A Lua parece grande, mas na verdade ocupa uma área minúscula do campo de visão, que o celular traduz fielmente na tela. Câmeras com zoom óptico e lentes de longa distância, as teleobjetivas, contornam esse problema. É assim que os fotógrafos profissionais fazem cliques tão bons do céu. É possível adquirir teleobjetivas para acoplar às câmeras de certos modelos – já deixamos avisado que a lente, além de custar algumas centenas de reais, é maior que o próprio smartphone.
Além do tamanho, há o problema da luminosidade. Nosso satélite natural é muito mais iluminado que o céu ao redor. Quando a regulagem automática do celular opta por deixar entrar pouca luz, os detalhes na superfície da Lua ficam bem definidos, mas o resto some. Com muita luz, as outras coisas no enquadramento aparecem, mas o satélite vira um borrão.
Smartphones mais sofisticados permitem que você regule a abertura para luz (determinada por uma peça chamada diafragma) – bem como o ISO, uma sigla que se refere à sensibilidade da CCD, a peça que capta a luz. Um ISO menor evita imagens granuladas. Na maior parte dos aparelhos, porém, a regulagem é automática, e não se dá muito bem com o céu noturno.
A luz das estrelas, por sua vez, é extremamente tênue. Para captá-la, não só é necessário abrir o diafragma um bocado como também permitir que a luz passe um bom tempo entrando na câmera (esse é o tempo de exposição, ou shutter speed, que é determinado por uma peça chamada obturador). Quanto maior o tempo de exposição, mas importante se torna o tripé, que mantém o aparelho estável para não borrar suas constelações.
Pergunta de @izabela_cristine_, via Instagram.
Fontes: Zoltan Levay, fotógrafo especializado em céu noturno, Ricardo Matsuzawa, da Universidade Anhembi Morumbi.
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