Em um novo estudo, pesquisadores suecos e dinamarqueses pediram a 130 pessoas que avaliassem várias imagens de maçãs. Obviamente, as com deformidades ficaram por último na ordem de preferência de consumo. E, mesmo após provarem uma versão perfeita, o gosto foi considerado horrível — só porque tinham acabado de ver a foto de uma maçã feia.
Para a nutricionista Neiva Souza, da VP Centro de Nutrição Funcional, em São Paulo, o resultado não é uma surpresa. “Todos os sentidos estão envolvidos no ato de comer, como visão, olfato e tato”, alega.
Mas ela ressalta que a estética não denota qualidade. “Não é uma imperfeição que afetará o sabor ou o balanço nutricional do alimento”, aponta. “Precisamos dessa consciência para evitar o desperdício.”
Dá para salvar?
No que prestar atenção antes de descartar o alimento:
- Observe a extensão da mancha e se há presença de fungos. Se estiverem dominando a fruta, melhor jogar fora mesmo.
- Caso o problema seja localizado, corte a área afetada e descarte-a. Se o alimento estiver íntegro por baixo e em volta, pode comer.
- Cabe diferenciar as manchas típicas da maturação, como as pintas da banana. Elas não são defeitos.
Alguns dados
- A ONU calcula que aproximadamente 1,3 bilhões de toneladas de alimentos são descartadas no mundo todos os anos.
- O Brasil aparece na relação dos 10 países que mais jogam comida fora no planeta.
- Uma família média brasileira desperdiça cerca de 130 kg de alimentos anualmente, segundo a Embrapa.
Fruta feia não é sinônimo de ruim Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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