Antes da pandemia Covid-19, integrantes da família dos coronavírus já haviam provocado surtos perigosos de Mers (2012) e Sars (2003). Daí porque cientistas de diferentes instituições nos Estados Unidos estão em busca de uma vacina universal que agiria contra boa parte desse conjunto de agentes infecciosos, inclusive os que ainda não surgiram.
O imunizante usa a tecnologia de RNA, assim como a dos produtos da Pfizer e da Moderna, já aplicados em larga escala frente ao Sars-CoV-2. Mas em vez de recorrer utilizar o material genético de apenas um tipo de coronavírus, a nova vacina inclui trechos de vários membros da família.
Nos experimentos em animais, essa inovação híbrida gerou anticorpos neutralizantes contra múltiplas proteínas dos coronavírus. Os resultados foram publicados no periódico científico Science. Se os testes continuarem avançando, é possível que os primeiros estudos em seres humanos comecem no ano que vem.
“Nossas descobertas sugerem que podemos desenhar vacinas universais que nos protegem de maneira proativa contra vírus que sabemos ter um risco de emergirem em seres humanos”, destaca David Martinez, microbiologista da Universidade da Carolina do Norte e um dos autores do trabalho. “Com essa estratégia, talvez consigamos prevenir um Sars-CoV-3”, arremata, em um comunicado à imprensa.
Segundo seu colega, o epidemiologista Ralph Baric, uma das ideias também é aplicar essa vacina assim que uma nova variante do Sars-CoV-2 for detectada. “Ela tem o potencial de prevenir surtos”, diz. Além disso, agiria no controle de outros tipos de coronavírus já existentes. No entanto, faltam ainda investigações adicionais em laboratório, e outras tantas em seres humanos, antes de essa promessa se tornar realidade.
(Esse texto foi publicado originalmente na Agência Einstein)
Uma vacina contra diferentes coronavírus para evitar futuras pandemias Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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