quinta-feira, 24 de março de 2022

Oscar 2022: veja quem serão os prováveis vencedores (e vença o bolão)

Até algumas semanas atrás, o Oscar 2022 estava manjado. O Ataque dos Cães, que lidera em número de indicações (12), era o favorito absoluto. Depois de bater na trave com Roma, O Irlandês e História de um Casamento, tudo indicava que a Netflix finalmente levaria o primeiro prêmio de Melhor Filme para casa.

Mas as coisas tomaram outro rumo com o anúncio dos vencedores de importantes termômetros para o Oscar: os prêmios dos sindicatos, em que os profissionais de Hollywood elegem os melhores de suas respectivas categorias (diretores, roteiristas, produtores, montadores e por aí vai). E foi aí que No Ritmo do Coração (CODA, no original) despontou.

No último dia 19, CODA venceu o PGA, o prêmio do sindicato dos produtores. Desde 2000, 13 vencedores do PGA acabaram, também, levando o Oscar. Não só: o filme ganhou também o SAG, do sindicato de atores. Vencedores recentes do Oscar, como Birdman, Spotlight e Parasita, também se consagraram no SAG.

Nessa reta final, CODA tem feito uma intensa campanha de divulgação: o elenco fez uma visita à Casa Branca, com direito a encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (fã confesso do filme). E o Oscar, para além de eleger os melhores trabalhos, é também sobre quem melhor se promove. Estúdios gastam, somados, US$ 100 milhões com marketing na temporada de prêmios.

A cerimônia deste ano, que acontece no próximo domingo (27), chega às vésperas cercada de incerteza – e que bom! Com apresentação das comediantes Wanda Sykes, Amy Schumer e Regina Hall, o evento tem tudo para ser mais emocionante que a edição do ano passado (que, de tão manjada, sequer deixou a categoria de Melhor Filme para encerrar a noite).

Abaixo, a Super reuniu as apostas sobre os vencedores de todas as 23 categorias do Oscar 2022. Usamos como base os grandes termômetros da temporada (como os prêmios do sindicato) e agregadores de crítica como o Metacritic, que reúne os palpites de dezenas de especialistas. Quer vencer o bolão dos seus amigos? Vem com a gente.

FILME

Quem deve levar: CODA

Briga boa como há muitos anos não se via no Oscar.

CODA, uma dramédia composta por um elenco majoritariamente surdo, fez sucesso em janeiro de 2021 quando estreou no Festival de Sundance, o maior do circuito independente americano. O seu nome original é a sigla para children of deaf adult” (“criança de adulto surdo”), que tem tudo a ver com a história do filme: em uma família de surdos, a caçula, que consegue ouvir, sonha em se tornar uma cantora.

O filme foi comprado pela Apple por US$ 25 milhões (a maior aquisição de um filme de Sundance) e passou a ser distribuído no streaming da empresa, o Apple TV+ (por aqui, você o encontra no Amazon Prime Video). CODA ganhou força na reta final: levou o PGA, o SAG e o WGA (do sindicato dos roteiristas).

Por outro lado, Ataque dos Cães ganhou o BAFTA, principal prêmio britânico de cinema, e Jane Campion, diretora do filme, levou o prêmio do seu sindicato (e praticamente todos os outros da temporada). Benedict Cumberbatch estrela o drama ambientado no oeste americano dos anos 1920. Ele interpreta o fazendeiro Phil, cuja convivência com o irmão, Greg (Jesse Plemons), muda drasticamente com a chegada de Rose (Kirsten Dunst), que se casa com Greg, e do filho dela, Peter (Kodi Smit-McPhee). Os quatro atores estão indicados, diga-se.

No Metacritic, CODA é o palpite de 54% dos críticos. Já Ataque dos Cães tem 41% de preferência. Os azarões são Belfast e Amor, Sublime Amor, com 2% das apostas cada um.

<span class="hidden">–</span>Netflix/Divulgação

DIREÇÃO

Quem deve levar: Jane Campion (Ataque dos Cães)

É praticamente certo que Campion, que levou o DGA (o prêmio do sindicato dos diretores) ganhe também o Oscar. Se isso acontecer, ela será a terceira mulher a vencer na categoria, depois de Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror, 2010) e Chloè Zhao (Nomadland, 2021).

Neozelandesa, Campion foi a segunda mulher da história a ser indicada ao Oscar de direção por O Piano (1994), indicado também a Melhor Filme. Naquele ano, ela venceu o prêmio de Roteiro Original. Em 2022, ela também concorre por sua escrita, mas na categoria Roteiro Adaptado – Ataque dos Cães é baseado no livro homônimo de Thomas Savage escrito em 1967.

Se quiser apostar em um azarão, vá de Kenneth Branagh, diretor de Belfast. É a sua oitava indicação (ele já foi nomeado em sete categorias diferentes, um recorde), e seria uma forma da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo prêmio, reconhecer o seu trabalho. Mas é bem improvável: em setembro de 2021, Belfast chegou a levar o prêmio do público no Festival de Toronto, de onde saem diversos indicados ao Oscar, mas perdeu força na reta final.

<span class="hidden">–</span>20th Century Studios/Divulgação

ATUAÇÃO

Quem deve levar:

Atriz – Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)

Ator – Will Smith (King Richard: Treinando Campeães)

Atriz Coadjuvante – Ariana De Bose (Amor, Sublime Amor)

Ator Coadjuvante – Troy Kotsur (CODA)

Os quatro vencedores do SAG 2022 são os favoritos a ganhar as categorias de atuação deste ano. Ariana De Bose brilha na refilmagem de Steven Spielberg do clássico musical de 1961. Ela interpreta Rita, papel que deu o Oscar à atriz Rita Moreno na primeira vez. 

A vitória de Troy Kotsur seria representativa: ele pode se tornar a segunda pessoa surda a vencer um Oscar de atuação. A primeira foi Marlee Matlin por Filhos do Silêncio, em 1986 (ela também foi a mais jovem a ganhar o troféu de Melhor Atriz, aos 21 anos). Coincidentemente, Matlin contracena com Kotsur em CODA: eles são os pais da protagonista Rubi (Emilia Jones).

Jessica Chastain e Will Smith, por sua vez, são veteranos com três indicações ao Oscar cada um – mas nenhuma vitória. Seria a chance da Academia “quitar a dívida” com ambos. Correndo por fora estão Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães), Kristen Stewart (Spencer) e Olivia Colman (A Filha Perdida). Colman pode se beneficiar por seu filme ter sido visto por um número maior de votantes (ele estreou em dezembro na Netflix; Os Olhos de Tammy Faye, de Chastain, teve tímida passagem pelos cinemas americanos).

<span class="hidden">–</span>Apple TV+/Divulgação

ROTEIRO

Quem deve levar:

Original – Licorice Pizza

Adaptado – CODA ou Ataque dos Cães

As categorias de roteiro talvez sejam as mais incertas de 2022. O WGA, prêmio do sindicato de roteiristas, consagrou Não Olhe Para Cima e CODA nas categorias Original e Adaptado, respectivamente (CODA é um remake americano do francês A Família Bélier, de 2014).

Não Olhe Para Cima, no entanto, perdeu força nos últimos meses. A comédia da Netflix com elenco estelar não mandou bem na temporada de premiações e corre o risco de passar batida no Oscar. Licorice Pizza pode vencer e finalmente dar a Paul Thomas Anderson (Magnólia, Sangue Negro) o primeiro Oscar de sua carreira (foram 11 indicações até então).

Quanto ao prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, a dica da Super é: escolha de acordo com o seu palpite para Melhor Filme. Se você acha que CODA vai levar, aposte nele aqui. Se pensa em escolher Ataque dos Cães, opte pelo roteiro de Jane Campion – que faz um belo trabalho ao transpor para as telas um livro que, até então, era considerado difícil de adaptar.

<span class="hidden">–</span>Bitters End/Divulgação

FILME INTERNACIONAL

Quem deve levar: Drive My Car

Ninguém tira o troféu do filme japonês de Ryusuke Hamaguchi, que está indicado também em outras três categorias: Direção, Roteiro Adaptado (ele é baseado no conto homônimo de Haruki Murakami) e Filme – o primeiro longa do país a chegar à categoria principal. O único que poderia chegar perto é o norueguês A Pior Pessoa do Mundo, indicado também a Roteiro Original. Mas as chances são baixas.

<span class="hidden">–</span>Hulu/Divulgação

DOCUMENTÁRIO

Quem deve levar: Summer of Soul (…ou, Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada)

Disponível no Telecine, o documentário favorito ao título fala sobre um festival de música que reuniu grandes nomes da música negra: Nina Simone, Stevie Wonder, BB King, Sly and the Flying Stones, entre outros. Tudo aconteceu em um parque no Harlem, subúrbio de Nova York, em 1969 – o mesmo ano de outro festival histórico, Woodstock. O filme resgata cenas dos shows que permaneceram inéditas por décadas.

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O único com chances de estragar a festa de Summer of Soul é Flee, uma animação dinamarquesa que acompanha Amin Nawabi, um refugiado afegão de 36 anos, em uma jornada de autodescoberta da infância até o presente, prestes a se casar com o seu noivo. O filme conseguiu um feito inédito: está indicado como Melhor Documentário (a história é baseada no relato de um amigo do diretor), Melhor Animação e Melhor Filme Internacional.

<span class="hidden">–</span>Walt Disney Studios Motion Pictures/Divulgação

ANIMAÇÃO

Quem deve levar: Encanto

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Será difícil bater o filme da Disney, que também concorre em Trilha Sonora e Canção Original e levou o prêmio de animação do PGA, o sindicato dos produtores. Os únicos que podem batê-lo são A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, filme da Sony Animation lançado na Netflix (e que levou o Annie Awards, principal prêmio do mundo da animação), e Flee (das três categorias em que concorre, essa é a que o longa tem mais chances).

TRILHA SONORA

Quem deve levar: Duna

Hans Zimmer (A Origem, Interestelar) assina a trilha sonora do sci-fi de Dennis Villeneuve, adaptação do clássico escrito em 1965 por Frank Herbert. Zimmer já foi indicado 12 vezes ao prêmio, mas ganhou “apenas” uma vez, por O Rei Leão, em 1995. Ataque dos Cães corre por fora aqui.

CANÇÃO ORIGINAL

Quem deve levar: “No Time do Die”, de Billie Eilish (007: Sem Tempo Para Morrer)

A cantora de 20 anos tem tudo para levar o Oscar pela música-tema do último filme de Daniel Craig no papel de James Bond. Se vencer, vai repetir o feito de seus antecessores, Adele e Sam Smith, que ganharam o troféu com as músicas de Operação Skyfall (2012) e Spectre (2015).

Mesmo quebrando recordes, a música “We Don’t Talk About Bruno”, de Encanto, sequer foi inscrita no prêmio pela Disney. A canção foi a primeira do estúdio a ficar mais de uma semana no Top 100 da Billboard, mas, em vez dela, quem está no páreo é a faixa “Dos Oruguitas”.

Quatro das cinco canções indicadas terão performances ao vivo no dia da cerimônia. O colombiano Sebastián Yatra cantará  “Dos Oruguitas”. Já Reba McEntire cantará “Somehow You Do”, do filme Quatro Dias com Ela. Eilish e o irmão, Finneas, também confirmaram presença, além de Beyoncé, que concorre com a canção Be Alive”, de King Richard.

A expectativa da Academia é que essas performances (especialmente as de Billie e Beyoncé) ajudem a alavancar a audiência do Oscar, que anda em baixa há anos: de 1998 para cá, ela caiu 81,2%; a maior parte, da faixa de 18 a 49 anos. A edição de 2021 teve o menor número de espectadores: 9,2 milhões de pessoas – metade do público de 2020.

EFEITOS VISUAIS

Quem deve levar: Duna

O filme é o grande favorito nas categorias técnicas. Aqui, ele concorre com Free Guy, 007: Sem Tempo Para Morrer, Shang-Chi: A Lenda dos Dez Anéis e HomemAranha: Longe de Casa. Mas eles não oferecem grandes riscos: parte do trunfo do filme de Villeneuve é a adaptação do rico universo dos livros de Herbert – algo em que a primeira versão de Duna, feita nos anos 1980, não mandou bem.

FOTOGRAFIA

Quem deve levar: Ari Wegner (Ataque dos Cães)

Greig Fraser, diretor de fotografia de Duna, levou o prêmio do sindicato da categoria, o BAFTA e é um dos favoritos da crítica para levar o careca dourado para casa. Mas há quem aposte em Ari Wegner, australiana de 38 anos. 

Além do belo trabalho em Ataque dos Cães, Wegner é apenas a segunda mulher, em 93 anos de Oscar, a ser indicada nessa categoria – se ganhar, será inédito. Sua vitória iria de encontro às mudanças promovidas pela Academia nos últimos anos, após uma avalanche de críticas, para aumentar a representatividade dos votantes, indicados e vencedores do prêmio.

<span class="hidden">–</span>Warner Bros. Pictures/Divulgação

DESIGN DE PRODUÇÃO

Quem deve levar: Duna

A categoria, anteriormente, se chamava “Direção de Arte” – é a responsável por premiar a cenografia e a composição de todos os elementos em cena. Novamente, Duna é o favorito. Patrice Vermette, indicado ao troféu, levou o prêmio do sindicato da categoria. É a sua terceira indicação ao Oscar.

Caso Duna não vença, O Beco do Pesadelo, de Guillermo Del Toro, e Amor, Sublime Amor, podem levar. O circo dos horrores de Del Toro e a Nova York dos anos 1950 do musical de Spielberg, além de elogiados pela crítica, são peças fundamentais para os enredos das histórias.

SOM

Quem deve levar: Duna

Até 2020, havia duas categorias de som no Oscar, Melhor Edição e Melhor Mixagem. A edição de som consiste em todos os elementos sonoros de um filme, dos captados em estúdio aos efeitos produzidos posteriormente. A mixagem, por sua vez, se encarrega de equilibrá-los em cada cena – são os mixadores que escolhem os momentos de valorizar os diálogos, o som ambiente ou a trilha sonora, dependendo da intenção do diretor.

A junção das categorias era algo discutido há décadas pelos profissionais do ramo e considerou uma série de fatores, como a sobreposição das duas áreas com o avanço da tecnologia, as frequentes vitórias de um único filme em ambos os troféus e, também, facilitar o entendimento do público leigo.

Tudo isso para dizer que Duna, que levou o prêmio do sindicato, tem tudo para levar mais um prêmio. Quer ser o diferentão? Aposte em Amor, Sublime Amor.

MONTAGEM

Quem deve levar: Duna

Filmes que levam prêmios de som costumam ser lembrados também na categoria de edição (Whiplash, Mad Max, Até o Último Homem, O Som do Silêncio, só para citar alguns), o que deixa Duna novamente como o favorito.

Duna, contudo, não venceu o ACE Eddie, prêmio do sindicato de montadores. Ele foi dado a King Richard e a Tick, Tick… BOOM (o Eddie tem categorias para drama e comédia/musical). Seria uma forma de entregar mais um prêmio ao filme de Will Smith, que não tem grandes chances no resto do Oscar, ou de dar um troféu de “consolação” para o musical da Netflix – muitos defendem que ele merecia um espaço na categoria de Melhor Filme.

Essa disputa torna a categoria uma das mais imprevisíveis da noite. Pena que ela não será televisionada: para diminuir o tempo de cerimônia, oito troféus não serão entregues na transmissão ao vivo. Entre elas, Melhor Trilha Sonora e Melhor Figurino (veja a lista completa aqui). A decisão foi fortemente criticada.

<span class="hidden">–</span>Walt Disney Pictures/Divulgação

FIGURINO

Quem deve levar: Cruella

Um dos pontos altos do filme de origem da vilã de 101 Dálmatas é, justamente, o trabalho da figurinista Jenny Beavan e de sua equipe (o filme é protagonizado por duas estilistas em pé de guerra, não poderia ser diferente). Beavan já foi indicada 11 vezes ao Oscar. Levou duas vezes, por Uma Janela Para O Amor (1985) e Mad Max: Estrada da Fúria (2015). 

Quem corre por fora é Duna – ele e Cruella foram os grandes vencedores do prêmio do sindicato da categoria.

<span class="hidden">–</span>Searchlight Pictures/Divulgação

CABELO E MAQUIAGEM

Quem deve levar: Os Olhos de Tammy Faye

É a única categoria em que Casa Gucci, dirigido por Ridley Scott e estrelado por Lady Gaga, foi lembrado. Mas ele está longe de ser o favorito. A vitória deve ser do filme protagonizado por Jessica Chastain, que conta a história (e os escândalos) de Tammy Faye Baker, a maior apresentadora gospel da TV dos EUA. No Brasil, o longa estreia dia 6 de abril no Star+.

<span class="hidden">–</span>Netflix/Reprodução

CURTAS

Quem deve levar:

-Live action: The Long Goodbye

-Documentário: The Queen of Basketball

-Animação: A Sabiá Sabiazinha

Disponível no YouTube, The Long Goodbye é idealizado e estrelado por Riz Ahmed, indicado a Melhor Ator em 2021 por O Som do Silêncio. Você pode assistir ao curta aqui.

Em um ano sem curtas da Disney/Pixar, A Sabiá Sabiazinha tem tudo para ganhar: é uma simpática animação que agrada crianças e adultos, tem atores de peso no elenco de dublagem, como Gillian Anderson (a Scully de Arquivo X) e saiu pela Netflix, o que aumenta as chances de mais votantes a terem visto. 

Em documentário, o brasileiro Pedro Kos concorre junto ao diretor Jon Shenk pelo curta Onde Eu Moro, sobre a vida de pessoas em situação de rua nos EUA (disponível na Netflix). Mas dificilmente o Brasil levará desta vez. 

O favorito é The Queen of Basketball, produzido pelo jornal The New York Times (e disponível no YouTube), conta a história de Lusia Harris, fenômeno do basquete universitário nos anos 1970. Ela foi a única mulher a ser oficialmente selecionada para jogar na NBA , a liga masculina do basquete americano. A vitória seria uma grande homenagem à Harris, que morreu em janeiro, aos 66 anos.

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