sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Câncer de bexiga: se detectado na fase inicial, chance de cura é alta

Embora relativamente raro, o diagnóstico recente dos apresentadores Celso Portiolli e Roberto Justus jogou luz sobre a importância da detecção do câncer de bexiga.

A boa notícia é que o tumor é pouco frequente e tem altas chances de cura, se diagnosticado precocemente. Estima-se cerca de dez mil novos casos no triênio 2020-2022, contra 65 mil novos tumores de próstata, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os pacientes são, majoritariamente, homens brancos acima dos 60 anos.

Em 90% dos casos, o câncer de bexiga acomete as células que recobrem internamente o órgão – o chamado tumor de células transicionais, ou tumores uroteliais. O tabagismo está por trás de metade dos registros.

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“Fumantes têm de 2 a 4 vezes mais chances de desenvolver esse câncer”, explica o urologista Leonardo Borges, do Hospital Israelita Albert Einstein. Outros 20% desses diagnósticos são associados à exposição a aminas aromáticas, substâncias químicas presentes em indústrias como de tintas, corantes, borracha, entre outras.

Tipos e tratamento

Há outros tipos de tumores na bexiga, como o de células escamosas, relacionados à irritação crônica por cálculos na bexiga, cateteres, infecções crônicas, e o adenocarcinoma. Esses tipos, no entanto, são mais raros.

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Por não ser um câncer frequente, não há indicação para rastreamento periódico, como no caso da mamografia ou dos exames para checagem da próstata. “Mas, em check-ups de rotina, o médico tende a pedir um ultrassom que já serve para avaliação da bexiga”, diz Borges.

+ Leia também: ANS ouve sociedade sobre inclusão de tratamentos para câncer de bexiga

O câncer de bexiga costuma dar sintomas ainda no começo e, na maioria dos casos (70%), é superficial e não se espalha. Ele causa sangramento mesmo nas fases iniciais. Por isso, sempre que houver sintomas como dor ou sangramento, deve-se procurar um médico.

“Apesar de haver outras causas possíveis, mesmo benignas, é preciso considerar a suspeita de câncer”, explica o especialista. A identificação do tumor pode ser feita por meio de exames de urina e de imagem.

O tratamento é feito por meio de cirurgia endoscópica, através da uretra. Para evitar a volta da doença, são aplicados medicamentos dentro da bexiga, como quimioterapia e imunoterapia – nesses casos, usa-se o BCG, bacilo capaz de estimular a reação do organismo para combater as células cancerosas. Quando descoberto inicialmente, a chance de sobrevida é acima de 80%.

Esse texto foi publicado originalmente na Agência Einstein.

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Câncer de bexiga: se detectado na fase inicial, chance de cura é alta Publicado primeiro em https://saude.abril.com.br

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