sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Nasa e SpaceX estudam missão para prolongar a vida útil do telescópio Hubble

O Hubble está perdendo altitude, e o fim de suas atividades se aproxima – a menos que alguém dê um empurrãozinho no telescópio espacial da Nasa. E esse é o plano da SpaceX, empresa do bilionário americano Elon Musk. Ele fechou um acordo com a agência espacial para estudar a possibilidade de corrigir a órbita do Hubble e prolongar sua vida útil.

A SpaceX já transporta astronautas e cargas para a Estação Espacial Internacional (ISS), a serviço da Nasa, com sua cápsula Dragon. Agora, deve coletar dados para determinar se conseguiria encontrar, ancorar e mover o telescópio. O estudo será financiado pela empresa. A Nasa divulgou a parceria na última quinta (29).

O lançamento do Telescópio Espacial Hubble aconteceu em 1990, quando a Nasa o posicionou a 600 quilômetros de altitude. Desde então, a agência espacial realizou cinco missões de reparo durante o Programa Space Shuttle, que aconteceu de 1981 a 2011.

A última missão de reparo, em 1993, deixou o Hubble a 560 quilômetros de altitude. Nos últimos 13 anos, ele caiu até os 540 quilômetros. O telescópio não está em perigo imediato. Mas, nesse ritmo, é provável que ele caia o suficiente até o fim da década para que a Nasa tenha que planejar sua reentrada na atmosfera.

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A SpaceX poderia enviar uma espaçonave na direção do Hubble e agarrar o telescópio de 12 toneladas usando um “anel de captura” que a última missão do Space Shuttle deixou anexado a ele. Mas não existe uma data para a missão acontecer – ou sequer a garantia de que ela de fato vai acontecer. 

Seria uma tarefa com um nível de complexidade mais alto do que as atuais missões da SpaceX para a ISS. Por enquanto, está tudo em aberto. “Queremos fazer o estudo para ver o que é realmente viável”, disse Thomas Zurbuchen, diretor de ciência da Nasa.

Além de Elon Musk, outro bilionário e empresário americano envolvido no estudo é Jared Isaacman, que comandou a missão Inspiration 4, lançada em setembro de 2021 pela SpaceX. Ele tem um programa chamado Polaris, que visa a impulsionar tecnologias espaciais comerciais.

O Hubble já fez mais de 1,5 milhão de observações desde seu lançamento, e gerou dados para mais de 19 mil artigos científicos. A Nasa lançou o sucessor do Hubble, o Telescópio Espacial James Webb, em dezembro de 2021, mas a esperança é de que os dois telescópios ainda possam trabalhar juntos pelos próximos anos.

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