Você é do tipo que sente uma vontade irresistível de tirar uma sonequinha depois do almoço? Pois saiba que pode haver explicações genéticas para isso. Um estudo com dados do DNA de mais de 450 mil indivíduos, conduzido por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, identificou um grupo de 123 genes em comum entre os cochiladores. Além da frequência da soneca, fatores que poderiam influenciar o resultado, como o sedentarismo, foram levados em conta.
Os achados foram divulgados no periódico Nature Communications. Mas nem sempre o genoma explica sozinho a inclinação à sesta. “Algumas pessoas têm facilidade em pegar no sono de dia, mas, quando ele bate por falta de descanso à noite, é preciso procurar ajuda. Nesse contexto, o cochilo deixa de ser benéfico”, explica a neurologista Andrea Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono. A sonolência diurna pode indicar problemas como a apneia do sono.
Programe sua sesta
Se você pode e gosta, preste atenção nestas táticas para extrair o melhor da pausa à tarde:
Duração: Tente não ultrapassar 30 minutos. Depois disso, caímos em estágios mais profundos e despertamos mais cansados ao sermos arrancados deles.
Rotina: Nosso relógio biológico pede constância. Se possível, tire a soneca todos os dias em horários similares. Sentimos mais sono entre as 14 e as 15 horas.
Ambientação: Prepare o terreno reduzindo a exposição a luz e barulhos — máscaras e tampões de ouvido podem ajudar. O ambiente influencia muito o relaxamento.
Exceções: O cochilo dos idosos pode durar até 2h. Adolescentes também precisam de mais sono, entre nove e dez horas diárias, que podem ser dormidas de dia.
Cochilar melhora o desempenho cognitivo
Outra pesquisa recém-publicada, envolvendo 2,2 mil idosos chineses, constatou que os adeptos da sesta tinham índices superiores de desempenho cognitivo e memória. “A arquitetura cerebral se modifica com o passar da idade e o sono fica mais fragmentado. Então os mais velhos passam a ter necessidade de complementar o sono durante o dia com cochilos mais longos”, esclarece Andrea.
Tendência ao cochilo pode ser genética, aponta estudo Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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