Um importante estudo sul-coreano recém-publicado na revista científica The Lancet traz mais uma informação impactante para a batalha contra a doença cardiovascular, uma das maiores ameaças a quem tem diabetes. O controle intensivo dos níveis de colesterol realmente previne eventos graves.
Os pesquisadores acompanharam 3 780 pessoas com alterações nas taxas de colesterol e com histórico de um problema cardiovascular prévio, como infarto e derrame cerebral, ou que tinham passado por uma cirurgia de revascularização do miocárdio (popularmente conhecida como ponte de safena). Esses indivíduos tinham, em média, 64 anos, e 37% deles apresentavam diabetes.
Trata-se, portanto, de um grupo considerado de alto risco cardiovascular, para o qual se recomendam metas mais baixas dos níveis de LDL-colesterol (o colesterol “ruim”).
Parte desses voluntários recebeu estatina, comprimido para baixar o colesterol, em alta potência; o restante recebeu estatina em doses menores, mas associada à ezetimiba, um remédio de uso oral que impede a absorção do colesterol pelo intestino.
E qual o resultado após três anos de estudo? O grupo que usou a terapia combinada (estatina + ezetimiba) teve um risco 22% menor de sofrer de um evento cardiovascular quando comparado ao que tomou só estatina em doses mais altas.
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Em outras palavras, um medicamento é bom, mas dois é ótimo para o controle do colesterol e a prevenção de infartos, AVCs e outras complicações.
O colesterol alto é um fator de risco silencioso e altamente mortal. Para se ter ideia, em pessoas com diabetes tipo 2, o controle do colesterol traz mais benefícios cardiovasculares do que o controle da glicose em si.
E, nesse contexto, temos que olhar pra valer para o LDL-colesterol. A fração total traz pouca informação para a prática clínica diária. Qual a meta do colesterol ruim? A resposta é “depende”.
Depende porque varia com o número de fatores de risco que a pessoa tem. Por exemplo: quem é sedentário, tabagista, tem diabetes, pressão alta e doença renal crônica deve ter controle mais rígido e seguir metas mais baixas do que aqueles com apenas pressão alta.
Por isso, a parceria com o médico e acompanhamento regular são fundamentais para estabelecer as metas e realizar o controle no longo prazo.
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Pensando no tratamento, hábitos saudáveis ajudam a baixar o colesterol. Porém, o fato é que na maioria das vezes o paciente precisa também tomar medicamentos para atingir os níveis desejados. De qualquer forma, ao comer direito e se exercitar, já estamos elevando os níveis de colesterol bom (o HDL) e diminuindo os de triglicérides (outra gordura presente na circulação cujo excesso faz mal à saúde).
E fica a dica de sempre: faça seus exames periódicos e alinhe com seu médico o tratamento dessas condições que prejudicam as artérias, caso do diabetes e do colesterol alto.
Colesterol alto: um remédio é bom, dois é ótimo para o coração Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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