Ele equivale ao diretor de uma peça ou ao técnico de um time. É claro que muito do trabalho está nos bastidores: o regente lidera os ensaios e decide como a peça será interpretada – Beethoven não está aqui para explicar os andamentos e intensidades exatos que imaginou para cada passagem. Isso exige um profundo conhecimento da técnica de cada instrumento e de história da música.
Mas a importância do maestro não diminui na hora do show. Seu braço direito, que se move para cima e para baixo, dá o andamento e indica a fórmula do compasso (1, 2, 3 para uma valsa ou 1, 2, 3, 4 no rock, por exemplo. Músicos saberão que estamos falando de 3/4 e 4/4 – esse foi só uma simplificação didática). Isso é especialmente importante em composições que aceleram e desaceleram constantemente – não há telepatia que sincronize cem músicos sem um líder.
A mão esquerda do condutor fica mais livre: pode indicar a entrada de um instrumento, antecipar que uma nota será acentuada ou indicar, por exemplo, se uma passagem é legato (sequência de notas fluidas e emendadas) ou stacatto (notas duras e secas).
Além disso, o maestro ouve tudo aproximadamente do ponto de vista da plateia e sabe quando um instrumento precisa, por exemplo, soar mais alto ou mais baixo para se encaixar melhor com o todo – é difícil, para os músicos, ter consciência disso. Cada membro da orquestra fica sentado em uma posição diferente e ouve certos instrumentos com mais clareza do que outros.
Pergunta de @iamemisu, via Instagram.
Se cada membro da orquestra tem uma partitura, qual é a função do maestro? Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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