A ideia de que “pobre não tem depressão” já foi desacreditada faz tempo, mas será que programas de transferência de renda como o Bolsa Família (rebatizado pelo atual governo de Auxílio Brasil) melhoram os índices de saúde mental entre crianças e adolescentes mais vulneráveis socialmente?
Uma pesquisa liderada pela London School of Economics, na Inglaterra, fez uma análise a respeito com países da África e da América Latina. Embora em nações como o México o impacto desse tipo de iniciativa tenha sido positivo — a taxa de adolescentes com ansiedade caiu —, o mesmo efeito não foi observado no Brasil.
Segundo o estudo, cujo braço nacional ficou a cargo da Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP), ainda que o Bolsa Família tenha sido fundamental para amparar pessoas em situação de pobreza, sobretudo no aspecto alimentar, não houve uma repercussão direta em questões comportamentais e emocionais, algo que pode (e deve) ser mais bem trabalhado pelo governo.
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Passado: 20 anos da Sars
O ano de 2002 foi marcado pelo aparecimento de uma doença respiratória grave causada por um coronavírus na China. Qualquer semelhança com a Covid-19 não é mera coincidência. O Sars-CoV-1, primo do vírus da atual pandemia (o Sars-CoV-2), foi o responsável pelo surto que disseminou pânico na Ásia. Não virou um fenômeno global, mas, algumas décadas depois, não daria para dizer o mesmo.
Futuro: o mapa da nossa alimentação
O Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) chegou à marca de 100 mil brasileiros inscritos no NutriNet Brasil, estudo que conta com a participação de voluntários pela internet e poderá ser a maior investigação sobre o padrão alimentar da nossa população — e sua conexão com doenças crônicas. A meta é alcançar 200 mil brasileiros.
Um lugar: vacina plant-based no Canadá
Nem ovos nem células de origem animal. O Canadá aprovou o primeiro imunizante contra Covid-19 cujo processo de cultivo e manufatura depende de plantas — a matéria-prima é uma espécie parente do tabaco. A vacina foi criada pelo laboratório canadense Medicago e passou pelos testes de segurança e eficácia em pessoas de 18 a 64 anos.
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Um dado: só 36% dos meninos protegidos
Esse é o número de garotos de 11 a 14 anos que tomaram as duas doses da vacina contra o HPV entre 2013 e 2020 pelos cálculos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). É um dado alarmante se considerarmos que o produto é fornecido de graça a essa faixa etária pelo SUS e protege homens e mulheres de vários tipos de câncer — no pênis, no colo do útero, na vulva, no ânus, na garganta e na boca.
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Uma frase: Anna Kavan
“Em vez do meu mundo, em breve ia haver somente gelo, neve, quietude, morte; acabava a violência, a guerra, acabavam as vítimas; nada a não ser silêncio glacial, ausência de vida. A conquista final da humanidade seria não só a autodestruição, mas a destruição de toda e qualquer vida; a transformação do mundo vivo num planeta morto.”
Anna Kavan, escritora britânica, em Gelo (Fósforo – clique aqui para comprar), romance de 1967 sobre desastre ambiental, guerra e abusos contra a mulher (mais atual do que nunca)
Radar da saúde: melhora na renda nem sempre se traduz em bem-estar mental Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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