Ainda não investe em rich media? Pois há razões muito boas para fazer isso.
Para começar, você tem nele uma prova da incrível capacidade de o marketing digital se renovar.
É que o formato de anúncio publicitário na web é um desses avanços que nos deixam ainda mais estimulados para atuar nesse meio, não só pelas suas vantagens, mas por todo um leque de possibilidades que abre.
É dessa oportunidade para empresas e profissionais de marketing que vou falar ao longo do conteúdo.
Tenho certeza de que você vai gostar de conhecê-lo melhor.
Então, acompanhe até o final!
O que é rich media?
Rich media, também conhecido como mídia interativa, é um formato de anúncio digital em que são incorporados novos recursos a conteúdos de texto, imagem e audiovisual.
Nele, o envolvimento do usuário pode acontecer não só pelos tradicionais cliques e visualizações, mas por outras ações que também são mensuráveis.
Seria o caso, por exemplo, de um anúncio interativo em que a pessoa consegue jogar instantaneamente, bastando apenas clicar no conteúdo.
Dá para perceber, então, que temos aqui uma chance ímpar de atrair, converter e, acima de tudo, envolver, concorda?
Por que é importante?
Uma das características que acho mais bacanas no rich media é que ele é todo pautado na experiência do usuário.
Isso acontece nos anúncios de carregamento discreto, nos quais a imagem só aparece depois que todo o conteúdo é recebido pelo dispositivo.
Na maioria deles, a imagem só surge se o usuário decidir que quer vê-la.
Por isso, esse formato é fundamental para gerar não apenas oportunidades de negócio, mas, principalmente, para chegar ao nível máximo do marketing: o encantamento.
Crescimento de rich media
Embora não sejam muitas, as estatísticas sobre rich media apontam para um futuro dos mais promissores.
Uma delas, do site Statista, indica uma curva de crescimento acentuada, culminando com investimentos em 2019 da ordem de US$ 12,9 bilhões só nesse tipo de anúncio nos Estados Unidos.
Há, ainda, um relatório publicado pela Y Digital Media que mostra a performance superior do formato em relação aos tradicionais.
Enquanto a taxa de cliques (CTR) em rich media é de 0,44%, nos banners em vídeo, ela é de 0,39%, alcançando apenas 0,14% nos banners convencionais.
Rich media e mobile marketing no Brasil
Infelizmente, não há muitas estatísticas a respeito da performance do segmento de rich media no Brasil.
No entanto, há dados que, se cruzarmos com outros, nos dão pistas sobre o quão promissor ele é.
Um deles, também da pesquisa da Y, diz que o mercado de mobile marketing, no Brasil, deve movimentar em 2021 mais de US$ 5 bilhões.
Sendo assim, se considerarmos que a curva de crescimento do setor de rich media é elevada, não é difícil concluir que boa parte desse mercado deve fluir para os anúncios interativos nos próximos anos.
Aí está uma das boas oportunidades sobre as quais falei logo na abertura do texto.
Onde investir em rich media?
Outra característica de rich media que torna a prática ainda mais atrativa é que ela pode ser explorada em quase todas as principais plataformas de anúncios digitais.
Destaco três delas:
Google Ads
Não dá para esperar bons resultados em marketing digital abrindo mão da maior plataforma de anúncios do mundo.
De acordo com o site Statista, só entre 2019 e 2020, a receita gerada pelo Google Ads pulou de US$ 134,81 bilhões para US$ 146,92 bilhões.
Um salto de 8,1% de um ano para outro.
Mais do que um belo resultado, aí está um indicativo claro do quão importante é fazer anúncios na plataforma do Google.
LinkedIn Ads
Outra plataforma em constante crescimento é a do LinkedIn, a rede social orientada para negócios e contatos profissionais.
De acordo com seus gestores, até 2020, suas receitas vêm aumentando na casa dos 20% anuais, graças aos seus mais de 706 milhões de usuários em todo o mundo.
Vale destacar que o Brasil é o quarto país com o maior número de perfis cadastrados, com um total de 34 milhões de contas ativas até 2019.
Se o seu público está no LinkedIn, por que não anunciar por lá?
Facebook Ads
Claro que a maior rede social do mundo em número de usuários não pode ser deixada de lado quando se pretende investir em rich media.
Segundo o relatório Facebook Q4 2019 Results, em 2019 as receitas em anúncios aumentaram em espetaculares 35%, o que gerou um retorno recorde de US$ 20,7 bilhões.
A partir desses dados, fica claro que qualquer investimento em mídia paga e, principalmente, em rich media, tem que passar obrigatoriamente por pelo menos uma dessas plataformas.
Concorda?
Quais são os formatos usados para a criação de conteúdos rich media?
Eu diria que, para os designers, os anúncios em rich media são um verdadeiro “playground” em que eles podem explorar todo seu potencial criativo.
A variedade de formatos e mídias que podem ser mescladas em um único conteúdo é tanta que fica até difícil dizer qual deles é o melhor.
Sendo assim, o ideal a se fazer é conhecê-los mais a fundo para aproveitar ao máximo todas as possibilidades que eles oferecem.
Vamos ver quais são.
Banners
Veja que, embora anúncios interativos estejam fazendo com que os banners percam espaço, isso não significa que eles estão com seus dias contados.
Isso porque, em rich media, os banners passam a ser exibidos também em forma de vídeos e com a muito bem-vinda tecnologia de download polido.
Por ela, o anúncio só é carregado depois que o restante da página abre completamente, o que é ótimo para a experiência do usuário.
Criativos com dinamismo
Já os anúncios criativos dinâmicos utilizam um perfil de gerenciamento vinculado, em que o conteúdo pode mudar rapidamente, de maneira manual ou conforme regras específicas para ele.
Eles podem ser, ainda, veiculados em forma de banner, intersticial, VPAID e expansível.
Vamos conhecer todos eles nos próximos tópicos, começando pelos anúncios expansíveis.
Expansíveis
Certamente você já deu de cara com um anúncio expansível quando, ao navegar em uma página, viu que seu conteúdo se expandia ao passar o cursor ou clicando nele.
Por esse tipo de rich media, você tem acesso a uma métrica bastante específica, ou seja, pode saber quantas expansões o anúncio teve para, assim, avaliar sua performance.
Além disso, esse é um formato mais amigável que janelas pop-up, que “invadem” a tela sem pedir licença.
Intersticiais
Por sua vez, os anúncios intersticiais aproveitam as oportunidades que aplicativos, jogos e conteúdos dão para inserir publicidades de tela inteira.
É o que acontece, por exemplo, quando uma tela de carregamento abre um anúncio ou quando mudamos uma página ao ler um texto.
De certo modo, é como se esse formato de rich media aproveitasse as “brechas” em que o visitante está ocioso para divulgar produtos e serviços em intervalos obrigatórios.
Mas isso não significa que são invasivos, muito pelo contrário: eles são exibidos em um iFrame que flutua sobre o aplicativo ou a página da Web, respeitando a experiência do usuário.
Lightbox
Tal como os anúncios expansíveis, os do tipo lightbox aumentam quando passamos o mouse ou clicamos neles.
A diferença é que, nesse caso, o conteúdo exibido é mais rico e interativo.
Ao expandi-lo, a pessoa pode visualizar um vídeo com uma demonstração do produto ou serviço e, ao mesmo tempo, ver um “saiba mais” e até visualizar um mapa com pontos de venda.
MDE
No caso dos anúncios multidirecionais expansíveis (MDE), a ampliação da publicidade respeita o lado em que ele aparece inicialmente na tela do usuário.
Então, se o conteúdo estiver à esquerda da página, ao ser expandido, ele deverá se apresentar à direita – e vice-versa.
Push-down
Embora os anúncios mobile estejam tomando conta do mercado, não se pode jamais deixar de explorar todo o potencial dos que são destinados a PCs e notebooks.
É para esses dispositivos que são destinados os anúncios push-down, desenvolvidos exclusivamente para navegadores como o Chrome ou Firefox.
Neles, o conteúdo da página é empurrado para baixo quando o anúncio se expande, fazendo com o que ele se ajuste ao layout do site automaticamente.
VPAID
Os anúncios Video Player-Ad Interface Definition (definições de interface para anúncios de players de vídeo – VPAID) podem ser exibidos em players de vídeo incorporados.
Sendo assim, trata-se de uma forma de se explorar o vídeo marketing, sendo indicado para plataformas como YouTube e Vimeo.
Eles podem ser exibidos antes, durante ou após o conteúdo principal, ocupando o espaço reservado para o player e só tomando a tela toda caso o usuário use a opção fullscreen.
Quais são as melhores práticas de rich media?
Como você viu até aqui, o que não falta são alternativas para aproveitar todos os incríveis recursos que a mídia interativa oferece.
No começo, um leque de opções tão amplo pode confundir aqueles que estão mais habituados aos formatos tradicionais.
Por isso, com a experiência que adquiri nesse tipo de anúncio, destacaria três práticas altamente indicadas para começar bem.
Siga esses princípios e tenho certeza que você pode alcançar resultados espetaculares.
Invista bastante em vídeos
Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2019, 73% dos brasileiros têm o costume de compartilhar vídeos e conteúdos audiovisuais de terceiros em suas redes sociais.
Como a maior parte dos formatos em rich media é baseado em vídeos ou, pelo menos, inclui esse tipo de conteúdo, seria um erro deixar de aproveitá-los em uma estratégia.
O legal é que eles oferecem métricas ainda mais avançadas, como tempo médio de visualização e conclusões de vídeo, permitindo um ajuste mais “fino” nas campanhas.
Pense em interatividade e diversão
Conteúdos em mídia interativa devem ser pensados não só como meio de atrair e converter, mas, sobretudo, como forma de entreter.
As possibilidades são incontáveis e vão depender de uma boa dose de criatividade e de um trabalho competente junto a um desenvolvedor ou um game developer.
Imagine, por exemplo, um anúncio expansível de um curso de inglês que, ao abrir, mostrasse um quiz com traduções certas ou erradas.
Para cada resposta correta, o usuário poderia receber um cupom de desconto ou uma mensalidade grátis.
Não parece genial?
Seja inovador sem ser invasivo
Como você viu, os anúncios em rich media se baseiam 100% na experiência do usuário.
No lugar de pop-ups, entram os anúncios com carregamento discreto e que só mostram seu conteúdo quando clicados ou em contato com o cursor do mouse.
Então, ao elaborar suas campanhas, tenha sempre em primeiro lugar a criatividade, respeitando ainda a liberdade do usuário em decidir se quer ou não visualizar seus anúncios.
Por que investir em rich media?
“Legal, Neil, mas me parece que sai caro investir nesses anúncios. Quais vantagens eles oferecem para um investimento relativamente alto?”
Gosto bastante daquele ditado que diz “se você acha caro pagar por um bom profissional, experimente contratar um incompetente”.
Mais ou menos nessa linha, considero muito válido investir um pouco mais em rich media, porque, no fim das contas, a diferença financeira nem é tanta assim.
Então, por um custo não tão elevado em comparação com as mídias tradicionais, você aproveita as vantagens que só esse formato pode proporcionar.
Destaco cinco delas a seguir.
O formato rich media é personalizado
Uma das maravilhas do marketing digital é que ele permite alcançar as pessoas certas a um custo menor.
Na mídia interativa, esse potencial é multiplicado, já que suas métricas extremamente detalhadas possibilitam uma segmentação ainda mais precisa.
Você pode monitorar os anúncios com precisão
Uma coisa é saber quantas pessoas visualizaram seu banner, outra é saber quantas passaram o mouse ou clicaram em um anúncio para vê-lo em versão expandida.
Com rich media, você tem métricas bem mais fiéis e que permitem medir seus resultados com uma precisão muito maior.
O rich media não precisa (nem deve!) ser invasivo
Nada pior para a experiência de navegação do que um anúncio que toma nossa tela do nada sem a gente esperar, concorda?
Esse problema acaba com a mídia interativa, pois o usuário só visualiza a publicidade quando quiser e da forma que achar melhor.
Tenha vários formatos em um só
Além disso, a rich media permite que você explore, em uma só campanha, vários formatos de mídia paga simultaneamente.
Por que ter apenas um banner quando se pode ter vídeos, jogos e perguntas ao mesmo tempo?
HTML5 é tudo o que você precisa
Para criar campanhas e anúncios em mídia interativa, você só precisa entender um pouco de linguagem HTML5.
Para isso, basta baixar o Google Web Designer, um editor intuitivo e com comandos muito parecidos com os dos editores de imagem mais conhecidos do mercado.
5 exemplos de rich media
Nada como exemplos práticos para entender melhor o valor de um novo formato, certo?
Cinco deles você conhece a partir de agora!
1. Intel
Para mostrar os recursos do seu novo notebook, a Intel investiu em uma campanha na qual usou a tecnologia em 3D e vídeos 360º.
Resultado: foram mais de 35.000 horas de exposição de conteúdo e 413.000 visitas de consumidores ao site.
2. Narcos (Netflix)
No lançamento da premiada série Narcos, a Netflix encontrou uma maneira para lá de criativa para estimular o engajamento: cada toque na tela fazia com que surgisse uma animação, na qual um trailer era veiculado.
Detalhe: a campanha teve mais de 100 variações para estimular o interesse dos usuários.
3. Harley Davidson
A Harley Davidson também procurou atiçar a curiosidade na campanha de lançamento de uma nova linha de motocicletas, mas de uma outra forma.
Nela, ao clicar no anúncio, era possível escolher qual dos oito modelos lançados o usuário gostaria de conhecer mais.
4. Missão Impossível
Imagine “entrar” em uma cena com o icônico Ethan Hunt, personagem de Tom Cruise em Missão Impossível?
Foi isso que a Paramount, produtora do filme, fez ao lançá-lo nos cinemas, em anúncios 360º, nos quais era possível interagir em diversas cenas da superprodução.
5. ESPN
A ESPN fez uma jogada literalmente campeã na cobertura dos jogos da NBA, a poderosa liga de basquete norte-americana.
A ideia era simples e genial: cada banner de anúncio dos jogos se transformava em um placar na hora da partida, exibindo seu o resultado ao vivo.
Útil e extremamente interativo!
Conclusão
Sua empresa não precisa ser uma Paramount ou uma ESPN para fazer campanhas em rich media que atraem e convertem.
Com um pouco de treinamento na ferramenta Google Web Designer, é possível criar campanhas atrativas e, o que é melhor, totalmente alinhadas aos bons princípios de usabilidade.
E no seu negócio, a mídia interativa já está sendo aproveitada ou esse era um conceito desconhecido para você até agora?
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