sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Pfizer e Moderna estão testando suas vacinas em adolescentes

Até esta sexta-feira (12), constava da base de dados Our World In Data que mais de 73 milhões de pessoas ao redor do mundo já haviam recebido ao menos uma dose de alguma vacina contra a covid-19. O número, apesar de parecer alto, corresponde a apenas 0,26% da população mundial. Para barrar o vírus, cientistas estimam que 70% das pessoas que habitam o planeta devem ser imunizadas. E há uma pedra no meio do caminho: cerca de 30% da população mundial ainda não pode receber nenhum dos imunizantes. 

Essa porcentagem corresponde às crianças e adolescentes, que não foram incluídos nos testes de vacinação. Mas a expectativa é que o cenário mude em breve, já que as empresas Pfizer e Moderna, ambas americanas, começaram a aplicar o composto em pessoas com mais de 12 anos em seus novos ensaios clínicos. 

É compreensível que menores de idade não tenham sido prioridade nos testes clínicos. Essa faixa etária não é a principal vítima do Sars-CoV-2, que até agora matou principalmente idosos e pessoas com comorbidades. Já houve, ao longo da história, vacinas que foram testadas primeiramente em crianças. Mas elas eram todas voltadas a doenças majoritariamente pediátricas. 

Tanto a Pfizer quanto a Moderna receberam até agora em seus ensaios clínicos cerca de 50 mil voluntários adultos. O número alto de participantes é importante para que os cientistas possam comparar as taxas de infecção entre quem recebeu a vacina e quem recebeu placebo. A análise não deverá funcionar da mesma forma para as crianças, já que elas não costumam adoecer de forma grave pela covid-19. Neste caso, as farmacêuticas devem buscar por sinais de resposta imunológica forte, e não por sintomas da doença. 

A vacina da Pfizer/BioNTech foi aprovada em dezembro e pode ser oferecida para qualquer pessoa com 16 anos ou mais. A da Moderna foi liberada apenas para maiores de 18 anos. A primeira está conduzindo testes com cerca de 2.259 adolescentes de 12 a 15 anos, enquanto a segunda planeja avaliar 3 mil jovens com idades entre 12 e 17. A Pfizer espera ter dados sobre segurança e eficácia para esta faixa etária em dezembro deste ano, enquanto a Moderna está mais adiantada e promete as informações para meados de 2021. 

O Brasil não demonstrou interesse na compra de vacinas da Pfizer ou Moderna. Por enquanto, o país utiliza apenas os imunizantes da AstraZeneca (Oxford) e da Sinovac. A primeira estava planejando testes em jovens de 12 a 18 anos para fevereiro, enquanto a Sinovac não deu previsão de ensaios clínicos envolvendo crianças.

Os testes comprovando não só a eficácia da vacina, mas também a segurança, virão em boa hora para os pais americanos. Uma pesquisa conduzida pela Verywell Health mostrou que um terço dos adultos dos EUA não pretendem imunizar seus filhos contra a covid-19.

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