quarta-feira, 24 de abril de 2019

Gelo na Groenlândia guarda indícios de um passado radioativo

O campo magnético do Sol lança, de tempos em tempos, enormes rajadas de partículas cheias de energia para o espaço. Elas acabam sendo enviadas por todo o sistema solar – e algumas, naturalmente, vem parar na Terra.

Quando nosso planeta é atingido por essas rajadas, elas são chamadas de “tempestades solares” – um fenômeno cujo nome você provavelmente já ouviu antes, mesmo sem saber exatamente o que ele significava.

Agora, cientistas suecos descobriram sinais de uma das maiores tempestades solares de que se tem notícia. Preservados sob o gelo da Groenlândia, os cientistas encontraram alguns átomos bem incomuns: amostras radioativas de 2,7 mil anos de idade.

Analisando essas descobertas no continente gelado, os cientistas puderam traçar a origem precisa dessas amostras tão estranhas. Elas nasceram, justamente, de uma rajada solar. Mas não do tipo que estamos acostumados a registrar.

Tempestades solares são razoavelmente comuns, e não costumam ser motivo de preocupação – a atmosfera terrestre é extremamente eficiente em proteger a superfície da Terra dos jatos energéticos vindos do Sol.

Mas até o poder da atmosfera tem limite – como provam as amostras radioativas milenares da Groenlândia. A rajada que teria dado origem a elas foi, no mínimo, dez vezes mais poderosa do que as tempestades detectadas nos últimos anos. Os pesquisadores ainda estão tentando calcular as dimensões do estrago se uma supertempestade como essa nos atingisse hoje.


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