quinta-feira, 30 de abril de 2020

Remédios anticoagulantes e coronavírus: o que você precisa saber

Um time de cientistas brasileiros estudou o efeito de anticoagulantes em pessoas com a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). As especulações sobre a utilidade dessa classe de medicamentos começaram após alguns pacientes apresentarem, além dos sintomas respiratórios, um quadro de trombose, marcado por formação de coágulos nas veias ou artérias que dificultam a circulação de sangue.

Para a pesquisa, foram selecionados 27 indivíduos atendidos no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, entre os dias 21 de março a 12 de abril. Todos receberam heparina (uma droga anticoagulante), com doses adaptadas à gravidade da situação.

Ao fim da análise, os pesquisadores notaram que 56% dos pacientes (ou seja, 15 pessoas) receberam alta em um tempo médio de 7,3 dias. Dos oito que precisaram de ventilação mecânica, metade conseguiu se livrar do tubo de oxigênio em 10,3 dias – os demais apresentaram melhora progressiva. Não houve complicações hemorrágicas nem mortes entre os voluntários. Mas atenção: a pesquisa é pra lá de inicial (nem havia um grupo de controle para comparar o efeito da droga propriamente).

Vale lembrar que a utilização de anticoagulantes em pessoas internadas não é uma novidade. Como outros quadros de saúde podem levar à trombose, hospitais aplicam esse tipo de medicação com frequência. O que os cientistas fizeram no contexto da Covid-19 foi começar a adequar a dose aplicada.

O que a trombose tem a ver com o novo coronavírus

De acordo com o cirurgião Marcelo Calil Burihan, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), que não participou da pesquisa, o surgimento de uma trombose é relativamente comum quando uma infecção se instala – malária, febre hemorrágica e até dengue podem culminar em trombose.

Nesses casos e mesmo em internações por coronavírus, muitos médicos já prescrevem anticoagulantes quando notam um risco de entupimentos dos vasos sanguíneos. Inclusive porque uma pessoa acamada tende a se mover pouco (e isso também eleva o risco o de trombos).

“Temos visto que, na Covid-19, o corpo libera uma substância chamada citocina. Ela lesa o endotélio, que é a camada interna da veia ou da artéria, levando à formação de coágulo. Assim, surge a trombose”, descreve Burihan.

Uma hipótese, aliás, postula que esses coágulos podem ir parar nos pulmões, deflagrando sintomas respiratórios em alguns dos pacientes. Mas isso ainda é uma suposição. Atualmente, outros cientistas e estudos apontam que a inflamação deflagrada pelo coronavírus nos pulmões provoca, por si só, uma insuficiência respiratória.

Cuidado com as fake news

Comumente usada para combater dor e febre, a aspirina também auxilia no tratamento de acidente vascular cerebral (AVC) e é indicada diante de sintomas de infarto – tudo por causa do poder anticoagulante.

Só que tem gente incentivando a utilização do comprimido nos grupos de Whatsapp para prevenir a Covid-19 e, assim, conseguir sair de casa numa boa. Não caia nessa!

Primeiro porque a aspirina não é recomendada para evitar a trombose. Fora que seu consumo indiscriminado pode trazer sérios riscos à saúde.

Há pessoas que podem acabar sofrendo sangramentos internos. Para ter ideia, uma revisão recente, publicada no respeitado jornal científico Jama, indicou que tomar aspirina regularmente com o intuito de prevenir problemas cardiovasculares é capaz de aumentar em quase 50% o risco de um sangramento grave.

Burihan ainda cita a possibilidade de encarar irritações na mucosa do estômago e úlceras gástricas. “O mesmo pode ocorrer no intestino”, adiciona.

Além disso, mesmo que os anticoagulantes pareçam promissores no contexto da Covid-19, as pesquisas estão no início. Mais: os próprios cientistas brasileiros envolvidos nessa descoberta reforçam que os remédios não são a cura para a doença.

Na verdade, os anticoagulantes atuariam como aliados no tratamento de pacientes considerados graves. Por isso, a administração ocorre em ambiente hospitalar, com acompanhamento médico, doses certeiras e em conjunto com outras estratégias medicamentosas.

Para evitar a Covid-19, as recomendações ainda são as mesmas: realizar a higienização frequente das mãos, usar máscara e evitar aglomeração”, finaliza o médico da SBACV.


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Grandes Mágicos – David Blaine

O primeiro truque que levou David Blaine ao estrelato não teve nada de mágico. Desconhecido, o americano sempre encontrava um jeito de entrar de penetra em festas de clubes sofisticados em Manhattan, Nova York. Uma vez lá dentro, Blaine só precisava contar com a cara de pau de seu assistente, Adam Gibgot. Assim que avistava alguma celebridade, Gibgot se aproximava e começava a conversar como se fossem amigos de infância. Era nessa hora que ele aproveitava a deixa para apresentar o jovem mágico de 20 e poucos anos: David Blaine.

A tática e os truques deixaram tantos famosos boquiabertos que Blaine logo deixou de ser intruso. No começo da década de 1990, passou a se apresentar em festas privadas de estrelas de Hollywood. Robert de Niro, Christopher Walken e Natalie Portman se impressionaram com os números de Blaine. Tanto talento e influência alçaram o americano à própria fama: em 1997, Leonardo DiCaprio apresentou o primeiro especial de TV de David Blaine – o Street Magic.

Naquela época, David Copperfield e outros grandes mágicos apareciam nas telinhas e em teatros com números grandiosos. Copperfield fazia tigres e aviões desaparecerem, flutuava pela plateia. David Blaine era mais simples. Em qualquer canto de Nova York, Blaine fazia truques com cartas, moedas e levitação.

Não precisava das parafernálias que seus colegas usavam. Transformava truques simples em números extraordinários, com performance e técnica impecáveis, com um ar misterioso em cada apresentação – como se fosse mesmo capaz de fazer coisas quase sobrenaturais.

Mas nada aconteceu de uma hora para outra. A paixão de David Blaine pela mágica nasceu aos 4 anos, durante um show de mágica no metrô. Incentivado pela avó cigana, começou a fazer truques com cartas de tarô. Passava todo seu tempo livre atrás de livros sobre mágica. E nunca mais parou. Ainda hoje ele gasta cerca de oito horas por dia com treinamentos.

Com a fama precoce, aos 24 anos, Blaine cuidou de criar números novos para causar emoções diferentes na plateia – e não cair no esquecimento. Inspirou-se em um ídolo: o grande Houdini. Mas, em vez de escapar de situações impossíveis, preferiu desafiar os limites do corpo. No primeiro truque, para promover seu programa especial de TV, passou sete dias enterrado em um caixão de vidro. Acima dele havia três toneladas de água. Não se alimentou de nada além de líquido.

Deu tão certo que Blaine procurou desafios ainda maiores. Ficou mais de 17 minutos sem respirar, passou 60 horas pendurado de ponta-cabeça, foi eletrocutado por 73 horas, e ficou 35 horas de pé sobre uma coluna de 30 metros de altura e pouco mais de 50 cm de diâmetro. Não se trata só de resistência.

Blaine mistura doses de ilusionismo em cada número – quase sempre encontra um jeito de sair do confinamento sem que ninguém perceba, no meio de uma rua movimentada. “É como Houdini trabalhava: levando a mágica para as ruas. Qualquer um podia vê-lo pendurado no topo de um prédio, de graça. Estou continuando essa tradição.”

Congelado no tempo

Como é

<strong>Em 2000, Blaine ficou preso em um grande bloco de gelo, no meio da Times Square (Nova York). Permaneceu lá por 63 horas, 42 minutos e 15 segundos. </strong>Jonatan Sarmento/Superinteressante

O segredo

<strong>O bloco não era maciço. Havia um espaço interno, com entrada de ar. Assim, o bloco era como um iglu, com temperatura média de 12 ºC.</strong>Jonatan Sarmento/Superinteressante
<strong>De tempos em tempos, assistentes jogavam gelo seco sobre o cubo, para evitar o descongelamento. Isso criava uma fumaça – e só deixava visível a silhueta do mágico. Nesses momentos, acredita-se que ele tenha saído por uma porta falsa, sendo substituído momentaneamente por um dublê.</strong>Jonatan Sarmento/Superinteressante

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Funil De Marketing: O Que É e Como Montar o Seu em 2020

funil nas estratégias de marketing

O funil de marketing é uma das estratégias mais consagradas da internet.

Da atração de desconhecidos à retenção de clientes, uma série de etapas interconectadas realizam um trabalho duradouro, com efeitos a longo prazo.

Tudo isso com a utilização de uma série de ferramentas da web, suas maiores aliadas nessa jornada.

Muita gente não sabe, mas a grande força dessa atividade está na segmentação.

Por meio de mensagens direcionadas, você é capaz de atrair apenas pessoas com potencial de compra e não aqueles que não têm interesse algum na sua oferta.

Com isso, temos a economia de recursos valiosos e a otimização das conversões em cada um dos estágios que a compõe.

Pode acreditar: a união de diferentes estratégias é o melhor caminho para alcançar o sucesso no marketing digital.

No entanto, todas as ações devem ser estruturadas.

E é exatamente isso que funil de marketing faz.

Ele organiza diversos canais em prol de um único objetivo.

Se você quer saber tudo sobre essa estratégia, continue a leitura.

Neste artigo, explico como criar e aplicar o funil de marketing em suas ações na web e multiplicar os seus ganhos.

O que é o funil de marketing?

entenda a função do funil de marketing nas estratégias

Qualquer um que se aventure pelo fabuloso universo do marketing digital encontrará um grande leque de oportunidades para alcançar seus objetivos.

Temos SEO, redes sociais, geração de leads, e-mail marketing, análise de métricas e outras tantas estratégias.

Cada uma delas tem o seu valor, é verdade.

No entanto, seu total potencial aumenta quando são usadas em conjunto.

A primeira coisa que você deve saber sobre o funil de marketing é que se trata de uma estratégia baseada no modelo de inbound marketing.

Com isso, quero dizer que é um modo de os clientes virem até você, na contramão da publicidade ou de outras ações tradicionais.

Quando você anuncia na televisão, rádio, veículos impressos e até mesmo na internet, a comunicação é unidirecional.

Ou seja, você entrega uma mensagem para o seu potencial cliente, mas ele não tem participação ativa no processo.

Pode ser surpreendido ou até interrompido pelo seu anúncio.

No marketing de entrada (outro nome utilizado para definir a metodologia inbound), o caminho é inverso.

Tendo como alicerce a produção de conteúdo, o próprio usuário encontra suas páginas na web, solicita uma comunicação recorrente, se torna um cliente e é convertido em um comprador leal.

Afinal, é muito mais barato mantê-lo do que conquistar novos consumidores.

O que quero dizer, no fim das contas, é que o funil de marketing gera relacionamentos.

Essa é uma tendência no mundo corporativo atual.

As pessoas fecham negócios porque confiam, muito além das velhas relações de compra nas quais a qualidade do produto era o único valor considerado.

Quando alguém compra, você quer mantê-lo por perto, não é verdade?

Mas como estabelecer conexões tão profundas?

Para que serve o funil de marketing

funções dos funis de marketing

Alcançar conexões profundas é exatamente a funcionalidade do funil de marketing.

Em sua essência, ele transforma meros desconhecidos em visitantes, visitantes em leads, leads em compradores e compradores em clientes regulares.

Tudo isso por meio de uma aliança entre múltiplos canais, explorando cada uma de suas forças em seu máximo potencial.

Uma pessoa que ainda não conhece a sua marca ou tem pouco interesse no que você vende adentra o topo do funil.

Por meio de ações planejadas, ela se aprofunda cada vez mais, até que passa ao meio do funil, onde os laços são estreitados.

Quando a relação já é próxima e o usuário se posiciona no fundo do funil, está na hora de fazer uma oferta a ele.

Assim, as chances de realizar a venda são muito maiores do que se você simplesmente tentar vender algo logo de cara.

É como em um funil utilizado para escoar café.

Na parte superior, o líquido é disperso e em grande quantidade.

Na medida em que avança, começa a afunilar, deixando passar para o outro lado somente o que você deseja, em uma espécie de filtragem.

Por fim, resta o que chamamos em marketing de leads qualificados.

No entanto, usuários não precisam abandonar o funil.

Em seu estágio final, você deseja que o cliente permaneça ativo e volte a comprar.

E aí está o grande segredo do funil de marketing: estabelecer relacionamentos tão firmes que não há vazamentos.

Com a fidelização, a saúde financeira é uma consequência óbvia.

Vale lembrar, por fim, que as engrenagens do maquinário conhecido como funil de marketing são giradas por meio do marketing de conteúdo.

Além, é claro, da automação de marketing, que permite que os robôs façam boa parte do trabalho de maneira mecânica.

Funil de Marketing X Funil de Vendas

diferenças entre funil de vendas e de marketing

É inegável a relação do funil de marketing com o funil de vendas.

Muita gente, inclusive, acredita que são sinônimos.

Isso acontece porque a relação entre equipes de marketing e vendas se aproximou de maneira quase inseparável no universo online.

Veja bem, enquanto o marketing atrai, nutre se relaciona com usuários nos primeiros estágios, o setor de vendas entra em ação na parte final.

Ou seja, podemos dizer que, enquanto o primeiro recolhe, qualifica e prepara leads, o segundo realiza a conversão.

Em outras palavras, vende.

Pense da seguinte maneira: um internauta aleatório não está preparado para receber uma oferta.

Assim, é preciso garantir que ele tenha conhecimento sobre o assunto e confie na marca suficientemente para bater o martelo.

Quando o time de marketing assim o identifica, automaticamente o transfere para a equipe de vendas.

Assim, apenas pessoas com potencial de compras tomarão o tempo dos vendedores.

Com isso, todas as suas taxas são otimizadas.

Os profissionais de vendas não perderão seu tempo com pessoas que não se tornarão clientes, trabalhando apenas com os grãos finos.

O funil de marketing é utilizado para definir todas as ações que filtram pessoas que podem estar interessadas.

Leva em conta todas essas variáveis, mas tem como foco as vendas.

Basicamente, essa diferenciação serve somente para definir etapas variadas.

No entanto, ambos os setores trabalham conectados.

Existe, inclusive, um termo para essa união: smarketing (sales + marketing, ou vendarketing, como preferir).

A importância de trabalhar com o funil

importância de incluir o funil de marketing na sua estratégia

A importância do funil de marketing está no simples fato de que você não dialoga com um grande número de usuários, com perfis aleatórios e, muitos deles, sem interesse no que tem a oferecer.

Ou seja, há um direcionamento baseado em interesse.

Imagine o seguinte cenário: você tem uma loja em um shopping e conta com o seu time de vendedores internos e externos.

Os externos ficam perambulando pelo local e abordando pessoas aleatórias, convidando-as a comprar.

Não parece uma boa ideia, não é mesmo?

Por outro lado, seus vendedores internos trabalham somente com as pessoas que adentraram a loja por conta própria.

Basicamente, o funil de marketing foca em convencer os usuários a irem até a sua loja, sem intromissões.

De maneira natural, o próprio consumidor se convence de que o seu produto é necessário.

Eis aí o segredo do sucesso.

Os três estágios e exemplos do funil de marketing

estágios e exemplos de um bom funil de marketing

O funil de marketing é composto por três estágios essenciais.

A seguir, vamos saber um pouco mais sobre cada um deles.

1. Topo de funil de marketing

As pessoas que se encontram no topo do funil de marketing ainda não estão interessadas em comprar.

Muitas vezes, sequer imaginam que existe um problema, cuja solução é oferecida pela sua empresa.

Na realidade, elas têm dúvidas.

Você pode ajudar a identificá-las para propor uma solução.

Sabe qual é a ferramenta utilizada para sanar a maior parte delas?

Exatamente: o Google e outros mecanismos de buscas.

É por isso que o foco da criação de conteúdo nessa etapa são dúvidas brandas, de pessoas que estão iniciando a sua jornada pelo ramo de conhecimento esperado.

Vamos utilizar aqui o exemplo de uma agência de marketing digital que oferece serviços relacionados ao ramo.

Assim, ao se colocar na mente do usuário, que tipo de dúvidas uma pessoa poderia ter?

Algo como:

  • Como aumentar as vendas do meu negócio?
  • Quais são as melhores ferramentas de marketing?
  • O que fazer para ganhar dinheiro na internet?

Assim, é uma boa ideia criar artigos no seu blog para que as páginas apareçam no Google e sejam encontradas por esses potenciais compradores, não é mesmo?

No entanto, elas devem ser otimizadas para ocupar boas posições.

A esse conjunto de práticas, damos o nome de SEO (Searching Engine Optimization).

Há outros meios para que um completo desconhecido descubra suas webpages, como as redes sociais e os links patrocinados.

No entanto, o grande trunfo, nesse caso, são os textos voltados ao ranqueamento nos motores de pesquisa.

2. Meio de funil de marketing

Quando um usuário se encontra no meio do funil, ele já tem um conhecimento maior sobre o tema.

Com isso, existem dúvidas mais específicas.

É por essa razão que uma pessoa pode adentrar em qualquer um dos estágios do funil de marketing.

Vamos supor que o usuário já tenha experiências prévias com o método e busque por respostas mais direcionadas.

Por exemplo:

  • Como usar as redes sociais para vender mais?
  • Quais são as melhores plataformas de e-mail marketing?
  • O que é SEO e como aplicá-lo em meu blog?

Mais uma vez, os mecanismos de buscas são um poderoso aliado para atrair essas pessoas.

Perceba que esse internauta pode ser o mesmo que encontrou suas páginas no topo do funil.

Mas, dessa vez, ele está mais educado em relação ao assunto.

É possível, inclusive, que ele até tenha fornecido um contato.

Ele percebeu que o seu conteúdo é valioso e solicitou mais informações pelo e-mail, por exemplo, ao assinar a sua newsletter.

Quando isso acontece, você gera um lead.

É um voto de confiança que o usuário dá à empresa.

E esse é um passo fundamental para continuar a se relacionar, já que há um canal pessoal com o qual você pode se comunicar com ele.

Existem outras maneiras de fazer com que ele forneça o endereço eletrônico, como webinars, e-books e outros formatos de materiais ricos.

Nesse estágio, já há a identificação do problema.

Ele sabe o que é preciso solucionar sem a necessidade de um vendedor entrar em contato e explicar algo que sequer perguntou.

E você irá ajudá-lo.

Principalmente por meio das mensagens de e-mail .

Cada vez que ele abre uma delas, está se relacionando com a marca e aumentando sua confiança, já que passa a enxergá-la como autoridade no assunto.

3. Fundo de funil de marketing

O consumidor que se posiciona no fundo do funil está preparado para solucionar o problema.

Mais uma vez, provavelmente, as dúvidas que ele buscará no Google voltam a atuar.

Algumas pesquisas assim podem aparecer:

  • Como contratar uma agência de marketing?
  • Quanto custa para implementar uma estratégia de inbound marketing?
  • Qual é a melhor agência de marketing para o meu negócio?

Apesar de importantes, os mecanismos de busca perdem a força nesse estágio.

O que se espera é que o usuário já conheça a sua marca e, portanto, recorra diretamente ao seu conteúdo para solucionar suas dúvidas.

Quem sabe ele até possa solicitar um orçamento.

Este é o momento em que o seu time de vendas é acionado.

Com um potencial de conversão, seus vendedores lidam somente com pessoas com alto interesse e confiança na sua marca.

Os leads são avaliados como qualificados para vendas (SQL), e você pode tomar a iniciativa de entrar em contato, pois não será invasivo.

Eles são assim indicados por meio de suas interações.

Por exemplo, uma alta taxa de abertura de e-mails revela interesse.

O mesmo vale para alguém que baixa um material rico, como uma pesquisa de mercado nomeada “tendências de marketing digital para 2020” ou um ebook cujo título é “como montar uma estratégia de marketing digital eficiente”.

Aqui o nome da sua empresa passa a aparecer mais vezes.

Suas chamadas para a ação convidam para um bate-papo ou oferecem diretamente um botão de compra.

Afinal, ele está a um passo de fechar o negócio.

Depois de realizada a venda, o processo continua.

Agora, você deve extrair o máximo de dúvidas possível para garantir que ele se tornará um cliente regular.

Como construir o funil de marketing?

construção do funil de marketing

Então, como construir um funil de marketing?

A verdade é que não existe um único processo.

Ele varia de empresa para a empresa, já que cada público reage de uma maneira.

No entanto, podemos identificar padrões e traduzi-los em um formato comum.

A seguir, saiba como é o funcionamento dessa estratégia de maneira geral.

1. Defina seu produto

O seu produto é o que você vende.

Simples assim.

Defini-lo é o primeiro passo na hora de elaborar o funil de marketing.

2. Defina sua persona

A persona é um personagem fictício que representa o seu cliente ideal.

Diferentemente do conceito de público-alvo, é específica e tem nome, costumes e preferências.

Ela é muito importante, já que direciona o tom de voz utilizado na criação de conteúdo e a estratégia como um todo.

3. Crie conteúdo

O conteúdo do seu funil deve se adequar a cada uma das etapas do funil de marketing.

Os formatos se modificam de acordo com as necessidades de cada uma delas.

Esse é um passo muito importante, pois se trata da mensagem que será entregue ao seu cliente.

4. Automatize fluxos de e-mail e/ou mensagens

Você não tem tempo para redigir uma mensagem única para cada usuário.

Por isso, é preciso automatizar a entrega.

No entanto, não se engane: elas são personalizadas por comportamento.

As ferramentas de e-mail marketing permitem que você envie listas de acordo com o comportamento de grupos de usuários, uma mão na roda para os profissionais da área.

5. Construa uma landing page

A sua landing page é a última barreira entre o usuário e a compra.

Ou seja, é a página final, na qual o consumidor realiza a ação desejada.

Por conta disso, são livres de distrações.

Também são úteis em outras etapas do funil, como no caso da aquisição de leads.

Em resumo, são páginas-chave que garantem o bom funcionamento da estratégia.

6. Conecte os elemento do seu funil de marketing

Como você percebeu, o funil de marketing segue toda uma lógica dentro da jornada do cliente.

Por isso, os elementos são conectados.

Quando uma pessoa se inscreve em uma newsletter, passa a receber conteúdos regulares na caixa de entrada do e-mail .

Ao identificar um bom índice de engajamento, mais e mais peças são enviadas.

Quando ele se inscreve em um webinário, pode ser a hora certa de fazer uma oferta.

É claro que esses são somente alguns exemplos.

O ideal é que você identifique os padrões de comportamento e realize ajustes nas suas ações do funil de marketing.

Para fazer isso, utilize a análise de métricas, tema do próximo tópico.

7. Teste e otimize seu funil

Por fim, temos possivelmente a atividade mais importante dentro de um funil de marketing: a avaliação de dados.

Aqui, você deve realizar testes A/B para definir quais são os melhores meios para adquirir clientes.

Lembre-se: essa estratégia é reformulada com frequência.

Então, não há uma fórmula pronta para o sucesso.

As métricas servem como uma bússola que guia cada passo dado durante a execução das ações, permitindo a realização de melhorias que potencializam os ganhos da empresa.

Conclusão

Neste artigo, você compreendeu o funcionamento do funil de marketing.

Além dos conceitos básicos, viu qual é a sua relação com o funil de vendas.

Também soube qual é a sua importância para o marketing digital.

Não menos importante, descobriu quais são os três estágios pelos quais um usuário passa antes de se tornar um cliente.

Por fim, aprendeu a criar o seu próprio ciclo de processos para desenvolver o seu próprio funil de marketing.

Eu espero que este texto resolvido todas as suas dúvidas.

Mas, se restou alguma, é só deixar um comentário.

E aproveite para falar mais das suas expectativas e ações.

Afinal, qual tem sido o seu principal desafio hoje ao usar um funil de marketing?

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Pedro Álvarez Cabral ganhou R$ 5 milhões para chefiar sua expedição

Bartolomeo Marchionni tinha uma fortuna de R$ 500 milhões em dinheiro de hoje. E mantinha uma carteira de investimentos diversificada. Esse florentino radicado em Lisboa, além de ser dono de um banco em Florença, traficava marfim, ouro e escravos na costa da África.

Depois ele entraria numa empreitada bem mais arriscada: virou o maior financiador privado da expedição de Pedro Álvares Cabral para a Índia. Você passou a infância ouvindo só um pedaço dessa aventura. Antes de tocar para a Ásia, a frota faria uma escala de duas semanas no lugar onde hoje fica Porto Seguro – atracaram no dia 21 de abril de 1500, no evento que fez com que este livro acabasse escrito em português, e não em espanhol ou holandês. Mas não ficaria só nisso. No caminho entre o litoral baiano e a Índia, a expedição ainda encontraria outra terra nova para os europeus, Madagascar, mas o descobridor oficial aí não foi Cabral, e sim Diogo Dias, capitão do único navio da frota que ancorou por lá.

Bom, mais do que uma expedição, aquilo ali era uma megacorporação. Cabral, o jovem CEO de 33 anos, tinha acertado um pagamento de 10 mil cruzados pela empreitada. Convertendo a moeda portuguesa da época para hoje, isso dá R$ 5 milhões.1 Seus diretores, os capitães dos outros doze navios, ganhavam R$ 40 mil por mês; e cada um dos 1.200 marinheiros, R$ 5 mil. Uma grande empresa, fundada com o objetivo de lucrar com um negócio que prometia ser o mais rentável da história até então: o comércio de temperos orientais sem intermediários.

Os temperos, ou especiarias, da Ásia já faziam parte da dieta dos europeus desde antes da fundação de Roma. Num mundo sem grandes opções de lazer, boa parte da diversão dos endinheirados era brincar com as explosões de sabor que o cravo, a canela, a noz-moscada e a pimenta-do-reino causam nas papilas gustativas.

E o pessoal ia fundo nisso. Enquanto Jesus fazia suas pregações na Galileia, o historiador Plínio temia pelo futuro do Império Romano. A elite, ele escreveu, estaria gastando todo o ouro de Roma em temperos do Oriente. Não era exagero. Nas palavras do historiador Frederic Rosengarten, : “os romanos foram os mais exagerados usuários de aromatizantes da história”. Faziam todo tipo de combinação não só na comida, mas também em vinhos e perfumes. Os mais excêntricos dormiam em travesseiros recheados de especiarias acreditando que a fragrância delas curava ressaca.2

Como notou Plínio, esses eram hábitos despudoradamente caros. As especiarias passavam por dezenas de intermediários no caminho entre sua terra natal, o Sul da Ásia, e a Europa. E o preço subia a cada vez que elas trocavam de mão. Os temperos podiam não valer seu peso em ouro, mas chegavam perto: quando os visigodos sitiaram Roma, em 408 d.C., disseram que deixariam a cidade em paz em troca de uma certa quantidade de ouro, prata… e especiarias.

Os romanos perderam seus travesseiros antirressaca para os invasores, e a Idade Média nublou os ares da Europa, mas o comércio intercontinental de especiarias seguiu firme. E do jeito que era antes: mercadores da Península Indiana enchiam barcos com cravo, canela, noz-moscada e pimenta-do-reino e velejavam até a Península Arábica para vender seu ouro em pó. De lá, os temperos iam em lombo de camelo até o Egito, onde eram revendidos para comerciantes do Mediterrâneo via porto de Alexandria.

A partir do século 14, porém, não era mais qualquer comerciante europeu que podia comprar especiarias ali. Os governantes do Egito tinham feito um acordo com Veneza, e dali em diante só os mercadores do ducado colocavam as mãos nos temperos. Você só ancorava em Alexandria se fosse veneziano.

Quem quisesse comprar especiarias, então, tinha de ir até Veneza e pagar o quanto esses intermediários cobrassem – não foi à toa que a cidade da Praça de São Marcos ficou bonita daquele jeito, nem que a peça de Shakespeare sobre um comerciante sem um pingo de caráter chame O mercador de Veneza.

O monopólio, na verdade, não era tão “mono” assim. Também chegavam especiarias por terra fora do eixo Egito–-Veneza, principalmente via Constantinopla (atual Istambul). Só que em 1453 o Império Otomano invadiu e tomou o controle da cidade, fechando as portas desse comércio para os europeus.

Nisso, os mercadores de Veneza ficaram realmente com o mercado todo para eles. O governo egípcio percebeu logo a oportunidade e, assim que Constantinopla caiu, passou a cobrar 30% de imposto sobre o valor das especiarias que chegassem a seus portos. E o preço final na Europa, que já era alto, ficou obsceno. Uma saca de pimenta chegava a custar o equivalente a seis meses de aluguel de um cômodo no centro de Veneza (dezesseis ducados).

Tão obsceno que encontrar um jeito de comprar especiarias direto dos indianos, sem intermediários, virou obsessão. A única forma seria descer pelo Atlântico, contornar a África inteira e entrar no oceano Índico. Só que lá no século 15 isso era equivalente a mandar uma expedição tripulada para Plutão. Ninguém tinha contornado a África antes, nem fazia ideia se isso era fisicamente viável. Mas a possibilidade de lucro era tão grande que insanidade mesmo seria não tentar. E Portugal saiu na frente na corrida pelo caminho das Índias.

Os portugueses, com vista privilegiada para o Atlântico e munidos de caravelas – seus incríveis barquinhos capazes de navegar contra o vento –, já tinham colonizado os arquipélagos dos Açores e da Madeira no começo do século 15. Nada mau se considerarmos que os dois ficam a quase mil quilômetros da costa europeia.

Os arquipélagos eram úteis como escala de abastecimento para expedições cada vez mais ao sul da costa africana. E as caravelas foram descendo, descendo… até que uma dessas frotas, a do capitão-mor Bartolomeu Dias, descobriu que, sim, uma hora a África acabava. Ao fazer a curva lá embaixo, em 1488, Bartolomeu sofreu com vários dias de tempestades – e batizou esse lugar onde a África dava cabo de “Cabo das Tormentas”, já que a pororoca oceânica do encontro do Atlântico com o Índico deixa as águas bem traiçoeiras por lá.

Mas o rei de Portugal, dom João II, preferiu renomeá-lo Cabo da Boa Esperança. Esperança de “meter as mãos na garganta de Veneza”, como diziam os nobres portugueses na época.

Bartolomeu Dias fez a curva, mas de lá voltou para Portugal − sua missão era só encontrar o fim da África mesmo. Dez anos depois, Vasco da Gama contornaria de vez o cabo. Sua expedição chegou a puxar mais de 10 mil quilômetros em mar aberto sem escalas, feito que entraria para o Guinness Book do século 15, caso o livro existisse.

Depois de dez meses navegando, Vasco da Gama terminou em Calicute, o centro nervoso do comércio de especiarias, na costa oeste da Índia (não confunda com Calcutá, que fica do outro lado do subcontinente). Era a glória. O maior feito da humanidade até então. Mas o que os indianos viram foi outra coisa: um bando de mendigos aportando sujos e malvestidos no lugar mais importante do mundo.

Vasco levou roupas, jarros e mel para usar como moeda de troca.3 A corte do samorim (o chefe de Estado) de Calicute debochou. Disseram que ou eles traziam ouro e prata, ou não teria negócio. Mesmo assim, os portugueses não voltaram de mãos abanando. Os chapéus, as calças e o mel que levaram podiam não valer grande coisa em Calicute, mas as especiarias eram mais baratas ainda. Então conseguiram embarcar algumas sacas de pimenta, cravo, canela e gengibre. E levantaram as velas para encarar mais um ano de mar até Lisboa.

Não era uma viagem simples. Numa época sem geladeiras, só existiam dois jeitos de transportar a comida: ou com muito sal, ou conservada pelos próprios anticorpos da comida – ou seja, levar os animais vivos no barco e mantê-los assim até a hora de comer. Então gaiolas cheias de galinhas e coelhos iam amarradas nos mastros. Barris com camadas intercaladas de peixe seco e sal completavam o suprimento de proteína da tripulação. Depois dos primeiros meses, as galinhas e os coelhos já tinham acabado. O jeito era se virar com os peixes – que os marinheiros lavavam com água salgada para deixar a carne menos salgada. Usar água doce para isso, nem pensar, já que o racionamento era de guerra. Ou pior. Se bem que chamar aquilo de água doce é eufemismo. Se deixar água destampada na geladeira já deixa ela com um sabor estranho, imagine o que acontece com a água repousada por meses num barco cheio de ratos.

O jeito era misturar a água com vinho para dar uma desinfetada, deixar o líquido relativamente menos intragável e, claro, baixar o estresse. E bota estresse nisso. A tensão era de presídio. Os mais fracos tinham de amarrar bem as calças para evitar que acordassem estuprados. Não que a tática desse certo sempre. E havia as tempestades.4

Desse jeito é até surpreendente que, depois de passar quase dois anos navegando, entre a ida e a volta, Vasco tenha conseguido voltar com dois dos quatro barcos que tinham saído de Portugal e 55 dos seus 170 homens.

Mesmo assim valeu. Não se sabe a quantidade exata de especiarias que o navegador trouxe. Mas o fato é que aquela saca de pimenta que custava 16 ducados em Veneza saía pelo equivalente a 2 ducados em Calicute. Um lucro de 700%.

Então foi Vasco voltar, em julho de 1499, para a Coroa portuguesa começar os preparativos para uma segunda expedição, agora portentosa, com treze navios e 1.200 homens. Lotada do ouro e da prata que o samorim queria em troca das especiarias. Isso mais uma porção de nobres para cuidar da parte diplomática e os melhores navegadores do reino – entre eles, o mesmo Bartolomeu Dias que tinha contornado o Cabo da Boa Esperança pela primeira vez. O problema é que tudo isso custava mais do que a Coroa podia pagar. Dom Manuel precisaria de ajuda. A própria expedição de Vasco da Gama contou com dinheiro privado. Mas essa era a maior empreitada que a Europa lançaria ao Atlântico. Sem o dinheiro de grandes investidores, as caravelas não teriam nem sido construídas. Aí entra Bartolomeo Marchionni, que, com outros banqueiros, ajudou a financiar a operação. Uma aposta de alto risco.

Mas que funcionou. O maior efeito colateral da expedição – aportar no Brasil e garantir a posse destas terras aqui para Portugal – foi bom para Marchionni, que se tornaria um dos principais comerciantes de pau-brasil na Europa. Na Índia, a expedição acabou sendo um desastre diplomático. O samorim até recebeu bem a frota no começo. Autorizou Cabral a montar um forte e um armazém de especiarias em Calicute e tudo o mais.

O forte do nosso amigo Pedro Álvares, porém, sofreu um ataque – patrocinado por comerciantes árabes que vendiam as especiarias pela rota tradicional, via Egito, e que não estavam nada dispostos a perder terreno para os portugueses. Cabral reclamou com o samorim, mas o soberano lavou as mãos. O descobridor do Brasil mandou seus navios bombardearem Calicute em represália. Os indianos contra-atacaram, e Cabral teve de abandonar o forte e apressar sua volta – até para não sair da vida justo agora que tinha acabado de virar história…

Dos treze navios originais, só voltaram sete. E metade dos homens. Mesmo assim, ele chegou a Lisboa com setecentas toneladas de especiarias, a maior parte pimenta-do-reino. Foi o bastante para que a expedição desse lucro. Assim, mesmo com os problemas sérios de relacionamento entre Cabral e o samorim, agora não tinha mais volta: o comércio de especiarias sem intermediários era viável.

Bartolomeo Marchionni escreveu a seus amigos banqueiros de Florença contando que a empreitada tinha sido um sucesso. O dinheiro começou a fluir. Em 1502, Vasco da Gama partiria pela segunda vez para a Índia. Dessa vez com vinte navios e armado até a medula. Chegou chegando: mandou o samorim expulsar as 4 mil famílias de comerciantes árabes instaladas na região de Calicute. Era isso ou a cidade levava fogo de novo. O samorim pagou para ver. E levou fogo. Os árabes retaliaram, mandando trinta navios de guerra para cima da esquadra. Mas os canhões de Vasco falaram mais alto. Os portugueses massacraram os muçulmanos e conseguiram estabelecer um forte e um complexo de armazéns em Kochi, uma cidade próxima.

Vasco voltou a Portugal em 1503, com treze dos vinte navios (o que não era de todo mau para os padrões da época) e 1.700 toneladas de especiarias na bagagem. Era praticamente a mesma quantidade que Veneza importava do Oriente Médio por ano – só que a margem de lucro dos portugueses era estupidamente maior, na faixa de 700%, contra 50%, 60% dos venezianos, que pagavam bem mais caro pela mercadoria no Egito. Agora sim. O comércio de especiarias sem intermediários tinha virado realidade.

Portugal mandaria 705 navios para o Oriente ao longo do século 16. Estabeleceria colônias firmes, como a de Goa, que se tornou um pedaço da Península Ibérica na Índia – tanto que falam português lá até hoje. E os negócios do país do outro lado do mundo acabariam indo muito além de levar tempero de rico para a Europa. Portugal começou a lucrar comprando e vendendo dentro da própria Ásia: levava ópio de Goa para a China – onde também fincou outra colônia próspera e até hoje lusófona, Macau. E revendia seda e porcelana chinesa em troca de ouro num lugar onde nenhum europeu jamais havia pisado, o Japão. Banzai.

Por sinal, a relação com os japoneses foi tão estreita que algumas palavras da nossa língua estão no idioma deles até hoje. A história mais manjada, a de que arigatô vem de “obrigado”, é lenda. Linguistas já concluíram que o “obrigado” deles é mais antigo que o encontro com os portugueses. Mas biidro (vidro), shabon (sabão), marumeru (marmelo), kirishtan (cristão) e outras dúzias de palavras estão aí para comprovar o laço.

Outra palavra que chegou lá por essa via foi Oranda (Holanda). Não por acaso: Portugal praticamente monopolizaria o comércio no Índico até o fim do século 16 – só a Espanha representava concorrência. Mas os holandeses logo descobririam uma arma letal. Tão poderosa que deixaria o resto do mundo à sua mercê. Uma arma sem pólvora, porém bem mais explosiva: o mercado de ações.

A união faz a bolsa

A bolsa de valores veio do pântano. Do pântano que a Holanda era há mil anos. Um quinto do território que o país tem hoje estava debaixo d’água, e o resto sofria com enchentes um ano sim e outro ano também. Natural: a Holanda fica encurralada entre o mar do Norte e a boca de dois rios gigantes, o Reno, que desce da Alemanha, e o Mosa, que chega da França. O delta dos dois se junta no leste dos Países Baixos, formando um labirinto de rios menores.

No que dependesse da natureza, não era para ninguém morar nessa região. E, fora uma meia dúzia de pescadores, ninguém morava mesmo. Mas essa foi a sorte grande do lugar que viria a ser chamado de Holanda: o feudalismo não fincou raízes por lá. Enquanto no resto da Europa os agricultores viviam em estado de semiescravidão, trabalhando para poucos e gordos latifundiários (também conhecidos como nobres), na encharcada Holanda muitos eram donos do próprio nariz: plantavam, pescavam, vendiam e compravam por conta própria.

Não que aquilo fosse uma comunidade hippie medieval. Havia também nobres, donos de propriedades maiores. Mas o modelo feudal de trabalhar na lavoura em troca de casa e comida não pegou. Boa parte do trabalho, afinal, era tirar a própria Holanda debaixo d’água para ter onde plantar e criar gado. Para tirar terras debaixo d’água ou afastar a ameaça constante de enchente nas partes secas, só com muito trabalho coletivo.

Os holandeses aprenderam a se unir para domar a natureza. Construíram represas, milhares de canais para drenar a água das terras aráveis e moinhos para bombear essas águas. Os nomes das maiores cidades da Holanda ecoam esse passado: Dam significa “represa”; Amsterdã é a represa do rio Amstel. Roterdã é a do rio Rotte… Os sobrenomes típicos dos Países Baixos também são molhados: Van Damme (“da represa”), Van Dijck (“do dique”). Os séculos de trabalho em equipe fixaram um caráter democrático e humanista na região. Um ditado deles ajuda a entender esse espírito: “Deus criou o mundo; os holandeses criaram a Holanda”.

Numa cultura assim, em vez de feudos enormes, você tinha propriedades divididas entre os homens que ajudaram a tirá-las debaixo d’água. Em vez de trabalho em troca de comida, trabalho em troca de salário. O grande efeito colateral dessa prática era um comércio vivo. No resto da Europa, o dinheiro caía em desuso entre os mais pobres, já que ninguém tinha. Nos Países Baixos, não: a circulação de moeda bombava a economia.

Essa mistura de engenhosidade, trabalho coletivo e economia voltada para o comércio transformou o lugar numa ilha de capitalismo. E, quando o Renascimento começou a dar as caras no Velho Mundo, a Holanda já tinha largado na frente. Tudo acontecia em ritmo acelerado. A pesca, por exemplo, já era industrial nos anos 1500. Os holandeses tinham transformado seus barcos de pesca em fábricas. Eles eram projetados de modo que a tripulação pudesse pescar, limpar e estocar os peixes em barris de sal a bordo. Isso permitia que cada navio passasse dois meses em alto-mar pescando ininterruptamente, com tripulações de vinte a trinta homens. Em 1560, a Holanda tinha quatrocentos barcos-fábrica desses – a maior parte de propriedade de investidores urbanos.5

A criação de gado também era industrial. Apesar da imagem bucólica das vacas holandesas, o povo dos Países Baixos foi pioneiro na criação de gado confinado – em que o boi vive trancado num cubículo se entupindo de ração até ir para o corte. Péssimo negócio para o boi, mas ótimo para quem cria: eles engordam mais rápido, e a produtividade de carne bomba. A agricultura também entrou nessa onda: eles importavam grãos e deixavam a terra para culturas mais valiosas: cânhamo para as velas dos navios, lúpulo para as fábricas de cerveja, linho para os vestidos das mulheres – mais tarde viria o tabaco; e as tulipas.

Tudo isso transformou a Holanda de um pântano pegajoso em uma potência econômica. Em 1581, já era uma república – a primeira na Europa desde que Roma virou oficialmente uma ditadura, em 27 a.C. Em 1595, só Amsterdã já controlava um volume de comércio maior que o da Inglaterra e o da França juntas (mesmo tendo um PIB bem menor). Mas a hora da Holanda ainda não tinha chegado. O comércio mais lucrativo do mundo, àquela altura, estava nas mãos dos portugueses (e dos espanhóis, que tinham anexado Portugal em 1580). Só os ibéricos compravam especiarias direto na fonte para revender na Europa.

Naquela época, finalzinho do século 16, os holandeses já sabiam como navegar até o oceano Índico. É que outro produto de exportação do país eram marinheiros, calejados pela cultura pesqueira dos Países Baixos. Então, o que não faltava nos navios de Portugal eram holandeses. Um deles era conhecido em Lisboa como Arnaud de Hollanda, um sujeito nascido em Utrecht, ao sul de Amsterdã. O marinheiro participou de uma viagem portuguesa ao Brasil em 1525, fincou residência em Pernambuco e deu origem à família Buarque de Hollanda. Mas importante mesmo para a nossa história aqui foi um certo Jan Huygen van Linschoten – um cara tão fundamental para o que viria a ser o mercado financeiro do século 21 quanto o tata(…)tatataravô do Chico Buarque para o que viria a ser a MPB. Mas com uma participação mais ativa.

Jan Huygen passou nove anos fazendo a ponte marítima Portugal-Índia em navios lusitanos e, quando voltou para a terra natal, lançou um livro bombástico, contando tudo o que os portugueses tinham aprendido em quase um século de comércio com o Oriente: rotas de navegação, direção dos ventos, mapas dos melhores lugares para comprar especiarias, tabelas de preços dizendo quanto ouro levar para comprar tantos sacos de pimenta, cravo, canela ou noz-moscada… Só faltou encartar cupom de desconto e dar um GPS de brinde.

O livro, chamado Relato de uma viagem pelas navegações dos portugueses no Oriente, veio a público em 1596. Mal a obra tinha saído, e os holandeses começaram a içar velas para tentar a sorte no oceano Índico. Em 1600, já havia seis empresas na Holanda operando navios mercantes para a Índia – seis “Companhias das Índias”, como esse tipo de empreitada ficou registrada na história. O livro de Huygen, por sinal, também tinha chegado à Inglaterra, que também fundaria sua Companhia das Índias no ano 1600. Começava a corrida do tempero.

O maior problema nessa corrida, porém, era arranjar a gasolina – o dinheiro para financiar as expedições. A fórmula tradicional era a portuguesa: reunir banqueiros, levantar empréstimos, pedir ao rei… Mas, mesmo com as promessas de lucro pornográfico, não era tão simples achar gente disposta a correr o risco. Principalmente num país sem o know-how dos portugueses para grandes navegações. Dos 22 barcos que tinham saído da Holanda para o Oriente em 1598, só doze voltaram – índice de perda que Portugal já havia superado. Haja poder de persuasão para convencer investidores a arriscar seu ouro numa dessas.

A outra solução seria diminuir substancialmente o risco da empreitada. E foi o que eles conseguiram. Como? Chamando não apenas um ou dois megainvestidores para bancar a operação, mas centenas. Cada um daria um pouco de dinheiro em troca de um pouco do lucro, caso ele viesse mesmo. Desse jeito o negócio deixava de ser um tudo ou nada. Se a empreitada ao Oriente desse em água (literalmente, com os navios afundando), cada um perderia só um pouco. E bola para a frente. Se desse certo, todo mundo ganhava. Aí dá para conversar…

Ideia exótica para uma Europa que mal tinha saído da Idade Média, mas natural para um país que construiu seu caráter com base no esforço coletivo. Se o trabalho em equipe tinha escavado os canais e levantado os moinhos que literalmente tiraram o país do fundo do poço, agora o financiamento coletivo levaria os navios do país ao Índico.

A iniciativa partiu do governo holandês. A República uniu as seis Companhias das Índias do país, formou uma grande estatal e convidou a população a se tornar sócia. Vinha ao mundo a primeira megacorporação da história: a Vereenigde Nederlandsche Oostindische Compagnie (Companhia Unida Holandesa das Índias Orientais) – para não complicar, vamos fazer como os holandeses do século 17 e chamá-la pela sigla simplificada que eles criaram: VOC.

“Convidar a população para virar sócia” significava dividir a empresa em partes. Milhares de partes. E então vender os pedaços no mercado. Em que mercado? Construíram um em Amsterdã para comercializar as “partes” da VOC e deram o nome de bourse (bolsa).

Bolsa era a denominação que os holandeses davam aos lugares onde os comerciantes se reuniam para negociar. Por que chamavam isso de bolsa? Ninguém sabe. A lenda mais persistente é a de que mercadores do século 14 se reuniam em Bruges, na Bélgica, um centro comercial importante da época, e se hospedavam num certo Hôtel des Bourses (Hotel das Bolsas). E o nome foi se espalhando. Também existe uma hipótese mais simples. Pessoas carregavam moedas em bolsas, poxa. Era lógico que um lugar onde circulava muito dinheiro, como uma reunião de comerciantes, ganhasse esse nome – do mesmo jeito que os entrepostos comerciais de verduras em alguns lugares do Brasil ganharam o apelido de “sacolão”. Era o “bolsão”, então.

E a VOC foi para a bolsa. Exatamente 1.143 pessoas compraram partes da empresa. Em tamanhos variados. Oitenta indivíduos colocaram mais de R$ 350 mil em dinheiro de hoje (10 mil guildas no da época), mas boa parte era formada por pequenos investidores: 445 puseram mil guildas (R$ 35 mil) ou menos. Trabalho financeiro coletivo é isso aí.

Cada pedaço da VOC era chamado de “parte de uma ação”. “Ação” no sentido de empreitada, já que o dinheiro era para financiar empreitadas mesmo – expedições para a Índia atrás de pimenta, cravo e canela. Mas a palavra ficou – nas línguas latinas, pelo menos; os países anglófonos preferiram chamar a coisa só de “partes” mesmo (shares). E hoje as multinacionais brasileiras vendem shares em Nova York e ações no Brasil.

Somando todos os papéis que tinham ido à venda, a VOC arrecadou 6,5 milhões de guildas, ou R$ 340 milhões. Esse passou a ser o “valor de mercado” da empresa –, a soma do preço de todas as ações que ela tem no mercado.

Parece pouco para quem está acostumado aos números do mercado de hoje – anões da bolsa brasileira valem mais de R$ 3 bilhões, caso da Marcopolo, uma fabricante de carrocerias de ônibus. Mas estamos falando de um mundo bem menor. O PIB da Holanda em 1602 era de R$ 8,5 bilhões em dinheiro de 2019, o que equivale ao da cidade de Montes Claros, em Minas Gerais. E o PIB do planeta inteiro na época, estima-se, estava na faixa de R$ 1,3 trilhão, ou duas cidades de São Paulo.6

Hoje o PIB mundial é trezentas vezes maior. Lá atrás, o capital de 6,5 milhões de guildas da VOC já fazia dela, tranquilamente, a maior empresa do planeta – sua rival britânica, aquela fundada em 1600, valia quase dez vezes menos.

Como a Companhia das Índias Orientais explica a Petrobras

As ações da VOC faziam o que ações fazem: davam direito a uma parcela dos lucros da companhia. Se você tivesse colocado mil guildas ali, poderia embolsar 0,00015% de todo o dinheiro que a empresa fizesse com suas viagens nos anos seguintes – esse seria o seu dividendo, a grana que lhe cabia. Estava agendado um pagamento de dividendos em 1603, outro em 1605 e mais dois, em 1607 e 1608. Só tinha uma coisa: não dava para saber quais seriam os lucros – ou se haveria algum lucro. Ou se algum navio voltaria mesmo das viagens.

Pior: você colocou suas guildas no negócio quando estava solteiro e, agora, em 1603, está casado, com um par de gêmeos para criar, e nada de os barcos voltarem. O que você faz? Bom, você podia ir até a Bolsa de Amsterdã e vender suas ações da companhia. Elas não eram pessoais e intransferíveis, mas papéis ao portador. Se a necessidade batesse, dava para passá-las para a frente e vender o direito à sua parte dos lucros para outra pessoa a fim de encarar o risco.

Os anos foram passando, e não veio dividendo algum. A VOC tinha gastado mais da metade do capital com a construção de 22 navios, e outras centenas de milhares de guildas para adquirir os metais preciosos de que precisava para trocar por especiarias do outro lado do mundo. A competição com os portugueses e os espanhóis também não ajudava. E era competição no melhor sentido da palavra: a Holanda estava em guerra com a Espanha desde 1568 – e continuaria assim até 1648. Até por isso qualquer navio mercante carregava canhões. Qualquer encontro no mar entre Holanda e Espanha terminaria em um embate sanguinário.

Um caso típico: barcos holandeses capturaram galeões espanhóis em 1605, no Canal da Mancha. O almirante holandês, em vez de fazer prisioneiros, afogou todos os tripulantes, amarrados um a um. Ninguém perdia tempo.

Por essas, a VOC estava fazendo mais dinheiro saqueando navios espanhóis do que com o comércio propriamente dito. Mas não conseguia montar fortes e entrepostos comerciais no Oriente – os inimigos da Península Ibérica, que já estavam bem estruturados na região, não deixavam. E sem essa infraestrutura não dava para garantir um comércio constante: uma hora os navios voltavam bem fornidos, outra hora não voltava navio nenhum.

Isso gerou um clima de especulação na Bolsa de Amsterdã. Quando apareciam boatos de que navios da VOC tinham afundado, um monte de gente que tinha colocado suas suadas mil guildas nas ações queria mais era se desfazer delas a esperar por um lucro que, provavelmente, nunca viria. Aí o jeito era vender para o primeiro otário mal informado que aparecesse: “Sabe como é, minha mulher teve gêmeos… Não queria mesmo. Mas vou ter de vender essa maravilha de ações. Vamos lá, só 900 guildas…”. Em suma, com muita gente querendo vender, o preço da ação caía.

Quando o boato era de que os navios estavam voltando carregados de especiarias, a conversa era outra, claro. Otário, agora, era quem não comprasse. E mal informado era quem vendesse: “Essas ações são uma roubada, né? Mas eu quero te ajudar, amigo. Compro as suas por 1.010 guildas. Sabe como é. Só fico feliz quando ajudo as pessoas…”. E o preço da ação subia.

Em 1607, um terço das ações da VOC tinha trocado de mãos na bolsa. Ou seja: bastou surgirem as ações para que aparecesse o mercado de ações –, aquele em que as pessoas compram e vendem papéis todos os dias. Esse mercado, diga-se, sempre foi mais guiado pela psicologia do que pela economia: um sinal de que a empresa ia se dar bem, e os preços bombavam; uma desconfiança, de leve, e o valor dos papéis ia para o buraco.

Não mudou nada de lá para cá: em 2011, por exemplo, uma onda de turbulências nos países árabes fez o preço do petróleo subir 25% em um mês – um evento raro. No mesmo período, as ações da OGX, a petroleira de Eike Batista, subiram exatamente 25%. Detalhe: a OGX nunca tinha produzido uma gota de petróleo. Ninguém sabia se um dia ela produziria para valer – coisa que até acabou acontecendo anos depois, mas em volumes pífios. Mas beleza: lá atrás, em 2011, só a esperança de que os eventuais lucros da empresa no futuro seriam mais gordos por conta da possibilidade de um eventual barril de petróleo mais caro no futuro foi o bastante para chover compradores para a petroleira do Eike, e jogar o preço da ação dela lá em cima. Parece insano, é insano, mas o mercado funciona assim.

Ainda bem. Porque, se não há a esperança de que ações deem lucro e subam de preço, não existe mercado de ações. E, sem mercado de ações, as grandes empresas ficariam amarradas – seria bem mais difícil levantar dinheiro para operações caras. Isso valeu para a VOC lançar seus barcos de madeira em alto-mar no século 17. E valeu para a Petrobras lançar suas brocas mar abaixo no século 21. A exploração do pré-sal seria inviável se dependesse do dinheiro que a empresa tinha em caixa e de empréstimos bancários. A companhia teria de esperar sentada pelos bilhões que precisasse para investir. Então ela agiu como os holandeses de 1602: foi atrás de microssócios.

Bem mais microssócios, na verdade. A Petrobras já tinha ações no mercado desde 1953, quando fora fundada por Getúlio Vargas. Até 2010, a empresa estava dividida em 9 bilhões de ações (tendo o governo como acionista principal, por isso ela sempre foi uma estatal, mesmo tendo sócios privados).

Quem tinha uma ação da Petrobras, então, era dono de 0,11 bilionésimo da companhia – bom, como as ações hoje geralmente são comercializadas em lotes de cem, o normal é que os menores acionistas tenham pelo menos uma centena de papéis de qualquer empresa; então vamos ser realistas: quem tinha um lote de 100 ações da Petrobras era dono de 11 bilionésimos dela. Então tinha direito a uma parcela equivalente dos lucros da empresa. Se a Petrobras desse R$ 20 bilhões de lucro no ano, cada proprietário de cem ações podia ficar com até R$ 220 em dividendos (“até” R$ 220 porque a empresa não é obrigada a converter todo o seu lucro para os acionistas – ela pode pegar a maior parte do que ganhou no ano e reinvestir na companhia; e é o que basicamente toda empresa faz).

Aí a Petrobras se viu com o pré-sal pela frente. Precisaria gastar algo na faixa de R$ 400 bilhões para explorar essas reservas. Era dinheiro demais para arranjar emprestado com bancos. O jeito, então, foi partir para a solução que os holandeses tinham criado: a bolsa.

A Petrobras lançou 3,75 bilhões de ações novas no mercado em 2010. Esses papéis extras dividiram a empresa em mais partes do que antes. Se lá atrás eram pouco mais de 9 bilhões, agora eram 13 bilhões. Quem já tinha papéis da empresa viu sua participação diminuir. Um lote de 100 dava direito a 11 bilionésimos do lucro da companhia, certo? Agora dava só 8 bilionésimos – se a empresa lucrasse R$ 20 bilhões de novo, você, pequeno acionista, ficaria com, no máximo, R$ 160.

Na prática era como se uma nova empresa estivesse abrindo as portas: uma companhia com 13 bilhões de ações – sendo que apenas 9 bilhões delas já tinham donos (os acionistas antigos). O resto estava à venda no mercado para quem quisesse entrar como sócio.

Que vantagem Maria leva em comprar ações de uma empresa que tinha acabado de se diluir? A seguinte: a Petrobras esperava aumentar os lucros. Em 2010, ela produzia 2 milhões de barris por dia. A expectativa, com o pré-sal, era de que a produção dobrasse até o fim da década.

Um lote de 100 ações da Petrobras dava direito a 11 bilionésimos do lucro da companhia. Depois da emissão de novas ações, essa fração baixou para 8 bilionésimos.

Isso significaria dobrar o lucro, claro. Então os 8 bilionésimos da “nova Petrobras” dariam automaticamente direito a mais dividendos que os da velha – R$ 320 contra R$ 220, usando os números do nosso exemplo. Isso na hipótese de que tudo desse certo. Não deu – o fim da década chegou, e a Petrobras segue produzindo os mesmos 2 milhões de barris de antes.

Mas lá atrás não faltou gente que acreditasse na promessa de lucro dobrado. Se a venda de ações da VOC foi a primeira da história, a da Petrobras, em 2010, foi a maior do mundo em todos os tempos. A venda dos 3,75 bilhões de ações rendeu R$ 120 bilhões ao caixa da empresa numa tacada só – o segundo maior lançamento de ações foi o do Banco Agrícola da China, um gigante de 441 mil funcionários (contra 390 mil da Petrobras), também em 2010: R$ 36 bilhões em valores da época. Só.

Claro que, como sempre acontece num lançamento de ações, todo mundo que entra está topando o risco de ver seu dinheiro evaporar. O banco chinês pode falir, o petróleo pode baixar a ponto de não fazer sentido gastar meio trilhão de reais para perfurar o pré-sal… E os barcos da VOC podiam afundar.

Vale a pena gente comum, como eu e você, encarar esse tipo de risco, então? Para quem tinha papéis da VOC, valeu. A Companhia Holandesa das Índias Orientais conseguiu driblar os portugueses e os espanhóis, passando batido pela Índia, e fincando seus postos comerciais mais a leste, na Indonésia. A primeira conquista da VOC na região foi o arquipélago de Banda, um paraíso com ilhotas cheias de especiarias despontando num mar azul-turquesa daqueles de derreter os olhos. Não que a eventual comoção dos holandeses com a beleza do lugar tenha durado muito. Os moradores de Banda obviamente não acharam a melhor ideia do mundo virar colônia de um bando de ruivos vindos de Marte, e reagiram à invasão.

Mas o contra-ataque da VOC foi fulminante. Jan Pieterszoon Coen, capitão de navio e diretor da companhia, promoveu uma carnificina nas ilhas para mostrar quem mandava. Fez o nome “Oranda” ficar conhecido no Japão ao contratar tropas de mercenários nipônicos para torturar e matar bandaneses. Decapitou líderes da resistência bandanesa e exibiu as cabeças em postes. Quando a VOC chegou para fazer negócios em Banda, o arquipélago tinha 15 mil habitantes. Depois de quinze anos, eram apenas seiscentos. Mas não tinha outro jeito. Para ser um grande executivo no século 17, você precisava ser um grande executor. De pessoas.

Para um psicopata como Jan Pieterszoon Coen, o mundo empresarial era um prato cheio – e continua sendo, por sinal: hoje a proporção de psicopatas entre os executivos de empresas é quatro vezes maior do que entre a população em geral (4% contra 1%). Não ter dó dos outros ajuda a massacrar a concorrência. É do jogo.

Ruim para os bandaneses, bom para os acionistas da VOC. A companhia se mostrou um baita investimento. Depois de garantir a Indonésia, os holandeses conquistaram algumas posições dos portugueses na Índia e foram ganhando terreno até que a VOC se tornasse a maior fornecedora de especiarias para a Europa. Em 1622, as ações tinham valorizado 300% − isso numa época sem inflação. Fenômeno.

Mais tarde, em 1670, ela já tinha 50 mil funcionários (bastante até para os padrões de hoje – é a quantidade de empregados da Apple). A VOC tinha isso e mais um exército particular de 30 mil soldados e duzentos navios, a maioria armada. E mais importante: estava pagando dividendos de até 40% ao ano.

É lugar-comum dizer que ações sempre valem a pena no longo prazo (e há muito exagero nisso), mas nesse caso foi precisamente o que aconteceu. Ao longo do século 17, a VOC mandaria 1.770 navios para o Oriente, contra 371 de Portugal. Cem anos depois, o placar seria ainda mais elástico: Holanda 2.950 x 196 Portugal.

Não é que esse negócio de ações era bom mesmo? Ô se era. Até vir a primeira bolha – assunto do nosso próximo capítulo.


Este é o quarto capítulo do livro Crash, Uma Breve História da Economia, escrito pelo autor deste blog.


Pedro Álvarez Cabral ganhou R$ 5 milhões para chefiar sua expedição Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed

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O Ubersuggest é uma poderosa ferramenta de SEO projetada para ajudar a gerar mais tráfego para o seu site. Você pode fazer de tudo, desde engenharia reversa do SEO dos seus concorrentes até descobrir palavras-chave de cauda longa para futuros posts de blog.

A ferramenta de análise da concorrência é um bom ponto de partida. Comece digitando qualquer domínio na caixa de pesquisa:

Sua pesquisa levará você a uma página de resultados:

É aqui que você encontrará dados como:

  • Palavras-chave orgânicas – Número de palavras-chave para as quais o domínio ranqueia no Google.
  • Tráfego orgânico mensal – Tráfego mensal total estimado que o domínio recebe.
  • Pontuação de domínio – Força geral do site (levando em consideração vários fatores).
  • Backlinks – Número de links recebidos no site.

Com esses dados, você pode ter um entendimento rápido de como seu site se compara ao do seu concorrente.

Mas isso não é tudo, você também recebe um gráfico de ranking de palavras-chave de SEO:

Esse gráfico mostra:

  • Número total de palavras-chave orgânicas ranqueando no Google
  • Rankings de palavras-chave por mês dos últimos 12 meses
  • Número de palavras-chave por mês que ranqueiam nas posições 1 a 3, 4 a 10, 11 a 50 e 51 a 100

À medida que você vai além da visão geral do domínio, você ganha acesso a recursos como a ferramenta de backlinks. É um dos meus favoritos e você pode começar clicando em “Backlinks” em “SEO Analyzer” na barra lateral esquerda:

Isso leva a análise de concorrência a um nível totalmente novo, permitindo que você analise todos os backlinks do site do concorrente. Você pode usar essas informações para buscar os mesmos links, melhorando assim suas chances de ultrapassar seu concorrente nos mecanismos de pesquisa.

Além de uma lista de backlinks, completos com o título da página de origem e o URL, outros dados importantes neste relatório incluem:

  • Pontuação de domínio – Força geral do site do link.
  • Pontuação da página – Força geral da página fazendo link.
  • Tipo de link – Se o link é baseado em texto ou imagem.
  • Texto âncora – Texto âncora do link.
  • Visto pela primeira vez – Primeira vez em que os robôs do Ubersuggest conseguiram identificar o backlink.
  • Visto pela última vez – Última vez em que o Ubersuggest pôde confirmar a existência do backlink.

O objetivo desses dados não é apenas entender o perfil de backlink do seu concorrente, mas também fornecer a você as orientações necessárias para garantir os mesmos links.

A primeira coisa que você deve fazer é uma lista de 10 – 20 sites que combinam com sua empresa. Por exemplo, se você tem um blog que compartilha conteúdo relacionado a hospedagem e domínios, o GoDaddy é uma combinação natural.

A partir daí, visite a página de link e identifique o texto âncora. Para o exemplo acima, tanto no primeiro quanto no segundo resultado, você pesquisará por “Ubersuggest” para encontrar um link para esta página no NeilPatel.com.

Por fim, encontre uma página no seu site que se encaixe no artigo. Você pode entrar em contato com o autor, sugerir sua página e trabalhar com ele para incluí-la no artigo.

Lembre-se, essa é uma estratégia de acerto e erro, então você não deve esperar sucesso em todos os aspectos. Para cada 25 a 50 emails que você enviar, você pode esperar talvez um ou dois backlinks. Embora isso não pareça muito, se eles forem de sites com uma alta pontuação de domínio, você está fazendo sua parte para mover a agulha.

Para mais informações sobre como conduzir link building por meio de contato por email, consulte o Guia de Link Building para SEO do Brian Dean.

Depois que você terminar de analisar seus principais concorrentes (ou antes), sugiro também a criação de um projeto para o seu site:

Passo nº1: Clique em “Criar um Projeto” no Topo da Página

Passo nº2: Forneça Informações Sobre o Seu Projeto

Passo nº3: Escolha Seu Local de Pesquisa Preferido

Passo nº4: Adicione Palavras-chave

Se você conseguir executar os passos acima, verá o seguinte:

Você pode acessar seu dashboard para ter uma visão geral do projeto:

São os mesmos dados de uma análise da concorrência, como os que detalhei acima. Você pode clicar em qualquer uma das seções da visão geral ou nas correspondentes na barra lateral esquerda. Ao analisar seu próprio site, gosto de começar com uma auditoria do site:

O recurso de auditoria do site fornece informações sobre a integridade geral do seu site. Por exemplo, há um erro crítico, que tem o maior impacto na saúde geral do seu SEO. Isso além de 17 avisos que são impactantes, mas em menor grau. Clicar em erros críticos mostra o seguinte:

Em seguida, você pode localizar a página com a baixa contagem de palavras e obter sugestões sobre como corrigi-la:

Com o Ubersuggest, você tem acesso a tudo o que precisa para entender a integridade do SEO do seu site e dos seus concorrentes. Isso permite que você tome decisões informadas que terão um impacto positivo nos seus rankings dos mecanismos de pesquisa.

2. Google Search Console

Se você vai se familiarizar com apenas uma ferramenta gratuita de SEO, que seja essa. Pode não ser a mais avançada. E, pode não ter um impacto direto nos seus rankings. Mas, é extremamente poderosa para iniciantes.

Essa ferramenta gratuita de SEO se resume a uma coisa: a saúde geral do seu site.

Por exemplo, você pode usá-la para ver quantos URLs foram enviados e quantos foram indexados.

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Outro dos meus recursos favoritos é a função “Search Analytics”. Com a capacidade de revisar “seu desempenho no Google Search”, você pode ter uma ideia melhor se o seu site está ou não na direção certa.

Aqui está um exemplo de alguns dos dados que você pode acompanhar:

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Você não quer ficar obcecado com esses números, mas eles dão uma boa ideia de em que pé está seu site e como está progredindo. Por exemplo, você quer que seus cliques totais, impressões totais e CTR aumentem com o tempo, com sua posição média ficando mais baixa.

Mesmo que você não saiba nada sobre como usar o Google Search Console, leva apenas alguns minutos para dar uma olhada e aprender como ele funciona.

3. SEMrush

Você quer aprender mais sobre o seu site? E sobre o site de um concorrente?

O SEMrush pode te ajudar. Você só precisa inserir um URL e fazer uma pesquisa. A partir daí, você receberá uma variedade de dados que podem ser usados para ajudar a impulsionar seus esforços de SEO para o próximo nível.

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A única coisa ruim do SEMrush, se você pode chamar assim, é a quantidade de informações que você recebe. Se você tem experiência no campo do marketing digital, vai adorar a avalanche de dados. Mas, se você é novo na área, pode ser intimidador.

Minha sugestão é dar um passo de cada vez, passando para a próxima seção de dados somente quando você entender completamente o que já analisou.

Muitas pessoas começam revisando os dados dos backlinks. Isso é particularmente verdade quando você deseja ver o desempenho de um concorrente:

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A partir daí, é natural focar nas palavras-chave orgânicas principais. Isso mostra as principais palavras-chave do site, que fornecerão algumas orientações.

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Se você quiser aprender mais sobre qualquer site, com foco no SEO, precisará gastar bastante tempo com o SEMrush. Não existem muitas ferramentas gratuitas de SEO que ofereçam esse valor.

4. Keys4Up

Há algo sobre a pesquisa de palavras-chave que assusta muitas pessoas.

Se você é novo no SEO ou se não sabe quais palavras-chave combinam com seu setor e seus objetivos, você precisa usar o Keys4Up.

O objetivo desta ferramenta gratuita é simples: trazer simplicidade ao processo de pesquisa de palavras-chave.

Depois de realizar algumas pesquisas, você achará o Keys4Up fácil de usar e cheio de recursos poderosos.

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Depois de selecionar sua palavra-chave principal e clicar em pesquisar, você pode relaxar e deixar essa ferramenta gratuita fazer todo o trabalho para você.

Inserir “marketing de conteúdo” em um mecanismo de pesquisa exibe os seguintes resultados de pesquisa:

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Como pode ver, você pode revisar todas as palavras-chave ou focar naquelas com 1,2 ou 3 palavras. Eu sugiro que você experimente cada opção, pois isso permitirá que você analise todas as palavras-chave.

O que eu mais gosto no Keys4Up é a funcionalidade “o que você vê é o que recebe”. Você não é atolado com detalhes que não importam. Em vez disso, você só faz sua pesquisa e revisa as palavras-chave.

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Dica profissional: você pode exportar palavras-chave salvas para o seu computador ou planilha. De qualquer forma, é uma boa ideia, se você quiser revisar os seus resultados do mecanismo de pesquisa posteriormente.

5. SEOquake

O seu navegador de escolha é o Firefox, Chrome ou Opera?

Se sim, você deve a si mesmo aprender mais sobre a extensão de navegador do SEOquake. Não importa qual desses três navegadores você usa, os mesmos recursos estão disponíveis.

Embora essa ferramenta gratuita seja auto-explicativa, uma vez instalada, há alguns recursos importantes com os quais você deve se familiarizar:

  • Conduza instantaneamente uma auditoria de SEO on-page de qualquer página, incluindo concorrentes.
  • Analise os links externos e internos de qualquer página.
  • Compare URLs e domínios em tempo real.
  • Exporte dados para uso futuro.

Aqui está um exemplo de auditoria de SEO de uma página, compartilhado pelo SEOquake:

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Você achará isso útil ao navegar em seu próprio site, pois oferece uma ideia do que você está fazendo certo e do que precisa de uma mudança.

Também é útil quando você confere seus concorrentes. Ao ver onde eles pecam, você pode tirar o máximo proveito, subsequentemente levando seu site ao topo dos resultados dos mecanismos de pesquisa.

Em suma, o SEOquake é fácil de usar, sem ser intrusivo. Depois de baixar a extensão e aprender como ela pode se adequar às suas necessidades pessoais, há uma boa chance de que ela se torne uma das suas ferramentas gratuitas de SEO mais usadas.

6. Keyword In

Você está procurando algo um pouco mais criativo do que um planejador básico de palavras-chave?

O Keyword In pode ajudar. Com isso, você pode buscar uma variedade de palavras-chave, com a esperança de descobrir novas ideias.

Aqui está uma ideia básica de como começar:

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Você pode usar qualquer palavra-chave que lhe vier à mente. É gratuito e rápido de usar, então seja criativo.

Depois de clicar no botão “Gerar”, os resultados da pesquisa vão te surpreender:

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Claro, você poderia ter pensado nessas palavras-chave por conta própria, mas isso levaria algum tempo.

Com o Keyword In, você pode encontrar rapidamente as melhores palavras-chave de cauda longa para o seu site.

Este não é o tipo de ferramenta gratuita que você usará todos os dias, mas definitivamente é útil de vez em quando. Por exemplo, se está pesquisando ideias para um novo post de blog, você pode usá-la para criar uma lista de palavras-chave de cauda longa a serem incluídas.

O Keyword In pode ser classificado como uma ferramenta de pesquisa de palavras-chave, mas é definitivamente mais do que isso. Uma pesquisa e você perceberá que isso é verdade.

7. Gogretel

O nome dessa ferramenta gratuita de SEO não revela nada em termos do que ela oferece, mas vale a pena usá-la.

Com o Gogretel, você pode ver instantaneamente se o seu site segue ou não as diretrizes do Google para webmasters. Junto com isso, há um componente de mídia social que também vale a pena conferir.

Ao executar um teste, você recebe uma página de resultados de pesquisa que lhe permite visualizar informações em três categorias distintas:

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Você pode clicar em cada categoria para acessar dados detalhados. Por exemplo, a aba de informações básicas fornece o seguinte:

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Como algumas outras ferramentas gratuitas de SEO nesta lista, o Gogretel não é uma que você usará diariamente. Claro, você irá querer verificar seu site de tempos em tempos, mas você não precisa fazer isso todos os dias.

Dito isso, não custa nada usar o Gogretel como uma maneira de entender melhor e rastrear seus concorrentes. Por exemplo, você pode usar a aba de análise de conteúdo para ver onde seus principais concorrentes estão pecando e usar essas falhas contra eles.

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Só a velocidade e dados são motivos suficientes para realizar algumas pesquisas com o Gogretel. Se nada mais, uma pesquisa mostrará se a ferramenta gratuita tem algo a oferecer à sua empresa no futuro.

8. Google Mobile-Friendly Test

Houve um tempo em que não importava se o seu site era otimizado para dispositivos móveis.

No entanto, esses dias acabaram. Isso não apenas afeta seus rankings nos mecanismos de pesquisas, mas também tem muito a ver com a experiência do usuário.

Você não tem certeza se seu site é otimizado para dispositivos móveis?

Bom, você não precisa mais se perguntar. Em vez disso, você pode usar esta ferramenta gratuita do Google para conseguir uma resposta rápida.

Fazer uma pesquisa no mecanismo de busca pelo meu site, NeilPatel.com, gera o seguinte:

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Não há mais nada que você precise saber sobre esta ferramenta. Depois de verificar seu site, você saberá, com certeza, se ele é otimizado para dispositivos móveis. Se ele for, você está em boa forma. Se não, não espere mais um dia para fazer uma mudança. Isso pode fazer maravilhas pelo seu tráfego.

Do ponto de vista de SEO e de usuário, seu site deve ser otimizado para dispositivos móveis. Não há dúvidas sobre isso.

9. Varvy SEO tool

Essa ferramenta é parecida, de certas formas, com o Gogretel. No entanto, ela possui seu próprio conjunto exclusivo de recursos que a tornam uma favorita entre os iniciantes em SEO.

O objetivo desta ferramenta gratuita é ajudar os webmasters a determinar “quão bem uma página segue as diretrizes do Google”.

Da mesma forma que a maioria das ferramentas gratuitas de SEO focadas em análise, ela começa com a inserção do seu URL. A partir daí, leva apenas alguns segundos para ver os resultados da pesquisa.

A ferramenta analisa 14 áreas principais do site:

  • Acesso ao Googlebot
  • Dispositivos móveis
  • Segurança
  • Acessibilidade
  • Velocidade da página
  • Diretriz robots.txt
  • Texto alternativo da imagem
  • Sitemaps
  • Se modificado desde
  • Links pagos
  • HTML válido
  • Quantidade de links
  • Links localizáveis
  • Cabeçalhos HTTP

Se o cabeçalho da categoria for “verde”, isso significa que tudo está em boas condições de funcionamento. Se for “amarelo”, requer alguma atenção.

Por exemplo, você pode precisar executar alguns passos em relação à segurança:

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A ferramenta Varvy SEO não é o objetivo final, mas definitivamente fornece algumas informações e orientações úteis. Como é gratuita e rápida de usar, você pode usá-la para verificar regularmente se seu site está dentro das diretrizes do Google.

10. Slerpee

Você está preocupado com como seu site é apresentado nos SERPs do Google?

Você deveria estar. Isso não apenas pode afetar seus rankings no mecanismo de pesquisa, mas também ajuda bastante uma pessoa a decidir se visitará seu site.

Em vez de fazer as coisas da maneira mais difícil, você pode usar o Slerpee para ver como seu site aparece nos resultados do mecanismo de pesquisa. Melhor ainda, ele fornece dicas de aprimoramento.

Aqui está um exemplo do que você vai ver depois de fazer uma pesquisa:

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Se você está satisfeito com o que vê e com os resultados da pesquisa, até o momento, não precisa mudar nada.

No entanto, o legal dessa ferramenta gratuita é que você pode experimentar sem realmente agir. Dessa forma, se você encontrar algo que gosta mais, poderá transferi-lo para o seu site.

Quaisquer alterações feitas no título ou na meta descrição podem ser visualizadas na parte superior da página:

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Mesmo que você nunca faça uma única alteração, esta ferramenta gratuita oferece a oportunidade de experimentar diferentes variações.

Você não precisa usar essa ferramenta gratuita sempre que criar uma nova página ou post, mas também não seria uma má ideia. É bom saber como o seu site ficará nos SERPs do Google antes de ser indexado.

11. Google Keyword Planner

Você realmente achou que eu iria passar por toda essa lista sem mencionar o Google Keyword Planner?

Embora eu tenha discutido algumas outras ferramentas de SEO gratuitas baseadas em palavras-chave, esta é essencial para todos os iniciantes.

Você não tem como errar quando se envolve com esta ferramenta gratuita. Ela fornece resultados de pesquisa abrangentes e detalhados que podem ser imediatamente colocados em ação.

Por exemplo, uma consulta no mecanismo de pesquisa para a frase “marketing online” leva aos seguintes resultados de pesquisa:

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Isso permite que você responda perguntas como:

  • Quais palavras-chave de cauda longa fazem mais sentido para o meu site?
  • Quais palavras-chave têm menos concorrência?
  • Quais palavras-chave são mais pesquisadas?

Para aqueles que querem se envolver com o tráfego pago, esta ferramenta gratuita é um bom ponto de partida.

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Levando em consideração o lance sugerido, você pode facilmente determinar quais palavras-chave você pode ou não pagar.

Se você é novo no SEO, lembre-se de uma coisa: você gastará muito tempo na pesquisa de palavras-chave.

Mesmo que você use muitas ferramentas gratuitas de SEO, esta certamente estará no topo da sua lista. Com dados “diretamente da boca do cavalo”, você sabe que está no caminho certo.

Conclusão

Com o cenário de SEO em constante mudança, é imperativo manter um olho no setor, pois isso se aplica ao seu site.

Se você ignorou a importância do SEO no passado, lembre-se disso: 93% das experiências online começam com um mecanismo de pesquisa.

Mesmo se você usar apenas uma dessas ferramentas gratuitas de SEO, estou confiante de que isso ajudará você a dar mais um passo para alcançar seus objetivos relacionados ao marketing.

Você tem experiência com alguma dessas ferramentas gratuitas de SEO? Você adicionaria outras à lista? Compartilhe seus comentários abaixo.

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