O que é e-commerce?
Essa parece uma pergunta banal.
Afinal, é de conhecimento geral que, quando mencionamos esse termo, estamos falando de compras pela internet.
Só que aprofundar o conhecimento, saber como é a dinâmica do comércio eletrônico e quais são os tipos de vendas é fundamental para quem quer ter o próprio e-commerce.
Não basta saber que e-commerce representa venda online.
É preciso entender como é possível criar uma loja virtual, quais métricas analisar e quais estratégias implementar para ter sucesso nesse mercado.
E é justamente sobre isso que você vai ler a partir de agora.
Confira alguns tópicos que serão abordados ao longo do artigo:
- O que é e-commerce
- Como funciona
- O que é preciso para montar
- Métricas
- Tipos de e-commerce
- Dicas de estratégias.
Ficou interessado?
Então, siga a leitura.
O que é e-commerce?
E-commerce, na tradução para o português, significa comércio eletrônico.
É uma modalidade de comércio por meio da qual a compra e venda, bem como as transações financeiras, são feitas totalmente pela internet.
Nessa modalidade, as empresas vendem por meio de lojas virtuais próprias.
É possível comercializar qualquer coisa: livros, eletrônicos, roupas, alimentos.
É o caso, por exemplo, de grandes e-commerces, como Amazon, Netshoes e Magazine Luiza, por exemplo.
Para isso, a empresa precisa ter uma página dentro de uma plataforma de e-commerce, que é o sistema que permite a criação e o gerenciamento da loja virtual.
O sistema mostra um mecanismo além da página que é vista pelo usuário ao entrar no site da empresa.
Em uma plataforma de e-commerce, o sistema reúne informações importantes para a gestão de vendas em uma base administradora.
Por meio dela, é possível fazer gestão de estoques e preços, cadastrar produtos e analisar pedidos de clientes.
Para que serve o e-commerce?
A finalidade central do e-commerce é permitir que o consumidor faça compras de maneira rápida e fácil, recebendo o produto em casa sem a necessidade de se deslocar a uma loja física.
O surgimento desse tipo de comércio foi um movimento natural ao surgimento da internet e dos negócios baseados no modelo digital.
Mas, afinal, para que serve o e-commerce pensando na figura de quem vende?
De maneira geral, dá para dizer que a finalidade do e-commerce é ampliar os canais de venda, atingir consumidores que hoje compram pela internet e inserir o negócio no ambiente digital.
Se você está pensando em criar uma loja virtual, é porque já sabe que essa modalidade tem potencial para aumentar as vendas da empresa, estou certo?
Bem, você tem uma boa ideia em mente, já que o e-commerce tem, de fato, potencial.
Uma pesquisa da WebShoppers 2019 mostra que o Brasil tem o maior faturamento de e-commerce na América Latina, com 36% da população sendo digital buyer.
Em 2018, de acordo com o levantamento, o faturamento nessa modalidade contabilizou 133 bilhões de reais.
E você não quer perder a sua fatia nesse mercado, não é mesmo?
Como surgiu o e-commerce?
Agora que você já sabe o que é e-commerce, é hora de saber como ele surgiu.
A origem do e-commerce remonta à abertura da internet para o ramo comercial, a partir de 1991.
Esse tipo de comércio foi se popularizando aos poucos a partir da década de 90, quando o empreendedor Jeff Bezos criou uma loja virtual de livros - hoje conhecida como Amazon.
Ainda na década de 90, outros importantes comércios eletrônicos foram criados, como eBay e Grupo Alibaba.
E em 1995 a rede de supermercados Tesco disponibilizou catálogos online de produtos para consumidores - a primeira empresa a fazer isso.
A partir desses movimentos no mercado, criou-se um novo tipo de relação entre consumidores e a maneira de comprar.
Como funciona um e-commerce
Eu já mencionei a característica central do e-commercial: ele representa processos de compra e venda que ocorrem inteiramente pela internet.
Logo, o consumidor compra por meio de plataformas digitais e dispositivos variados: computadores, tablets e smartphones.
Para o cliente, basta acessar a loja virtual, navegar pelos produtos e comprar os itens desejados.
Para a loja, o processo é mais complexo.
Ele começa na montagem do e-commerce, que inclui fotos e vídeos de produtos, descrição de especificações de cada item e parcerias com fornecedores e transportadoras, estas últimas responsáveis pela logística.
Também passa pela escolha dos formatos de pagamento: boleto bancário e cartões de crédito e débito, por exemplo.
Além disso, a empresa precisa reunir esforços de marketing para divulgar os produtos e de atendimento ao cliente, incluindo relacionamento no pós-venda.
Os produtos são anunciados virtualmente na plataforma, funcionando como uma espécie de vitrine.
Para que o consumidor receba os produtos em casa, geralmente precisa pagar um valor referente ao frete - dependendo da região em que mora.
O que é preciso para montar um e-commerce?
Para montar um e-commerce, além de planejamento financeiro, você precisa dar conta de etapas técnicas envolvidas no processo.
No livro E-commerce: a knowledge base (iUniverse, 2001), Brian Satterlee afirma que, depois de determinar quais produtos e serviços você vai vender, é preciso realizar cinco etapas para construir a loja online:
- Adquirir um domínio
- Planejar o design do e-commerce
- Escolher o servidor
- Definir o sistema de pagamento
- Fazer cobertura de tráfego (usando SEO).
Mas o planejamento não para por aí.
Depois de criar a loja virtual, você vai ter que fazer fotos de produtos e adicionar descrições.
Deverá fazer parcerias com fornecedores e transportadoras de confiança.
Outra etapa importante é a definição do público-alvo, o que permite a elaboração de estratégias mais assertivas.
7 Métricas de e-commerce
Acompanhar métricas é essencial para avaliar a performance do seu e-commerce.
Abaixo, confira quais sãos os principais números que você deve acompanhar com frequência.
1. Tráfego do site
É a quantidade de usuários que visitam o seu site e, portanto, diz respeito também aos acessos que ele recebe.
Essa métrica é um termômetro essencial para criar estratégias de atração e para identificar se as taxas de conversão estão acima ou abaixo do esperado.
2. Fontes de tráfego
Também é importante avaliar de onde os acessos ao seu site estão vindo.
Pode ser que o usuário entre no e-commerce por meio de um anúncio no Google, ou pelas redes sociais.
Conhecer a origem do tráfego permite direcionar a estratégia para os canais mais efetivos.
3. Visitantes únicos X visitantes recorrentes
Visitantes únicos entram no site e não retornam a ele, enquanto visitantes recorrentes fazem acessos regularmente.
Analisar essa métrica é fundamental para identificar se a taxa de visitantes recorrentes, em comparação com os únicos, está satisfatória.
4. Conversão
De nada adianta ter um alto número de acessos e visitantes se você não consegue fechar a venda.
Por isso, a métrica de conversão é uma das mais importantes em um e-commerce.
Trata-se do número de visitas ao site que foram convertidas em vendas.
5. Abandono de carrinho
Essa métrica identifica quantas pessoas colocaram itens no carrinho, mas desistiram da compra de última hora.
Se o índice for alto, é sinal de que há uma barreira para o consumidor, como o preço do frete ou o prazo de entrega, por exemplo.
6. Ticket médio
É a média do valor que cada cliente gasta em compras em determinado período de tempo.
Quanto maior o faturamento por cliente, melhor é a performance da empresa.
Já um ticket médio baixo é sinal de que mudanças na estratégia precisam ser feitas.
7. ROI
ROI, ou retorno sobre investimento, é o rendimento financeiro a partir de um investimento específico realizado pela empresa.
É uma métrica importante para avaliar quais investimentos valem a pena ou não.
Os 5 tipos de e-commerce
É possível fazer vendas em e-commerce para diferentes finalidades.
Nas próximas linhas, confira quais são os cinco tipos mais comuns de comércio eletrônico.
1. B2B
A sigla B2B significa business-to-business.
Ou seja, são empresas que vendem para outras empresas.
Geralmente, esse tipo de e-commerce é criado por fabricantes ou distribuidores, que comercializam produtos a empresas que, por sua vez, vendem para o consumidor final.
2. B2C
Já B2C é a sigla para business-to-consumer, o que significa que as empresas vendem diretamente para o consumidor final.
Esse tipo de e-commerce é usado pelo varejo tradicional, como lojas virtuais de moda e eletrônicos, por exemplo.
3. C2C
C2C é o modelo consumer-to-consumer.
Tratam-se de consumidores que vendem para outros consumidores.
É o caso de sites em que qualquer pessoa pode cadastrar produtos e vender para outras pessoas - os famosos marketplaces.
Alguns exemplos conhecidos são Mercado Livre, OLX e Enjoei.
4. E-commerce Varejista
Como o próprio nome diz, é o e-commerce utilizado por varejistas.
Geralmente, as vendas são feitas em pequena escala, e as empresas não possuem um grande estoque de produtos.
5. E-commerce Atacadista
Por fim, o e-commerce atacadista é destinado a vendas em grandes quantidades.
Principais empresas de e-commerce
Antes de criar a sua loja virtual, que tal conferir alguns exemplos de grandes e-commerces?
Confira abaixo.
E-commerces do Brasil
Vamos começar pelas lojas virtuais brasileiras.
B2W Digital
É a empresa de e-commerce resultante da fusão de esforços entre as lojas Americanas.com, Submarino, Shoptime e Sou Barato.
Por atender a grandes empresas, vende produtos de diferentes segmentos e atinge um público amplo.
Cnova
Pertencente ao Grupo Casino, a Cnova tem e-commerces grandes no Brasil, como Pontofrio, Casas Bahia e Extra.
Magazine Luiza
A Magazine Luiza é uma referência nacional em comércio eletrônico, vendendo itens variados, desde móveis a eletrônicos.
A empresa é conhecida também pela assistente virtual Lu.
Dafiti
Voltada principalmente para moda e estilo de vida, a Dafiti é uma alternativa para adquirir produtos de várias marcas.
E-commerces do mundo
Agora, que tal ver algumas referências internacionais?
Walmart
A Walmart é um dos grandes player mundiais em comércio eletrônico, mas também trabalha com lojas físicas.
AliExpress
Pertencente ao Grupo Alibaba, o Aliexpress tem sede na China e, portanto, é uma opção para comprar de fabricantes do país asiático.
Amazon
Fundada por Jeff Bezos em 1994, a Amazon entra na lista dos maiores e-commerces em nível mundial e vende produtos de diferentes marcas e segmentos do mercado.
eBay
Outro e-commerce de destaque é o eBay, plataforma que permite tanto a compra quanto a venda de produtos.
6 Dicas de estratégias para e-commerce
Agora que você já sabe como funciona um e-commerce, sabe como criar um e tem algumas referências em mente, é hora de conferir algumas estratégias para aplicar na sua empresa.
1. Crie uma estratégia de divulgação
Depois de criar um e-commerce, é importante elaborar uma estratégia de divulgação para atrair visitantes ao site.
Explore os canais digitais onde seu público-alvo está presente.
Redes sociais e e-mail marketing são boas opções para incluir na estratégia.
Além disso, invista em marketing de conteúdo a partir de artigos em blog, seja para explicar como funciona um produto, seja para fazer uma resenha, por exemplo.
2. Utilize um CRM
Um sistema CRM (gestão de relacionamento com o cliente) é indispensável para controlar a jornada de compra dos clientes.
Ele registra um histórico de cada cliente e permite que você personalize ações de marketing e vendas para incentivar novas compras.
3. Aposte na fidelização de clientes
Atrair visitantes é excelente, mas você precisa concentrar esforços também para fidelizar clientes, incentivando que eles comprem com frequência.
Oferecer cupons de desconto e programas de fidelidade são algumas opções possíveis.
O mais importante em um e-commerce, no entanto, é oferecer atendimento de excelência e entregar os produtos conforme o previsto e dentro do prazo.
4. Escolha bons fornecedores e distribuidores
Fornecedores e distribuidores são parceiros de negócio fundamentais para a satisfação do cliente.
Afinal, sem eles, a logística não acontece.
Garanta que você está negociando com empresas com credibilidade no mercado e que cumpram todos os prazos e padrões de qualidade para deixar o seu cliente satisfeito.
5. Tenha um site responsivo e crie um aplicativo
Um site com design responsivo se adequa a qualquer tela por meio da qual o usuário esteja fazendo o acesso.
Considerando a busca por mobile, isso é fundamental para garantir que o cliente consiga navegar no e-commerce com facilidade.
Outra estratégia é criar um aplicativo para o seu e-commerce.
Dessa forma, você consegue enviar notificações diretamente para o celular das pessoas, informando sobre pedidos, promoções e produtos.
6. Tenha uma estratégia de SEO
SEO é a sigla para search engine optimization, ou otimização para motores de busca.
Sabe por que esse recurso é importante?
Em um artigo para a revista Entrepreneur, o estrategista de marketing Samuel Edwards afirma que, como a economia do comércio eletrônico cresce rapidamente, mais e mais empresas entrarão nesse mercado.
“Isso significa que será mais importante do que nunca permanecer no topo do SEO para se destacar da concorrência”, afirma o autor.
Conclusão
E aí, já se sente preparado para criar o seu comércio eletrônico?
Agora que você sabe o que é e-commerce, o que é preciso para criar um e quais estratégias são úteis, é hora de colocar a mão na massa finalmente.
Não se esqueça de que não basta atentar para os requisitos técnicos, como a criação de um domínio na internet.
Também é necessário fazer parcerias, definir o público-alvo e divulgar o seu e-commerce.
Mas tenho certeza de que, com essas dicas em mente, você já pode dar seus primeiros passos nesse mercado.
Ficou com alguma dúvida ou tem uma opinião para compartilhar?
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