As tartarugas famosas graças ao Projeto Tamar – como a tartaruga-oliva, a tartaruga-de-couro e a tartaruga-cabeçuda – não têm cromossomos sexuais. Simples assim.
A diferenciação entre os sexos ocorre no segundo terço do período de incubação dos ovos. Entre as tartarugas, as temperaturas mais altas geram fêmeas; as mais baixas, machos.
Com o ninho a 29°C, nascem bebês dos dois sexos. Percorrendo a escala de 29 °C até 33 °C, a proporção de fêmeas aumenta gradualmente até atingir 100%. Descendo de 29°C para 24 °C, nascem cada vez mais machos.
Outros répteis seguem um padrão diferente: temperaturas intermediárias geram machos, e ovos muito frios ou muito quentes se tornam fêmeas.
Por fim, há espécies que estão em uma situação evolutiva intermediária: até possuem cromossomos X e Y – ou as variantes W e Z, em que ZZ é o macho e ZW é a fêmea –, mas o genoma não dá a palavra final. Um embrião com cromossomos para um sexo pode desenvolver características do sexo oposto quando exposto à temperatura certa.
Pergunta de @oliveiramarilaine, via Instagram.
Fontes: Luciana Medeiros Silva, bióloga do Projeto Tamar, “Sex chromosomes and sex determination in reptiles”, artigo de William S. Modi e David Crews.
Se o sexo das tartarugas depende da temperatura, como são os cromossomos? Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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