quinta-feira, 25 de junho de 2020

Lego é a marca mais amada pelas pessoas, segundo pesquisa

Nada de Netflix, Google ou Apple. De acordo com a Talkwalker, empresa de análise e monitoramento digital, a Lego é a marca mais querida pelos consumidores.

Pois é. A fabricante das pecinhas coloridas desbancou as grandes companhias de tecnologia que costumam aparecer no topo dessas listas de satisfação e reconhecimento, como Amazon e Instagram.

Segundo a Adweek, revista especializada em negócios e publicidade, esse é um resultado incomum – não só pela Lego, mas pelas outras marcas que aparecem logo em seguida. Veja o top 10:

  1. Lego
  2. Four Seasons Hotels
  3. Singapore Airlines
  4. Giant Hypermarket
  5. Vertex Pharmaceuticals
  6. Bimbo
  7. Celebrity Cruises
  8. Tiger Beer
  9. The Container Store
  10. Voot

É difícil reconhecer alguns desses nomes. A Voot, por exemplo, é um serviço indiano de vídeos on demand (e concorrente da Netflix); a Tiger Beer é uma cerveja de Singapura; a Bimbo, uma rede de padarias mexicana.

Continua após a publicidade

A explicação para esse ranking pouco comum está na metodologia usada pela Talkwalker. Eles analisaram 718 marcas em fóruns, blogs, redes sociais e veículos de notícia à procura de comentários positivos. No total, foram 715 milhões de menções às empresas.

Mas ao invés de comparar os números absolutos de menções, os pesquisadores atribuíram pesos diferentes a elas, de acordo com o lugar de origem (redes sociais, notícias, etc.) e o seu conteúdo (frases que continham “eu amo quando…” ou “eu adoraria se…” associado ao nome da marca, por exemplo).

De acordo com a Talkwalker, isso resultaria em uma lista mais realista, uma vez que a tendência é que, pelo seu alcance, empresas maiores liderem os números absolutos de menções.

Por que a Lego?

Continua após a publicidade

Criada em 1932 pelo dinamarquês Ole Kirk Christiansen, a Lego começou fabricando brinquedos de madeira (Christiansen, inclusive, era marceneiro). Após da Segunda Guerra Mundial, ficou mais raro (e caro) encontrar essa matéria-prima na Dinamarca. Foi aí que entrou o plástico: o bloco clássico, que permite a junção de qualquer peça, surgiu em 1958.

Hoje, as pecinhas são onipresentes. Calcula-se que existam cerca de 80 delas para cada pessoa na Terra. Se pensarmos que o planeta possui 7,5 bilhões de habitantes, é só fazer a conta: 600 bilhões de bloquinhos.

Na SUPER, precisamos admitir, somos entusiastas do brinquedo. Já escrevemos sobre o carro feito com mais de um milhão de peças (e que funciona), quanto tempo leva para ele se decompor no oceano, como ele pode ser usado como isolante térmico e até por que dói tanto pisar em um desses blocos.

Isso sem falar nas esculturas que já ilustram algumas de nossas matérias, como esse robô, essa sonda espacial e até esse ovinho frito.

Continua após a publicidade

O cálculo da Talkwalker mediu 11 características de amor à marca, como bom atendimento ao cliente, responsabilidade social, funcionários satisfeitos, envolvimento com fãs e a criação de um sentimento de nostalgia pela marca. A Lego atingiu altas pontuações em boa parte delas, e faz sentido: afinal, foram os fãs que salvaram a empresa da falência.

Entre os anos 1990 e 2000, as finanças da Lego iam de mal a pior. Em 2004, por exemplo, o prejuízo foi de R$ 797 milhões, em valores atuais.

As coisas só melhoraram quando a empresa fez uma grande reestruturação, e usou a internet para fortalecer o elo com os consumidores. Em 2008, com o site Lego Ideas, eles desenvolveram uma produção colaborativa: fãs criam seus projetos, a Lego os produz e o designer original fica com uma porcentagem dos royalties.

Esse modelo criou um ambiente extremamente criativo, fortaleceu a comunidade de adoradores de Lego pelo mundo – e salvou a empresa. Caso queira entender toda essa história, leia essa reportagem, feita há alguns anos aqui na SUPER.

Continua após a publicidade

 


Lego é a marca mais amada pelas pessoas, segundo pesquisa Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed

Nenhum comentário:

Postar um comentário