Roubo de dados em massa e interferência ou mesmo paralisação da operação estão entre as principais ameaças cibernéticas que hospitais e outras entidades do ecossistema de saúde passaram a encarar — sobretudo após a intensa digitalização dos serviços com a pandemia.
“É um fenômeno global, que exige monitoramento constante e mapeamento das vulnerabilidades nos processos adotados pelas empresas”, afirma Bruno Porto, líder do setor de saúde da consultoria PwC Brasil. “Além de pegarem a base de dados dos pacientes, que costuma ter informações pessoais mais completas, os hackers buscam travar a operação e pedir dinheiro para liberá-la, como em um sequestro”, explica.
Crimes do tipo já ocorreram no país e, ao interferirem na conexão em rede e no funcionamento dos aparelhos hospitalares, podem ter desfechos fatais — o que já foi registrado na Europa.
Segundo pesquisa global da PwC, 49% das empresas de saúde já estão incorporando a cibersegurança em seu planejamento estratégico.
Passado: 80 anos do oxímetro portátil
Em 1942, o inventor americano Glenn Allan Milikan apresentou uma nova e mais prática ferramenta para aferir o índice de saturação do oxigênio no sangue — um oxímetro portátil.
Décadas depois, o dispositivo se mostrou essencial diante da Covid-19. E não só dentro dos hospitais. Muita gente comprou o seu na farmácia — e já tem até smartwatch com esse recurso.
Futuro: exame dedura Alzheimer pela fala
Com uma amostra da voz e do discurso do paciente, a empresa americana Canary Speech pretende fazer diagnósticos dessa doença que solapa a cognição.
A ideia é lançar mão da inteligência artificial para captar lapsos de linguagem que tendem a denunciar o problema. Ainda hoje, não existe um exame ágil e específico de rotina para o Alzheimer.
Um lugar: primeiro hospital para doenças raras em Porto Alegre
Pioneira na América Latina e prevista para o primeiro semestre do ano, a Casa dos Raros terá equipamentos de última geração e equipe multidisciplinar para atuar no diagnóstico e no tratamento das doenças raras — aquelas que acometem 65 pessoas a cada 100 mil. Um segundo centro deve ser construído na capital paulista.
Um número: 20% das buscas sobre bem-estar dirigidas à ansiedade
Um levantamento da plataforma Psicologia Viva, do grupo Conexa, junto à Eurofarma, em cima de registros de mais de 80 mil brasileiros entre junho de 2020 e junho de 2021, revela que “ansiedade” é o assunto mais procurado no contexto dos cuidados mentais. A “depressão” é a segunda colocada, com 6,5% do total das buscas apuradas.
Uma frase: Estanislao Bachrach
“Sua imaginação e sua criatividade também melhoram quando o cérebro reage a novas percepções, principalmente se você procura experimentar o mundo de novas formas. Vá a lugares aonde nunca foi, onde seus sentidos sentem cheiros, ouvem e veem coisas que jamais experimentaram. Explore toda a arte de um museu. Escute música complexa e deixe sua mente interpretar os padrões. Desfrutar da música estimula muitas seções do cérebro e apresenta oportunidades de criar novas conexões neurais.”
Estanislao Bachrach, cientista argentino, autor do recém-lançado Agilmente (Hábito)
Radar da saúde: segurança cibernética preocupa hospitais Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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