A máquina foi desenvolvida pela empresa israelense MeMed e aprovada para uso nos hospitais do Reino Unido. Ela mede a quantidade das proteínas TRAIL, CXCL10 e C-reativa no sangue. Quando o nível de TRAIL (“ligante indutor de apoptose relacionada ao fator de necrose tumoral”, em inglês) está baixo, o organismo costuma ter dificuldade em combater e eliminar o coronavírus.
Já com as demais substâncias, é o contrário: níveis elevados é que são ruins. pois estão relacionados à “tempestade de citocinas”, que se manifesta nos casos mais graves de Covid. Nessa condição, o próprio sistema imunológico acaba contribuindo para a morte da pessoa, pois envia uma quantidade exagerada de células de defesa para o pulmão – e elas acabam lesionando o órgão.
A ideia é que o aparelho (cujo preço não foi divulgado) seja usado logo no momento do diagnóstico, permitindo prever quais pacientes têm mais risco de desenvolver formas graves da doença: ele emite uma pontuação, de 0 a 100, indicando a probabilidade. O dispositivo foi validado por um estudo (1) feito por cientistas de universidades e hospitais israelenses e pela própria fabricante. Nele, 394 pacientes foram testados, e a máquina conseguiu determinar a severidade da doença com 86% de acerto. Tendo essa previsão, os pacientes com maior risco podem ser acompanhados mais de perto – e receber antes os imunomoduladores necessários, aumentando suas chances de sobrevivência.
Fonte 1. An immune-protein signature combining TRAIL, IP-10 and CRP for accurate prediction of severe COVID-19 outcome. N Mastboim e outros, 2021.
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