sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Como funciona um projetor de cinema digital?

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A grande estrela

Antigamente, o filme projetado nos cinemas vinha gravado em uma película química. Hoje, nas salas mais modernas, ele é um arquivo digital em alta definição (high definition, ou HD). Esse arquivo é inserido em um servidor de vídeo, que pode fazer parte do próprio projetor ou ser um aparelho separado, conectado a ele por cabos de HDMI.

Faça-se a luz

O servidor envia o conteúdo digital para o projetor, que utiliza um processador de luz interno (Digital Light Processor, ou DLP) para transformar o arquivo em luz. “Em equipamentos mais potentes, o sistema DLP usa chips triplos para esse processamento”, explica Ricardo Ferrari, engenheiro eletrônico e gerente de vendas da divisão de entretenimento da Barco.

Arco-íris completo

Emitida por uma lâmpada xênon ou um laser fósforo (nos aparelhos mais modernos), a luz é condensada por uma lente específica. Aí, atravessa um filtro com, no mínimo, as cores verde, vermelho e azul, que lhe permite reproduzir até 16,7 milhões de tons. Nos projetores top de linha, a tecnologia BrilliantColor adiciona as cores amarela, ciano e magenta. A vantagem do laser é que ele corrige o contraste nas cenas mais escuras. No xênon, o preto fica meio “desbotado”, puxando para cinza e azul.

Liga-Desliga

A luz então segue para uma lente de modelagem e para o Digital Micromirror Device (DMD). Trata-se de um semicondutor com mais de 2 milhões de espelhos microscópicos que podem ser movimentados entre as posições “on” e “off”, milhares de vezes por segundo. Cada espelho criará um pixel (a menor unidade de luz que compõe uma imagem) na telona.

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Espelho mágico

Arquivos digitais são compostos de bits, que, por sua vez, são compostos de 1 e 0 na linguagem binária usada pelos computadores. Cada bit determinará a posição de um espelho: 1 é “ligado” e 0 é “desligado”. Quanto mais estiverem ligados, mais claro será o tom do pixel. Se a posição “off” for mais frequente, o pixel será mais escuro.

Gente grande

Por fim, a refração do DMD vai, então, em direção à última lente: a de projeção. Ela serve para dar uma resolução ainda maior à imagem. Isso permite que o filme seja reproduzido naquele tamanho gigantesco da telona do cinema, mas sem perder qualidade na nitidez.

Cinema do barulho

No sistema digital, o som do filme já está no mesmo arquivo inserido no servidor de vídeo. Dois ou mais cabos conectam o servidor ao processador de áudio, que distribui os diferentes canais de som do vídeo até os amplificadores e dos amplificadores para as caixas de som. Tudo isso simultaneamente à projeção da imagem.

Operação de emergência

Quando os cinemas usavam película química, um operador precisava montar e colar o filme, acompanhando de perto cada sessão, caso precisasse realizar algum reparo urgente. Já o operador digital só precisa apertar o play. “Seu trabalho vem antes: inserir os conteúdos, criar a ‘playlist’ da sala etc.”, explica Ricardo.

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