Por causa da pandemia de Covid-19, grande parte da população mundial compreendeu um pouco mais sobre a importância da pesquisa clínica. De acordo com um levantamento feito pela National Library of Medicine (NLM), ligada ao National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos (EUA), foram realizados mais de 400 ensaios clínicos de medicamentos e terapias apenas para combater o coronavírus.
É um número muito expressivo, levando em consideração que foram desenvolvidos para combater apenas uma doença!
Por esse motivo é importante reforçar o papel que a pesquisa clínica desempenha, pois é fundamental na descoberta de novos conhecimentos e avanços científicos. Por meio dos estudos clínicos, é possível entender melhor as doenças, os fatores de risco e maneiras de prevenção.
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Essas descobertas podem levar a novas abordagens e estratégias de tratamento, contribuindo para a inovação no campo da saúde.
Outro aspecto importante é a personalização do cuidado médico. Ao realizar estudos em diferentes populações e grupos de pacientes, conseguimos identificar quais tratamentos são mais eficazes para diferentes perfis e características.
Isso permite uma abordagem mais precisa e personalizada no cuidado, garantindo resultados ainda mais positivos para os pacientes.
E o nosso país é propício para a pesquisa clínica devido ao elevado índice de heterogeneidade. As variações de clima, cultura e condições socioeconômicas também aumentam a atratividade do país.
O Brasil está na 20ª posição em pesquisa clínica mundial, com potencial para alcançar a 10ª e atrair investimentos de até R$ 5 bilhões, beneficiando milhares de pacientes e profissionais da área. Embora lidere regionalmente, o Brasil representa apenas 2% das pesquisas clínicas no cenário mundial.
Como oncologista pediátrico, acredito que, por meio da pesquisa clínica, os pacientes podem ter acesso a tratamentos de alta complexidade. E o meu objetivo é promover o conhecimento a respeito da pesquisa e encurtar a jornada dos voluntários para encontrar estudos disponíveis para suas doenças – de graça!
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Esse é um dos motivos pelo qual fundei a MOTSA, uma plataforma digital de estudos clínicos que visa apoiar pacientes, médicos e familiares nessa jornada. Ao promover informações e acesso a novas tecnologias por meio da pesquisa clínica e inovação digital, nós damos chance à vida, aos tratamentos e cuidados com a saúde, independentemente da origem étnica, socioeconômica ou geográfica.
A pesquisa clínica também pode promover a equidade na medida em que educa e conscientiza os pacientes sobre a importância da participação em estudos clínicos. Quando os pacientes compreendem os benefícios da pesquisa clínica e têm acesso a informações adequadas, eles podem tomar decisões respaldadas em informações confiáveis sobre seu tratamento e participação em ensaios clínicos.
*Sidnei Epelman é oncologista pediátrico e CEO da Motsa HealthTech
A importância de compartilhar informação Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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