Quando os vasos sanguíneos do ânus estão dilatados, eles recebem o nome de hemorroidas, que podem causar dor e sangramento. Entre várias formas de tratamento, surgiu uma nova opção: a embolização. Parecida com o cateterismo (utilizado para doenças cardíacas), a técnica é menos invasiva do que a cirurgia, indicada a casos mais graves.
Na embolização, são usados equipamentos de imagem para chegar ao local da lesão e obstruir o sangramento. Por isso, a anestesia é local e não há necessidade de internação.
Primeiro, um cateter de 2 milímetros de diâmetro é introduzido pela virilha até à artéria do intestino, que é a responsável pela formação das hemorroidas. São feitas uma fotografia e também uma tomografia para confirmar a localização das lesões.
“Na sequência, realizamos uma obstrução intencional (embolização) no local do sangramento”, detalha Francisco César Carnevale, professor livre-docente e chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista do Instituto de Radiologia da Faculdade de Medicina da USP. É como se as hemorroidas fossem “entupidas”.
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“O paciente retorna rapidamente às suas atividades. A grande vantagem da embolização é que traz resultados similares aos cirúrgicos, mas sem a necessidade de internação hospitalar e com menos dor”, afirma o médico. Em resumo, o indivíduo ganha qualidade de vida.
Sintomas da hemorroida
- Desconforto ao evacuar
- Sangramentos que são denunciados por resíduos de sangue bem vermelhos no papel higiênico e nas fezes. Com o tempo, podem aparecer pingos na privada
- Dores
- Secreção
- Coceira
- Surgimento de um tecido anormal na borda do ânus na hora de evacuar e que pode recuar após o esforço
Quem pode recorrer à embolização?
Ela é indicada para qualquer grau de hemorroidas, desde que tenha sangramento. “Os melhores candidatos são os pacientes com grau 1, 2 ou 3 do problema, quando as lesões não estão totalmente expostas”, explica Carnevale.
Existem quatro graus de hemorroidas. Nos três primeiros, elas estão totalmente dentro do canal anal ou aparecem de tempos em tempos, principalmente ao defecar. No último, o grau 4, a lesão se estabeleceu na área externa, aí não dá para escapar da cirurgia comum, a hemorroidectomia.
“São feitos cortes e pontos cirúrgicos para ressecar e ‘amarrar’ as hemorroidas. Assim, existe uma ferida operatória que demora para cicatrizar. Todas as vezes que o paciente evacua, ocorre a passagem das fezes por ela, provocando a dor”, relata o médico.
Depois da hemorroidectomia, ainda pode ocorrer sangramento. “Essa cicatrização demora em torno de 15 dias e indivíduo precisa ficar no hospital entre um a três dias”, explica Carnevale.
Tratamento inédito para hemorroidas evita internação e agiliza recuperação Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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