quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Brasil está na rota para estudos de novos tratamentos contra o câncer

Ao longo da pandemia de Covid-19, na busca por vacinas e outros tratamentos, instituições, pesquisadores e a própria imprensa evidenciaram a importância dos estudos clínicos e sua realização fundamental para encontrar os melhores tratamentos contra a doença. Assim, muitas vezes vimos a forma de atuação dos médicos mudar, já que passavam a seguir novos protocolos para um tratamento mais adequado.

Inclusive, nesse delicado período, a Bayer participou de três estudos científicos com anticoagulante (a rivaroxabana) para pacientes com Covid-19, com resultados que beneficiaram milhares de pessoas no Brasil e no mundo.

Mas, para além da corrida da ciência pelo controle da epidemia, o cenário de estudos clínicos no Brasil vem ganhando outras áreas da medicina, especialmente na oncologia.

A qualidade dos nossos centros de pesquisa e, sobretudo, o bom trabalho na inclusão e retenção de pacientes explicam porque o nosso país tem atraído grandes investimentos.

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No caso do câncer de próstata, segunda doença que mais mata homens no mundo, temos um bom exemplo nesse cenário das pesquisas clínicas. O país contou com a participação de 53 pacientes do país no estudo ARASENS, apresentado em 2022 no Congresso Americano de Oncologia, a ASCO, maior da área no mundo.

A pesquisa de fase 3 investigou o uso da substância darolutamida nos pacientes com câncer de próstata metastático, com resultado muito significativo para os homens que sofrem com esse tipo de tumor.

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Os resultados positivos, inclusive, culminaram na recente aprovação da Anvisa para o tratamento combinado com a darolutamida, sendo essa, agora, uma opção terapêutica disponível que estava sendo aguardada por médicos oncologistas e urologistas.

Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a participação de pacientes brasileiros em estudos clínicos vem crescendo ao longo dos anos.

Em 2018, considerando pesquisas de fases I, II e III, foram registrados 163 estudos no país. Em 2021, o número saltou para 231.
Ao mesmo tempo, o percentual de estudos de primeira fase evoluiu de 27% em 2018, para 34% em 2021.

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Atualmente, a Bayer conduz 12 estudos na área de oncologia. Com mais de 2 mil centros de pesquisa espalhados pelos países, com alto padrão de qualidade, como já dito, os estudos provenientes dessa estrutura são reconhecidos pela comunidade internacional.

Apesar de a Covid-19 ter colocado a saúde no foco das discussões, é indiscutível a necessidade de seguirmos mobilizando indústria, associações médicas, pacientes, governo e sociedade, a fim de ampliar os investimentos na ciência de qualidade, pois esse tipo de investimento traz resultados rápidos e duradouros – e o Brasil tem grande potencial de ser protagonista mundial para a realização de estudos clínicos.

*Eli Lakryc é diretor médico da divisão farmacêutica da Bayer

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