Pode acontecer. Precisamos antes explicar o básico sobre transfusões.
O sangue tem dois componentes básicos: o plasma e os glóbulos vermelhos. Eles são separados após a coleta. Quando você imagina uma bolsa de sangue para doação, você pensa numa bolsa de glóbulos vermelhos. Afinal, ela é vermelha. Mas também existem bolsas de plasma, que é um líquido translúcido ligeiramente amarelado. É no plasma que ficam os anticorpos.
Existem tanto transfusões de plasma quanto de glóbulos vermelhos. Tudo depende das necessidades clínicas do paciente receptor.
Se houver uma bolsa de plasma com anticorpos contra o novo coronavírus, há alguma chance de que o receptor dela se torne, por acidente, imune ao dito-cujo. O nome disso é “imunização passiva”. Ela acaba quando os anticorpos acabarem – eles duram no máximo algumas semanas, e evidentemente só poderiam ser repostos com outra bolsa de plasma do mesmo doador.
A vacina, por outro lado, ensina seu sistema imunológico a fabricar anticorpos contra aquela ameaça específica pelo resto da vida.
A possibilidade de usar o plasma de convalescentes (esse é o termo técnico) como terapia contra a Covid-19 está sendo estudada por pesquisadores de todo o mundo – inclusive André Nicola, professor de medicina e pesquisador da Universidade de Brasília que forneceu as informações acima para este #OráculoSuper.
Pergunta de @gheuren, via Instagram.
Se eu tiver anticorpos contra covid-19 e doar sangue, o receptor se imuniza? Publicado primeiro em https://super.abril.com.br/feed
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