sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Arqueólogos encontram pegadas de 12 mil anos nos EUA

Uma dupla de arqueólogos viajava pelo deserto de Utah, nos Estados Unidos, quando avistou algumas pegadas na areia. Uma investigação confirmou a suspeita inicial: não eram quaisquer pegadas. Eram uma trilha que provavelmente tem mais de 12 mil anos.

Como as pegadas teriam sobrevivido? “Parece que as pessoas estavam andando em águas rasas, e a areia preenchia rapidamente as impressões que deixavam para trás – como o que você experimenta em uma praia”, explica Daron Duke em comunicado. “Mas, sob a areia, havia uma camada de lama que manteve a impressão intacta.”

Hoje, o local é um campo de testes e treinamento da Força Aérea dos EUA. Segundo os arqueólogos, por lá não existem áreas inundadas há pelo menos 10 mil anos – por isso, as pegadas seriam mais velhas do que isso. A estimativa é de 12 mil anos, mas mais pesquisas poderão confirmar a descoberta.

Ao todo, 88 pegadas foram documentadas. Elas formam “trilhas fantasmas”, que aparecem e desaparecem repentinamente de acordo com as condições de umidade. Ou seja: volta e meia, elas ficam cobertas pela areia. 

Havia diversas pegadas escondidas. Para encontrá-las, os pesquisadores precisaram de um radar de penetração no solo (GPR, na sigla em inglês) – um método que usa pulsos eletromagnéticos para mapear o subsolo. 

Eles escavaram e documentaram pegadas de adultos e crianças (de cinco a doze anos), todas feitas com pés descalços, que podem oferecer uma visão da vida local familiar no Pleistoceno. Segundo Thomas Urban, arqueólogo da Universidade Cornell (Estados Unidos), a “descoberta fortuita” pode ser só a pontinha do iceberg: pode haver muito mais a ser encontrado em Utah.

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