Depois de atuar por anos no meio acadêmico, o veterinário Luis Fernando Laranja da Fonseca resolveu empreender. “E a temática ambiental sempre foi muito revelante para mim”, conta. Daí nasceu a Guaraci Agropastoril, que acaba de lançar o NoCarbon, o primeiro leite carbono neutro do país.
Isso significa que sua produção não contribui para emissões de CO², um dos grandes promotores do efeito estufa e do aquecimento climático.
Em linhas gerais, a Guaraci aposta em um sistema de compensação, já que a criação de gado naturalmente gera gases nocivos. “Somos obcecados em plantar árvores, que são sequestradoras de carbono”, diz Fonseca. Com elas por perto, o gás não voa livre para a atmosfera.
O produto, que é fresco e orgânico, pode ser encontrado em vários pontos de venda em São Paulo e logo mais deve chegar a alguns estados.
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A criação de gado precisa mudar
No Brasil, o desmatamento para abrir pasto é o principal culpado por emissões de gases do efeito estufa. Entenda por que a vegetação precisa entrar na história:
Floresta madura: É como se fosse um armário de carbono. Ela não capta CO² novo, mas tem um monte guardado.
Árvores jovens: O ideal é continuar plantando, porque é essa vegetação em fase de crescimento que vai recolher o carbono.
Área desmatada: Se a floresta madura é derrubada, todo o CO² reservado voa embora. Sem falar no que será emitido dali em diante.
Para além do leite…
Em parceria com a Embrapa, a Marfrig lançou, no final do ano passado, a marca Viva, uma linha de carne carbono neutro, baseada nesse sistema de agropecuária florestal.
A produção ainda é bastante tímida. Segundo Fonseca, um braço da Guaraci também já está desenvolvendo cortes suínos, bovinos e de frango dentro da mesma perspectiva. E, em breve, eles devem colocar queijos no mercado.
Um leite sem emissão de carbono Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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