O Grande Museu Egípcio (GEM, na sigla em inglês) será inaugurado dentro de alguns meses, anunciou o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do país, Mostafa Waziri. Fica no ar, então, a pergunta: será que agora vai? É inevitável: o plano original era inaugurar o museu lá em 2011. Ao longo de 12 anos, foi um “agora vai” seguido de outro.
Em 2002, o governo egípcio lançou a pedra fundamental do edifício e um concurso mundial para escolher quem iria desenhar o museu. O escolhido foi o escritório de arquitetura irlandês Heneghan Peng Architects, e as construções começaram em 2005. Mas, desde então, rolou todo tipo de contratempo: problemas financeiros, instabilidade política (na época da onda de protestos conhecida como Primavera Árabe) e, mais recentemente, a pandemia.
De lá para cá, algumas partes do GEM – cujo custo estimado é mais de US$ 1 bilhão – ficaram prontas e abriram para visitas de grupos limitados. É o caso de um museu infantil que fica no complexo, um espaço para exposições temporárias, uma biblioteca, um centro educativo e um laboratório para o restauro de antiguidades. Mas o principal está reservado para a inauguração oficial: os salões de Tutancâmon.
O faraó, que comandou o Antigo Egito entre 1332 a.C. e 1323 a.C., é o protagonista do museu: a instalação reúne, pela primeira vez, quase todos os 5,4 mil artefatos encontrados na tumba dele, em 1922 – uma descoberta do arqueólogo britânico Howard Carter. Desde então, esses pertences de Tutancâmon passaram mais tempo fora do Egito, expostos em museus do Ocidente, do que em seu país de origem.
Agora, repatriação para lá e para cá, os objetos estão nas mãos do Grande Museu Egípcio, cuja abertura promete dar uma força para a indústria egípcia do turismo, que ficou impactada pela pandemia. E, mais do que isso: o museu representa uma vitória simbólica da região que recuperou seu passado.
O GEM ocupa uma área de 500 mil metros quadrados, a 10 quilômetros da capital Cairo, e está pertinho (a 2 quilômetros) das Pirâmides de Gizé. O complexo, que visa mostrar a diversidade da história e cultura egípcia, é considerado o maior dedicado a uma única civilização – mas também o maior museu arqueológico do mundo.
Além da grande coleção de Tutancâmon, o museu expõe a estátua de 3,2 mil anos que você vê no vídeo abaixo e representa o faraó Ramsés 2º (ou Ramsés, o Grande, que governou de 1279 a.C. a 1213 a.C.). Outra atração é um obelisco de Ramsés 2º, que está suspenso sob quatro colunas na entrada do museu – é o primeiro do mundo a ficar nessa configuração.
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