A última temporada de Game of Thrones começou no último domingo (14) com a promessa de amarrar as pontas soltar da trama e encerrar a saga iniciada em 2011. Mas o que pouca gente sabe é que a série, hoje considerada uma das mais importantes já feitas, começou com o pé esquerdo.
O episódio piloto (aquele feito como teste para saber se o programa será feito) quase não foi aprovado pela HBO, canal produtor da série. Dirigido por Tom McCarthy (do vencedor do Oscar Spotlight), o episódio contava com atores diferentes, histórias confusas e até uma participação especial de George R.R. Martin, autor da série de livros que inspirou a produção.
Confira uma lista com as principais curiosidades sobre o episódio que (ainda bem) nunca foi ao ar:
1 – O piloto precisou ser completamente refilmado
Os criadores da série, David Benioff e D.B. Weiss, eram fãs da saga de livro e passaram quatro anos desenvolvendo o projeto de uma adaptação para a televisão. Mesmo com todo esse trabalho, o primeiro episódio contava com uma série de defeitos, desde o roteiro confuso até a escolha do elenco.
A série só seguiu em frente por causa de Richard Pepler, ex-presidente da HBO. Em uma entrevista, o ator Nikolaj Coster Waldau, que interpreta Jaime Lannister, disse que o executivo viu potencial na produção e abraçou a ideia. Depois de aprovado, 95% do episódio precisou ser refilmado antes de ir ao ar.
2 – O elenco era diferente da versão final
Quando os produtores começaram a trabalhar nas refilmagens do piloto, não foi só o roteiro que precisou ser alterado: alguns membros do elenco foram substituídos também. Dentre eles, a inglesa Tamzin Merchant. A atriz, conhecida pela série The Tudors, interpretou Daenerys Targaryen, mas quem ficou com o papel foi Emilia Clarke.
Outra mudança em personagens centrais da história foi no papel de Catelyn Stark. No piloto, a matriarca de Winterfell era vivida pela atriz Jennifer Ehle. No entanto, ela desistiu de participar da série por não querer se envolver em um projeto tão longo. Em seu lugar, foi escolhida a atriz Michelle Fairley, que antes havia interpretado a mãe de Hermione Granger em Harry Potter.
3 – George R.R. Martin aparecia em uma pequena participação
O escritor da saga As Crônicas de Gelo e Fogo fazia uma breve aparição no piloto. De acordo com o Screen Rant, George interpretaria um nobre da cidade de Pentos durante o casamento de Daenerys e Khal Drogo. Mas como a atriz que fazia a Mãe dos Dragões foi trocada, toda a cena precisou refeita.
Recentemente, o autor revelou que fora convidado a fazer uma pequena participação em um dos episódios finais da última temporada da série. No entanto, ele precisou recusar, já que não conseguiria viajar até o local das gravações.
4 – A história tinha um flashback do Rei Louco
Uma das cenas cortadas do primeiro episódio mostrava o assassinato de Rickard e Brandon Stark, pai e irmão de Ned Stark, pelas mãos de Aerys Targaryen, o Rei Louco.
As mortes eram chocantes. Rickard foi cozinhado vivo dentro de sua própria armadura, enquanto Brandon morreu enforcado. A cena poderia ter ajudado os fãs a entender melhor os acontecimentos anteriores à Game of Thrones (como a Rebelião de Robert) e que influenciam uma parte importante da trama da série. Na versão final, as explicações ficaram apenas nos diálogos de alguns personagens.
5 – Não dava para saber que Cersei e Jaime eram irmãos
O roteiro confuso atrapalhou o entendimento da trama durante as exibições para plateias-teste. O detalhe mais grave foi que, para o público, não havia ficado claro o parentesco entre o casal Lannister. Sem estabelecer isso direito, a cena em que Bran Stark descobre o caso entre os irmãos (e, consequentemente, é jogado da janela) perdia toda a sua força.
6 – A cena de abertura não era a mesma
A primeira versão da abertura era um pouco diferente da que você está acostumado. Ao invés de mostrar o mapa da série sendo montado com dezenas de engrenagens, a introdução era conduzida por um corvo, pássaro usado para a troca de mensagens em Game of Thrones.
O animal sobrevoava os principais locais do mapa, como Winterfell e Castelo Negro. Sua jornada terminava em Porto Real, pousando no Trono de Ferro.
7 – O visual de alguns personagens mudou
Para combinar com as características físicas dos Lannister, o ator Peter Dinklage tingiu seus cabelos de loiro para o primeiro episódio da série. Como o resultado não ficou dos melhores, a produção desistiu da ideia – ainda é possível ver os resquícios de um Tyrion com cabelos mais claros no início do programa.
Theon Greyjoy (Alfie Allen) foi outro a voltar atrás com o cabelo. No primeiro episódio, ele também está loiro, mas no restante da série, fica castanho. A maquiagem da cicatriz de Sandor Clegane (Rory McCann), o Cão de Caça, também é alterada.
8 – Menos Stark, mais Daenerys
O piloto abordava menos a família de Winterfell e não se aprofundava tanto em estabelecer relações entre os irmãos Stark. Em contrapartida, dava mais foco para a trama de Daenerys, que aparecia logo no início do capítulo. A relação entre ela e Drogo era mais amena: na noite de núpcias do casal, as coisas seriam muito mais consensuais do que na versão final.
9 – Os White Walkers tinham uma língua própria
Dothraki? Valiriano? Se dependesse do roteiro do episódio piloto, a primeira língua de Game of Thrones a dar as caras seria o Skoth. De acordo com o Mashable, o idioma dos White Walkers soava como “a rachadura de gelo em um lago de inverno” e seria mostrado logo na primeira cena do episódio, que daria mais destaque a eles. De acordo com o linguista David J. Peterson, criador dos dialetos da série, o Skoth serviria para mostrar que os vilões da série não eram selvagens, mas um grupo organizado e com um propósito.
9 curiosidades sobre o episódio de Game of Thrones que nunca foi ao ar Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
Nenhum comentário:
Postar um comentário