Uma dupla de arqueólogos viajava pelo deserto de Utah, nos Estados Unidos, quando avistou algumas pegadas na areia. Uma investigação confirmou a suspeita inicial: não eram quaisquer pegadas. Eram uma trilha que provavelmente tem mais de 12 mil anos.
Como as pegadas teriam sobrevivido? “Parece que as pessoas estavam andando em águas rasas, e a areia preenchia rapidamente as impressões que deixavam para trás – como o que você experimenta em uma praia”, explica Daron Duke em comunicado. “Mas, sob a areia, havia uma camada de lama que manteve a impressão intacta.”
Hoje, o local é um campo de testes e treinamento da Força Aérea dos EUA. Segundo os arqueólogos, por lá não existem áreas inundadas há pelo menos 10 mil anos – por isso, as pegadas seriam mais velhas do que isso. A estimativa é de 12 mil anos, mas mais pesquisas poderão confirmar a descoberta.
Ao todo, 88 pegadas foram documentadas. Elas formam “trilhas fantasmas”, que aparecem e desaparecem repentinamente de acordo com as condições de umidade. Ou seja: volta e meia, elas ficam cobertas pela areia.
Havia diversas pegadas escondidas. Para encontrá-las, os pesquisadores precisaram de um radar de penetração no solo (GPR, na sigla em inglês) – um método que usa pulsos eletromagnéticos para mapear o subsolo.
Eles escavaram e documentaram pegadas de adultos e crianças (de cinco a doze anos), todas feitas com pés descalços, que podem oferecer uma visão da vida local familiar no Pleistoceno. Segundo Thomas Urban, arqueólogo da Universidade Cornell (Estados Unidos), a “descoberta fortuita” pode ser só a pontinha do iceberg: pode haver muito mais a ser encontrado em Utah.
Arqueólogos encontram pegadas de 12 mil anos nos EUA Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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