O segundo mês do ano é dedicado ao Fevereiro Laranja, em que diversas iniciativas são realizadas em prol da conscientização sobre as leucemias, câncer que causa uma falha na produção e na maturação das células sanguíneas.
A doença apresenta quatro diferentes tipos principais: leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA), leucemia linfoide crônica (LLC) e leucemia mieloide aguda (LMA), sendo a LMA uma das mais graves, pois se desenvolve de forma rápida e agressiva.
Justamente por se tratar de uma doença crítica e não tão prevalente, a descoberta da LMA pode se tornar um momento sensível, repleto de incertezas.
Portanto, uma das atitudes mais importantes que o médico pode tomar é transmitir as informações de forma clara e didática, para que, juntos, pacientes e cuidadores consigam compreender o prognóstico e as perspectivas de tratamento.
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O acompanhamento junto a uma equipe multidisciplinar, quando possível, também é positivo e contribui para oferecer mais conforto e tranquilidade em uma jornada marcada por hospitalizações, seja pela baixa imunidade, pelas sessões de quimioterapia, cirurgias ou pela necessidade de transfusão de sangue.
Diante desse cenário, equipe médica e paciente, além de sua rede de apoio, devem cultivar um diálogo franco e aberto, estabelecendo uma relação de confiança durante todas as fases do tratamento. Em muitos momentos, os familiares serão os responsáveis pelas decisões relacionadas às escolhas terapêuticas.
Além de esclarecer dúvidas, essa proximidade estimula o empoderamento do paciente. No dicionário, a palavra “empoderamento” corresponde a ação de tornar-se poderoso, passar a ter poder ou algum tipo de autoridade.
Na prática, o empoderamento do paciente nada mais é do que um processo em que ele se torna ativo nas decisões sobre os rumos de seu tratamento com a equipe médica, levando em consideração escolhas que façam mais sentido para suas prioridades pessoais e até profissionais.
Os avanços terapêuticos para leucemia representam um importante passo para aumentar as chances de sucesso no tratamento para idosos com LMA, já que as chamadas terapias-alvo atacam especificamente as células tumorais, preservando as células saudáveis e causando menos efeitos colaterais.
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Também podem ser administradas em casa, sem necessidade de hospitalização. Entretanto, para se beneficiar desses progressos na área, o paciente e a família precisam se comprometer com a rotina de tratamento, observando e discutindo com a equipe médica, quando necessário, os desafios e as situações passíveis de melhoria.
Em suma, a complexidade desse tipo de leucemia demanda que médico, paciente e sua rede de apoio atuem em sinergia. Somente com esse compromisso firmado entre todos os envolvidos no tratamento será possível devolver e preservar a qualidade de vida ao longo da jornada.
* Nelson Hamerschlak é hematologista e coordenador do Programa de Hematologia e Transplante de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo
A parceria médico-paciente no tratamento da leucemia Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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