Presente: queimadas na amazônia causaram mais de 2 mil hospitalizações
Ano passado, a destruição da Floresta Amazônica foi manchete no Brasil e no mundo. Mas qual foi o impacto das queimadas na saúde da população local? De acordo com um trabalho assinado por entidades como o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) e o Human Rights Watch, a inalação da fumaça provocou ao menos 2 195 internações.
O público infantil representa 21% dos casos, enquanto indivíduos acima de 60 anos respondem por 49% da amostra. Estima-se que, em setembro de 2019, mais de 4,5 milhões de habitantes de 168 municípios localizados no norte do país foram expostos a um nível de poluição acima dos limites seguros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Infelizmente, os dados devem ser ainda piores em 2020, pois houve um aumento nos focos de incêndio e outro bioma importantíssimo ardeu em chamas: o Pantanal corre risco de desaparecer do mapa se as queimadas persistirem.
Passado: a descoberta dos germes
Há 150 anos, os trabalhos do alemão Robert Koch (1843-1910) e do francês Louis Pasteur (1822-1895) deram origem à teoria microbiana das doenças, que fala do papel decisivo de bactérias, vírus e outros micro–organismos em moléstias que atingem diversas áreas do corpo. Isso representou uma verdadeira revolução na medicina e permitiu o desenvolvimento posterior de métodos de prevenção e tratamento para muitas dessas condições.
Futuro: um implante entre os neurônios
O investidor americano Elon Musk anunciou que sua empresa Neuralink avançou na criação de um microchip que poderá ser instalado no cérebro humano. A proposta é ajudar a combater enfermidades que acometem a massa cinzenta (como Parkinson e Alzheimer) e estabelecer uma conexão entre as células nervosas e a inteligência artificial. O dispositivo já se mostrou efetivo em camundongos e porcos.
Um lugar: a África está livre da pólio!
Em meio ao caos provocado pelo coronavírus, temos uma boa notícia em relação a outra infecção: após cinco anos sem o aparecimento de novos indivíduos acometidos, o continente africano está oficialmente livre da poliomielite. O último país da região a registrar episódios foi a Nigéria. O vírus causador da paralisia infantil segue em circulação em apenas duas nações do globo: Afeganistão e Paquistão.
Um dado: sobrecarga inesperada
Quatro em cada dez mulheres dizem estar trabalhando mais durante a pandemia. O dado vem de uma pesquisa conduzida pela organização de mídia Gênero e Número e pela ONG Sempreviva Organização Feminista. No total, 2 641 respondentes participaram do levantamento, que foi realizado entre abril e maio para avaliar como todas as mudanças causadas pela Covid-19 estão impactando o público feminino.
Um frase: César Eduardo Fernandes, novo presidente eleito da Associação Médica Brasileira (AMB)
“Não estávamos — como não estamos — preparados para responder nem a demandas simples, quanto mais às graves. Perdemos e continuamos computando óbitos de milhares de brasileiros, entre os quais colegas médicos. Patinamos em debates inúteis, em vez de fechar posição com as autoridades de saúde mundial e adotar protocolos organizados e mais efetivos. […] Saúde é coisa séria, trata de vidas, não pode ser levada ao improviso ou aos ventos de ideologias.”
Radar da saúde Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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