quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O que significam os primeiros sinais enviados de Ultima Thule pela sonda da Nasa

Ultima Thule é uma rocha coberta de gelo, com aproximadamente 16 quilômetros de comprimento e formato que lembra vagamente o de um amendoim. Essas são as primeiras descobertas da sonda New Horizons, da Nasa, que passou a apenas 3,5 km da rocha e acaba de enviar seu primeiro lote de informações sobre ela. 

A sonda coletou aproximadamente 7 gigabytes de dados sobre Ultima Thule, que serão transmitidos aos poucos para a Terra. Bem aos poucos: devido à distância da rocha, que está a 6,5 bilhões de quilômetros de nós, o link de dados tem velocidade de apenas 1.000 bps (bits por segundo). Além disso, entre os dias 4 e 9 de janeiro, a conexão será temporariamente interrompida devido a interferências geradas pelo Sol. A New Horizons deverá levar 20 meses para transmitir todos os dados que coletou. Isso considerando que a sonda, lançada 13 anos atrás, não apresente nenhuma falha durante o processo.

Depois de passar por Plutão, em 2015, a New Horizons navegou mais 1 bilhão de quilômetros até alcançar Ultima Thule (nome que significa “além do mundo conhecido”, em latim). As próximas informações a chegar, já nos próximos dias, deverão ser relativas à geologia e à composição de Ultima Thule, bem como à possível existência de luas ou crateras.  

A sonda passará os próximos dois anos estudando o Cinturão de Kuiper, um agrupamento de trilhões de objetos formados nos primórdios do Sistema Solar. Oficialmente, a missão está programada para terminar em 2021 – mas, segundo a Nasa, a New Horizons manterá condições operacionais até 2027 ou 2028, no mínimo.  


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