Beth Harmon, que acumula traumas, perdas, uma infância disfuncional em um orfanato, bullying e o interesse incomum por um esporte dominado por homens. Toda essa mistura gera uma personagem complexa, que vive na contradição entre tentar ser a melhor do mundo ao mesmo tempo em que cultiva comportamentos autodestrutivos, tanto para seu talento quanto para sua vida pessoal.

Além de todo o drama da série (que está longe de ser piegas ou superficial), há um teor de mistério na história de Beth, principalmente sobre sua infância. A trama nos oferece mais detalhes ao longo do tempo, e vamos montando um quebra-cabeças que nos ajuda a entender tudo o que moldou a personalidade singular da jovem prodígio – mas também não entrega tudo de bandeja, o que é ainda melhor.

3 – A ambientação encantadora

<br /><span class="hidden">–</span>Netflix/Divulgação

A série se passa nas décadas de 1950 e 1960 e explora cenários como os Estados Unidos, México, França e União Soviética. Tudo com detalhes impressionantes, desde ambientação dos cenários, filmagens externas e uma escolha de figurinos certeira – que vão te transportar diretamente para o auge da Guerra Fria.

4 – Vai te fazer querer jogar xadrez

<span class="hidden">–</span>Netflix/Divulgação

Não importa se você é um craque no tabuleiro, alguém que entende só o básico ou se não sabe nem o que é um rei ou um bispo: O Gambito da Rainha vai aguçar sua curiosidade sobre xadrez. Mesmo que você nunca tenha jogado antes, pelo menos uma pontinha de vontade de aprender vai surgir.

Apesar de ficcional, a série é bastante realista – não, os atores não estão mexendo peças aleatoriamente nas cenas, pode apostar. Grandes profissionais do esporte atuaram como consultores na elaboração da série, e todas as principais partidas são baseadas em grandes partidas reais, jogadas em torneios importantes pela história. Muitos termos técnicos e estratégias reais são aplicadas de forma correta na série. Mas não se preocupe: não é necessário conhecimento nenhum de xadrez para saborear a trama.

Não é conversa fiada: desde a estreia da série, as pesquisas no Google sobre termos do tipo “como jogar xadrez” e “xadrez regras” cresceram exponencialmente; em plataformas de live streaming de jogos e e-sports, o público de partidas on-line do jogo dobrou em relação ao ano passado. Em entrevista ao The New York Times, um representante do E-Bay, popular plataforma de comércio eletrônico, estimou que a venda de tabuleiros cresceu 215% desde que a série estreou; a empresa Goliath Games calculou um aumento ainda maior: mais de 1000%.

5 – É curta, e vai direto ao ponto

<span class="hidden">–</span>Netflix/Divulgação

Parece contraditório comemorar que algo bom acabe rápido, mas O Gambito da Rainha termina sendo o que se propõe desde o começo: uma ótima minissérie. Em sete episódios, a história começa, evolui e se conclui sem deixar pontas soltas – e sem enrolar. Mesmo cobrindo um período temporal grande (acompanhamos Beth desde sua infância até a vida adulta), o roteiro sabe economizar em tramas secundárias desnecessárias ou mirabolantes, e pula somente para o que importa. Portanto, se você ainda está em dúvidas se assiste ou não, saiba que vale a pena.

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Quem tem problemas cardiovasculares precisa avisar o dentista

O cenário das doenças cardiovasculares (DCVs) no Brasil é impactante. São 36 milhões de pessoas com pressão alta, o que representa 31% da população adulta. Já o colesterol elevado é uma realidade para 40% dos brasileiros. Também contabilizamos 16 milhões de diabéticos, fazendo de nós o quinto país com a maior incidência. O tabagismo, que aumenta o risco de cardiopatias, atinge 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens. E o resultado não poderia ser outro: as DCVs são responsáveis por 30% de todas as mortes por aqui, vitimando 400 mil pessoas ao ano. Diante desses problemas, todo cuidado é pouco. Inclusive na hora de ir ao dentista.

Antes de se submeter a um tratamento odontológico, pessoas com alterações cardíacas devem informar o dentista sobre o seu quadro de saúde geral. O mesmo, aliás, vale para quem apresenta fatores de risco, como obesidade, sedentarismo, hipertensão, diabetes e alteração renal.

Tanto o procedimento odontológico quando eventuais interações medicamentosas podem trazer repercussões negativas. Algumas das drogas comumente utilizadas por portadores de DCVs podem reagir com soluções anestésicas odontológicas, ocasionando distúrbios do ritmo cardíaco e elevação da pressão arterial. Elas ainda têm potencial para provocarem alterações bucais, a exemplo de boca seca, hipertrofia gengival (o crescimento exacerbado e não inflamatório do tecido gengival) e descamações da pele.

Emergências como infarto agudo do miocárdio, angina, AVC, hemorragias, sincope e desmaios, também estão entre as intercorrências.

Por esse motivo, o cirurgião-dentista precisa estar capacitado para o atendimento a cardiopatas e ter calma e habilidade para lidar com situações inesperadas. Ao ser informado sobre o histórico de DCV, o profissional deverá analisar o estado de saúde de seu paciente como um todo para minimizar possíveis ocorrências durante o tratamento. Da mesma forma, ele poderá solicitar avaliação cardiológica ou voltada ao grau de risco cirúrgico, dependendo da intervenção odontológica.

Cuidados específicos

Para os dentistas, não há critérios científicos que definam a indicação ou necessidade de exames complementares pela presença de alteração cardiovascular. Mas é importante lembrar que todo planejamento deve ser individualizado, de acordo com o tipo de doença pré-existente.

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No caso dos hipertensos, é recomendado monitorar a pressão arterial, os níveis de oxigênio no sangue e a frequência cardíaca a cada consulta odontológica e em procedimentos invasivos. Isso para verificar o estado clínico momentâneo do paciente.

Já os acometidos por colesterol alto e diabetes podem apresentar duas vezes mais possibilidade de eventos cardiovasculares. Por isso, antes das intervenções odontológicas, deve ser investigada a presença atual ou o histórico de doenças isquêmicas do coração. O dentista também tem que estar atento ao uso de medicamentos anticoagulantes e/ou antiplaquetários, que são capazes de ocasionar maiores sangramentos em cirurgias odontológicas, como instalação de implantes dentários ou extrações dentárias.

Tensão na cadeira

Não é difícil encontrar crianças e adultos com medo de enfrentar a cadeira do dentista, mesmo que existam técnicas, instrumentos e equipamentos mais modernos que minimizem incômodos ou dores. Porém, quando falamos de cardiopatas, esse estresse precisa, necessariamente, ser reduzido.
Para isso, o dentista pode prescrever medicamentos para controle da ansiedade. E lançar mão de estratégias complementares, a exemplo de sedação com óxido nitroso — o famoso gás do riso.

É importante ressaltar que todos os fatores de risco modificáveis (hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade, entre outros) e não modificáveis (idade, gênero, etnia, histórico familiar) são de igual importância para um planejamento odontológico com maior segurança e eficiência. Porque, vale ressaltar, quanto maior a incidência desses fatores, maiores os riscos de problemas cardiovasculares agudos ou crônicos.
Departamento de Odontologia da SOCESP

A visão integralista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) sempre foi a marca registrada da entidade e a fez pioneira na discussão sobre a relação entre doenças cardiovasculares e outras especialidades. Desde 1993, ela mantém seu Departamento de Odontologia, dirigido por cirurgiões dentistas especializados no atendimento a pacientes com necessidades especiais. O objetivo é promover o desenvolvimento científico voltado à integração multidisciplinar no atendimento odontológico do cardiopata.

A diretoria prioriza a capacitação do cirurgião-dentista, atuando na educação odontológica voltada ao portador de cardiopatia, além de prestar informações de saúde bucal à população. Também está a cargo do departamento a atualização dos manejos odontológicos para aqueles com problemas cardíacos específicos. A força-tarefa tende a minimizar eventos que comprometam o estado clínico de portadores de DCVs, sem inviabilizar a ida ao dentista.

*Frederico Buhatem Medeiros é cirurgião dentista e diretor científico do Departamento de Odontologia da Socesp

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Qual hábito que previne o câncer é mais difícil de adotar?

Na nossa última reportagem de capa, abordamos fatores que aumentam o risco de câncer – e que você pode evitar com mudanças de atitude. Esses pontos foram extraídos de um documento da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. E agora a gente quer saber sua opinião. Entre esses hábitos, qual é mais complicado de colocar em prática? Responda nossa enquete do mês abaixo (os resultados saem na edição de janeiro da revista):


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Como lidar com o estresse e a falta de concentração no home office?

Com o regime de trabalho em home office adotado durante a pandemia do novo coronavírus, profissionais se viram diante de uma realidade a que antes não estavam acostumados. Segundo pesquisa realizada pelo LinkedIn, 62% dos entrevistados estão mais ansiosos e estressados com o trabalho do que antes. E na pesquisa do Centro de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV Eaesp), 56% dos brasileiros estão com dificuldade de equilibrar as atividades profissionais e pessoais e 36% sentem que a produtividade caiu e não conseguem manter a concentração quando estão trabalhando.

Mas, afinal, o que é o estresse?

É muito comum dizer que alguém está estressado quando, na verdade, está irritado com algo. O nervosismo é apenas uma das consequências do estresse. Segundo o Ministério da Saúde, o estresse é uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo, deixando o corpo em estado de alerta. Essa reação, que provoca alterações físicas e emocionais, foi herdada de nossos ancestrais das cavernas, que precisavam reagir rapidamente ao encontrar uma fera no seu caminho.

Nos dias de hoje, os fatores estressores são diversos: acúmulo de tarefas, entregas com prazos curtos, sobrecarga de funções ou mesmo a pandemia – prova desta última é a pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj): a Covid-19 fez com que casos de estresse e ansiedade mais que dobrassem no Brasil em 2020, seja por medo de ser contaminado pelo vírus, das incertezas do futuro ou de perder alguém próximo. Insônia, estafa mental, falta de foco, aumento da pressão arterial, memória curta, dores de cabeça e problemas de pele são alguns dos sinais que podem indicar o estresse.

Mudanças de hábitos

Além do estresse, a exposição excessiva às telas e locais inadequados para a estação de trabalho podem ser uma das causas da falta de concentração no home office atualmente. “Estamos tendo um recrutamento mental muito grande. Cada vez mais o trabalho é digital e ficamos muito voltados para a tela, o que obviamente tem um lado bom, mas antigamente, quando o trabalho era braçal, tínhamos a compensação do descanso; hoje não. A compensação é ficar olhando para a tela do celular”, afirma Rodolfo Schleier, especialista técnico-científico da Weleda.

Por isso é recomendado manter uma rotina saudável:

  • tenha horários para começar e parar o trabalho
  • tire o pijama para trabalhar
  • deixe a mesa de trabalho organizada
  • faça uma tarefa por vez
  • tenha uma alimentação balanceada e saudável
  • pratique pelo menos 30 minutos de atividade física por dia
  • evite o uso de eletrônicos antes de dormir
  • tenha momentos de lazer
  • faça exercícios de respiração profunda

Além dessas mudanças no dia a dia, é superimportante buscar ajuda profissional de um psicólogo quando os sinais de estresse aparecerem.

Um auxiliar do tratamento

A medicina antroposófica, reconhecida pelo Ministério da Saúde, vem da antroposofia, que é uma filosofia e ciência prática que estuda o ser humano como parte integrante da natureza, que compartilha semelhanças com os outros seres do reino vegetal, mineral e animal. Por meio de vários pilares, como médico, farmacêutico, artístico e educacional, a antroposofia dissemina sua filosofia convidando o indivíduo a perceber o agora, seu papel junto à natureza e que ele é além do corpo físico – nós, seres humanos, também temos alma e mente. “Todos os medicamentos e cosméticos da Weleda são naturais e com base biodinâmica, seguindo a filosofia da antroposofia desde o cultivo até o produto acabado e, por isso, temos medicamentos que restauram a nossa saúde e bem-estar”, conta Schleier.

O Stressdoron, por exemplo, é um medicamento com ingredientes de origem 100% natura que auxilia no tratamento de fadiga, estafa mental, memória fraca e falta de concentração e contribui para a recuperação das atividades de concentração e memória¹ ² sem causar sonolência. Possui a seguinte combinação de minerais:

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Kali phosphoricum D6: o potássio é um mineral que está nos neurônios, ele é extremamente importante para a transmissão do impulso nervoso, e o fósforo é o portador de energia. “Essa combinação leva energia para os nervos, mas é importante frisar que não é uma suplementação, é um elemento natural que estimula as forças de autocura do organismo”, alerta Schleier.

Aurum metallicum D10: “o ouro é um medicamento muito importante para depressão e cansaço intelectual porque, quando o ouro é dinamizado, funciona como harmonizador e traz equilíbrio”, conta.

Ferrum sulphuricum D3: “o ferro tem uma participação especial na respiração, ele faz parte da hemoglobina que carrega o oxigênio. Em forma mais diluída, o ferro também faz parte de várias enzimas do organismo e, quando se associa ao enxofre, que é um elemento com bastante energia e de extrema reatividade, traz energia para a célula.”

Silicea D3: para finalizar, a Silicea, que é um cristal de rocha. “O cristal é transparente e deixa passar luz, da mesma forma o sistema nervoso tem que ser transparente, eu não posso deixar nada influenciar na passagem das ideias. A Silicea tem ação estruturante e atua no sistema nervoso, auxiliando no foco.”

STRESSDORON – Kali phosphoricum D6 + Aurum metallicum D10 + Ferrum sulphuricum D3 + Silicea D3. USO ORAL – USO ADULTO. MS 1.0061.0024. INDICAÇÕES: Indicado no tratamento auxiliar do estresse, contribuindo para a recuperação das atividades de concentração e memória1. CONTRAINDICAÇÕES: Stressdoron é contraindicado para pessoas com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Este medicamento CONTÉM LACTOSE. STRESSDORON É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Registrado por: Weleda do Brasil Laboratório e Farmácia Ltda. – R. Brigadeiro Henrique Fontenelle, 33, São Paulo / SP – CNPJ: 56.992.217/0001-80. Indústria Brasileira. SAC 0800 55 32 66.

Referência:

1. Bula do produto. Data de veiculação: 11/2020

2. Bibliográficas:
BOERICKE, W. – Manual de Matéria Médica Homeopática – Tomo II – São Paulo: Robe Editorial, 2003. 640 p. CLARKE, J. H. – A Dictionary of Pratical Matéria Médica – New Delhi: B.Jain, 1976. 1636 p. KENT, J. T. – Matéria Médica Vol I e II- Rio de Janeiro: Luz Menescal editores, 2002. 489 p. LATHOUD, F. – Matéria Médica Homeopática – São Paulo: Editora Organon, 2ª Ed., 2004. MORAES, W. A. Medicina Antroposófica: Um paradigma para o século XXI. São Paulo: Associação Brasileira de Medicina Antroposófica, 2005. 384 p. ROTHER C, OEXLE J. Uso do Stressdoron em pacientes com esgotamento nervoso decorrente do estresse. Revista Arte Médica Ampliada, Ano 30, N.º 3, Primavera 2010, pg. 26-33. VIJNOVSKY, B. – Tratado de Matéria Médica (vol. I, II e III) – São Paulo: Ed. Organon, 2003.

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Homens, não esperem a pandemia passar para ir ao médico

Enquanto nossos medos e precauções se voltam para o microscópico e aterrorizante vírus que veio de longe, inimigos já conhecidos entre nós podem estar minando nossas forças e ameaçando a saúde e nossos sonhos. Infelizmente, a trégua com a Covid-19 não é negociável, mas nossas atenções não podem descuidar de outras frentes de batalha.

É nesse contexto que a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) idealizou uma pesquisa que vem se juntar aos propósitos do mês de conscientização sobre o câncer de próstata para alertar que ter saúde não se restringe a pegar ou não o coronavírus.

O estudo foi feito pela internet com 499 brasileiros de 22 estados, e acadêmicos de medicina de diversas cidades nos auxiliaram com a coleta dos dados. Dos entrevistados, 75% tinham mais de 40 anos, 77% eram do sexo masculino e 2% já tiveram diagnóstico de câncer de próstata. Apenas 6% admitiam que não se cuidavam ou não se importavam com a saúde. Com a pandemia em curso, 57% relataram ter percebido um impacto negativo sobre a própria saúde e 9% consideraram estar pior do que antes.

Sobre a impressão geral de que as pessoas estariam indo menos ao médico ou fazendo menos os tratamentos neste período, 81% concordaram e 55% alegaram que haviam deixado de fazer alguma consulta ou tratamento médico em função da Covid-19. Ao serem indagados sobre a dificuldade de acesso a consultas ou tratamentos, 40% disseram que não procuraram deliberadamente o serviço ou o profissional e 23% contaram que até procuraram, mas encontraram dificuldades de acesso.

Entre os homens, pouco mais de 30% vão regularmente ao urologista e 3% afirmam nunca ter consultado esse especialista e nem pretendem consultá-lo, demonstrando que ainda existe resistência em relação aos cuidados com a saúde urogenital. Eis uma realidade que precisamos mudar.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa de novos casos de câncer de próstata para 2020 é de 65 840, com 15 576 mortes relacionadas. Se a estimativa da perda de vidas por câncer de próstata já é essa, quantos casos poderão ser acrescentados se não houver, na esteira da pandemia, a busca por detecção e tratamento?

Em outro levantamento que fizemos com dois laboratórios de alta demanda, verificamos que, nos primeiros meses da Covid-19, houve uma redução na coleta do PSA (o exame de sangue para rastrear problemas na próstata) de até 38% na comparação com o mesmo período de 2019. Isso reflete menos atenção com a próstata e sugere que as consequências da pandemia vão muito além do que se imagina.

Portanto, nunca é demais lembrar que, mesmo diante de uma crise como esta, a prevenção não pode ser deixada de lado. Homens a partir de 50 anos, mesmo sem sintomas, devem procurar o médico para flagrar precocemente o câncer de próstata. Se tiverem casos na família ou forem da raça negra, isso tem de ocorrer a partir dos 45 anos. A doença não espera a Covid-19 passar.

* Karin Anzolch é urologista e coordenadora da pesquisa sobre o impacto da pandemia na saúde do homem da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)

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