Eis uma descrição clássica da septicemia (ou sepse, para os mais próximos): o sujeito tem um processo infeccioso causado por uma bactéria, um vírus ou um fungo. O problema se complica aos poucos e exige uma internação. O organismo, na tentativa de lidar com a bagunça toda, reage de maneira exagerada, provocando uma inflamação generalizada que acaba prejudicando órgãos importantes, como o coração, os rins e o cérebro.
Pois, segundo levantamento inédito da Universidade Federal de São Paulo, essa condição grave apresenta uma taxa de mortalidade elevada nas unidades de terapia intensiva (UTIs) espalhadas pelo Brasil. De acordo com os achados, publicados no prestigiado periódico The Lancet Infectious Diseases, mais da metade dos pacientes que chegam a esse estágio não sobrevive.
“É urgente criar um plano de estratégias para diminuir esse impacto”, propõe a médica intensivista Flávia Machado, líder da pesquisa.
Dados sobre a septicemia assustam
- 55,7% dos indivíduos com sepse nas UTIs do Brasil morrem
- 40% das infecções que originam a condição se iniciam fora dos hospitais
- 230 mil mortes por ano no país por causa da complicação
Como reduzir o risco de uma sepse
O que depende do hospital
- Criar campanhas e programas de higiene básica para funcionários, visitantes e pacientes
- Estabelecer protocolos para o rápido atendimento e diagnóstico dos casos suspeitos
- Possuir equipamentos para o tratamento, como cânulas, cateteres, antibióticos, soro e adrenalina
- Acompanhar o número de casos em suas próprias UTIs e fazer ajustes necessários
O que as pessoas podem fazer
- Sempre manter a carteirinha de vacinação atualizada, em todos os momentos da vida
- Aumentar a atenção com doenças crônicas, como diabetes e asma, pois o risco de sepse sobe nesses casos
- Lavar as mãos com regularidade, especialmente ao chegar em casa, ao trabalho ou à escola
- Saber os sinais de sepse, como fraqueza, pressão baixa, agitação, confusão mental e falta de ar
O que é, afinal, a sepse? Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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