quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Nova ilha surge na Antártida graças às mudanças climáticas

Uma expedição na Antártida presenteou um grupo de cientistas com uma grande descoberta. Eles estavam a bordo do navio de pesquisas Nathaniel B. Palmer quando avistaram uma conjunto rochoso nunca antes identificado. 

O grupo já pode fincar sua bandeirinha, considerando que foi o primeiro a notar o lugar. Mas você deve estar se perguntando: como ninguém viu uma ilha no meio do mar antes? Afinal, ela é grande o suficiente para ser vista em imagens de satélite.

Os tripulantes estavam passando pelo sul da baía de Pine Island Bay, uma região do continente de difícil navegação. Mas não é só isso: acontece que a ilha estava coberta por gelo, e as mudanças climáticas recentes provavelmente fizeram com que ele derretesse.

<span class="hidden">–</span>Lauren Dauphin / NASA Earth Observatory/Montagem sobre reprodução

No início do mês de fevereiro, a Antártida chegou a atingir a casa dos 20ºC – um clima bem quente para o continente gelado. A temperatura foi recorde, mas não foi a primeira mudança extrema. Na verdade, elas estão ocorrendo com frequência cada vez maior. Derretimentos desse nível são comuns no Ártico, por exemplo: em outubro de 2019, a marinha russa encontrou cinco novas ilhas

Esse fenômeno ocorre da seguinte forma: quando as geleiras começam a derreter, elas liberam espaço para que o solo, antes submerso, comece a se levantar. Isso pode causar rupturas glaciais, causando as famosas rachaduras no gelo. Então pense, o solo vai subindo, o gelo rachando, e a terra das ilhas começa a dar o ar da graça. 

Os pesquisadores fizeram uma parada na ilha. Eles identificaram granizo em sua composição e separaram amostras para novos testes. Com isso, espera-se descobrir mais informações sobre a formação do continente e sua história geológica ainda pouco explorada. Mas para aqueles que querem mais detalhes, infelizmente terão que esperar até o final de março, data em que os exploradores voltarão da expedição com o material coletado.

O local foi nomeado como “Ilha Sif”, em homenagem à deusa de mesmo nome. Na mitologia nórdica, Sif é considerada a deusa da colheita, da fertilidade e do combate. Faz sentido, levando em conta o aglomerado marrom em contraste com o branco e azul característico da região. 

Veja algumas fotos de lá, publicadas no Twitter da geóloga marinha Julia Wellner,  da Universidade de Houston, no Texas:


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