Pergunta subjetiva. Uma resposta interessante é o baiacu, apreciado no leste da Ásia. O peixe, famoso por inflar para afugentar predadores, tem uma glândula com o veneno tetrodotoxina caso o truque baloeiro não seja suficiente.
Por isso, desde 1958, todo chef japonês que deseje prepará-lo é obrigado a fazer um curso que dura dois ou três anos e ensina a neutralizar a substância letal. A dose presente em um único baiacu é capaz de matar 30 adultos. Ao final, há uma prova escrita e uma sessão de preparo diante de uma banca examinadora.
O Brasil tem sua iguaria letal: a maniçoba, preparada com a folha de mandioca – que mata se não for cozida por uma semana.
Mas é claro que há muitos pratos difíceis por razões não letais – como o número de etapas no preparo ou a dificuldade de alcançar o ponto correto. Outra possibilidade é que um ingrediente seja muito raro:
Thiago Castanho, chef e apresentador do programa Sabores da Floresta, cita como exemplo pratos que levam trufas brancas ou negras originárias da Europa. Esses cogumelos raríssimos são quase inacessíveis, fazendo com que as pessoas os substituam pelo azeite trufado – que só leva a trufa no nome. Esse é um óleo neutro em que se adiciona um composto com sabor similar ao da iguaria. Muita gente serve como se fosse o ingrediente original.
Pergunta de @joao_hen_, via Instagram.
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