No geral, a taxa de mortalidade entre meninos é ligeiramente maior do que a das meninas – fato que está ligado a uma vantagem biológica do sexo feminino. Porém, uma investigação da Universidade Queen Mary, na Inglaterra, concluiu que, em países com alta desigualdade de gênero, a mortalidade infantil entre garotas de até 5 anos se torna maior.
O Brasil é uma das nações que não se saíram bem na análise: seu resultado foi um dos piores da América do Sul.
Algumas explicações são ventiladas pelos estudiosos: menos valorizadas, as meninas teriam acesso restrito a educação e serviços de saúde e estariam mais expostas à violência. Além disso, a maior valorização dos homens na sociedade contribuiria para que as mães de garotas ficassem mais sujeitas à desnutrição após o parto.
A antropóloga Natália Helou Fazzioni, do Rio de Janeiro, acredita que a baixa diversidade na política também tem seu papel. “Quando ocupam cargos públicos, mulheres tendem a olhar mais para ações voltadas à promoção da igualdade de gênero”, justifica.
Lute contra as diferenças
O combate à desigualdade entre meninos e meninas deve começar cedo
Seja exemplo: As crianças reproduzem discursos e hábitos dos pais. A mudança se inicia em casa.
Tarefas para todos: Dividir os serviços domésticos na infância influencia o comportamento no futuro.
Meninos choram, sim: Reprimir emoções não é uma boa. Estimule-os a expressar seus sentimentos.
Aposte em livros, filmes e jogos: Encontre formas lúdicas de ensinar sobre a igualdade de gênero.
Fonte: Daiana Rauber, psicóloga e editora da Academia do Psicólogo
Igualdade de gênero traz mais saúde para meninas Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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