O sucesso de um filme geralmente é medido por duas vias: a primeira (e mais importante nos dias de hoje) é a receita, o que coloca, por exemplo, James Camaron como o diretor mais bem sucedido da história do cinema –Avatar e Titanic, ambos dirigidos por ele, são as maiores bilheterias do mundo.
A segunda via é a boa e velha opinião da crítica especializada. Juntando os dois, o que é raro, temos os produtos de sucesso mais sólido. É o caso de Batman: O Cavaleiro das Trevas, já que o filme de Christopher Nolan arrecadou mais de um bilhão só de bilheteria e foi extremamente bem recebido pela crítica.
Mas, como definir o quão influente um filme é? Segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Turin, na Itália, os critérios usados para medir o sucesso não podem ser aplicados para medir a influência que um filme gera, já que esses estão fortemente relacionadas a fatores externos como marketing ou tendências de uma época.
O clássico Blade Runner explica bem isso. Baseado no livro Androides sonham com carneiros elétricos?, do cultuado escritor de sci-fi Philip K. Dick, a ficção cyberpunk foi um fracasso de bilheteria e de crítica na década de 1980 – mesmo sendo protagonizada por Harrison Ford, o ator mais badalado da época. Depois, já no VHS, os críticos voltaram a olhar para o filme, e hoje ele é referência para qualquer cineasta. Usando apenas usando os critérios tradicionais, porém, a obra de Ridley Scott ainda hoje seria considerada um desastre.
Procurando avaliar o verdadeiro impacto de um filme ao longo do tempo, os cientistas italianos resolveram recorrer a um critério mais exato, usando análise de dados e algoritmos. O resultado você já viu no título: a versão clássica de O Mágico de Oz, lançada em 1939, seria o filme mais influente de todos os tempos. Mas como os pesquisadores chegaram no x da questão é o mais legal dessa história toda.
Definindo influências
“Ah, mas olha o número de fãs de Star Wars. Como é que ele não é o filme mais influente do mundo?”. Ok, é um fato que muito mais gente viva hoje viu a saga de George Lucas do que o filme da década de 1930 sobre a garotinha do Kansas. Por outro lado, é extremamente provável que todos os fãs de Guerra nas Estrelas já tenham ouvido a música Over the Rainbow ou ao menos viram a foto que abre essa nota.
E é aí que está o pulo do gato: segundo o estudo, o filme mais influente é aquele que tem o maior número de referências em outros longas – alguém que apareça cantando Over the Rainbow em outro filme, ou um diálogo que mencione o clássico de Oz.
De acordo com a pesquisa, O Mágico de Oz teve mais de 3000 citações em outros filmes. Em seguida, vêm Star Wars (1977) e Psicose (1960). Mesmo removendo o viés dos filmes antigos no cálculo (por terem sido produzidos antes, podem influenciar um número maior de filmes), os 20 longas mais influentes do mundo são todos de antes da década de 1980 – e a maioria é dos EUA, naturalmente.
“O Mágico de Oz” é o filme mais influente de todos os tempos Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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