quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Já ouviu falar em “perennials”? Conheça a geração atemporal

Recentemente, uma polêmica envolvendo pessoas de diferentes idades tomou conta da internet: o que a geração Z considera cringe na geração dos millenials? Apesar de ter começado com uma simples discussão no Twitter, a pergunta logo se tornou uma guerra geracional. Um lado atacava e o outro defendia o direito de ser cringe, termo que remete a usar coisas bregas, cafonas ou dignas de vergonha alheia.

Podia ser cringe desde vestir calça skinny até tomar café, e a forma como tanta gente lidou com esse debate demonstrou algo que muitas vezes a sociedade prefere não encarar: todos envelhecemos e precisamos aprender a conviver com as diferentes gerações, seus hábitos e características.

A título de conhecimento, as classificações de gerações marcam períodos históricos e são muito utilizadas para estudos sociológicos e de marketing. Enquanto os millennials são as pessoas nascidas entre 1980 e 1996, a geração Z diz respeito aos jovens nascidos entre o final dos anos 1990 até os anos 2010. Desse período em diante, temos a geração Alfa, a primeira 100% digital.

Mas, se sabemos que em breve o mundo que conhecemos será composto por uma maioria de idosos, ao mesmo tempo em que se observa uma menor taxa de natalidade, como isso afetará as definições das gerações?

Com o envelhecimento populacional sendo uma das transformações sociais mais significativas do século 21 e a estimativa de que o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas até 2050, talvez seja o momento de sermos apresentados a uma geração que está surgindo e que tem tudo para permanecer sempre atual, a geração dos perennials.

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Enquanto os millenials são tidos como pessoas curiosas, inquietas e movidas por desafios, que cresceram em um mundo estável e sem guerras, a geração dos baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964), por exemplo, abarca indivíduos que nasceram após o término da Segunda Guerra Mundial e que valorizam a família, a estabilidade financeira e têm aversão a grandes mudanças.

A geração Z, por sua vez, engloba os nativos digitais, pessoas com grande responsabilidade social e ambiental e que estão acostumadas com um enorme fluxo de informação instantânea.

Mas e os perennials, onde entram nessa história? Podemos dizer que, de certa forma, eles estão presentes em todas as gerações. Isso porque os perennials são considerados “ageless”, isto é, podem ser de qualquer idade. A geração dos perennials tenta romper com essas classificações geracionais, sendo uma mistura de todas elas e dos seus hábitos.

Em constante evolução, os perennials estão sempre aprendendo e colaborando entre si, tendo em comum a curiosidade e a inclinação criativa. Os perennials podem ter (ou não) cabelos brancos e também se relacionam igualmente com todas as faixas etárias, tendo uma mentalidade global e acolhedora.

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E por que digo que esta é a geração que poderá ser sempre atual? Justamente por não se basear em idade, mas sim em determinados comportamentos, personalidades e hábitos. Com uma maior longevidade, veremos também o mercado de trabalho se abrindo para pessoas mais velhas, ao mesmo tempo em que as marcas enxergam nos indivíduos acima dos 60 anos um novo nicho a explorar.

Nesse sentido, nada melhor do que pessoas da geração perennial para fazer a ponte entre todas as idades e construírem um mundo mais leve, dinâmico e inclusivo.

O fato é que chegará um momento em que sua data de nascimento já não será mais algo a definir quem você é. Neste novo mundo que estamos construindo, haverá espaço para todos (criança, jovem, adulto, idoso…). E, se essa já tem sido sua mentalidade atualmente, você já faz parte dessa mudança. Talvez você seja um perennial e nem saiba!


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