O Space Telescope Science Institute, dos Estados Unidos, tem um projeto que consiste em observar uma série de galáxias formadoras de estrelas, atividade que ganhou um novo padrão de qualidade graças ao supertelescópio James Webb. Esse trabalho, que tem o objetivo de aprender sobre a dinâmica dos berçários estelares, já era feito com outros telescópios, mas quase sempre dificultado pela poeira que envolve áreas movimentadas dentro das galáxias (como olhar um pôr do sol em um dia muito nublado).
Um obstáculo que ficou para trás graças ao novo telescópio.
O James Webb usa comprimentos de onda infravermelhos, o que permite que “enxergue” através da poeira até o coração da galáxia. Esse recurso possibilitou que os pesquisadores do instituto conseguissem fotografar detalhes surpreendentes, pela primeira vez, de uma galáxia chamada NGC 1365 (ou a Grande Galáxia Espiral Barrada), que fica não muito pertinho daqui: a 56 milhões de anos-luz da Terra. Ela se destaca das outras pela intensidade de sua formação estelar, uma das maiores já identificadas por qualquer telescópio.
Essa fornada superior de astros tem a ver com uma barra de estrelas no centro da galáxia, que conecta seus dois braços espirais. “Para fazer estrelas, você precisa colapsar gás”, diz Brad Whitmore, do Space Telescope Science Institute. “Na NGC 1365, a barra funciona como uma correia transportadora, enviando gás diretamente para o coração da galáxia, onde há a maior concentração possível.”
E o James Webb permitiu que os pesquisadores vissem elementos que até já sabiam que existiam, mas não era possível fotografar até então. O que mais chamou atenção foi um pequeno anel ao redor do centro da galáxia, justamente onde a formação de estrelas é mais exuberante.
Os cientistas pretendem medir as idades dos aglomerados de estrelas dentro desse anel para descobrir como as estrelas se movem através dele quando se formam.
James Webb fotografa galáxia com uma das maiores formações de estrelas Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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