quarta-feira, 24 de março de 2021

Covid-19: as principais perguntas e respostas

Tem dúvidas sobre a Covid-19? Então confira abaixo nossas respostas para perguntas comuns dos internautas. Elas vão da prevenção ao tratamento do coronavírus, passando pelos sintomas e os exames. Toda semana, atualizaremos nossa lista de questões.

O que é Covid-19 e como ela surgiu?

É uma doença provocada pelo Sars-CoV-2, que ficou conhecido como novo coronavírus. Há outros membros da família de coronavírus, como o Sars, o Mers e outros agentes infecciosos responsáveis por resfriado comuns. A mortalidade considerável, a capacidade de transmissão (inclusive entre assintomáticos) e os diferentes sintomas provocados alçaram essa doença ao posto de uma das maiores pandemia da história.

O primeiro registro da doença ocorreu no fim de 2019, na cidade de Wuhan, na China. Mas os pesquisadores ainda buscam a origem exata do vírus, o que pode ajudar a conter a transmissão. Saiba mais aqui.

Como o coronavírus é transmitido?

Ao tossir, falar, gritar, cantar ou simplesmente respirar, uma pessoa infectada expele partículas virais no ambiente. Se outra pessoa estiver por perto, pode aspirá-las. Principalmente em ambientes fechados, o coronavírus é capaz de ficar suspenso no ar por algum tempo (e, com isso, entrar em contato com a boca ou os olhos de quem está passando).

A transmissão acontece inclusive na fase assintomática da doença. Ou seja, gente que carrega o coronavírus, mas não apresenta quaisquer sinais da Covid-19, é capaz de passá-lo adiante. Saiba mais aqui.

Também dá para pegar a Covid-19 ao encostar as mãos em superfícies contaminadas e, depois, colocá-las na boca, no nariz ou nos olhos. Recentemente, estudos apontam que essa via de transmissão é menos comum, porém ainda possível, especialmente entre quem lava pouco as mãos ou não usa álcool gel.

Como evitar a Covid-19

A vacinação é a principal maneira, mas deixemos isso para depois. No dia a dia, é necessário:

  • Manter o distanciamento de outras pessoas
  • Usar máscaras sempre que sair de casa ou ao cuidar de algum familiar doente
  • Lavar as mãos com frequência (ou usar álcool gel, se não houver água e sabão)
  • Evitar ambientes fechados
  • Não se dirigir a aglomerações
  • Ficar em casa o máximo possível

Qual máscara eu devo usar?

Com o surgimento das novas variantes, autoridades têm recomendado usar, especialmente em ambientes fechados, a máscara PFF2 (também conhecida como N95). Saiba mais aqui.

Uma alternativa é utilizar uma máscara descartável e outra de pano por cima, certificando-se de que elas não deixam espaço no rosto por onde o vírus possa passar. Em locais abertos e sem aglomeração, também é admissível vestir apenas a de pano. O que é proibido é sair de casa sem a sua máscara, ou colocá-la do jeito errado.

Quais os sintomas da Covid-19?

Os principais são:

Eles tendem a surgir cinco dias após a infecção. Saiba mais aqui.

O que fazer se você apresentar sintomas suspeitos?

A não ser que os sintomas sejam graves, como falta de ar, o ideal é conversar por telefone ou telemedicina com um médico. Outra recomendação é medir a oxigenação do sangue por meio de um aparelho chamado oxímetro, disponível para compra na maioria das farmácias.

Atenção: até o momento, não existe nenhum tratamento precoce, capaz de agir nos casos leves da doença. O contato com o profissional de saúde serve mais para monitorar o paciente e eventualmente receber remédios que atenuam os sintomas.

Se o quadro se agravar, é necessário ir ao hospital. Saiba mais aqui.

Quais os fatores de risco para os casos graves de Covid-19?

Essa lista está sempre em debate, sendo ampliada ou mesmo diminuída conforme os estudos avançam. As principais questões que aumentam a probabilidade de agravamento do quadro são:

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  • Idade avançada
  • Obesidade
  • Diabetes
  • Hipertensão
  • Imunidade baixa (seja por tratamentos médicos, seja por doenças como a aids)
  • Condições cardíacas graves
  • Doenças pulmonares
  • Doenças renais graves

Quais as diferenças entre a gripe e a Covid-19

Os sintomas iniciais podem se confundir, mas há diferenças significativas. A começar pelo fato de que o Sars-CoV-2 é consideravelmente mais agressivo do que o vírus influenza.

Curiosamente, a gripe tende a provocar mais estragos em crianças. Saiba mais aqui.

O que são variantes do coronavírus?

Durante o processo de replicação do vírus dentro do nosso corpo, mutações podem ocorrer. Daí surgem versões ligeiramente diferentes do Sars-CoV-2. São as variantes. A maioria não vai dar em nada, mas uma ou outra pode se tornar mais transmissível ou ficar mais letal, entre outras coisas.

Conheça o mundo das variantes neste artigo. E entenda por que o Brasil é um celeiro de novas mutações nesta reportagem.

Quais exames diagnosticam a Covid-19?

Há diferentes testes, cada um com indicações e limitações. O mais falado é o RT-PCR, um método que detecta a presença do material genético do vírus. Ele dá positivo se o agente infeccioso (ou resquícios dele) ainda estiver circulando no organismo.

Além dele, existem os chamados testes sorológicos, que detectam a presença de anticorpos produzidos pelo organismo a partir da infecção do coronavírus. São úteis para avaliação da exposição prévia ao vírus de forma tardia após o início dos sintomas ou mesmo em assintomáticos, entre outras coisas.

Veja como esses e outros exames são feitos, qual a confiança dos resultados e mais informações aqui.

Como é feito o tratamento?

Nos casos leves, com repouso, hidratação, acompanhamento médico (a distância, de preferência), eventual prescrição de remédios para aliviar sintomas e, se possível, com o uso de oxímetros, para avaliar a oxigenação. Até o momento, não existe nenhum medicamento que evite a infecção ou que impeça o agravamento dos casos leves.

Nas situações que exigem internação, os profissionais podem oferecer oxigênio, realizar certas manobras e dar um suporte mais próximo a eventuais complicações da Covid-19. Pessoas com lesões renais, por exemplo, não raro são encaminhadas para sessões de hemodiálise. Além disso, dependendo da situação, o médico aplica drogas como a dexametasona, que contêm a inflamação da doença, anticoagulantes, que evitam trombos, ou antibióticos, para impedir infecções oportunistas.

Saiba mais sobre os medicamentos que ganharam destaque durante a pandemia aqui.

A reinfecção pelo coronavírus é possível?

Sim, mas não se sabe ao certo quão comum isso é, nem por quanto tempo nosso sistema imune barraria novas infecções. Além disso, as variantes exercem uma influência, na medida em que, teoricamente, poderiam escapar dos anticorpos produzidos por uma primeira infecção.

Estudos iniciais mostram, por exemplo, que isso é mais frequente com a P1, a versão do Sars-CoV-2 originada em Manaus.

As vacinas são seguras? Quais suas reações adversas?

Sim. Mesmo as aprovações emergenciais para uso exigem que os fabricantes demonstrem um bom perfil de segurança. E estudos seguem monitorando as reações adversas dos imunizantes agora que a vacinação em massa começou em certos países. Isso não significa que efeitos graves possam surgir em um número mínimo de pessoas, porém esse risco certamente é menor (muito menor!) do que o de se dar mal com a Covid-19 em si.

A maioria dos possíveis efeitos colaterais é leve: dor no local da aplicação, vermelhidão, febre. Alguns casos raros de choque anafilático foram descritos em pessoas com alergias severas. Mas eles são tratáveis. Saiba mais sobre os efeitos colaterais esperados aqui.

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