quinta-feira, 31 de março de 2022

Pandemia: aumento da mortalidade reduz expectativa de vida dos brasileiros

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil viveu um momento histórico entre os anos de 1940 e 2019.

Durante esse período, a expectativa de vida no país cresceu 31,1 anos, passando de 45,5 anos, em 1945, para 76,6 anos, em 2019.

Também chamada de esperança de vida, a expectativa de vida diz respeito a uma estimativa de tempo que se espera que uma população viva. O número vinha crescendo nas últimas décadas, mas esse movimento foi interrompido devido a algo que mudou a vida de todos nós: a pandemia do coronavírus.

No início de março deste ano, o Brasil atingiu a lamentável marca de 650 mil mortos em decorrência da Covid-19. Como sabemos, o grupo dos idosos foi um dos mais atingidos. Somente entre pessoas com 90 anos ou mais, registramos mais de 43 mil óbitos, segundo dados disponíveis no portal da Transparência.

A pesquisadora Ana Amélia Camarano, do Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), relatou que o aumento da mortalidade causado pela pandemia tem, como consequência, uma forte redução da expectativa de vida.

+ Leia também: Maioria dos que sobrevivem à Covid-19 grave apresenta sintomas prolongados

Em 2019, um brasileiro tinha a expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos. Atualmente, a estimativa é de chegar aos 72,2 anos. Trata-se de uma queda de 4,4 anos, o que deve desacelerar o crescimento da população.

Se antes a queda da natalidade era uma das variáveis mais importantes no envelhecimento populacional, com a pandemia o cenário mudou: a mortalidade passou a ter maior destaque.

O resultado, ao se analisar os dados, é que, além de menos pessoas nascerem (a fecundidade vem caindo no Brasil nos últimos anos), tivemos mais mortes (inclusive maternas, o que aumenta a mortalidade de bebês).

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De acordo com a pesquisadora, entre os anos de 1980 e 2019 o brasileiro ganhou quatro meses por ano de expectativa de vida. Já entre 2019 e 2021, foram perdidos quatro meses por mês.

No entanto, se não fosse a vacinação, os números poderiam ser piores. Um estudo de 2021 da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) mostra que, com o avanço da imunização, foram salvas mais de 40 mil vidas de pessoas maiores de 60 anos em um intervalo de 14 semanas.

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Isso traz otimismo e nos permite compreender melhor como o país está progredindo em relação à longevidade.

Precisamos ser resilientes e seguir enfrentando a pandemia.

Hoje, estamos mais preparados para enfrentar o coronavírus, mas sabemos que os cuidados ainda são necessários. Zelar pela saúde nunca foi tão importante.

É possível chegar bem, mas temos de nos preparar para isso com hábitos saudáveis, imunização e informação!

 

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“O Império dos Sentidos”: arte ou pornografia? Os dois!

A prostituta japonesa Sada Abe (1905-1971) permaneceu deitada por quatro horas, com uma intensa sensação de leveza e tranquilidade, ao lado de seu parceiro sexual, o dono de restaurante Kichizō Ishida. Já seu amante não sentia nada. Ele estava morto. Tinha acabado de ser assassinado por Abe enquanto dormia. Estrangulado.

Essa é uma história real e aconteceu em maio de 1936. Os dois tinham um apetite sexual interminável: passavam semanas só transando e bebendo saquê o dia inteiro. Gostavam também de algumas perversões. Uma delas era a asfixia erótica, um estrangulamento intencional que, em algumas pessoas, aumenta o prazer do sexo em consequência da restrição da passagem de oxigênio para o cérebro – a mesma brincadeira perigosa que matou o vocalista da banda INXS, Michael Hutchence, e que é considerada um distúrbio mental pela Associação Americana de Psiquiatria.

Enciumada, porque Ishida se mantinha casado ao longo do seu relacionamento extraconjugal com ela, Abe aproveitou uma noite em que o amante dormia profundamente – à base de 30 comprimidos de sedativos – para uma última asfixia, dessa vez letal. Estrangulou o parceiro até a morte com uma faixa de pano e, horas depois, cortou seu pênis e testículos com um punhal afiado, guardando-os cuidadosamente numa capa de revista. Queria ter essas lembranças de seu amado para sempre, e fugiu do local com os “souvenirs” no kimono. 

Mas não deu certo. Sada Abe foi presa, condenada por assassinato e mutilação de cadáver, e seu crime ficou famoso, inspirando obras literárias e um dos filmes mais controversos da história do cinema: O Império dos Sentidos, do diretor japonês Nagisa Ôshima, artista que completaria 90 anos neste 31 de março (o cineasta morreu em 2013).

Lançado em 1976, o filme escandalizou o mundo com muitas cenas de sexo explícito hardcore, reproduzindo o romance pervertido de Abe e Ishida. Mas mais do que isso: os atores transaram de verdade diante das câmeras, nada era simulado, e isso numa obra de real qualidade artística – foi, por exemplo, o longa-metragem recordista de exibições no prestigioso Festival de Cannes: passou 13 vezes numa única edição do evento. 

Bom, o que não faltava era novidade para o público adepto do cinema de arte. O Império dos Sentidos foi o primeiro filme de um cineasta conhecido, e fora do circuito pornô, a mostrar um pênis ereto e sequências de sexo oral. 

Em uma cena marcante, um ovo cozido é colocado dentro da vagina da protagonista, para depois ser “botado” e colocado na boca de seu amante. Em outra sequência, há uma orgia em que várias prostitutas dominam uma jovem e a violentam com um consolo em forma de pássaro.

Para se ter uma ideia da ousadia de Ôshima, até hoje filmes realmente pornográficos no Japão não exibem genitálias, pixelando ou borrando vaginas e falos nas cenas. Não à toa, O Império dos Sentidos foi censurado em sua terra natal e em muitos outros países. No mínimo, passavam uma versão com cortes. Os distribuidores não queriam expor seu público ao rala e rola e nem a diálogos como este:

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O amante: “Eu tenho de fazer xixi. Tudo bem por você?

Sada: “Não precisa sair para isso. Faça aqui mesmo”.

O amante: “Aqui onde?”.

Sada: “Dentro de mim. Bem gostoso e quentinho”.

Sobrou para a atriz

Claro, tanta liberdade artística e sexual não passaria impune. Nagisa Ôshima foi processado por obscenidade no Japão quando publicou em livro o roteiro do filme. E a repercussão do longa também reforçou a tradição machista que vigora ainda no país. 

Eiko Matsuda, a atriz que interpretou Sada Abe, foi hostilizada publicamente pelas sequências de sexo. Sofreu tanto bullying que acabou se mudando para a França e abandonou a carreira no cinema, já que simplesmente não conseguia mais convites para atuar. Já o ator Tatsuya Fuji, seu parceiro de cena, não teve problemas em exibir o corpo: continuou recebendo papéis e atua até os dias de hoje – seu último filme é de 2019. 

Apesar dos problemas com a censura, O Império dos Sentidos fez sucesso de crítica e marcou a história da arte ao trazer elementos dos filmes pornográficos para o cinema de primeira linha. Em seu longa seguinte, porém, Nagisa Ôshima resolveu pegar mais leve: dirigiu Furyo: Em Nome da Honra (1983), que traz David Bowie no papel de um prisioneiro de guerra nas mãos do exército japonês durante a Segunda Guerra Mundial.

E aí tudo bem para os censores… Guerra pode, sexo não.

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Anvisa aprova uso emergencial do antiviral Paxlovid contra a Covid-19

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial do antiviral Paxlovid, da Pfizer, contra o coronavírus. O medicamento é indicado nos primeiros dias de sintomas, somente para indivíduos em alto risco de desenvolver quadros graves de Covid-19

Entram na lista de indicações indivíduos com o sistema imunológico comprometido, idosos e portadores de certas comorbidades, como câncer e doenças renais. Para indivíduos jovens e saudáveis, o remédio não é necessário porque a doença tende a se resolver sozinha na grande maioria dos casos – em especial com o advento das vacinas

O Paxlovid é o primeiro comprimido aprovado no país para ser usado nos primeiros dias de sintomas. Ou seja, um tratamento precoce. Era uma fase da doença para a qual não tínhamos opções eficazes, com exceção dos anticorpos monoclonais, que são caros e devem ser aplicados via infusão intravenosa. 

Pode chegar nos próximos meses, ainda, o antiviral molnupiravir, da Merck, que havia sido pensado originalmente contra o vírus ebola. Ele também demonstrou bons resultados em estudos e está em análise pela Anvisa.

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Como funciona o Paxlovid 

Ele é uma combinação de dois princípios ativos,  o nirmatrelvir e o ritonavir. O primeiro já era testado contra a Sars, parente do Sars-Cov-2, e o segundo utilizado no tratamento das infecções por HIV e hepatite C. 

+ Leia também: Remédios contra Covid-19: o que funciona e o que é melhor deixar para lá

A nova molécula é da classe dos inibidores da protease, enzima acionada pelos vírus para eles se replicarem. Quando o patógeno entra no organismo, sequestra nossas células para fazer cópias de si mesmo. É isso que causa a doença e seus sintomas. 

O que os antivirais em geral fazem é interromper algum dos mecanismos usados pelo vírus no processo – nesse caso, a ação da enzima protease. 

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O estudo de fase 2/3 que confirmou a eficácia do medicamento avaliou 2,2 mil pacientes não vacinados, considerados de alto risco para Covid-19 grave. Os voluntários foram divididos em dois grupos, metade tomando placebo, metade tomando o comprimido. 

Foram administrados três comprimidos, duas vezes ao dia, durante cinco dias. No fim da análise, quem tomou Paxlovid apresentou uma redução de 89% no risco de hospitalização ou morte relacionado à doença em comparação com o pessoal do placebo. Os achados foram publicados no respeitado New England Journal of Medicine.

Mas atenção: a medicação só tem efeito nos primeiros dias de sintomas, quando o problema é a replicação do vírus em si. Quando o quadro já se agravou e a tempestade inflamatória está instalada, o foco do tratamento passa a ser controlar o sistema imune do paciente.

Paxlovid tem a mesma ação da ivermectina? 

Nos últimos meses, tem circulado nas redes sociais uma fake news dizendo que o Paxlovid e o molnupiravir funcionariam da mesma maneira que a ivermectina. Mas os novos remédios têm mecanismos de ação diferentes dos do antiparasitário, comprovados por estudos. 

Como vimos, o Paxlovid foca na enzima protease, produzida pelo coronavírus e outros agentes virais. Já o molnupiravir insere erros no código genético do patógeno. A ivermectina até foi testada como inibidora da protease do Sars-Cov-2, mas não se saiu bem fora dos trabalhos em células isoladas

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Aliás, recentemente saiu outra prova de sua ineficácia. O estudo, conduzido por brasileiros e também publicado no New England Journal of Medicine, é considerado um dos maiores sobre o tema. Foram analisados mais de 1,2 mil pacientes em alto risco de Covid-19 grave, metade tomando ivermectina, metade tomando um placebo. 

Mais uma vez, o fármaco não demonstrou nenhum efeito em impedir o agravamento ou acelerar a recuperação dos infectados. 

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Março borgonha: fique atento aos sinais do mieloma múltiplo

Março borgonha é o mês de conscientização para o mieloma múltiplo, um tipo de câncer hematológico (do sangue), do qual também fazem parte leucemia e linfoma.

Entre os três, ele é o segundo com mais ocorrências no mundo, mas ainda é uma doença rara. Portanto, seus sintomas podem ser confundidos com outros males, mais comuns.

“É preciso que o conhecimento da doença chegue a outras especialidades, como os ortopedistas, nefrologistas. Pela falta dele, o indivíduo acaba levando muito tempo para chegar ao hematologista ou oncologista que dará início o tratamento”, defende o médico Angelo Maiolino, professor de hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Uerj) e vice-presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).

Uma pesquisa feita pela farmacêutica Sanofi ouviu 1 500 pessoas em todo o país no fim de 2021 e constatou que 10% da população conhece alguém que teve mieloma múltiplo. Entre suas vítimas recentes, estão o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor e a jornalista Cristina Lôbo.

O que é mieloma múltiplo

A doença acomete regiões do corpo onde a medula óssea, estrutura que fica dentro de alguns ossos, é ativa. A medula óssea é o local onde se fabrica nossas células sanguíneas. Entre elas, estão os glóbulos brancos, que fazem parte do nosso sistema imunológico.

O mieloma ataca diretamente os plasmócitos, um tipo de glóbulo branco. No lugar da célula saudável, surgem células malignas que se proliferam e passam a produzir anticorpos anormais, conhecidos como proteína M.

“A doença faz a medula produzir um anticorpo sem função, que vai prejudicar o organismo do indivíduo, deixando-o mais suscetível a doenças”, explica Maiolino.

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Com o câncer já manifestado, 70% das pessoas podem ter uma lesão óssea, e ainda dores, fraturas, anemia. Cerca de 30% dos diagnosticados sofrem de insuficiência renal.

O mieloma é chamado de múltiplo porque provoca lesões em diversas partes. Entre os locais mais comuns, os ossos da coluna vertebral, crânio, pélvis, caixa torácica e áreas ao redor dos ombros e quadris.

Pode ocorrer dele atingir apenas um ponto: os médicos chamam tecnicamente de plasmocitoma ósseo solitário.

Incidência

O mieloma múltiplo é considerado um tipo raro de câncer no sangue. Ele acomete, aproximadamente, 750 mil pessoas ao redor do mundo.

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que há cerca de 4.560 casos anuais, com uma taxa de incidência de 2,1 casos por 100 000 habitantes na população geral. Cerca de 60% dos óbitos ocorrem em pessoas entre 60 e 79 anos.

Há dados sobre o possível aumento de casos em outras faixas etárias.

“Há casos entre jovens, mas eles demoram para ser diagnosticados porque os médicos não pensam em mieloma. Nos Estados Unidos, 35% dos pacientes com mieloma descobrem a condição com os exames de rotina. Aqui, esse número é mínimo: cerca de 95% dos brasileiros são diagnosticados em estágio avançado”, avalia Christine Jerez Telles Battistini, presidente e fundadora da International Myeloma Foundation na América Latina (IMF LA), entidade que apoia pacientes e mantém a campanha “Conheça o Mieloma Múltiplo”.

Para hematologistas, no entanto, os números entre os mais jovens podem ter aumentado justamente porque as equipes de saúde estão mais atenta aos sinais. “O risco não aumentou, mas médicos que detectam insuficiência renal em uma pessoa jovem agora suspeitam do mieloma e pedem os exames”, exemplifica Maiolino.

Diagnóstico

Não existe uma política de rastreamento do mieloma, como a mamografia para o câncer de mama. A investigação começa em geral a partir dos sintomas ou de alterações sanguíneas. As primeiras suspeitas podem vir de um hemograma, e há um exame de sangue simples que já aponta alterações, a eletroforese de proteínas séricas.

Também estão no rol diferentes tipos de exame de urina, a biópsia da medula-óssea (feita com anestesia local), radiografia óssea, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Fatores de riscos

O problema não está relacionado diretamente com uma condição de saúde ou hábitos de estilo de vida. “Não dá para associar diretamente como fazemos com o cigarro e o câncer de pulmão”, afirma o hematologista Marco Aurélio Salvino, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Entretanto, a obesidade é um fator risco citado por alguns especialistas, o que pode ter a ver com o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados.

Contato com agrotóxicos ou produtos tóxicos, como o benzeno (que é encontrado na evaporação da gasolina) e as dioxinas (usadas pela indústria para branquear objetos e que fazem parte da receita de alguns agrotóxicos) são possíveis causas.

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Há uma porcentagem de casos entre familiares, mas eles são considerados raros, por isso médicos não entendem o mieloma uma doença genética.

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Sintomas e sinais

Em 70% dos pacientes, os sintomas mais comuns de mieloma múltiplo são dores nas costas ou nos ossos.

“Nas campanhas, falamos sempre que dores nas costas persistentes nem sempre são só um problema na coluna. Pode ser mieloma, pode não ser. Melhor tirar a dúvida”, reforça Christine.

Fraturas, fadiga persistente, distúrbios no sistema nervoso e infecções recorrentes e inexplicáveis estão entre outros sinais apontados.

Estágios da doença

Mieloma latente: ainda não há sintomas, mas os exames aparecem com alteração. Em algumas pessoas, a doença pode não evoluir. Protocolos indicam que não há necessidade de tratamento, mas há estudos que recomendam a ação do médico. “A doença pode ficar assintomática por anos”, esclarece Maiolino.

Estágio 1: há poucas células de mieloma no corpo, pouco ou quase nenhum dano nos ossos, com alguns exames ligeiramente desequilibrados.

Estágio 2: começam a aparecer as células cancerígenas.

Estágio 3: células malignas já se multiplicaram, e o câncer destruiu três ou mais áreas ósseas. Nessa fase, o sistema imunológico está debilitado. Há excesso de cálcio no sangue,porque os ossos danificados liberam esse nutriente, e os rins são afetados pelo desequilíbrio.

Prevenção

Não há uma política de prevenção desse tipo de câncer justamente pelas causas não serem tão claras. Viver bem é a receita para reduzir riscos de desenvolver qualquer tipo de doença, inclusive os tumores.

“Sempre digo que é melhor escolher aquela comida que a sua avó ou bisavó comeriam em sua rotina. Quanto mais natural, melhor”, sugere Christine.

Tratamento

O combate do mieloma múltiplo melhorou bastante. A sobrevida, que era de dois anos, aumentou para até 14 anos, relata Salvino.

A quimioterapia, tipo mais agressivo de tratamento, está sendo substituída por novas abordagens. Hoje o manejo é mais customizado, e podemos usar medicamentos de terapia-alvo (que miram exclusivamente nos tumores, provocando menos efeitos colaterais), como os anticorpos monoclonais e a imunoterapia.

Uma grande conquista foi a aprovação recente pela Anvisa da terapia de células CAR-T para esse tipo de câncer. ““Ele trata um perfil de pacientes cujas opções eram escassas e a média de sobrevida era de meses. Agora, eles contam com uma terapia que apresenta taxas de remissão completa, com índices de resposta entre 80% e 90%. É um marco muito importante”, afirma Salvino.

O desafio é fazer essas novidades chegarem ao sistema público de saúde. “A expectativa de vida melhorou para quem tem acesso à rede privada. Ainda precisamos avançar muito em relação a esses protocolos”, lamenta Christine.

O vice-presidente da ABHH concorda. “Temos medicamentos revolucionários de custo expressivo, mas que fazem muita diferença na qualidade e expectativa de vida do indivíduo. Com eles, possível controlar a doença, como se faz com o diabetes”, afirma Maiolino.

Transplante de medula óssea

Também pode fazer parte do tratamento um transplante de medula-óssea do tipo autólogo. “É o carro-chefe do tratamento, considerado seguro, eficaz e está disponível no sistema público”, afirma Salvino.

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Nesse tipo específico de transplante, o doador recebe uma medicação que induz as células da medula óssea a entrarem na corrente sanguínea, sem a necessidade de sedação nem anestesia. Uma máquina filtra o material para retirar as células-tronco saudáveis [que dão origem a novas células] e o paciente as recebe como em uma transfusão de sangue.

Antes, é necessário passar por sessões de quimioterapia para atacar as células malignas.

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Não perca suas memórias para sempre!

Nós somos aquilo de que nos lembramos, e boa parte de nossas fotos e vídeos queridos, além de outros arquivos, não está armazenada apenas no nosso cérebro, mas também em dispositivos digitais. Computadores de mesa, notebooks, tablets e smartphones contêm fotos, vídeos, músicas, mensagens e arquivos, pessoais ou profissionais.

Mas dispositivos digitais não duram para sempre. Quebram, têm panes. Por exemplo, eles podem sofrer uma queda da mesa para o chão, ou uma xícara de café que vira sobre o aparelho, ou uma criança pode resolver brincar com o equipamento, e segundos depois, tudo se foi. Acontece bastante: 60 milhões de computadores quebram todos os anos no mundo e 200 000 smartphones são perdidos.

Memória prejudicada

Números que comprovam: as pessoas subestimam a importância dos backups

30% das pessoas nunca fizeram um backup1

113 celulares são perdidos ou roubados a cada minuto2

29% das perdas são acidentais3

1 em cada 10 computadores são infectados com vírus a cada mês4

Fontes:

  1. Backblaze – State of Backups 2021.
  2. Kensington Study, 2013.
  3. Ponemon Institute, 2013.
  4. Dataprot, Malware Stat. 2021.

Não precisa ser assim. O backup pode ser realizado em dispositivos portáteis, sem depender nem mesmo de conexão de internet – ou demandar pagamentos mensais, como os serviços em nuvem. Com os HDs externos, seus arquivos podem ser replicados e armazenados em um backup.

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Nem é difícil manter o backup. Basta deixar atualizações programadas com antecedência, e ele vai acontecer enquanto você gera outras memórias. Essa é a proposta do Dia Mundial do Backup. O evento global – e anual – acontece todo dia 31 de março, desde 2011. O objetivo é lembrar a importância de ter um plano B para garantir uma cópia de segurança dos seus dados, constantemente atualizados.

“Num cenário em que quase tudo é digital, não é seguro viver sem armazenar as memórias mais importantes em um dispositivo de backup”, diz Alexandre Jannonni, country manager da Western Digital, uma das mais antigas empresas do mundo da computação – fundada em 1970 e que criou diversas soluções oferecidas por meio do seu portfólio de marcas, incluindo SanDisk®, WD® e WD_BLACK™.

A empresa participa este ano do Dia Mundial do Backup, para ajudar a conscientizar as pessoas, com o lema “Memórias feitas, memórias salvas”, com foco no HD Externo WD My Passport. “É um produto pronto para uso”, descreve Jannonni, “com design elegante, que funciona também com computadores Chromebook™, PCs Windows® e Mac. O HD é acompanhado por um software de backup automático e pode ser configurado com proteção por senha via criptografia integrada pelo hardware AES de 256 bits”, explica Jannonni.

Convencido? Basta seguir quatro passos simples para preservar suas memórias.

1. Liste os documentos mais importantes: selecione aquilo que você realmente quer preservar. Considere que, às vezes, várias versões de um mesmo arquivo são criadas e provavelmente não há necessidade de salvar todas.

2. Escolha o melhor tipo de armazenamento: saber quantos dados você possui e que espaço eles ocupam ajuda a tomar essa decisão. Existem diferentes opções, desde as unidades de memória flash, como SSDs, cartões de memória e pendrives, até HD externo, armazenamento de rede ou, em nível mais elevado, data centers. O HD Externo WD My Passport está disponível em capacidades de 1 TB, 2 TB e 4 TB*.

3. Defina a periodicidade do backup: realize a cópia de todos os seus arquivos. Depois, faça o backup a cada nova alteração relevante, ou sempre que precisar. Use também as soluções de backup automático, que só necessitam de uma configuração inicial e repetirão o processo na programação que você escolher.

4. Relaxe! Seus dados estão seguros em mais de um dispositivo.

O que você está esperando? Aproveite a data e faça já seu backup!

* 1 TB = 1 trilhão de bytes. A capacidade real do usuário pode ser menor dependendo do ambiente operacional.

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O aquecimento global e os perigos do aumento da temperatura corporal

O planeta Terra está literalmente derretendo nos últimos anos. Devido ao aquecimento global, inúmeras catástrofes naturais, como enchentes, tempestades e incêndios, têm sido mais frequentes, enquanto a infraestrutura dos países se mostra cada vez mais frágil.

Paralelamente, sabemos que as altas temperaturas exercem um impacto importante no bom funcionamento de órgãos como coração, cérebro, rins e fígado. As ondas de calor pelo globo e os meses de verão em países tropicais como o nosso acarretam uma elevação da temperatura corporal, que pode atingir níveis próximos de 40 ºC.

Nosso sistema nervoso tem a capacidade de perceber essas variações térmicas, como se tivéssemos um termômetro interno. A questão é que, apesar dos avisos constantes de temperatura central elevada, chega um momento em que o organismo passa a se ressentir.

Estudos indicam que, considerando uma temperatura central do corpo em torno de 33 ºC, com as mudanças climáticas cerca de 508 milhões de pessoas terão de enfrentar um acréscimo de 1,5 ºC, 789 milhões apresentarão um aumento de 2 ºC e 1,2 bilhão deverão vivenciar uma elevação de 3 ºC na temperatura corporal nos próximos anos.

Essa hipertermia é capaz de gerar um processo inflamatório sistêmico, fenômeno que pode evoluir para complicações como falência renal e disfunções respiratórias, circulatórias e neurológicas. Temos um quadro que chamamos de rabdomiólise, uma lesão muscular provocada pelo calor excessivo que faz liberar no sangue uma enorme quantidade de mioglobina. Esta é uma proteína que prejudica a filtração sanguínea pelos rins, contribuindo para a insuficiência renal.

Outra repercussão significativa da hipertermia corporal são distúrbios de coagulação, que chegam a ocorrer em 50% dos casos.

Temperaturas exacerbadas são um perigo tanto durante a prática de exercícios como no repouso. O calor acima do normal propicia estresse físico prolongado, contração muscular fora de controle e maior resposta inflamatória.

Um aspecto interessante é que cada vez mais os casos de hipertermia corporal têm sido diagnosticados em grupos de pessoas que executam menos atividades físicas intensas, como crianças e idosos. Especialmente entre eles, o quadro pode levar à hospitalização em razão da desidratação profunda e maior suscetibilidade a infecções.

+ LEIA TAMBÉM: Planeta com febre: como o aquecimento global mexe com a nossa saúde

Um dos desafios atuais para a ciência é detectar precocemente os casos de sobrecarga térmica. Os pesquisadores buscam, por exemplo, biomarcadores identificados por exames de sangue que podem apontar as disfunções orgânicas associadas a essa condição, permitindo que medidas de contenção sejam prontamente implementadas.

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Um marcador já usado na prática clínica pensando na coagulação e quem tem sido investigado no contexto da hipertermia é o D-dímero, proteína dosada no sangue.

Para remediar um caso de hipertermia corporal, costumamos recorrer a uma hidratação rigorosa, técnicas de resfriamento, uso de anti-inflamatórios e anticoagulantes etc. A ideia é repor as perdas de água excessivas e diluir a quantidade expressiva de toxinas e substâncias inflamatórias circulantes.

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No início do ano, um estudo da Universidade Duke, nos Estados Unidos, propôs algumas questões acerca do impacto do aumento da temperatura corporal na saúde das pessoas. O trabalho argumenta justamente que precisamos entender melhor o que facilita a disfunção orgânica nesse cenário, como podemos intervir na inflamação e nas alterações de coagulação e a necessidade de buscarmos biomarcadores da severidade da sobrecarga térmica.

Os efeitos deletérios das mudanças climáticas certamente irão comprometer a qualidade de vida destas e das futuras gerações. O problema provavelmente mais direto do aquecimento global será justamente a sobrecarga térmica (e seu rol de consequências). É fundamental, portanto, que políticas públicas sejam estabelecidas para proteger os grupos mais frágeis e vulneráveis a complicações, além das medidas ambientais.

* Edmo Gabriel é cardiologista e cirurgião cardíaco, professor universitário, palestrante e consultor científico 

 

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quarta-feira, 30 de março de 2022

Biossimilares, uma solução eficaz, segura e mais acessível aos brasileiros

Entre tantas doenças que atingem a população brasileira, quero chamar a atenção para duas classes delas, ambas beneficiadas com a expansão dos medicamentos biossimilares no país. Para quem não sabe, biossimilares são fármacos biológicos altamente semelhantes às medicações de referência e desenvolvidos com a mesma complexidade e finalidade das moléculas originais.

O primeiro grupo é o das enfermidades reumáticas, que comporta mais de 120 males que podem acometer as juntas, os ossos, as cartilagens, os músculos, além de ter repercussões na pele e em outras regiões do corpo. É o caso da artrite reumatoide, por exemplo. Seu tratamento tem causado um forte impacto no sistema de saúde brasileiro.

Avaliando um levantamento do Datasus, do período fechado entre setembro de 2019 e agosto de 2020, mais de 100 pessoas foram diariamente internadas em hospitais ligados à rede pública com sinais e sintomas compatíveis com alguma dessas doenças.

O outro grupo é o das doenças inflamatórias intestinais (DII), que compreendem principalmente a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), a prevalência das DII no país pode variar entre 12 e 55 casos para cada 100 mil habitantes, dependendo da região e do estudo epidemiológico.

Tanto essas condições como as doenças autoimunes reumatológicas são importantes em termos de abrangência e no que diz respeito ao impacto na qualidade de vida dos pacientes. E, entre os tratamentos disponíveis para o seu controle hoje, contamos com os biossimilares.

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Eles são uma alternativa econômica que amplia o acesso à população, uma vez que propiciam uma redução de preço que pode chegar a 50% na comparação com os produtos de referência.

O Brasil conta atualmente com mais de 30 medicamentos biossimilares registrados e aprovados na Anvisa. A adoção desses fármacos vem demonstrando uma efetiva economia de recursos, que permite não só a manutenção de tratamentos como investimentos em outras frentes, tanto no âmbito público quanto no privado.

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Os biossimilares são fruto de uma tecnologia eficaz, respeitam todos os padrões de pesquisa e segurança e se mostram mais acessíveis ao controle de doenças em nível global. No Brasil, já temos percebido um grande aumento no volume de negociações desses produtos junto às operadoras de saúde verticalizadas e a órgãos municipais, estaduais e federais.

O sistema está entendendo que essa é uma matemática positiva para todas as partes envolvidas. Sobretudo para o cidadão que depende do maior acesso ao tratamento.

* Michel Batista é farmacêutico e gerente sênior de Negócios da Celltrion Healthcare no Brasil

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Relatório aponta vantagens de tributar produtos não saudáveis

A organização não governamental ACT Promoção da Saúde acaba de publicar um documento no qual revela como o aumento de impostos em cima de bebidas e alimentos não saudáveis tem impactos positivos em diversas frentes.

Para ter ideia, além de nos proteger individualmente — reduzindo o risco de obesidade e outras doenças crônicas —, a medida gera mais economia aos países, um dinheiro que pode ser distribuído em serviços de saúde e programas sociais.

Fora isso, a indústria é incentivada a lançar produtos mais balanceados. Como define o relatório, é uma “política de ganha-ganha-ganha”.

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Vírus Epstein-Barr pode estar por trás da esclerose múltipla

Depois de anos de investigação, um estudo vem apontar o dedo para a íntima relação entre o vírus Epstein-Barr e a esclerose múltipla, doença neurodegenerativa capaz de gerar fadiga crônica e prejuízos à visão e à locomoção.

A análise envolveu dados de 10 milhões de militares americanos em um período de 20 anos. Conclusão: depois do contato com o patógeno, explodia o risco de ser diagnosticado com a condição.

“A teoria é que a ação do vírus em nosso genoma interfira no sistema imune, favorecendo a agressão do próprio corpo ao cérebro”, explica o neurologista Mateus Boaventura, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

A expectativa é que, no futuro, vacinas possam deter o agente e reduzir o risco da esclerose múltipla.

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O Epstein-Barr

Vírus é extremamente comum:

  • O que ele causa?
    Provoca a doença do beijo, ou mononucleose, que atinge mais jovens e dá dor de garganta, inchaço nos gânglios, tosse e perda de apetite.
  • Como é transmitido?
    Pela saliva, e é bem difícil não pegar. Estima-se que 95% das pessoas tenham tido contato com ele alguma vez na vida.
  • Sempre dá sintomas?
    Não, mas o novo estudo revela que o risco de esclerose múltipla (EM)é maior entre quem chegou a desenvolver manifestações da infecção.
  • Ele provoca EM?
    Aqui cabe uma ponderação: a doença é multifatorial. O vírus atuaria como um gatilho em pessoas geneticamente suscetíveis a ela.

Aplicativo apoia a rotina de quem tem a doença

Estima-se que 40 mil brasileiros convivam com a esclerose múltipla. Embora ela seja progressiva e não tenha cura, o diagnóstico e o tratamento adequado são capazes de amenizar crises e retardar a piora do quadro.

Medicamentos e sessões de fisioterapia são fundamentais, mas o monitoramento constante dos próprios sintomas também é importante para detectar cedo algum sinal de atenção.

Aí que entra o Cleo, aplicativo de celular gratuito criado pela Biogen, agora disponível no país. No programa, o usuário tem acesso a conteúdos sobre a doença e o tratamento e mantém um registro do humor e das condições de saúde. E depois pode dividir tudo com o médico.

Informações do app podem ser compartilhadas com o médico.Ilustração: SAÚDE/SAÚDE é Vital
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Como a tecnologia está humanizando a medicina

Há quem diga que as novas tecnologias estão esfriando as relações. Para essas pessoas o home office e as reuniões realizadas por videoconferência, entre outras situações, distanciaram os colaboradores. Pode até ser verdade, mas, quando se trata da saúde, as ferramentas e inovações estão transformando o relacionamento entre médico e paciente, e para muito melhor.

O teleatendimento, por exemplo, tornou essa interação menos formal e aproximou ambos os lados. Realizada no ambiente do próprio paciente, a consulta deixa a pessoa mais à vontade para se expor. Além disso, o recurso permite que o profissional possa entender a realidade daquele que está sendo atendido, compreender o contexto em que vive e sua realidade.

“Tudo isso colabora para estreitar o vínculo com o médico e a confiança nele. Podemos dizer que é o retorno do antigo médico de família, um profissional que acompanhava todo o histórico do paciente e conhecia suas queixas e problemas de longa data”, diz Andrey Abreu, gerente de sistemas da MV, empresa líder em desenvolvimento de softwares para o setor da saúde.

Andrey Abreu, gerente de sistemas da MV SaúdeDivulgação/Divulgação

Ele explica, ainda, que essa relação mais próxima impacta positivamente a medicina preventiva porque reduz as idas aos hospitais – muitas vezes desnecessárias e, pior, que oferecem risco de infecções e outros problemas.

“A tecnologia aproxima as pessoas em todo o mundo. A telefonia, por exemplo, proporcionou a maior inclusão social da história da humanidade. Acreditamos que os recursos digitais farão o mesmo ao conectar os locais mais distantes aos serviços e profissionais da saúde. No Brasil, um país com dimensões continentais e grandes dificuldades de acesso, eles se tornam ainda mais relevantes”, conta Paulo Magnus, CEO da MV, que ainda destaca a dificuldade das grandes fontes pagadoras em suportar os custos elevados com a saúde. “A tecnologia pode ajudar tanto a reduzir esses custos como a aumentar a expectativa de vida. Por isso, somos dedicados à transformação digital na saúde.”

Com quase 35 anos de mercado, a healthtech oferece tecnologias que facilitam a rotina de todo o sistema da saúde e, por meio de soluções digitais, facilita o dia a dia de médicos e pacientes.

“Na última década buscamos entender como outros países, como Estados Unidos e Israel, estavam olhando para as tecnologias e aproximando as pessoas no sistema de saúde e, a partir dessas constatações, fomos construindo e unificando as nossas plataformas”, explica Magnus.

Paulo Magnus, CEO da MV SaúdeDivulgação/Divulgação

Tecnologias a favor da saúde

Para oferecer soluções que promovam uma visão integral da saúde, tanto do lado do paciente quanto do lado do médico, a MV vem investindo em inovação e tecnologia de ponta.

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Magnus destaca o lançamento, em 2020, do Command Center, a central de monitoramento de hospitais e serviços de saúde 100% automatizada que consegue acompanhar todo o desenrolar das atividades dentro do serviço de saúde, desde o atendimento médico de um paciente na UTI até os processos relacionados ao faturamento e contabilidade. “É o Big Brother na assistência da saúde.”

A MV conta, ainda, com o Personal Health, um aplicativo voltado ao paciente que permite a inserção de dados como seus hábitos diários e sua pressão arterial, consultas e exames agendados e realizados, inclusive respectivos resultados.

Outra inovação da MV que vem transformando o ecossistema da saúde é a plataforma Global Health, que integra todo o histórico clínico do paciente e demais dados fornecidos pelo app Personal Health, para que o médico possa monitorá-lo, mesmo a distância. “Através da plataforma o profissional consegue, por exemplo, interferir na rotina do paciente, alertar que não tomou determinado medicamento, observar o aumento da pressão e investigar o que pode ter ocorrido. Tudo isso praticamente em tempo real”, conta Abreu, que ressalta a importância dessa ferramenta para fortalecer o vínculo de confiança e transparência.

O Global Health disponibiliza, ainda, ferramentas de gestão e automação do consultório que ajudam o dia a dia do médico, seja no agendamento de consultas, no check-in ou em outras atividades.

Barreiras a romper

Segundo o gerente de sistemas da MV, é importante que, no processo de digitalização da saúde, as informações capturadas por meio da consulta, do prontuário eletrônico ou da ficha de anamnese do paciente sejam cruzadas com uma série de dados históricos não só do paciente em si, mas também do seu perfil. “Cada vez mais o processo de diagnóstico e avaliação do estado de saúde do paciente vem recorrendo ao uso de prontuários, estatísticas e inteligência artificial”, explica.

Porém ainda há um longo caminho a percorrer e entre os principais obstáculos para a implementação de novas tecnologias no sistema de saúde está a resistência à interoperabilidade, ou seja, a integração de informações sobre o paciente em todas as instituições. “Cerca de 220 000 médicos utilizam nossas plataformas. Porém, quando esse profissional vai do hospital A para o hospital B, ele não consegue acessar os dados de um lugar para o outro. É preciso gerar soluções para que as ferramentas se integrem”, salienta o CEO da MV.

Outra barreira a ser enfrentada é a legal. “Há a questão da LGPD, mas quando a gente traz esses dados através de estatística, e não de forma nominada, eles podem ser utilizados como apoio em uma decisão clínica baseada não apenas na opinião do médico, mas também considerando um conjunto infinito de dados relacionados a situações semelhantes. É a tal da segunda opinião, que os pacientes costumam buscar, só que de uma forma tecnológica”, explica Abreu.

É importante, ainda, que o paciente entenda que não há problema em compartilhar seu prontuário e demais dados. “Seria o conceito do open banking adaptado para um open health. É preciso esclarecer que a tecnologia é essencial para apoiar a transformação da saúde, de forma que possamos transitar de um modelo para outro, sem perder a essência do cuidado pessoal, mas trazendo ganhos importantes, como a agilidade, rapidez e segurança no diagnóstico”, diz o gerente de sistemas da companhia.

MV – Mais Valor para a Saúde

Para celebrar seus 35 anos e consolidar a saúde digital no Brasil, a healthtech acaba de lançar uma nova identidade visual e novo posicionamento. Entre as novidades está a renovação do seu logo – ele acompanha a evolução da empresa e foi desenvolvido com base nos resultados da pesquisa que culminou com o slogan MV – Mais Valor para a Saúde. Entre as mudanças, a marca destaca aspectos fundamentais para a companhia, como pioneirismo, empreendedorismo, inovação e o reconhecimento da empresa no segmento, além do amplo portfólio de produtos que agregam valor a toda a cadeia que compõe o sistema de saúde.

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Mudança em lei pode aumentar quantidade de agrotóxicos que chegam à mesa

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6 299/2002, que propõe uma nova regulamentação à produção e venda de agrotóxicos.

O texto, que agora segue em tramitação no Senado, preocupa especialistas em saúde e alimentação porque pode flexibilizar ainda mais o registro de novos defensivos agrícolas no país. Desde 2008, o Brasil é o país que mais consome produtos com agrotóxicos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Por aqui, há permissão para uso de substâncias já banidas em outros países. Para complicar, ocorre venda ilegal de compostos proibidos. Não à toa, os traços desses produtos chegaram até aos alimentos ultraprocessados — biscoitos, salgadinhos, bebidas e companhia.

Em excesso (e com pouca fiscalização) os agrotóxicos podem fazer mal à saúde tanto de quem os consome quanto de quem os manipula. Segundo o Inca, o consumo frequente de água e alimentos contaminados pelos defensivos agrícolas pode favorecer o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Quem trabalha diretamente com esses compostos está sob maior risco.

Nos últimos três anos, a situação piorou. Utilizando brechas na lei, foram aprovados cerca de 1.500 novos produtos. “Hoje libera-se mais de um agrotóxico por dia. Por que é preciso ter mais celeridade? Esta é a primeira questão a ser levantada sobre esse projeto”, questiona José Pedro Santiago, engenheiro agrônomo e conselheiro do Instituto Brasil Orgânico.

A fiscalização também foi abandonada. Há dois anos, deixou de ser publicado o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), criado em 2001 com o objetivo de avaliar continuamente os níveis de resíduos químicos nos vegetais que chegam à mesa do consumidor.

O último documento foi divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2020. Na época, entraram na análise 4 616 amostras de 14 alimentos. Desse total, 23% foram consideradas insatisfatórias, pois ultrapassavam o limite máximo permitido de resíduos.

Principais polêmicas do projeto

1. Agrotóxicos passam a ser chamados de pesticidas

O termo agrotóxico foi citado pelo engenheiro agrônomo Adilson Paschoal no livro “Pragas, agrotóxicos e a crise ambiente – problemas e soluções”, de 1979 e é usado pela Constituição Federal para categorizar esses produtos.

“Fazer a mudança não é apenas um eufemismo, é um equívoco. O uso do termo chama a atenção para o que é real. Os pesticidas, como diz o nome, matam pestes. Os agrotóxicos até podem eliminar as pragas, mas também intoxicam os seres humanos”, explica Rafael Arantes, nutricionista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

A troca de nomes tira a carga de alerta que é importante para toda a cadeia que utiliza ou tem contato com esses produtos químicos, avaliam especialistas.

+ Leia também: Alimentos orgânicos contra o câncer: vale a pena investir?

2. Aprovação unilateral

Atualmente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) dá o aval sobre a eficácia do defensivo. No entanto, dado o grau de complexidade da categoria, sempre fizeram parte da análise o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que mede os impactos ambientais, e o Ministério da Saúde, que controla a quantidade de resíduos tóxicos que vão parar na mesa (e na torneira) da população.

Se as mudanças na lei forem sancionadas, o MAPA poderá liberar um produto no mercado sem o consentimento das outras áreas. Para renovação de uso, ainda, o Ibama e o Ministério da Saúde seriam apenas “consultados”.

3. Sem cancelamento de registros

O monitoramento das consequências do uso desses produtos químicos é sempre avaliada por organizações competentes. Por isso, há hoje a possibilidade de se pedir o banimento de agrotóxicos considerados perigosos — mesmo com um certo grau de dificuldade.

A legislação atual permite que entidades representantes de trabalhadores, partidos políticos e outras associações regionais façam esses questionamentos. Com a nova lei, os pedidos ficarão nas mãos de organizações internacionais.

4. Registros temporários

O que pode parecer pontual, na verdade, abre brecha para que esses compostos circulem por meses sem antes passarem por uma análise técnica aprofundada.

“Esse trecho da lei que dá celeridade aos registros pode criar uma linha de produção de autorizações temporárias. O texto permite, por exemplo, que os fabricantes usem compostos similares já aprovados para dizer que seu novo produto cumpre as exigências”, avalia Arantes.

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Ou seja, há a possibilidade de incluir substâncias que ainda não foram estudadas com rigor pelas autoridades. Outro trecho do texto permite ainda que a autorização seja postergada por dois meses. Assim, o temporário pode virar permanente.

“Nesse meio tempo, esses produtos já afetaram nossos rios, campos, o estrago já estará feito”, conclui Santiago.

5. Livre exportação

Pela nova lei, se um agrotóxico for produzido só para exportação — sem a intenção de venda no Brasil — ele não precisa ser registrado por aqui.

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Além de o defensivo ser um risco para o meio ambiente de outro país, há a questão de que trabalhadores brasileiros farão parte da cadeia de produção e terão contato direto com essas substâncias.

6. Novas misturas vão entrar no mercado

Hoje, para comprar um agrotóxico, é preciso ter uma receita agronômica (documento com a prescrição de uso dos defensivos agrícolas).

A nova lei tem um item que pode driblar a obrigatoriedade. “O texto mantém a necessidade da recomendação do agrônomo, mas exclui ‘casos excepcionais’ da obrigação, o que abre brecha para muita coisa. Quais seriam esses casos?”, questiona Santiago.

7. Propaganda livre

Como nos anúncios de cigarros e bebidas alcoólicas, as propagandas que divulgam agrotóxicos devem vir com avisos sobre seus componentes e riscos à saúde. Elas também são permitidas apenas em veículos de comunicação dirigidos a profissionais da área.

A ideia do PL é retirar a maior parte dessas restrições.

Qual a solução?

Abolir os agrotóxicos não é uma opção viável. “Se alguém proibir agroquímicos, a produção para. É como dizer que a partir de amanhã só poderão circular carros elétricos, sem a estrutura necessária para isso”, explica Santiago.

O caminho, então, seria investir na fiscalização, na regulação e em novos modelos de cultivo que reduzam a necessidade desses produtos.

“Há exemplos, inclusive de produção animal e vegetal em grande escala, que não dependem de agrotóxico, nem de adubo químico, como a permacultura e o sistema agroflorestal”, esclarece o engenheiro.

Na contramão da lei em questão, está parado no Congresso o PL 6670/2016 que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA). “Os dois estavam em debate, até que este foi abandonado, e o PL conhecido como ‘do veneno’ passou a ser prioridade”, relata Arantes, citando o apelido dado por críticos ao projeto.

A proposta de retomar esse outro texto faz parte do “Dossiê Contra o Pacote do Veneno e em Defesa da Vida”, organizado pela Agroecologia e Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida (Abrasco), com apoio da Fiocruz. O documento possui 25 notas técnicas de instituições que reprovam os termos da nova lei.

O que o consumidor pode fazer?

Posicionar-se sobre o tema diretamente aos políticos do Congresso e pelas redes sociais é um caminho de mobilização.

No dia a dia, o consumidor pode buscar os alimentos orgânicos, que são produzidos sem defensivos ou fertilizantes sintéticos. Para ajudar, o Idec produziu um mapa de feiras orgânicas brasileiras.

Segundo Santiago, esse tipo de produtor só cresce no Brasil e se multiplica a cada ano. “Há mais de 25 mil produtores orgânicos registrados no Ministério da Cultura”, aponta o engenheiro.

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A performance dos atletas na era dos wearables

Há alguns anos, praticamente ninguém conseguiria prever que milhões de pessoas comprariam um relógio ou outro dispositivo vestível (os wearables) para monitorar a prática de exercícios físicos e checar sinais de saúde. Mas o fenômeno já é realidade.

O advento desses equipamentos possibilita hoje que atletas amadores e profissionais acompanhem, em tempo real, diversos parâmetros fisiológicos de forma não invasiva temperatura corporal, índice de massa corpórea (IMC), frequência cardíaca etc

Além disso, permite o acesso rápido a informações sobre a rotina de treinos e marcadores de atividade física como quantidade de passos dados e degraus subidos no dia.

Esse avanço tecnológico vem proporcionando a utilização dos dispositivos em diversos setores, entre eles o de saúde, o de games e a indústria esportiva. Com a necessidade do distanciamento social em função da pandemia, a venda de wearables no segmento fitness aumentou consideravelmente, gerando um mercado de bilhões em 2021.

Dentro dessa área, os dispositivos visam principalmente três objetivos: monitoramento de performance, prevenção de lesões e acompanhamento de parâmetros biomédicos.

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No monitoramento de performance, os sensores dos wearables fazem análises biomecânicas e auxiliam na execução e na intensidade dos movimentos e na melhora global do desempenho. Isso já é aplicado entre atletas que praticam golf, tênis e lançamento de discos, altamente relacionados aos movimentos projetados e realizados. A tecnologia ajuda a reduzir gradualmente os erros de execução.

Pensando nas lesões esportivas como torções de tornozelo e nas lesões por esforço repetitivo, ambas responsáveis por dores, os wearables podem ser utilizados para monitorar os movimentos em tempo real e auxiliar na detecção da fadiga muscular. Na academia, por exemplo, o aparelho sinaliza que um músculo está fadigado e sugere um intervalo de descanso.

+ Leia também: Relógios e pulseiras inteligentes viram tendência fitness. Como escolher?

No acompanhamento de parâmetros biomédicos, os dispositivos rastrearão cada vez mais dados de saúde durante os exercícios. Além do ritmo cardíaco, podem avaliar perda de suor e oxigenação do sangue a fim de tomar ações preventivas e evitar problemas. A medida da frequência cardíaca ainda ajuda o atleta a analisar o progresso do treinamento e se houve, ou não, ganho de performance.

Nesse cenário, apostamos que o avanço tecnológico não para por aqui e, em breve, novas características poderão ser monitoradas e funcionalidades inovadoras irão surgir. E elas estarão ao alcance do seu pulso.

* Thiago Rocha é doutor em ciência da computação pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e coordenador técnico do HDL, laboratório do Sidia Instituto de Tecnologia, em Manaus

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terça-feira, 29 de março de 2022

Alimentação tem impacto importante na saúde mental

Nos últimos tempos, nossa saúde emocional tem sido colocada à prova. São tantos desafios que, muitas vezes, sentimos alguns sintomas de estresse, ansiedade e até depressão. E isso certamente compromete nossa qualidade de vida.

Por outro lado, vários hábitos, costumes e atividades podem influenciar positivamente a saúde emocional, a exemplo de terapia, um exercício físico de que gostamos e uma alimentação saudável e equilibrada. Tudo isso são formas de autocuidado.

Quando falamos especificamente da influência da alimentação em nossa saúde mental, sabemos que ela acontece de várias formas.

Uma delas é através de nutrientes específicos, como as vitaminas do complexo B e o triptofano, que participam da formação de alguns neurotransmissores.

Os antioxidantes dos alimentos, por sua vez, ajudam a neutralizar os radicais livres formados pela alta atividade metabólica do nosso cérebro – essas moléculas são instáveis e associadas a vários problemas.

Já as fibras contribuem para o bom funcionamento intestinal, e, dessa maneira, para a produção de neurotransmissores (isso mesmo: muitos deles têm origem em nosso intestino).

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Não podemos nos esquecer dos nutrientes anti-inflamatórios, como o ômega-3, que ajudam a atenuar a inflamação, muito comum nos transtornos mentais.

É preciso lembrar, porém, que não nos alimentamos de nutrientes, e sim de comida.

Por isso, vale pensar em padrões alimentares equilibrados, que contemplem todos os grupos alimentares: carboidratos, proteínas, lipídeos (as gorduras), vitaminas e minerais. Eles entregam todos os elementos importantes para evitar doenças, inclusive as mentais.

Existem algumas dietas mais específicas que são estudadas por terem fortes relações com a prevenção e o tratamento de doenças ligadas ao cérebro.

A dieta Mediterrânea, por exemplo, agrega muitos nutrientes importantes para a saúde mental, e estudos já mostraram que a adesão a esse padrão é capaz de reduzir sintomas depressivos.

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Essa dieta é baseada em alimentos frescos e naturais, entre eles peixes e frutos do mar, leites e derivados, azeite, vegetais e cereais integrais.

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Água e chás são as bebidas mais indicadas como fontes de hidratação, mas no padrão mediterrâneo também se fala muito sobre o consumo do vinho tinto.

É que ele concentra um composto chamado resveratrol, que apresenta vantagens para a saúde mental. Aqui, vale observar que a indicação é de uma taça por dia.

Por outro lado, o consumo de carnes vermelhas e produtos industrializados é reduzido nesse estilo de alimentação.

Outra dieta bastante estudada é a Dash, que é a sigla de Dietary Approaches to Stop Hypertension. Ela foi elaborada originalmente para auxiliar no controle da pressão arterial.

Ela consiste em uma alimentação rica em vegetais, legumes, frutas, grãos integrais, proteínas vegetais, laticínios com baixo teor de gordura, etc. Alguns itens, como carne vermelha e doces, são evitados. Estudos apontam que esse estilo de menu tem ligação com a melhora de humor.

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Temos ainda a dieta MindMediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay, que associa a Mediterrânea com a Dash, trazendo os benefícios das duas.

Essa versão orienta a preferência por grãos integrais, verduras, legumes, castanhas, nozes, amêndoas, aves, peixes, além de frutas vermelhas e arroxeadas.

Também há indicação de baixo consumo de alguns ingredientes, como manteiga, frituras e fast-food. Pesquisas já concluíram que uma maior aderência à dieta Mind proporciona um menor risco de depressão.

Como se vê, para cuidar da mente todos os dias é fundamental ficar de olho na alimentação. E lembre-se de cultivar outros hábitos saudáveis, como dormir bem, se exercitar e realizar atividades de lazer e relaxamento. A saúde como um todo agradece.

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