Quando você fura o chão para extrair uma reserva de gás natural, não dá para interromper o processo: o gás começa a sair e não para mais. Por isso, as plataformas de exploração desse combustível têm a “tocha”, uma espécie de chama piloto que fica queimando para eliminar o excesso de gás e evitar que entre ar nas tubulações (o que poderia causar explosões). Essa queima é necessária, mas é um desperdício. Aproximadamente 142 bilhões de metros cúbicos de gás natural são perdidos, a cada ano, devido à prática.
A empresa americana Crusoe Energy criou um sistema que promete substituir a chama piloto e serve para minerar Bitcoin e outras criptomoedas. Ele é composto por um gerador, que queima o gás excessivo e produz eletricidade, e uma bateria de servidores – que são alimentados com essa energia e rodam um software minerador.
Tudo é instalado na própria plataforma de exploração de gás, sem custo para a companhia petrolífera (a Crusoe pretende dar o sistema de graça e ficar com uma parte das criptomoedas mineradas). A ideia é interessante, mas controversa: há quem diga que ela poderia acabar aumentando a quantidade de gás queimado, e elevar as emissões globais de CO2.
Empresa quer minerar bitcoin com energia “grátis” Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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