A segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe de 2020 começa no dia 16 de abril. Se na primeira etapa, iniciada no 23 de março, só pessoas com mais de 60 anos e profissionais de saúde poderiam receber a vacina contra o vírus influenza, agora o público-alvo se estende para:
- Caminhoneiros e profissionais de transporte coletivo e portuários
- Indígenas
- Doentes crônicos
- Profissionais das forças de segurança e salvamento
- População privada de liberdade, inclusive adolescentes
- Funcionários do sistema prisional
São, no total, mais 15,6 milhões de brasileiros que podem se beneficiar da segunda fase da campanha. A principal mudança ficou por conta da inclusão dos caminhoneiros e profissionais de transporte coletivo e a dos povos indígenas.
Por que incluir os caminhoneiros e outros profissionais de transporte coletivo?
Isso tem a ver com o coronavírus (Sars-CoV-2). “O transporte e a entrega de cargas são serviços essenciais durante a pandemia da Covid-19. Por isso, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transportes coletivo, além de trabalhadores portuários, se juntam ao grupo prioritário da segunda fase da campanha”, afirma o Ministério da Saúde, em comunicado.
Não é que a vacina da gripe evite o coronavírus, até porque estamos falando de problemas bem distintos. Na verdade, ao impedir o ataque do influenza, a injeção evita uma eventual infecção dupla de gripe e Sars-CoV-2, o que sobrecarregaria o sistema respiratório da pessoa.
A vacinação também ajuda a diferenciar entre gripe e a Covid-19. Ora, se o sujeito recebeu a dose, porém apresenta sintomas como tosse e falta de ar, provavelmente não é o vírus influenza que os está causando.
Por atravessar o país de cima a baixo, esse grupo pode receber o imunizante em qualquer posto público de saúde do país, independentemente de onde mora.
A vacina da gripe e os indígenas
Originalmente, esse grupo ficaria para a terceira fase da campanha, marcada para começar no dia 9 de maio. “Os povos indígenas tiveram sua vacinação antecipada pela vulnerabilidade para adoecimento e complicações por gripe”, diz o Ministério da Saúde.
Por que o governo não oferece a vacina para todos os grupos de uma vez? Porque seria muita gente indo aos postos de saúde ao mesmo tempo, o que pode provocar confusão e desabastecimento.
Cabe lembrar ainda que todos os brasileiros sem contraindicação — mesmo fora do público-alvo — podem adquirir uma versão da vacina contra a gripe na rede privada.
Os resultados da campanha de vacinação da gripe
Até o momento, 90,66% dos idosos receberam sua dose — são 18,9 milhões de brasileiros acima dos 60 anos já imunizados. Também tomaram a vacina na rede pública 3,8 milhões de trabalhadores da saúde (75,5% desse grupo).
A meta do governo é a de que ao menos 90% de cada público-alvo busque a sua injeção. Aliás, os mais velhos e os profissionais de saúde que seguem sem proteção contra a gripe podem ir atrás da vacina na segunda ou mesmo na terceira fase da campanha.
Até o dia 6 de abril, foram registados 853 casos de influenza, com 100 mortes.
Segunda etapa da campanha de vacinação da gripe: quem deve tomar Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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