segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

A gamificação no tratamento e na reabilitação dos pacientes

Os jogos sempre foram um meio de lazer e entretenimento para milhões de usuários espalhados pelo mundo, mas esse número aumentou com a necessidade do isolamento social decorrente da Covid-19.

Hoje em dia, nem mesmo o fator idade é um empecilho para se apaixonar pelos games, já que existem conteúdos desenvolvidos para todas as faixas etárias.

No cenário brasileiro, temos acompanhado o crescimento na disponibilidade de jogos não apenas para entretenimento, mas também dos chamados serious games ou, na tradução literal, “jogos sérios”.

Entram na categoria simuladores de voo na aviação, programas para treinamento de operadores nas indústrias, plataformas educativas para apoiar o processo de aprendizagem e, na saúde, jogos que ajudam na prevenção ou no tratamento.

A popularização dos serious games em diferentes áreas e formatos é um reflexo das ações criadas por empresas que investem na tecnologia para se aproximar de seu público.

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Além de tornar a rotina do consumidor mais fácil e divertida, esses sistemas de gamificação podem melhorar a relação entre profissional e cliente ou mesmo entre médico e paciente.

Um exemplo disso é a solução desenvolvida pela NeuroUp, uma startup de Recife que participou do Batch #3 do Samsung Creative Startups, programa nacional de aceleração de startups da Samsung.

A empresa criou um equipamento com sensor de biofeedback chamado Myobox que auxilia o treinamento muscular dos pacientes com a participação ativa, porém remota, do fisioterapeuta.

Com o aparelho e o sistema de gamificação concebidos pela empresa, o profissional descreve os exercícios que devem ser feitos e o paciente pode cumpri-los ao mesmo tempo em que joga.

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Com o Myobox, que pode ser aplicado em várias partes do corpo de acordo com a necessidade do usuário, o paciente controla uma espaçonave por meio de movimentos de relaxamento e contração dos músculos para destruir asteroides em seu caminho.

O jogo transcorre na tela do smartphone e, quanto maior a taxa de acerto dos asteroides, melhor é o desempenho do usuário nos exercícios e, consequentemente, melhores serão os resultados do treinamento muscular. Essa tecnologia facilita a prática dos movimentos e reduz o índice de abandono do tratamento.

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Ao permitir que o paciente tenha participação mais ativa em sua própria recuperação, a plataforma da NeuroUp desperta um senso de colaboração junto ao profissional que faz o acompanhamento e propicia uma evolução mais tangível.

Além de todos esses benefícios, o sistema possibilita a realização dos exercícios em qualquer lugar. Essa é uma vantagem não apenas para o paciente, que pode evitar deslocamentos frequentes ou manter o treinamento muscular em viagens longas, mas também para os profissionais, que têm a facilidade de acompanhar o progresso do treinamento em relação às atividades propostas.

Ao final da sessão, os dados do usuário são armazenados em nuvem e o servidor da NeuroUp envia um relatório em PDF, que pode ser salvo, impresso e compartilhado com o fisioterapeuta, permitindo até mesmo a análise biomecânica e de simetria entre músculos.

Esse é um exemplo claro de como a tecnologia e a inovação podem contribuir para a criação de soluções cada vez mais criativas e eficazes, que facilitam o dia a dia das pessoas e renovam as práticas e o acesso a saúde e bem-estar.

Ferramentas de gamificação como essa permitem que os usuários tenham maior controle sobre suas rotinas, decidindo onde aplicar seu tempo e podendo realizar tarefas comuns em diferentes horários e lugares… E de um jeito bem mais divertido.

*Paulo Quirino é gerente de Inovação da Samsung Brasil

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A gamificação no tratamento e na reabilitação dos pacientes Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br

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