Outro dia, conversando com uma amiga, ela disse: “A partir de agora vou frequentar a academia todos os dias, comer frutas três vezes ao dia e meditar todas as manhãs”.
Perfeito! Mudar tudo aquilo que ela identificou ao longo de uma vida como pontos fracos em relação à saúde em uma semana seria excelente. A pergunta é: será que dá mesmo para atingir todos esses objetivos de uma só vez?
Pois é, frequentemente colocamos diversos passos na direção que desejamos sem imaginar o “custo” de energia necessário para aquilo acontecer. Costumamos chamar esse custo de gatilhos para a mudança de comportamento.
Vamos imaginar uma coisa simples. Você se propõe a comer salada todos os dias no jantar. Quem comprará a salada? Quem lavará a salada? Parou ainda para pensar no esforço para chegar do trabalho, pegar a salada na geladeira, lavar, montar o prato e comer?
Para o desafio dar certo, a solução está em identificar o momento do dia em que estamos mais dispostos a fazê-lo acontecer.
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Assim, podemos pensar na salada, por exemplo, pela manhã ou no final de semana. Dá para lavá-la, separá-la em porções diárias e deixá-la prontinha na geladeira, faltando apenas temperar e consumir. Fica mais possível dessa maneira? Imagino sua resposta positiva.
Podemos ter o mesmo cuidado com todos os hábitos que decidimos mudar em nossa vida.
Para se exercitar pela manhã, deixe a roupa de treino no pé da cama. Ao acordar é só se vestir e está pronto para malhar. Que tal acordar com uma meditação guiada no lugar do despertador? Isso traz a mente para o momento presente e não para os desafios do dia que se avizinham.
Esperar que o mundo perfeito apareça à nossa frente, convidando-nos para hábitos melhores, não acontecerá. Nós mesmos somos capazes de fazê-lo ou de nos aproximar dele.
Lembre-se de que pequenos passos em direção ao seu objetivo o aproxima do destino e, ao mesmo tempo, te distancia do lugar que traz o desconforto. Vamos descobrir esse gatilho que poderá mudar seu caminho. Ele está sempre ao nosso alcance.
Mudança de hábitos requer mais do que vontade: é preciso planejamento Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br
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