Mapas mentais são uma ferramenta de gestão de informações, proposto na forma de diagrama pelo psicólogo britânico Tony Buzan. É utilizado para otimizar a memorização a partir da representação visual de conceitos e ideias de forma simplificada, organizando as informações e, assim, contribuindo para o aprendizado.
Qual é a primeira coisa que vem à sua mente quando você ouve falar sobre mapas mentais?
Se imagina alguém lendo seus pensamentos para ir a algum lugar ou mesmo um poder sobrenatural, passou longe. É melhor não levar tão a sério os filmes de ficção que assiste.
Embora pareça um conceito estranho em um primeiro momento, mapas mentais podem ajudar muito o seu cérebro e trazer benefícios bem bacanas para o seu dia a dia.
Sim, é isso mesmo. Porque esse é um conceito que tem aplicação nas mais diferentes áreas da vida, seja para atingir objetivos pessoais ou profissionais.
Já parou para pensar sobre o volume de informações que o mais poderoso órgão do corpo humano precisa processar todos os dias?
Não é à toa que arquiva cerca de mil terabytes delas e que tenha mais conexões do que o número de estrelas na galáxia.
Usar um mapa mental é como “compactar espaço em disco” e dar uns dias de folga para o cérebro.
Analogias curiosas à parte, essa é uma ferramenta que pode trazer benefícios reais para a sua memória, produtividade e aprendizagem.
Gostou da ideia?
Neste artigo, você vai descobrir mais sobre o tema, além de aprender a usar mapas mentais na prática.
Quer mais organização e resultados?
Então, vamos começar!
O que é um mapa mental?
Também chamado de mapa da mente, o mapa mental é uma ferramenta de gestão de informações.
Ele reduz, simplifica e seleciona o que é mais relevante como uma representação visual de conceitos e ideias.
Assim, facilita a análise, a memorização e a organização de informações.
A ferramenta também contribui para o aprendizado, para a criatividade e traz mais clareza para processos de tomada de decisão.
Por tudo isso, se posiciona como um modo bastante eficaz para compreender e resolver problemas das mais diversas origens.
Outras de suas características mais marcantes são a flexibilidade e consequente acessibilidade.
Significa dizer que o mapa mental pode ser simples ou mais elaborado, além de feito à mão ou por aplicativos e programas específicos.
Origem e aplicação
Criados pelo psicólogo, escritor e consultor em educação Tony Buzan, na década de 1970, os mapas mentais surgiram para ajudar pessoas a turbinar o cérebro.
Naquela época, Buzan percebeu que anotações lineares não funcionavam tão bem para a aprendizagem.
E, a partir desse problema, como uma espécie de sacada de Design Thinking, ele fez testes para identificar o que daria melhores resultados.
Depois de testar várias ideias, pegou palavras-chave e conceitos e juntou tudo em outra folha, em uma espécie de diagrama.
Nesse modelo, escreveu um tópico central e, em volta, foi organizando o pensamento e ramificando as informações.
Em seguida, adicionou cores e desenhos para facilitar o entendimento.
E foi assim que ele criou uma versão bem parecida de mapa mental com a qual usamos hoje.
Como funciona o mapa mental?
Antes de explicar como funciona o mapa mental, vamos a uma imagem.
Ela traz informações em inglês, mas é útil por questão de referência.
Aliás, vale visitar o site iMindMap, de onde obti essa imagem, para ver outros exemplos de mapa mental.
Mas observe como é interessante o movimento das informações e como elas se conectam a partir de um tema central, que neste caso é literatura.
Como um diagrama, o mapa mental parte do centro de uma página em branco, onde está o tema central.
E dele surgem representações de ideias, seja através de imagens, símbolos ou palavras.
Todas essas ramificações são relacionadas ao assunto principal, localizado no meio do documento.
As informações são dispostas da mesma maneira que são entendidas pelo cérebro.
Isto é, tudo acontece a partir de uma ideia central que vai sendo desdobrada – o que fortalece as sinapses neurais (associações).
Imagine uma árvore, onde você pode ver a raiz e suas ramificações. A raiz seria a ideia central de um mapa mental.
Já suas ramificações as imagens e palavras associadas a ela e que dão sentido ao tema.
Aplicações para os mapas mentais
Por tudo o que vimos até aqui, os mapas mentais são bastante eficazes para expressar e conectar ideias, além de aumentar a compreensão sobre elas.
E o mais interessante é que eles podem ser usados para qualquer atividade.
Você pode confirmar essa versatilidade do instrumento ao conferir os seguintes exemplos de aplicações:
- Anotar ideias que possam surgir durante o expediente, eventos ou reuniões
- Eliminar a procrastinação e dar mais foco nas atividades do dia a dia
- Estruturar projetos
- Em versão colaborativa, para tornar as informações ainda mais completas
- Facilitar a realização e a organização de insights em brainstorming
- Filtrar prioridades
- Melhorar a comunicação com clientes, colegas ou gestores
- Planejar tarefas, incluindo reuniões, palestras e projetos
- Roteirizar conteúdos.
Quais são as vantagens de utilizar um mapa mental?
Então, vale a pena utilizar mapas mentais?
Essa é uma questão que só você pode responder, conforme a sua necessidade.
Mas existem vantagens que são bastante interessantes, principalmente relacionadas com a melhora da produtividade e da concentração.
Confira as principais delas:
- Absorver e lidar melhor com as informações
- Aprender com mais facilidade
- Compreender, visualizar e solucionar problemas
- Desenvolver a criatividade
- Facilitar a transmissão de ideias, o compartilhamento de raciocínios e procedimentos
- Impulsionar a memorização de maneira espontânea e através de associações naturais.
Perceba que todas partem de um benefício em comum: comunicar o que você quiser transmitir e com muito mais eficiência.
Isso acontece porque, quando criamos mapas mentais, trabalhamos os dois lados do cérebro: criativo e racional.
Em outras palavras, é a forma mais fácil de estruturar ideias e pensamentos.
Sabe o que é ainda melhor do que todas essas vantagens?
Fazer mapas mentais é de graça e você tem diferentes opções para criá-los.
Explico quais são elas a seguir.
Como fazer um mapa mental: passo a passo
Quer aplicar os mapas mentais em atividades que fazem parte da sua vida para entender até que ponto são vantajosos?
Para maximizar a sua aprendizagem e produtividade, você pode optar por criar seu mapa mental manualmente ou digitalmente.
Nesse caso, é preciso usar um software específico.
Vou trazer agora um passo a passo para passar logo da teoria para a prática, começando com aquilo que você vai precisar.
Materiais
Se quiser fazer o mapa mental à mão, no papel, você só vai precisar de materiais básicos de desenho, como: folha de papel sulfite e canetas ou lápis coloridos.
Já se preferir usar um aplicativo ou programa de computador para criar seu mapa mental, você só precisa ter acesso a eles.
Existem vários softwares e sites disponíveis para isso – mais à frente, trago uma lista de opções para você.
Antes de começar a montar o seu, você só precisa pensar em qual situação quer retratar, qual seu objetivo e de onde virá a informação.
Isso feito, mãos à obra!
1. O título
No meio da folha, insira o tema principal do mapa mental a ser criado dentro de uma elipse.
Tenha em mente que é dele que vão partir todas as informações relacionadas. É como um guarda-chuva.
Então, deve responder à seguinte pergunta:
- Qual é o objetivo em questão?
2. Primeiras ramificações
Agora que você já definiu o tema central, que é o elemento principal de qualquer mapa mental, separe as suas ramificações.
Permita que o sistema de associações do seu cérebro possa fazer isso por você.
Puxe linhas que representem informações, ideias ou conceitos relacionados diretamente com seu título.
Em uma reunião de brainstorming, por exemplo, as primeiras ramificações são formadas depois que a equipe é questionada sobre o que pensa ao ouvir certa palavra.
3. Ramificações seguintes
Continue ligando outros ramos ao seu tema central, criando subtópicos para que se encaixem dentro de outros e assim por diante.
A ideia é representar visualmente a hierarquização das informações. Isto é, aprofundar os conteúdos ao ramificar cada vez mais o seu mapa mental.
Então, fique à vontade para criar quantos tópicos primários, secundários e terciários forem necessários para facilitar a organização de informações.
A ordem aqui é liberdade total e criatividade à solta. Então, faça quantos níveis quiser.
Afinal, quem está montando e quem será diretamente beneficiado pela criação desse mapa mental é você.
A partir daí, tudo fica mais fácil!
4. Símbolos, cores e desenhos
Como o objetivo é condensar as informações e facilitar a memorização, há um truque importante para aproveitar o melhor do mapa mensal: ser objetivo.
Evite escrever frases muito compridas aos mapas mentais que foram criados.
Assim, fica mais fácil para visualizar e compreender todas as informações destacadas.
Uma boa dica para isso é optar pelo uso de palavras-chave.
Se você quer falar, por exemplo, sobre “quais estratégias de marketing digital estão trazendo melhores resultados em 2019”, coloque apenas: estratégias digitais 2019.
Existem, ainda, outros recursos que você pode usar para formar associações mais sólidas.
Procure destacar certas informações com cores, desenhos e símbolos.
Um exemplo está no uso do amarelo para indicar referências e do verde para as suas ideias.
Ou, então, um sinal de soma para unir dois conceitos, a exemplo de “inbound+outbound”.
A única regra que vale é: use recursos que facilitam a sua memorização.
5. Revisões e edições
Terminou o mapa mental?
Então, chegou a hora de revisar e editar as informações para que fiquem ainda mais claras, simples e objetivas.
Uma vantagem de estruturar informações em mapas mentais é exatamente essa.
Como eles não são lineares, fica bem mais fácil incluir ramificações sem que isso prejudique o resto do mapa.
É um processo que, sem sombra de dúvidas, vai contribuir para que você alcance os seus objetivos de modo prático e rápido.
Vale incorporar à sua rotina.
Para que seu cérebro possa organizar informações da melhor forma possível, continue treinando o processo.
Você vai descobrir até novas formas de incrementar seus próximos mapas mentais e deixá-los cada vez melhores.
Aplicativos e sites para mapas mentais
Como prometi antes, selecionei aplicativos e sites gratuitos para criar mapas mentais como uma forma de facilitar a elaboração do instrumento.
Existem também softwares pagos, mas acredito que, com esta lista, você já terá bons recursos para começar agora mesmo.
Confira:
- Coogle
- FreeMind
- FreePlane
- Mapa Mental para Empreendedores
- MindMeister
- XMind
- Bubbl.us
- Lucidchart
- iMindQ
- WiseMapping.
Depois de testar as opções e encontrar a sua preferida, volte aqui no artigo e deixe seu comentário para ajudar outras pessoas na escolha, combinado?
Como um mapa mental pode ser útil para o meu dia a dia?
Até aqui, você já aprendeu bastante sobre o mapa mental e talvez esteja convencido de que vale a pena experimentar a ferramenta.
Mas, talvez, ainda não tenha encontrado uma ocasião perfeita para isso.
Quer uma ideia?
Então, responda com sinceridade: por acaso, você já se pegou em dias difíceis, se sentindo bloqueado diante de um projeto, quando até teve alguns insights interessantes, mas não conseguiu transformá-los em nada produtivo?
Acontece com qualquer um. Mas não precisa ser assim.
Mapas mentais existem justamente para enfrentar situações como essa.
Com esse instrumento, você pode desenvolver uma visão sistêmica de negócio e, a partir daí, ordenar e expressar pensamentos de modo visual, lógico, claro e preciso.
E se ainda tem dúvidas sobre quais contextos podem ser beneficiados com o uso de mapas mentais, elas acabam agora.
Montei uma lista para mostrar a você em quais situações eles podem ser – extremamente – úteis.
Vamos lá?
Para organizar as atividades de sua rotina diária
Uma forma de organizar a lista de coisas que você precisa fazer, os assuntos que precisa abordar em uma reunião ou resumir aquele livro que acabou de ler.
Pode ser útil até para programar uma viagem ou entender o que ainda precisa cumprir para realizar aquele sonho antigo.
Sabe uma série de pequenas ações que levam a metas e, por fim, a um objetivo maior?
Experimente organizar tudo com um mapa mental.
Identificação de oportunidades
A ferramenta pode ajudar você a mapear e a entender melhor o mercado e suas principais tendências, o que é ótimo para quem tem uma empresa ou pretende abrir uma.
Pode ser importante, por exemplo, para conhecer as necessidades do consumidor e definir perfis de clientes.
Planejamento do negócio
O mapa mental facilita a elaboração de um plano de negócio ou projeto.
Então, seja para expandir mercado ou lançar um novo produto, experimente organizar o processo dessa forma.
Planejamento de marketing e vendas
Mapas mentais casam muito bem com marketing e vendas.
Pode ser usado, por exemplo, para construir estratégias mais “amarradas”, como planejar a criação de conteúdo digital ou preparar as próximas ações em pontos de venda.
Planejamento de recursos humanos
Também se mostra útil para incrementar processos de recrutamento e seleção, incluindo perguntas para entrevista de emprego e avaliações de desempenho.
Para gestores da área, é uma mão na roda.
Mas auxilia também os profissionais.
Caso esteja em busca de uma recolocação no mercado, é útil até para que possa se preparar para processos seletivos, incluindo a sabatina por recrutadores.
Aprendizado
Estamos falando de uma maneira bem mais dinâmica e fácil para compreender e memorizar as informações que você precisa em um curto período de tempo.
Lembre que você pode levar o mapa mental com você para onde for e voltar a ele sempre que precisar.
O mesmo vale para revisões e ajustes, que podem ser feitos a qualquer momento.
Organizar um evento
Serve, inclusive, para a organização de eventos.
Quer um exemplo?
O já citado lançamento de um produto no mercado ou mesmo na inauguração de uma nova loja.
Conclusão
Inegavelmente versáteis, os mapas mentais não são só formas de organizar informações sistematicamente, embora essa talvez seja a sua característica mais marcante.
A ferramenta tem potencial para melhorar a maneira como você se comunica em diferentes sentidos.
E como vimos neste artigo, traz ganhos reais para o seu cérebro e para a realização das atividades que fazem parte da sua rotina. Seja dentro ou fora do ambiente de trabalho.
O que quero dizer com isso é que podem ser usados em qualquer campo da sua vida.
Até mesmo para relaxar ao preparar uma receita que pipocou na sua timeline do Facebook.
Um modo de lidar melhor com a avalanche de informações que precisam ser processadas todos os dias.
Quando você organiza seus pensamentos, ganha até mais segurança para seguir com suas metas e objetivos diários.
Experimente criar um mapa mental para ver como tudo fica mais fácil e claro para você.
Pode parecer complicado em um primeiro momento, mas, com a prática, a ferramenta logo vai ser incorporada à sua rotina.
Depois disso, não se esqueça de voltar aqui e compartilhar a sua experiência nos comentários.
Conte como foi desenvolver seus primeiros mapas, como ajudaram você e os resultados que alcançou.
E, agora, qual será o seu primeiro uso da ferramenta?
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