Pelo mesmo motivo que nadadores se depilam antes de uma competição. Bolinhas de tênis pouco felpudas geram menos atrito com o ar, e por isso voam mais rápido. Tenistas profissionais tendem a escolher bolas novas e com pouco pelinho para o primeiro saque, pois o oponente terá menos tempo para reagir. Com o vai e vem da bola durante o jogo, ela tende a ficar mais gasta e fofinha.
Só que sacar uma bola rápida também significa que o jogador tem menos controle sobre ela. Se o tenista errou o primeiro saque, talvez seja prudente escolher uma bola felpuda para o segundo. É uma jogada mais segura.
Um estudo de 2008 usou túneis de ar para avaliar a aerodinâmica das bolas de tênis. O experimento verificou que, de fato, bolas felpudas geram mais arrasto em comparação às compactas.
Mas não sabemos até que ponto essa diferença afeta uma partida de tênis. Cada jogo tem seis bolas da mesma marca, modelo e que são relativamente semelhantes. Em circuitos profissionais, as bolas são trocadas a cada nove jogos, para que nenhuma fique muito gasta. (O torneio de Wimbledon, por exemplo, usa 55 mil bolas a cada edição).
Serena Williams, por exemplo, joga com a primeira bola que recebe, sem frescura. Mas muitos jogadores veem a escolha de bolas como um ritual para entrar no estado mental da competição. O francês Jo-Wilfried Tsonga considera esse um comportamento “obsessivo compulsivo” que não deve fazer diferença na prática. Já o britânico Andy Murray diz que só escolhe a bola porque todo mundo faz o mesmo.
Fontes: Vox; Artigo Review of tennis ball aerodynamics
Pergunta de @jader.vr, via Instagram
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