Quebras de paradigmas e realidades são importantes e impulsionam a sociedade a um novo patamar. Vimos muito disso nos últimos meses em que a calamidade acelerou processos de e-commerce, comunicação, saúde e, embora tenhamos o comportamento de datar, classificar e até buscar o regresso a formatos anteriormente estabelecidos, não podemos negligenciar que o mundo não é mais o mesmo.
No que tange à saúde digital, que já existia e trazia inúmeros benefícios, a questão de sua autorização, da aceitação e adesão dos médicos, bem como da população, ofereceu uma oportunidade prática.
Afinal, chega de idealizar como seria o atendimento via internet, com o profissional de um lado e você no aconchego do seu lar, em uma sala de reunião no trabalho ou até em um local remoto.
A promoção de nossa saúde e qualidade de vida, sem grandes deslocamentos, estresse e até a dificuldade de consultar um especialista pela distância ou pelo custo, faz parte do presente e de uma realidade construída por experiências e soluções suportadas pela humanização e pela tecnologia.
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Em meio ao sistema de saúde atual, democratizar é preciso. Para isso, não adianta pensarmos somente no uso massivo de uma ferramenta digital, precisamos ir além, estabelecendo parcerias, sejam elas públicas ou privadas, disponibilizando infraestrutura (energia, internet, devices…) e nos articulando para que leis estejam direcionadas ao interesse da população.
Estamos cientes dos desafios, porém ainda mais da oportunidade que temos em mãos.
A telemedicina não é e jamais será um assunto somente para momentos severos de isolamento social e restrições de circulação. Ela é um meio para que médicos e pacientes estejam próximos, sem barreiras, atuando em prol de um objetivo comum: da longevidade, da capacidade de convivermos da melhor forma e com uma vida repleta de vigor.
O diálogo em torno dessa premissa já foi iniciado. Especialidades médicas diversas já encontram na saúde digital uma forma de expandirem suas atividades. Psiquiatras acompanham a saúde mental dos seus pacientes; endocrinologistas monitoram melhor doenças crônicas como o diabetes; pediatras verificam os progressos no desenvolvimento infantil; e a mesma dinâmica envolve nutricionistas, educadores físicos e psicólogos.
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Não há uma restrição ao pronto-atendimento, mas uma porta aberta para uma saúde integral, que clama pelo suporte contínuo na tomada de decisões inteligentes voltadas à nossa alimentação, ao sono, à atividade física, ao bem-estar emocional, etc.
O mercado de trabalho também está atento e o que antes era algo destinado somente a grandes empresas hoje também é assunto para os pequenos e médios empreendedores.
Ter um olhar acurado ao cuidado também confere a retenção de talentos, o fortalecimento da imagem e reputação da empresa e de uma área de Recursos Humanos, intimamente relacionada ao colaborador e ao valor que ele agrega ao negócio.
Democratizar é tornar os mais de 7,5 milhões de atendimentos remotos realizados por mais de 52,2 mil médicos em 2020 e 2021, computados pela Associação Saúde Digital no Brasil, uma realidade para todos. É garantir acesso e, acima de tudo, escolha. A saúde no Brasil é possível. Os meios e as inovações nos mostram isso a cada dia!
* Guilherme Weigert é CEO do Grupo Conexa
Saúde digital sem antes e depois Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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